Buscar

157370020316 CDZ PROCCIVIL AULA03 (competência)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

www.cers.com.br 
 
COMEÇANDO DO ZERO 
Processo Civil - Aula 03 
Sabrina Dourado 
1 
O Estado tomou para si a função de dizer o direito 
em todo o seu território. Para tanto, criou dentro da 
alçada do Poder Judiciário, uma grande organiza-
ção, composta por diversos órgãos jurisdicionais 
(STF, STJ, STM, STE, TRF etc.), repartindo a juris-
dição entre eles, embora se deva ressaltar que a 
“jurisdição”, enquanto poder-dever do Estado é una, 
sendo que a mencionada repartição é apenas para 
fins de divisão do trabalho. 
Deste modo, competência nada mais é do que a 
fixação das atribuições de cada um dos órgãos ju-
risdicionais, isto é, a demarcação dos limites dentro 
dos quais podem eles exercer a jurisdição. Neste 
sentido, “juiz competente” é aquele que, segundo 
limites fixados pela Lei, tem o poder para decidir 
certo e determinado litígio (art. 42, CPC). 
Vejamos a integra do dispositivo: 
“As causas cíveis serão processadas e decididas 
pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado 
às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma 
da lei.” 
 
FONTES 
 
De acordo com o art.44 obedecidos os limites esta-
belecidos pela Constituição Federal, a competência 
é determinada pelas normas previstas no código ou 
em legislação especial, pelas normas de organiza-
ção judiciária e, ainda, no que couber, pelas consti-
tuições dos Estados. 
 
MOMENTO QUE DEMARCA A FIXAÇÃO DE 
COMPETÊNCIA; EXCEÇÕES À REGRA DA PER-
PETUATIO JURISDICTIONIS 
 
Segundo dispõe o art. 43 do CPC, a competência, 
em regra, é determinada no momento em que a 
ação é proposta – com a sua distribuição (art. 312 
c/c art. 284 do CPC) ou com o despacho inicial, 
sendo irrelevantes as modificações do estado de 
fato (ex. Mudança de domicílio do réu) ou de direito 
(ex. ampliação do teto da competência do órgão em 
razão do valor da causa) ocorridas posteriormente 
(perpetuatio jurisdictionis), salvo se suprimirem o 
órgão judiciário cuja competência já estava determi-
nada inicialmente - por exemplo, a extinção de uma 
vara cível; ou quando as modificações ocorridas 
alterarem a competência em razão da matéria ou da 
hierarquia - porque são espécies de competência 
absoluta, fixadas em função do interesse público, 
razão pela qual outras modalidades de competência 
absoluta devem estar abrangidas. 
 
PRINCIPAIS CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DA COM-
PETÊNCIA 
 
Os critérios que o legislador levou em conta para a 
distribuição de competência são o da soberania 
nacional, o da hierarquia e atribuições dos órgãos 
jurisdicionais (critério funcional), o da natureza ou 
valor da causa e o das pessoas envolvidas no litígio 
(critério objetivo), e os dos limites territoriais que 
cada órgão judicial exerce a atividade jurisdicional 
(critério territorial). 
 
Critérios para determinar a competência: 
 
- Territorial: Circunscrição geográfica. É o critério de 
foro. Encontrado no CPC. 
- Material: É o objeto litigioso, o objeto que estar 
sendo discutido. Exemplo: causa de família, ou de 
trânsito, etc. Encontrado nas LOJ’s dos estados 
federativos. 
- Valor da causa: Poderá ser um critério de determi-
nação de competência, é um dos motivos da obriga-
toriedade do valor da causa na inicial. Encontra-se 
nas LOJ’s. 
- Funcional ou hierárquico: Gerará a competência 
originária. Em razão da função ou hierarquia move-
se a causa no tribunal, por exemplo. Encontra-se na 
Constituição Federal para a competência do STJ e 
STF e para os Tribunais de Justiça encontra-se nas 
LOJ’s. 
• As competências territoriais e em relação ao 
valor da causa são, em regra, de competência rela-
tiva e as competências material e funcional são de 
competência absoluta. 
• A competência relativa pode ser modificada pela 
vontade das partes, a competência absoluta não 
pode. Ela prestigia interesses públicos. 
• Se o juízo incompetente julgar e for competência 
absoluta é invalido o julgamento, competência abso-
luta não preclui, pois é matéria de ordem pública. 
Pode ser arguida a qualquer tempo e grau de juris-
dição. 
 
