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Exercicios Penal

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Luana, Vanessa e Isabela, jovens de 22 e 23 anos, após terem sido demitidas da empresa de propaganda na qual trabalhavam resolveram alugar um imóvel e dividir as despesas do mesmo. Passados alguns meses sem que conseguissem novo emprego, decidiram trabalhar por um tempo como “garotas de programa” para seu sustento. A fim de evitar chamar a atenção de amigos e familiares resolveram utilizar a sua própria residência como local dos encontros. Para tanto, acordaram que Luana ficaria responsável pela “administração” do local, recebendo parte do dinheiro obtido por suas colegas com o serviço sexual, utilizando-o no pagamento do aluguel, anúncios, empregada e outras despesas necessárias à mantença do local. No mais, as próprias colegas agendavam e negociavam os programas que realizavam. Passados alguns meses do início das “atividades”, após diversas notificações às jovens reclamando sobre o excessivo movimento de “estranhos” no edifício, o síndico, desconfiado das atividades lá realizadas, notifica os fatos à autoridade pública, bem como a ocorrência de pequenos delitos no local. Após detalhada verificação de todos os fatos, inclusive através de interceptações telefônicas deferidas judicialmente, restou demonstrada a habitualidade das condutas de Luana, Vanessa e Isabela. Dos fatos, as jovens restaram denunciadas pela prática da conduta descrita no art.229, do Código Penal (Casa de prostituição. Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa). 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre as missões do Direito Penal e suas características, responda de forma objetiva e fundamentada: quais as possíveis teses defensivas a serem apresentadas por Luana, Vanessa e Isabela? 
Resposta: A questão versa sobre a caracterização do delito de casa de prostituição. Cabe salientar que a prostituição é conduta atípica tendo, portanto, relevância penal a conduta de quem explora a prostituição alheia.
Por tratar-se de questão apresentada ao aluno de 2º período do Curso de Direito, poderá o docente suscitar a distinção entre Direito e Moral, bem como o caráter subsidiário e fragmentário do Direito Penal.
 Ainda, caso o docente julgue oportuno, poderá analisar no caso concreto a possibilidade da incidência dos princípios da intervenção mínima, fragmentariedade e adequação social para fins de exclusão da responsabilidade penal de modo a dar início aos estudos da semana 2 de aula
Questão objetiva. O Direito Penal é uma ferramenta de controle social, na medida que visa coibir condutas lesivas. Porém, num Estado Democrático de Direito, ainda que em um olhar Garantista a análise do bem jurídico é de suma importância critério limitador do poder punitivo do Estado. Assim, analisando a função do Direito Penal, marque a opção correta: 
a) O Direito Penal visa garantir todos os bens jurídicos, por isso deve ser o mais amplo possível 
b) A pena é uma característica do Direito e, por isso, é definida como sanção em todos os ramos jurídicos 
c) A pena, exclusiva do Direito Penal, como visa ressocializar, seu uso é sempre salutar, devendo ser utilizada mesmo nos conflitos mais simples 
d) Em razão da gravidade da pena, o Direito Penal só deve ser aplicado nos casos de grave violação nos bens jurídicos de maior relevância
Questão objetiva. Acerca dos princípios básicos do direito penal brasileiro, assinale a opção correta. 
a) O princípio da fragmentariedade ou o caráter fragmentário do direito penal quer dizer que a pessoa cometerá o crime se sua conduta coincidir com qualquer verbo da descrição desse crime, ou seja, com qualquer fragmento de seu tipo penal. 
b) O princípio da anterioridade, no direito penal, informa que ninguém será punido sem lei anterior que defina a conduta como crime e que a pena também deve ser prevista previamente, ou seja, a lei nunca poderá retroagir. 
c) É possível que uma lei penal mais benigna alcance condutas anteriores à sua vigência, seja para possibilitar a aplicação de pena menos severa, seja para contemplar situação em que a conduta tipificada passe a não mais ser crime. 
d) O princípio da insignificância no direito penal dispõe que nenhuma vida humana será considerada insignificante, sendo que todas deverão ser protegidas. 
e) O princípio da ultima ratio ou da intervenção mínima do direito penal significa que a pessoa só cometerá um crime se a pessoa a ser prejudicada por esse crime o permitir.
