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AULA VIII: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE OBJETIVOS: Levar o aluno a reconhecer, a partir das características clínicas e diretrizes diagnósticas, os seguintes transtornos: Agorafobia, Ansiedade Social, Fobia Específica, Transtorno de Ansiedade Generalizada, Transtorno do Pânico; Levar os alunos a distinguir ansiedade normal da patológica; MEDO Amigdala Hipocampo Hipotálamo Tálamo MEDO AMÍGDALA: responsável pela percepção de ameaça Mensageira responsável pelas informações que chegam HIPOCAMPO: responsável pela memória, principalmente as emotivas HIPOTÁLAMO: responsável pela tomada de decisões em nível subconsciente É uma informação de fato ameaçadora? Estamos em perigo ou não? TÁLAMO: mensageiro do que sai para o organismo NEUROFISIOLOGIA DO MEDO MEMÓRIA PARA O MEDO O ser humano tende a selecionar estímulos ambientais e gravar em sua memória as situações de ameaça e perigo muito mais do que àquelas de não ameaça MEMÓRIA PARA O MEDO Imitação: mesmo quando um estímulo não está presente, tendemos a entrar em estado de alerta quando identificamos uma pessoa com medo COMPREENDENDO A ANSIEDADE “...o medo, em uma medida certa, deve ser entendido como uma função do comportamento humano saudável, necessária e imprescindível para a proteção do ser humano diante dos perigos que 0 rodeiam” (Barbosa, p.16) A ansiedade é biologicamente determinada, uma proteção natural e positiva por garantir a sobrevivência da espécie A ansiedade é um padrão de mudanças comportamentais, subjetivas, afetivas, cognitivas e fisiológicas Fisiológicas: ativação autonômica de preparação para lutar, fugir ou congelar Comportamentais: mobilização para fuga ou defesa, inibição dos comportamentos de risco para maximizar segurança, desativação das respostas motoras Subjetivas/afetivas: sensação de medo e apreensão, sentimento de desrealização Cognitivas: hipervigilância e autoconsciência, baixa-concentração, inabilidade para concentrar ANSIEDADE: QUATRO CLASSES DE REAÇÕES REAÇÕES NEUROFISIOLÓGICAS Aumento de frequência cardíaca Falta de ar Sudorese Tremor/agitação Tensão muscular Formigamento/dormência de membros ANSIEDADE: QUATRO CLASSES DE REAÇÕES REAÇÕES COMPORTAMENTAIS Evitação de sinais ou situações de ameaça Segurança / reasseguramento Inquietação / agitação Hiperventilação Congelamento ANSIEDADE: QUATRO CLASSES DE REAÇÕES REAÇÕES EMOCIONAIS Nervoso Tenso Temeroso Irritável Frustrado Irriquieto ANSIEDADE: QUATRO CLASSES DE REAÇÕES REAÇÕES COGNITIVAS Medo de perder controle Medo de ferimento físico Medo da avaliação negativa dos outros Memória deficiente Atenção e hipervigilância aumentada GIRO DO CÍNGULO AMÍGDALA COMPREENDENDO A ANSIEDADE A ansiedade é controlada pelo Sistema Nervoso Autônomo (SNA) O SNA regula a atividade visceral do corpo: músculos involuntários e glândulas Compõe-se por três divisões anatômicas: Simpático: estimula ações que permitem ao organismo responder a situações de estresse. Essas ações são: a aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, o aumento da adrenalina, a concentração de açúcar no sangue e pela ativação do metabolismo geral do corpo e processam-se de forma automática, independentemente da nossa vontade. Parassimpático: responsável por estimular ações que permitem ao organismo responder a situações de calma. Essas ações são: a desaceleração dos batimentos cardíacos, diminuição da pressão arterial, a diminuição da adrenalina e a diminuição do açúcar no sangue. Entérico: intestino Fisiologia: Controle da musculatura lisa: visceral e vascular Secreção das substâncias exócrinas e algumas das endócrinas Controla alguns processos metabólicos MEDO – ANSIEDADE - EVOLUÇÃO Respostas de luta e fuga Preparam o indivíduo para situações de ameaça