Mais dicas 
 
A competência relativa preclui, há prorrogação se 
não for arguida no prazo. Eis o que chamamos de 
prorrogação da competência. 
Era ela alegada na Exceção de incompetência, ao 
passo que a absoluta em preliminar de contestação. 
No NCPC ambas serão arguidas na contestação. 
Serão suscitadas em preliminar de contestação. 
Na relativa há uma possibilidade de declaração de 
incompetência de ofício que é nos casos de foro de 
eleição nos contratos de adesão. Eis uma importan-
te exceção. Nos demais casos, aplicar-se-ão as 
disposições da sumula 33 do STJ. 
A competência relativa prestigia interesses privados. 
A competência absolta prestigia interesses públicos. 
 
Se o réu alegar incompetência após o oferecimento 
da contestação, o réu vai pagar as custas do pro-
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
COMEÇANDO DO ZERO 
Processo Civil - Aula 03 
Sabrina Dourado 
2 
cesso em razão da demora, MESMO QUE GANHE 
A CAUSA. 
 
CRITÉRIOS OBJETIVOS 
 
Competência em razão da pessoa (partes); a fixa-
ção da competência tendo em conta as partes en-
volvidas (ratione personae) pode ensejar a determi-
nação da competência originaria dos tribunais, para 
ações em que a Fazenda Pública for parte etc; 
 
Competência em razão da matéria (ratione materi-
ae) - causa de pedir; considera-se, ao fixar a com-
petência, a natureza da relação jurídica controverti-
da, definida pelo fato jurídico que lhe dá ensejo, por 
exemplo: para conhecer de uma ação de separa-
ção, será competente um dos juízes das Varas da 
Família e Sucessões, quando os houver na Comar-
ca; 
 
Competência em razão do valor da causa (pedido); 
muito menos usado, serve para delimitar, entre ou-
tras hipóteses, competência de varas distritais, ou, 
quando houver organizado, dos Tribunais de Alça-
da. 
 
CRITÉRIO TERRITORIAL 
 
Os órgãos jurisdicionais exercem jurisdição nos 
limites das suas circunscrições territoriais, estabele-
cidas na Constituição federal e/ou Estadual e nas 
Leis. Destarte, os juizes estaduais são competentes 
para dizer o direito nas suas Comarcas, e os juizes 
federais, por sua vez, nos limites da sua Seção Ju-
diciária. 
Já os Tribunais Estaduais são competentes para 
exercer a jurisdição dentro do seu estado, os Tribu-
nais Regionais Federais, nos limites da sua região. 
O STF e o STJ podem dizer o direito em todo o 
território nacional. 
Sob o ângulo da parte, a competência territorial é 
em princípio determinada pelo domicilio do réu, para 
as ações fundadas em direito pessoal e as ações 
fundadas em direito real sobre bens móveis. (art. 
46, CPC). Se o réu tiver domicílios múltiplos, pode-
rá ser demandado em qualquer deles ; se incerto ou 
desconhecido, será demandado no local em que for 
encontrado, ou no foro de domicílio do autor, facul-
tando-se ao autor ajuizar a ação no foro de seu 
domicílio, se o réu não residir no Brasil e se o pró-
prio autor também não tiver residência no País. 
Será ainda no foro de domicílio de qualquer dos 
réus no caso de litisconsórcio passivo. 
Além dessas regras, existem outras, seja no CPC, 
seja em leis extravagantes, que estabelecem regras 
específicas para certas ações, por exemplo: I – 
ação de inventário, competente o foro do ultimo 
domicilio do autor da herança (art. 96, CPC; art. 
1.785, CC/02); II – ação declaratória de ausência, 
competenteo foro do ultimo domicílio do ausente 
(art. 49, CPC); 
 
SUPER NOVIDADE!! 
III – ação de separação, divórcio, conversão de 
separação em divorcio e anulação de casamento, 
era competente o foro do domicílio da mulher (art. 
100, I, CPC). No NCPC – art. 53, I, são encontradas 
as seguintes regras: 
 
• de domicílio do guardião de filho incapaz; 
• do último domicílio do casal, caso não haja filho 
incapaz; 
• de domicílio do réu, se nenhuma das partes 
residir no antigo domicílio do casal; 
 
IV – ação de alimentos, competente o foro do domi-
cílio do alimentado, isto é, aquele que pede os ali-
mentos (art. 53, II, CPC); 
V – ação de cobrança, competente o foro do lugar 
onde a obrigação deveria ter sido satisfeita (art. 53, 
III, d, CPC); 
VI – ação de despejo, competente o foro da situa-
ção do imóvel (art. 58, II, Lei nº 8.245/91); 
VII – ação de responsabilidade do fornecedor de 
produtos e serviços, competente o foro domicílio do 
autor (art. 101, Lei nº 8.078/90-CDC); 
VIII – ação de adoção, competente o foro do domicí-
lio dos pais ou responsáveis (art. 146, Lei nº 
8.069/90 ECA); 
IX – ações movidas no Juizado Especial Cível, 
competente o foro do domicílio do autor (art. 4º, Lei 
nº 9.099/95 JEC). 
 