3- 
Na madrugada desta terça-feira-, 10, por volta das 2h30 a equipe da Polícia Militar registrou um acidente de trânsito na Rua Wilkys Amazonas Correia, bairro São Braz de União da Vitória, para prestar atendimento a um acidente de trânsito do tipo atropelamento. No local a equipe constatou uma vítima, identificada como José Batista de Oliveira, 40 anos, conhecido “Tatu”. A equipe do Corpo De Bombeiros prestou o atendimento inicial conduzindo a vítima para hospital. Segundo as informações da Policia Militar o condutor do veículo Fiat Palio envolvido no acidente estava no local e relatou que a vítima lançou-se embaixo do seu veículo sem que o mesmo tivesse tempo de reação para desviar e evitar o atropelamento. Entretanto o condutor apresentava alguns sintomas de embriagues e foi submetido ao teste etilométrico o qual acusou a quantia de 0,39 mg/l de álcool, que configura embriaguez. Diante dos fatos o condutor e o veículo foram conduzidos até a 4ª SDP para as providências cabíveis. A vítima acabou vindo a óbito no Hospital. 
A partir da premissa de que o condutor do veículo restou denunciado pelos crimes de embriaguez ao volante e homicídio culposo e que houve o denominado conflito aparente de normas, responda às seguintes questões: 
1. O que se entende por conflito aparente de normas e quais princípios são adotados para solucioná-lo? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Resposta: O caso concreto versa sobre o instituto do conflito aparente de normas e os princípios que o solucionam. Foi desenvolvido a partir de notícia veiculada por meio eletrônico sobre acidente de trânsito ocorrido em União da Vitória, em janeiro de 2017, no qual da embriaguez do condutor de veículo resultou atropelamento e consequente morte da vítima. No presente caso concreto o discente terá a oportunidade de compreender o instituto do conflito aparente de normas e identificar os princípios aplicáveis.
Questão objetiva. Henrique, não aceitando o fim do relacionamento, decide matar Paola, sua ex-namorada. Para tanto, aguardou na rua a saída da vítima do trabalho e, após, desferiu-lhe diversas facadas na barriga, sendo estas lesões a causa eficiente de sua morte. Foi identificado por câmeras de segurança, porém, e denunciado pela prática de homicídio consumado. Em relação ao crime de lesão corporal, é correto afirmar que Henrique não foi denunciado com base no princípio da: 
a) especialidade; 
b) subsidiariedade expressa; 
c) alternatividade; 
d) subsidiariedade tácita; 
e) consunção.
4
Questão objetiva. Segundo a qualificação doutrinária dos crimes, assinale a alternativa incorreta: 
a) Ocorre delito putativo por erro de proibição quando o agente supõe estar infringindo uma norma penal que na realidade não existe. Já no delito putativo por erro de tipo o agente se equivoca quanto a existência das elementares do tipo. Um exemplo do primeiro poderia ser o da mulher que supondo estar grávida (quando não está na verdade) ingere substância abortiva; 
b) Crime próprio é o que somente pode ser cometido por determinada categoria de pessoas, pois pressupõe no agente uma particular condição ou qualidade. Um exemplo pode ser o crime de aborto provocado pela gestante Já o crime de mão própria é aquele que somente pode ser cometido pelo sujeito em pessoa, como o falso testemunho; 
c) Para o crime habitual é necessária reiteração da mesma conduta reprovável, de forma a constituir um estilo ou hábito de vida, como o crime decurandeirismo. O crime continuado difere do habitual, porque naquele cada ação praticada constitui-se isoladamente em crime; já no crime habitual, cada conduta tomada isoladamente não se constitui em delito; 
d) Crime instantâneo é o que se perfaz num só momento, como o homicídio. O crime permanente é aquele cujo momento consumativo se protrai no tempo, como o sequestro. Já no crime instantâneo de efeitos permanentes, o crime se consuma em um dado momento, mas os efeitos da conduta perduram no tempo, como o homicídio; 
e)Crime de ação múltipla é aquele que contempla no tipo várias modalidades de ação para sua prática, como o induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. Já no crime de forma livre, a descrição típica não encerra qualquer forma de ação específica para sua prática, como o homicídio.
