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Jurisdição Constitucional 3

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JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL.
Caso concreto 3.
Questão objetiva: 
Quando se tem uma norma ao mesmo tempo material e formalmente inconstitucional? 
(a) Quando a norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República. 
(b) Quando na elaboração da norma infraconstitucional, não se observa rigorosamente o processo de sua elaboração. 
(c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação. 
(d) Quando a norma infraconstitucional se conforma perfeitamente com o texto da Constituição da República, mas não com os tratados internacionais sobre direitos humanos. 
Questão discursiva: 
(OAB – XX Exame Unificado) O Presidente da República edita medida provisória estabelecendo novo projeto de ensino para a educação federal no País, que, dentre outros pontos, transfere o centenário Colégio Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só fazia sentido que estivesse situado na cidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a capital federal. Muitas críticas foram veiculadas na imprensa, sendo alegado que a medida provisória contraria o comando contido no Art. 242, § 2º, da CRFB/88. Em resposta, a Advocacia-Geral da União sustentou que não era correta a afirmação, já que o mencionado dispositivo da Constituição só é constitucional do ponto de vista formal, podendo, por isso, ser alterado por medida provisória. Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir. 
A) Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as denominadas normas materialmente constitucionais e as normas formalmente constitucionais? 
Resposta: As normas materialmente constitucionais convergem para o dispositivo constitucional expresso ou implícito. E, em razão de seu conteúdo, vem a estabelecer normas referentes à estrutura organizacional do Estado, à separação dos poderes e aos direitos e garantias fundamentais. Já as normas formalmente constitucionais são editadas observando-se o procedimento legislativo de cada uma delas. Foram elaboradas de acordo com o texto constitucional.
B) O entendimento externado pela Advocacia-Geral da União à imprensa está correto, sendo possível a alteração de norma constitucional formal por medida provisória? 
Resposta: Não está correto o entendimento da AGU, pois os requisitos necessários para a edição através de medida provisória são a urgência e relevância e no caso em tela estes requisitos não se fazem presentes. As alterações deveriam ser feitas por emendas à constituição, pois todo dispositivo que se encontrar no texto constitucional só poderá ser alterado pelo processo legislativo das emendas constitucionais, por conta da rigidez constitucional, conforme art. 60 da CRFB/88, através de lei complementar.

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