Conheçamos mais algumas regras de compe-
tência territorial: 
 
• A execução fiscal será proposta no foro de domi-
cílio do réu, no de sua residência ou no do lugar 
onde for encontrado. 
• Para as ações fundadas em direito real sobre 
imóveis é competente o foro de situação da coisa. O 
autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou 
pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre 
direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão 
e demarcação de terras e de nunciação de obra 
nova. 
• CUIDADO MÁXIMO! A ação possessória imobi-
liária será proposta no foro de situação da coisa, 
cujo juízo tem competência absoluta. 
• O foro de domicílio do autor da herança, no Bra-
sil, é o competente para o inventário, a partilha, a 
arrecadação, o cumprimento de disposições de 
última vontade, a impugnação ou anulação de parti-
lha extrajudicial e para todas as ações em que o 
espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no 
estrangeiro. 
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
COMEÇANDO DO ZERO 
Processo Civil - Aula 03 
Sabrina Dourado 
3 
• A ação em que o incapaz for réu será proposta 
no foro de domicílio de seu representante ou assis-
tente. 
• É competente o foro de domicílio do réu para as 
causas em que seja autora a União. 
• É competente o foro de domicílio do réu para as 
causas em que seja autor Estado ou o Distrito Fede-
ral. Se Estado ou o Distrito Federal for o demanda-
do, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio 
do autor, no de ocorrência do ato ou fato que origi-
nou a demanda, no de situação da coisa ou na capi-
tal do respectivo ente federado. 
• É competente o foro do lugar: 
• onde está a sede, para a ação em que for ré 
pessoa jurídica; 
• onde se acha agência ou sucursal, quanto às 
obrigações que a pessoa jurídica contraiu; 
• onde exerce suas atividades, para a ação em 
que for ré sociedade ou associação sem personali-
dade jurídica; 
• onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação 
em que se lhe exigir o cumprimento; 
• de residência do idoso, para a causa que verse 
sobre direito previsto no respectivo estatuto; 
• da sede da serventia notarial ou de registro, para 
a ação de reparação de dano por ato praticado em 
razão do ofício; 
• - do lugar do ato ou fato para a ação: 
• de reparação de dano; 
• em que for réu administrador ou gestor de negó-
cios alheios; 
• de domicílio do autor ou do local do fato, para a 
ação de reparação de dano sofrido em razão de 
delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves. 
 
CRITÉRIO FUNCIONAL 
 
Enquanto nos outros critérios busca-se estabelecer 
o juiz competente para conhecer de determinada 
causa, no critério funcional reparte-se a atividade 
jurisdicional entre órgãos que devam atuar dentro 
do mesmo processo. 
 
CRITÉRIO INTUITO PERSONAE 
 
As pessoas envolvidas podem alterar as regras de 
competência aplicáveis ao conflito. A fixação da 
competência tendo em conta as partes envolvidas 
(rationae personae) é absoluta. 
O principal exemplo de competência em razão da 
pessoa é o da vara privativa da Fazenda Pública, 
criada para processar e julgar causas que envolvam 
entes públicos. 
 
Há casos de competência de tribunal determinada 
em razão da pessoa, como prerrogativa do exercício 
de algumas funções (mandado de segurança contra 
ato do Presidente da República é da competência 
do STF). Não podemos esquecer da competência 
da Justiça Federal. Ela é fixada em razão das pes-
soas e está estabelecida no art. 109, CF/88. 
O NCPC no seu artigo 45 sinaliza que tramitando o 
processo perante outro juízo, os autos serão reme-
tidos ao juízo federal competente se nele intervier a 
União, suas empresas públicas, entidades autárqui-
cas e fundações, ou conselho de fiscalização de 
atividade profissional, na qualidade de parte ou de 
terceiro interveniente, exceto as ações: 
 
- de recuperação judicial, falência, insolvência civil e 
acidente de trabalho; 
- sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho. 
CUIDADO! Os autos não serão remetidos se hou-
ver pedido cuja apreciação seja de competência do 
juízo perante o qual foi proposta a ação. 
O juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em 
razão da incompetência para apreciar qualquer de-
les, não examinará o mérito daquele em que exista 
interesse da União, de suas entidades autárquicas 
ou de suas empresas públicas. 
Ademais, o juízo federal restituirá os autos ao juízo 
estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja 
presença ensejou a remessa for excluído do pro-
cesso. 
 