6- 
a) Qual a distinção entre as condutas comissivas e omissivas? 
A conduta comissiva se refere a uma ação proibitiva  (a norma
mandava não fazer e o agente fez), como por exemplo, matar alguém mediante disparos.
As condutas omissivas se referem a mandamentos
imperativos (a norma mandava agir e o agente se omitiu). E se divide em própria ou imprópria/impura
b) Qual o fundamento para a responsabilização penal do denominado agente garantidor? 
Questão objetiva. A respeito da omissão própria e da omissão imprópria (também denominada crime comissivo por omissão), é correto afirmar que 
a) um dos critérios apontados pela doutrina para diferenciar a omissão própria da omissão imprópria é o tipológico, segundo o qual, havendo norma expressa criminalizando a omissão, estar-se-ia diante de uma omissão imprópria. 
b) nos termos do Código Penal, possui posição de garantidor e, portanto, o dever de impedir o resultado, apenas quem, por lei, tem a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. 
c) a ingerência, denominação dada à posição de garantidor decorrente de um comportamento anterior que gera risco de resultado, não está positivada no ordenamento brasileiro, tratando-se de uma construção dogmática. 
d) o crime praticado por omissão, segundo o Código Penal, é apenado de forma atenuada ao crime praticado por ação. 
e) segundo o Código Penal, a omissão imprópria somente terá relevância penal se, além do dever de impedir o resultado, o omitente tiver possibilidade de evitá-lo.
7- 
No dia 10 de agosto de 2012, por volta das 02h30min, na Unidade de Pronto Atendimento de determinada Unidade de Saúde, Geraldo, com inobservância de regra técnica de profissão, deu causa à morte da vítima A.M., com 09 (nove) meses de idade, em consequência de insuficiência respiratória aguda por pneumonite consecutiva a aspiração de conteúdo gástrico, conforme Auto de Exumação, fl. 231 do Inquérito Policial. Na oportunidade, Geraldo, médico anestesiologista, aplicava na vítima doses de determinado sedativo ministrado anteriormente, momento em que a vítima vomitou um líquido acastanhado. Ato contínuo, o médico iniciou o procedimento de entubação traqueal, por duas vezes, todavia, por imperícia, não conseguiu realizá-lo. Diante disso, a vítima aspirou o conteúdo gástrico, dando causa à insuficiência respiratória aguda por pneumonite, o que a levou a óbito. Cabe salientar que o paciente deveria ter sido submetido à uma avaliação anestésica pré-operatória, o que não ocorreu, vez que Geraldo, apenas, conversou, via telefone, na noite anterior com a genitora da vítima.” (fls. 02/04). 
Diante da situação hipotética apresentada, com base nas teorias sobre os tipos dolosos e culposos, responda às questões formuladas: 
a) A partir da teoria finalista da ação, diferencie as condutas dolosas e culposas e apresente seus elementos caracterizadores. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
b) No caso concreto ora narrado, a conduta do médico foi dolosa ou culposa? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Questão objetiva. Diz-se que o crime é doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, e que o crime é culposo, quando o agente deu causa a resultado previsível por imprudência, negligência ou imperícia. Sobre o tema, é correto afirmar que: 
a) o dolo direto de segundo grau também é conhecido como dolo de consequências necessárias; 
b) para a teoria finalista da ação, o dolo e a culpa integram a culpabilidade; 
c) no crime culposo, a imprudência se caracteriza por uma conduta negativa, enquanto a negligência, por um comportamento positivo; 
d) o crime culposo admite como regra a forma tentada; 
e) na culpa consciente, o agente prevê o resultado como possível, mas com ele não se importa.