Responsáveis pela sobrevivência da espécie e por isso tiveram um papel evolutivo importante Ontológico: indivíduo Filogenético: espécie MEDO E ANSIEDADE MEDO: alarme primitivo à resposta de perigo presente ou iminente ao indivíduo Estado neurofisiológico ANSIEDADE: conjunto de respostas orientadas ao futuro, que pela antecipação do potencial aversivo ou perigoso da situação, gera percepção de incontrolabilidade e/ou imprevisibilidade COMPREENDENDO A ANSIEDADE Ser ansioso: sensação de tensão, apreensão e inquietação, dominando todos os demais aspectos de nossa personalidade Estar ansioso: é tudo isso acompanhado por manifestações orgânicas tais como palpitações, suor intenso, tonturas, náuseas, dificuldade respiratória, extremidades frias, etc. Os pacientes ansiosos tendem a super-avaliar o objeto do medo, e sub-avaliar as forças e capacidades pessoais Há uma interpretação dos estímulos como perigosos ou ameaçadores ao bem estar físico ou psicológico Há uma subestimativa dos recursos pessoais para lidar com eles e das possibilidades de ajuda provenientes do ambiente NORMAL X PATOLÓGICO COGNIÇÃO DISFUNCIONAL Avaliação errônea de perigo Erros de processamento a respeito da magnitude da ameaça comparada com situações objetivas FUNCIONAMENTO PREJUDICADO Interfere diretamente em atividades importantes da vida do indivíduo Necessidade de enfrentar a ameaça percebida Interferência em outras funções mentais importantes NORMAL X PATOLÓGICO ALARMES FALSOS Ausência de estímulo ameaçador Situações até então não ameaçadoras passam a ser Espontâneo ou aprendido MANUTENÇÃO Situações de ansiedade desaparecem em certo tempo Dificuldade de suprimir sensações de ansiedade Sensação aumentada de apreensão subjetiva Ex.: barulho no berçário HIPERSENSIBILIDADE A ESTÍMULOS Medo que é ativado em situações de intensidade relativamente leve de ameaça Ativação de áreas cerebrais de risco mesmo sem julgamento Perigo potencial X perigo real TRANSTORNOS DE ANSIEDADE “Os transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados. Medo é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida, enquanto que ansiedade é a antecipação de ameaça futura... Altamente comórbidos entre si, podem ser diferenciados pelo exame detalhado dos tipos de situações que são temidos ou evitados e pelo conteúdo dos pensamentos ou crenças associados” (DSM V) TRANSTORNOS DA ANSIEDADE Os transtornos de ansiedade correspondem aos estados de ansiedade (estar ansioso) em indivíduos que possuem uma personalidade ansiosa de fundo ou base (ser ansioso) O ser se une ao estar em uma personalidade já ansiosa, estados severos de desconforto e sofrimento são gerados “Para se fazer o diagnóstico de uma síndrome ansiosa, também é necessário verificar se os sintomas aniosos causam sofrimento clinicamente significativo e prejudicam a vida social e ocupacional...” (Dalgalarrondo, p. 304) Existem múltiplas formas, porém há um ponto em comum (matriz): Personalidade ansiosa Comportamento de esquiva Dois grupos: Quadros em que a ansiedade é constante e permanente Quadros em que há crises de ansiedade abruptas e mais ou menos intensas MEDO E ANSIEDADE – DSM V Esses dois estados se sobrepõem, mas também se diferenciam: o medo está com mais frequência associado a períodos de excitabilidade autonômica aumentada, necessária para luta ou fuga, pensamentos de perigo imediato e comportamentos de fuga a ansiedade é mais frequentemente associada a tensão muscular e vigilância em preparação para perigo futuro e comportamentos de cautela ou esquiva ataques de pânico se destacam dentro dos transtornos de ansiedade como um tipo particular de resposta ao medo, não estão limitados aos transtornos de ansiedade e também podem ser vistos em outros transtornos mentais ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO O indivíduo é apreensivo ou ansioso quanto à separação das figuras de apego até um ponto que é impróprio para o nível de desenvolvimento Existe medo e ansiedade persistente quanto à ocorrência de dano às figuras de apego e em relação a eventos que poderiam levar a perda ou separação de tais figuras e relutância em se afastar delas Pesadelos e sintomas físicos de sofrimento Frequência maior na infância, mas também podem se manifestar na idade adulta MUTISMO SELETIVO Caracterizado por fracasso consistente para falar em situações sociais nas quais existe expectativa para que se fale (ex.: na escola, festas), mesmo que o indivíduo fale em outras situações O fracasso para falar acarreta consequências significativas em contextos de conquistas acadêmicas ou profissionai ou interfere em outros aspectos na comunicação social normal FOBIA ESPECÍFICA São apreensivos, ansiosos ou se esquivam de objetos ou situações circunscritos Ideação cognitiva específica não está caracterizada nesse transtorno como está em outros transtornos de ansiedade Medo, ansiedade ou esquiva é quase se pre imediatamente induzido pela situação fóbica, até um ponto em que é persistente e fora de proporção em relação ao risco real que se apresenta Existem vários tipos de fobias específicas: a animais, ambiente natural, sangue-injeção-ferimentos, situacional e outros TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL O indivíduo é temeroso, ansioso ou se esquiva de interações e situações sociais que envolvem a possibilidade de ser avaliado Estão inclusas situações sociais como encontrar-se com pessoas que não são familiares, situações em que o indivíduo pode ser observado comendo ou bebendo e situações de desempenho diante de outras pessoas A ideação cognitiva associada é a de: ser avaliado negativamente pelos demais, ficar embaraçado, ser humilhado ou rejeitado ou ofender os outros TRANSTORNO DE PÂNICO O indivíduo experimenta ataques de pânico inesperados recorrentes e está persistentemente apreensivo ou preocupado com a possibilidade de sofrer novos ataques de pânico ou alterações desadaptativas em seu comportamento devido aos ataques de pânico Esquiva de exercícios ou de locais que não são familiares TRANSTORNO DE PÂNICO ATAQUES DE PÂNICO A ansiedade se manifesta sob forma de crises intermitentes, com a eclosão de vários sintomas ansiosos, em número e intensidade significativas Início repentino e desencadeadas por determinadas condições TRANSTORNO DE PÂNICO As crises/ataques se tornam recorrentes Desenvolvimento de medo de ter novas crises Preocupações sobre possíveis implicações/consequências da crise Sofrimento subjetivo significativo TRANSTORNO DE PÂNICO ATAQUES DE PÂNICO APREENSÃO EVITAÇÃO AGORAFOBIA São apreensivos e ansiosos acerca de duas ou mais das seguintes situações: usar transportes públicos estar em espaços abertos estar em lugares fechados ficar em uma fila ou estar no meio de uma multidão estar fora de casa sozinho O indivíduo teme essas situações devido aos pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que pode não haver auxílio disponível caso desenvolva sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedores As situações quase sempre induzem medo ou ansiedade e com frequência são evitadas ou requerem a presença de um acompanhante TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA Preocupação e ansiedade persistentes e excessivas acerca de vários domínios, incluindo desempenho no trabalho e escolar, que o indivíduo encontra dificuldade em controlar São experimentados sintomas físicos, incluindo: inquietação ou sensação de “nervos à flor da pele”; fatigabilidade; dificuldade de concentração ou “ter brancos”; irritabilidade; tensão muscular; perturbação do sono
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