Incompetência relativa x Incompetência absoluta 
 
As regras de competência submetem-se a regimes 
jurídicos diversos, conforme se trate de regra fixada 
para atender somente ao interesse publico, denomi-
nada de regra de incompetência absoluta, e para 
atender predominantemente ao interesse particular, 
a regra de incompetência relativa. 
A incompetência é defeito processual que, em re-
gra, não leva à extinção o processo, mesmo tratan-
do-se de incompetência absoluta, salvo nas excep-
cionais hipóteses do inciso III do art.51 da Lei 
n.9.099/95 (juizados Especiais Cíveis), da incompe-
tência internacional (arts. 88-89 do CPC) e do § 1º 
do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribu-
nal Federal. 
A incompetência quando absoluta pode ser alegada 
a qualquer tempo, por qualquer das partes, em sede 
de preliminar à contestação, e, quando relativa, era 
arguida mediante exceção. NO NCPC ambas serão 
arguidas na contestação. 
Se absoluta, o juiz poderá reconhecê-la de ofício 
(CPC, art. 64), independentemente da alegação da 
parte, remetem-se os autos ao juiz competente e 
reputam-se nulos os atos decisórios já praticados, e, 
se relativa (CPC, art. 63), somente se acolher a 
incompetência, remeterá o juiz o processo para o 
juízo competente para apreciar a questão, que terá 
duas opções: 
reconhecer sua competência ou divergir, declaran-
do-se igualmente incompetente, suscitando o confli-
Luana
RealceLuana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
COMEÇANDO DO ZERO 
Processo Civil - Aula 03 
Sabrina Dourado 
4 
to de competência (CPC, art. 66, II), e não se anu-
lam os atos decisórios já praticados. 
Na incompetência absoluta, responderá integral-
mente pelas custas, a parte que deixar de alegar na 
primeira oportunidade em que lhe couber falar nos 
autos responderá integralmente pelas custas, na 
relativa, o juiz não pode reconhecê-la de ofício (Su-
mula 33 do STJ), salvo se houver contrato de ade-
são cujo foro de eleição seja abusivo (Parágrafo 
terceiro do art. 63 do CPC). 
 
MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA 
 
- Legal: Conexão continência, imperativo constituici-
onal e o juízo universal. 
 
+ Conexão: Art. 55, CPC. Quando houver duas 
ações com mesmo pedido e causa de pedir. 
“Art. 55. Reputam-se conexas duas ou mais ações, 
quando Ihes for comum o pedido ou a causa de 
pedir.” 
 
DICAS DE CONEXÃO 
 
Os processos de ações conexas serão reunidos 
para decisão conjunta, salvo se um deles já houver 
sido sentenciado. Tal disposição já estava consoli-
dada na súmula 235 do STJ. 
 
Aplica-se ainda a conexão 
 
 - à execução de título extrajudicial e à ação de co-
nhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; 
- às execuções fundadas no mesmo título executivo. 
ANOTE! Serão reunidos para julgamento conjunto 
os processos que possam gerar risco de prolação 
de decisões conflitantes ou contraditórias caso de-
cididos separadamente, mesmo sem conexão entre 
eles. 
 
+ Continência: Art. 56, CPC. As mesmas partes e 
mesma causa de pedir e o pedido de um tem que 
ser maior que o do outro. 
“Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais 
ações quando houver identidade quanto às partes e 
à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser 
mais amplo, abrange o das demais.” 
Quando houver continência e a ação continente 
tiver sido proposta anteriormente, no processo rela-
tivo à ação contida será proferida sentença sem 
resolução de mérito, caso contrário, as ações serão 
necessariamente reunidas. 
A reunião das ações propostas em separado far-se-
á no juízo prevento, onde serão decididas simulta-
neamente. 
 
+ Imperativo Constitucional: Art. 109, CF. Toda vez 
que a União intervir no processo a competência é 
da justiça federal. 
 