8- 
Acidentes de viação sucessivos envolveram, esta tarde de sexta-feira, em Braga, quatro viaturas, entre as quais a carrinha da Esquadra de Trânsito da PSP, que regularizava o primeiro embate. A circulação na variante à Estrada Nacional 14 (Braga - Porto) e que dá acesso à A3 e à A11 esteve interrompida durante cerca de uma hora, por questões de segurança. Tudo sucedeu a meio da tarde, quando Armindo Castro, de 59 anos, residente em Guimarães, embateu com o seu Mercedes 250 D no separador central em betão daquela variante, ao seguir no sentido Norte - Sul. O condutor fugiu do local para a berma, deixando de ser visto nas imediações, pelo que a primeira viatura da PSP de Braga a chegar ao local não só colocou um triângulo sinalizador, como colocou carrinha policial mais à frente, para reforçar a visibilidade do Mercedes despistado a ocupar a faixa esquerda logo a seguir à curva que dá acesso à A11. Entretanto, a condutora de outro carro, da marca e modelo VW Golf, arrastou o triângulo da PSP e embateu nas traseiras da carrinha policial. Dois agentes da PSP só tiveram tempo de saltar para a outra faixa para não serem atropelados pelo VW Golf que, entretanto, bateu no lado esquerdo de um caminhão da transportadora Isaac Pedroso, de Amares, que seguia pela faixa direita. Dada a sucessão de acidentes e os despojos que se encontravam espalhados pela estrada, a PSP teve que interromper a circulação enquanto os veículos eram sucessivamente retirados e os Bombeiros Sapadores de Braga limpavam a via. 
A circulação foi reposta cerca de uma hora depois do primeiro embate, regularizan do uma fila de trânsito parado com centena de metros. 
Ante a situação fática narrada, com base nos estudos realizados sobre a relação de causalidade, responda de forma objetiva e fundamentada: Suponha que a condutora do carro VW Golf tenha perdido o controle sobre a direção quando avistou o triângulo sinalizador e, em decorrência, tenha arrastado o triângulo da PSP e colidido nas traseiras da carrinha policial vindo a atropelar e lesionar os agentes da PSP. Nesta situação hipotética, poderia Armindo Castro, condutor do veículo Mercedes 250 D, ser responsabilizado pelas referidas lesões? 
Questão objetiva. Pablo atingiu Luiz com cinco disparos de arma de fogo, um na cabeça, dois no tórax e dois nas pernas. Luiz foi socorrido e levado ao hospital público mais próximo, apurando-se que necessitava de urgente intervenção cirúrgica. No entanto, como, minutos antes de sua chegada ao hospital havia ocorrido grave acidente envolvendo dois ônibus e as vítimas estavam sendo socorridas, não foi possível que os médicos ministrassem a Luiz, de forma imediata, o tratamento necessário. Convocou-se, então, um médico que estava de folga e que, tendo chegado ao hospital 30 minutos após a internação de Luiz, passou a cuidar do paciente. Ainda que Luiz tenha recebido atendimento médico, constatou-se que seu estado de saúde já se havia agravado e, embora ele tenha sido submetido a cirurgia para retirada dos projéteis, não resistiu e veio a falecer. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
a) Houve a superveniência de causa absolutamente independente, consistente na demora no atendimento médico a Luiz, o que implica que Pablo somente responderá pelas lesões corporais causadas. 
b) O resultado morte somente foi produzido em razão da ausência de tratamento médico imediato da vítima, havendo uma ruptura do nexo causal.c) Ocorreu uma causa superveniente relativamente independente, que impede a responsabilização de Pablo pelo resultado morte. 
d) O resultado morte decorreu do desdobramento normal da conduta praticada por Pablo, que responderá pelo resultado produzido.
9- 
Homem é flagrado em loja com pé de cabra em tentativa de furto em RO PM foi chamada, pois alguém teria quebrado vidro do estabelecimento. Suspeito tem co ndenação por furto e foi levado para Ressocialização. Um homem de 25 anos foi preso em flagrante por tentativa de furto em uma loja de móveis e eletrodomésticos na madrugada deste domingo (3). A Polícia Militar (PM) foi chamada a comparecer no estabelecimento, no bairro Cristo Rei, em Vilhenax (RO), pois alguém teria quebrado o vidro do local. No endereço, os policiais flagraram o suspeito com um pé de cabra. Conforme a PM, ao ver a viatura, o homem tentou se desfazer da ferramenta, jogando -a no lixo. Na loja foram encontrados uma bolsa, uma chave de roda de caminhão e outro objeto utilizado para estourar cadeados. Ele foi levado para o Centro de Ressocialização Cone Sul, pois já tem condenação por furto. 
Diante da situação fática narrada e dos estudos sobre o iter criminis, responda de forma objetiva e fundamentada às questões formuladas: 
a) A partir da análise do iter criminis, identifique em que fase o agente se encontrava. 
Resposta: O caso concreto versa inicialmente sobre a distinção entre atos preparatórios e executórios; superada esta questão caberá ao discente distinguir os institutos da tentativa e desistência voluntária. Foi desenvolvido a partir de notícia veiculada sobre furto. Em relação à primeira questão, identificamos que os agentes já se encontravam na fase executória do delito de furto, pois além de terem quebrado o vidro da loja, foram encontradas no interior da loja objetos que seriam utilizados para a execução do delito de furto, bem como em posse dos agentes, o que demonstra que os agentes já se encontravam em relação imediata com a ação típica de subtrair (o núcleo do tipo penal de furto – art.155, CP, neste caso, qualificado - §4º).
b) Ainda, a partir da premissa de que o agente tentou se desfazer da ferramenta, jogando-a no lixo, sua conduta configuraria tentativa ou desistência voluntária? Quais seus consectários penais? 
Resposta: Sobre a segunda questão, os institutos da tentativa (art.14, II, CP) e desistência voluntária (art.15, CP) se diferenciam pela ocorrência de circunstancias alheias à vontade do agente no primeiro caso e, voluntariedade no impedimento da produção do resultado lesivo, no caso de desistência voluntária.
Questão objetiva. No trajeto do transporte de dois presos para o foro criminal por agentes penitenciários um deles saca de um instrumento perfurante e desfere diversos golpes contra o outro preso. Os agentes da lei presenciaram a ação desde o início e permaneceram inertes. Na conduta dos agentes 
a) há amparo pela excludente de ilicitude do exercício regular do direito, deixando de agir por exposição do risco às próprias vidas. 
b) a omissão é penalmente irrelevante porque a causalidade é fática. 
c) não há punição porque o Estado criou o risco da ocorrência do resultado. 
d) a omissão é penalmente relevante porque a causalidade é normativa. 
e) a omissão é penalmente relevante porque a causalidade é fática-normativa
Liu Xia, no período de março de 2011 a agosto de 2014, em horários diversos, exercia a atividade de Acupuntura Chinesa em sua residência. Após diversas reclamações de vizinhos pela excessiva circulação de pessoas no prédio, o síndico ofereceu noticia crime na delegacia e Luana veio a ser denunciada posteriormente, em processo-crime, pela prática do crime de exercício ilegal da medicina, previsto no art.282, do Código Penal, sob o argumento de que a atividade de Acupuntura é considerada uma especialidade médica segundo Resolução do Conselho Federal de Medicina n° 1973/11. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a norma penal, tipo penal e tipicidade, responda às questões formuladas: 
a) É correto afirmar que a figura típica prevista no art.282, do Código Penal, configura norma penal do mandato em branco? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
b) Com base nos estudos realizados sobre tipo penal e tipicidade, apresente as teses defensivas a serem utilizadas para exclusão da responsabilidade penal. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Resposta: Caso concreto elaborado a partir de Informativo de Jurisprudência do STJ (março de 2016) acerca da atipicidade penal do exercício da acupuntura. Neste caso, o discente poderá analisar a ausência dos elementos constitutivos do delito previsto no art.282, CP, bem como sua caracterização como norma penal do mandato em branco. Segue, abaixo, ementa disponível no Informativo n. 0578, STJ: DIREITO PENAL. ATIPICIDADE PENAL DO EXERCÍCIO DA ACUPUNTURA. O exercício da acupuntura não configura o delito previsto no art. 282 do CP (exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica). É cediço que o tipo penal descrito no art. 282 do CP é norma penal em branco e, por isso, deve ser complementado por lei ou ato normativo em geral, para que se discrimine e detalhe as atividades exclusivas de médico, dentista ou farmacêutico. Segundo doutrina, "A complementação do art. 282 há de ser buscada na legislação federal que regulamenta as profissões de médico, dentista ou farmacêutico. Dispõem sobre o exercício da medicina a Lei n. 3.268, de 20.09.57 e o Dec. n. 20.931, de 11.01.32". Das referidas leis federais, observa-se que não há menção ao exercício da acupuntura. Nesse passo, o STJ reconhece que não há regulamentação da prática da acupuntura, sendo da União a competência privativa para legislar sobre as condições para o exercício das profissões, consoante previsto no art. 22, XVI, da CF (RMS 11.272-RJ, Segunda Turma, DJ 4/6/2001). Assim, ausente complementação da norma penal em branco, o fato é atípico. RHC 66.641 -SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 3/3/2016, DJe 10/3/2016. 
Questão objetiva. Sobre tipicidade, considere as afirmações abaixo. 
I - Os princípios da insignificância penal e da adequação social se identificam, ambos caracterizados pela ausência de preenchimento formal do tipo penal. 
II - Tipicidade legal é a individualização que a lei faz da conduta, mediante o conjunto dos elementos descritivos e valorativos (normativos) de que se vale o tipo legal. 
III - A tipicidade conglobante é um corretivo da tipicidade legal, posto que pode excluir do âmbito do típico aquelas condutas que apenas aparentemente estão proibidas. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II e III. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II.
Jonas e Tenório, que exercem a mesma função, estão trabalhando dentro de um armazém localizado no Porto de Salvador, quando se inicia um incêndio no local em razão de problemas na fiação elétrica. Existe apenas uma pequena porta que permite a saída dos trabalhadores do armazém, mas em razão da rapidez com que o fogo se espalha, apenas dá tempo para que um dos trabalhadores saia sem se queimar. Quando Jonas, que estava mais próximo da porta, vai sair, Tenório, desesperado por ver que se queimaria se esperasse a saída do companheiro, dá um soco na cabeça do colega de trabalho e passa à sua frente, deixando o armazém. Jonas sofre uma queda, tem parte do corpo queimada, mas também consegue sair vivo do local. Em razão do ocorrido, Jonas ficou com debilidade permanente de membro.Dos fatos narrados, Tenório restou denunciado em processo-crime pela conduta de crime de lesão corporal grave, sendo o fato típico, ilícito e culpável (art.129, §1º, III, do Código Penal). (Questão de Concurso Público -MODIFICADA) 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre ilicitude e causas excludentes, responda de forma objetiva e fundamentada: qual a tese defensiva a ser apresentada por Tenório? 
Resposta: Caso concreto elaborado a partir de questão de concurso público e modificada para atender a maturidade acadêmica discente (Ano:2016 Banca: FGV. Órgão: CODEBA. Prova: Analista Portuário - Advogado:). Tem por elemento de discussão as espécies de causas excludentes de ilicitude e respectivas teorias a serem aplicadas. Cabe salientar que se trata de questão objetiva, cujo gabarito oficial é: [...] a conduta está amparada pelo instituto do estado de necessidade, causa de exclusão da ilicitude [...]
Questão objetiva. Carlos e seu filho de dez anos caminhavam por uma rua com pouco movimento e bastante escura, já de madrugada, quando são surpreendidos com a vinda de um cão direção deles. Quando o animal iniciou o ataque contra a criança, Carlos, que estava armado e tinha autorização para assim se encontrar, efetuou um disparo na direção do cão, que não foi atingido, ricocheteando a bala em uma pedra e acabando por atingir o dono do animal, Leandro, que chegava correndo em sua busca, pois notou que ele fugira clandestinamente da casa. A vítima atingida veio a falecer, ficando constatado que Carlos não teria outro modo de agir para evitar o ataque do cão contra o seu filho, não sendo sua conduta tachada de descuidada. 
Diante desse quadro, assinale a opção que apresenta a situação jurídica de Carlos: 
a) Carlos atuou em legítima defesa de seu filho, devendo responder, porém, pela morte de Leandro. 
b) Carlos atuou em estado de devendo responder, porém, pela morte de Leandro. 
c) Carlos atuou em estado de necessidade e não deve responder pela morte de Leandro. 
d) Carlos atuou em estado de necessidade putativo, razão pela qual não deve responder pela morte de Leandro.
A Polícia Federal concluiu que os policiais militares que entraram em confronto com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Quedas do Iguaçu, no oeste do Paraná, agiram em legítima defesa. A conclusão faz parte do inquérito policial federal que investiga o enfrentamento ocorrido no dia 7 de abril, quando dois sem-terra morreram e ao menos seis ficaram feridos. Em nota, a PF diz que foram ouvidas 28 pessoas, feitas perícias em veículos, além da simulação do confronto e a necropsia no corpo dos dois mortos. “Concluiu-se que a ação policial resultou da utilização proporcional do uso da força em legítima defesa, não tendo sido detectado excesso por parte dos policiais envolvidos”, aponta o documento. O inquérito, que será encaminhado ao Ministério Público Estadual (MP-PR) em Quedas do Iguaçu, relata ainda que nenhum integrante do MST foi indiciado, já que nenhuma outra pessoa portava “armas de fogo no momento do confronto, exceto dois integrantes que vieram a falecer no local” e os policiais. Detalhes sobre o que foi apurado pela PF devem ser informados pelo delegado responsável pelo caso em uma coletiva de imprensa marcada para as 17h na delegacia de Cascavel. Ao G1 a assessoria de imprensa do MST informou que os advogados que atuam no caso ainda não receberam o resultado do inquérito e que por isso não devem se pronunciar por enquanto. Investigações O caso também é investigado internamento pela Polícia Militar e pela Polícia Civil, cujo inquérito foi encaminhado no dia 15 de abril incompleto ao Ministério Público (MPPR), que o devolveu e solicitou mais informações. Na época, a delegada Ana Karine Palodetto declarou que, pela falta de depoimentos de alguns sem-terra que foram intimados e não compareceram à delegacia, não foi possível definir de quem partiu o primeiro tiro. Tanto os policiais como os sem-terra garantem que foram vítimas de uma emboscada, mas divergem nas versões. Enquanto um dos integrantes do MST feridos e detidos no mesmo dia do confronto diz que a polícia foi a primeira a atirar, outro afirma ter partido dos próprios sem-terra o primeiro disparo. Esta é a mesma versão defendida pelo advogado do MST, Claudemir Torrente Lima, o qual acrescenta inclusive que os acampados foram atingidos pelas costas. O confronto ocorreu na Linha Fazendinha, próximo ao acampamento Dom Tomás Balduíno, quando policiais ambientais disseram ter sido acionados para atender um suposto princípio de incêndio na área de reflorestamento da Araupel. Na época, o acampamento reunia 2,5 mil famílias. 
A partir dos estudos realizados sobre causas excludentes de ilicitude, indaga-se: 
a) Os policias militares somente poderiam alegar legítima defesa ou também seria possível a alegação de estado de necessidade ou estrito cumprimento do dever legal? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Resposta: A notícia veicula a tese defensiva apresentada pelos policias militares de legítima defesa. A primeira indagação tem por objeto o reconhecimento de que, por expressa previsão legal, não é possível ao agente garantidor por força de lei (art.13, §2º, a) e art.24, §1º, ambos do Código Penal) suscitar como tese defensiva o estado de necessidade de modo a restar a tese de legítima defesa a partir do fundamento de que a pessoa, não o agente público, defendeu-se de injusta agressão, atual ou iminente. 
b) Caso, efetivamente, no curso da ação penal, fosse caracterizada a legítima defesa por parte dos policiais militares, mas através da tese apresentada pelo advogado do MST fosse comprovada a ocorrência de excesso por parte dos policiais militares, qual seria a correta fundamentação da defesa do MST? 
Resposta: Com relação à segunda questão, devemos destacar a denominada “legítima defesa sucessiva” caracterizada como a legítima defesa exercida pelo inicialmente agressor face ao excesso da legítima defesa praticada pela, inicialmente, vítima. Questão objetiva: Letra B. (Ano: 2013. Banca: UEG. Órgão: PC-GO. Prova: Delegado de Polícia - 2ª prova)
Questão objetiva. Policial que, encontrando-se em situação de troca de tiros com delinquente, acerta um deles causando-lhe a morte, poderá ter excluída a ilicitude pela causa justificante: 
a) estado de necessidade 
b) legítima defesa 
c) exercício regular de direito 
d) estrito cumprimento do dever legal
Caso concreto 13-
Leia a notícia transcrita abaixo e responda às questões formuladas:
Homem é morto em briga por uma dose de pinga e suspeito é preso Crime aconteceu na madrugada desta quarta-feira, em Aquidauana, MS. Preso confessou o homicídio.
Disponível em: 1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/08/homem-e-morto-embriga-por-uma-dose-de-pinga-e-suspeito-e-preso.html
Um homem de 53 anos foi morto na madrugada desta quarta-feira (24), em Aquidauana, a 131 quilômetros de Campo Grande, durante briga por causa de uma dose de pinga. Segundo informações do boletim de ocorrência, o crime aconteceu no bairro Alto, perto da rodoviária do município. Testemunhas falaram sobre o suspeito e como ele é conhecido da Polícia Militar (PM), policiais foram até a casa dele. O suspeito, de 35 anos, foi encontrado na residência dele e confessou o crime. Ele disse aos policiais que brigou com a vítima por causa da dose de pinga e que deu três golpes com uma tampa de metal na cabeça dela. O caso foi registrado como homicídio. 
A partir dos estudos sobre culpabilidade, responda: caso o agente estivesse embriagado seria aplicável a tese defensiva de exclusão de punibilidade? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Resposta: O caso concreto narrado será utilizado como disparador da identificação das espécies de embriaguez e consequências penais. Caso ele tivesse se embriagado de forma voluntária no bar não seria possível a exclusão de sua responsabilidade penal, na medida em que a lei expressamente prevê a exclusão da pena somente nos casos de embriaguez acidental (oriunda de caso fortuito ou força maior), desde que a embriaguez seja completa (art.28, §1º, do Código Penal). Ainda, cabe salientar que a conduta de homicídio seria qualificada pelo motivo fútil, previsto no art.121, §2º, II, do Código Penal, pois o motivo determinante do crime, a briga decorrente da dose de pinga, seria considerada frívola, bem como daria ensejo à aplicação dos institutos repressores da lei de crimes hediondos, de acordo com o art.1º, I, da lei n.8072/1990. 
Questão objetiva. 
No que concerne à exigibilidade de conduta diversa e hipótesesde sua exclusão, é correto afirmar que a: 
a) embriaguez proveniente de caso fortuito é hipótese de inexigibilidade de conduta diversa. 
b) exclusão da culpabilidade pela obediência hierárquica exige ordem não manifestamente ilegal. 
c) coação moral resistível é considerada causa supralegal de inexigibilidade de conduta diversa. 
d) coação irresistível, Física ou moral, conduz á inexigibilidade de conduta diversa. 
e) exigibilidade de conduta diversa é elemento da culpabilidade criado pelas teorias funcionalistas.

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