“Art. 109. Aos juízes federais compete processar e 
julgar: 
- as causas em que a União, entidade autárquica ou 
empresa pública federal forem interessadas na con-
dição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, 
exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e 
as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Traba-
lho;” 
 
+ Juízo universal: É a “vis atractiva”, a vara se torna 
competente para julgar todas as causas, como 
acontece no caso da Falência, que a vara que julga 
a falência vira um polo de atração dos demais pro-
cessos da empresa falida. 
- Voluntária: Divide-se em: 
 
+ Expressa: É o foro de eleição. É a circunscrição 
geográfica escolhida pelas partes. Escolhe apenas 
o território, não pode escolher a vara e nem o juiz. 
 
+ Tácita: Tinha incompetência relativa e essa não 
fora alegada pelo réu acarretando assim a prorroga-
ção 
 
PREVENÇÃO 
 
Prevenção é um critério de confirmação e manuten-
ção da competência do juiz que conheceu a causa 
em primeiro lugar, perpetuando a sua jurisdição e 
excluindo possíveis competências concorrentes de 
outros juízos. 
De acordo com o art. 59 O registro ou a distribuição 
da petição inicial torna prevento o juízo. O NCPC 
tornou tal regra a única aplicável às hipóteses de 
prevenção. 
Entretanto, essa reunião só será possível se não 
ocorrer hipótese de competência absoluta dos ór-
gãos julgadores e se as ações ainda estiverem pen-
dentes de julgamento, tramitando no mesmo grau 
de jurisdição. 
 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: 
 
A incompetência relativa não pode ser declarada de 
oficio pelo juiz (compete ao réu levantar a questão, 
da PRÓPRIA CONTESTAÇÃO, salvo, nos casos 
que envolvam litígios que tenham arrimo em contra-
tos de adesão, vez que neste caso é licito ao juiz ex 
officio reconhecer a nulidade da cláusula de eleição 
de foro e declinar de sua competência para o juízo 
de domicilio do réu. 
 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA 
 
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
COMEÇANDO DO ZERO 
Processo Civil - Aula 03 
Sabrina Dourado 
5 
A questão da competência ou incompetência tam-
bém pode ser levantada por um outro procedimento 
próprio, denominado conflito de competência, regu-
lado nos arts. 951 a 959 do CPC. O conflito pode 
ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministé-
rio Público ou pelo juiz (art. 951), e é decido pelo 
tribunal que designa qual juiz é o competente para 
decidir o conflito, pronunciando-se sobre a validade 
dos atos praticados pelo incompetente (art. 957). 
Instaura-se mediante petição dirigida ao presidente 
do tribunal, instruída com os documentos que com-
provem o conflito, ouvindo o relator, com a distribui-
ção, os juízes em conflito. Sobrestará o processo, 
caso o conflito seja positivo; se o conflito for negati-
vo, o sobrestamento não será necessário, pois não 
haverá juízo praticando atos processuais. 
Deverá ainda o relator designar um juiz para soluci-
onar as questões urgentes. 
Assim, há conflito de competência quando dois ou 
mais juízes se declaram competentes (conflito posi-
tivo) ou incompetentes (conflito negativo) e também 
no caso de controvérsia sobre reunião ou separação 
de processos (CPC, art. 66, I, II e III). 
 
ATENÇÃO! 
 
O conflito entre autoridade judiciária e autoridade 
administrativa, ou só entre autoridades administrati-
vas, chama-se conflito de atribuições e não conflito 
de competência. 
 
Em suma: 
O conflito de competência pode ser suscitado por 
qualquer das partes, pelo Ministério Público ou pelo 
juiz. 
O Ministério Público somente será ouvido nos confli-
tos de competência relativos aos processos previs-
tos no art. 178, mas terá qualidade de parte nos 
conflitos que suscitar. 
 
COOPERAÇÃO NACIONAL 
 
O NCPC inova ao regulamentar a cooperação naci-
onal. Os órgãos que compõe o Poder Judiciário 
Brasileiro precisam se ajudar mutuamente. Eis uma 
decorrência 
Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, 
especializado ou comum, em todas as instâncias e 
graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superio-
res, incumbe o dever de recíproca cooperação, por 
meio de seus magistrados e servidores. 
Os juízos poderão formular entre si pedido de coo-
peração para prática de qualquer ato processual. 
 
O pedido de cooperação jurisdicional deve ser 
prontamente atendido, prescinde de forma es-
pecífica e pode ser executado como: 
 
 - auxílio direto; 
 - reunião ou apensamento de processos; 
- prestação de informações; 
 - atos concertados entre os juízes cooperantes. 
 
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce
Luana
Realce

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes