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DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 2 ppt

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DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
EMENTA.
Crimes contra a Administração Pública. Considerações Gerais.
Crimes contra a Administração Pública praticados por funcionário público.
OBJETIVOS.
Analisar a aplicação, nos casos concretos apresentados, dos princípios constitucionais aos crimes contra Administração Pública, inclusive, o princípio da insignificância.
Diferenciar os crimes funcionais próprios e impróprios para fins de aplicação do preceito estabelecido no art. 30, do Código Penal.
Identificar, nos casos concretos apresentados, os delitos contra a Administração Pública praticados por funcionário público e respectiva responsabilidade penal do agente.
CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA FINS PENAIS: toda a atividade funcional do Estado, seja subjetivamente (órgãos instituídos para a concreção de seus fins), seja objetivamente (atividade estatal realizada com fins de satisfação do bem comum). (PRADO, Luiz Regis, v.1 pp 387/388).
PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 Legalidade, impessoalidade, eficiência e moralidade pública. 
 Lesiona-se a probidade administrativa.
CONCURSO DE PESSOAS E COMUNICABILIDADE DA ELEMENTAR FUNCIONÁRIO PÚBLICO: 
ART. 30, CP . Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. 
DISTINÇÃO ENTRE CRIMES FUNCIONAIS PRÓPRIOS E IMPRÓPRIOS. -> Elementar funcionário público
CONCEITOS DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO E, FUNCIONÁRIO PÚBLICO POR EQUIPARAÇÃO, PREVISTOS NO CÓDIGO PENAL;
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 
Ainda, são considerados funcionários públicos por equiparação: 
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
Distinção entre o conceito de funcionário público, previsto no Código Penal, e autoridade pública, prevista na Lei n 4898/1965 – art.5º.
A APLICAÇÃO DO PRINCIPIO DA INSIGNIFICÂNCIA AOS CRIMES CONTRA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
REQUISITOS. 
a) mínima ofensividade da conduta do agente, 
b) nenhuma periculosidade social da ação, 
c) reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento 
d) inexpressividade da lesão jurídica provocada.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO. 
1. PECULATO. 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Art.313, caput, CP Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
A Reparação do dano: perdão judicial ou causa de diminuição de pena nos casos de peculato culposo (art.312, §§2º e 3º)
Anterior à sentença condenatória irrecorrível →extinção de punibilidade 
ou 
Posterior à sentença condenatória irrecorrível →causa de diminuição de pena (1/2)
Controvérsia: Possibilidade Peculato de uso. Obs. art. 9º, IV, da Lei n.° 8.429/92 – improbidade administrativa. 1º, II, do Decreto-Lei n.° 201/67 – prefeitos.
PECULATO ELETRÔNICO: Forma especial do delito de peculato e configura-se como delito de mera atividade. Inserção de dados falsos em sistema de informações. 
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
PECULATO mediante erro de outrem: 
Art.313, caput, CP - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Confronto entre o delito de peculato e os delitos falsificação de documento e uso de documento falso.
2. CONCUSSÃO. Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Crime funcional impróprio. 
 Delito Formal. 
 Distinção dos delitos de extorsão (art.158, CP) e corrupção passiva (art.317, CP)
Excesso de exação.
§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. Atenção : somente pode ser sujeito ativo o funcionário encarregado da arrecadação.
Forma qualificada §2º 
§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
Atenção. Caso o agente desvie a quantia após sua inclusão aos cofres públicos o delito será de peculato.
3. CORRUPÇÃO PASSIVA. 
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
Rompimento à teoria unitária do concurso de pessoas previsto no art.29, do Código Penal – ART.317 e ART. 333, CP.
Configura-se como tipo penal de ação múltipla ou tipo misto alternativo face à possibilidade da realização das seguintes condutas:
a) solicitar vantagem indevida – a proposta emana do agente público e consuma-se independemente da entrega da vantagem; 
 b) receber vantagem indevida - a proposta emana do terceiro e consuma-se no momento em que o agente recebe a vantagem indevida. 
 c) aceitar promessa de tal vantagem: neste caso, não é necessário o recebimento da vantagem; o delito restará consumado com o mero consentimento do agente público. 
Nas condutas de receber vantagem indevida ou aceitar promessa de tal vantagem haverá bilateralidade de condutas – corrupção ativa e passiva. 
Art. 333, CP - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa
Elementar “direta ou indiretamente”: obtenção da vantagem indevida mediante interposta pessoa.
A conduta obrigatoriamente deve guardar relação com a função exercida pelo funcionário público.
→ a prática comissiva ou omissiva deve ser de competência específica do funcionário público. 
→ caso não seja de competência específica do funcionário público → art.332, CP (Tráfico de Influência).
A vantagem indevida pode ser de cunho patrimonial, sexual, sentimental etc.
Controvérsia: Incidência dos princípios da insignificância e adequação social.
CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA: (art.317, §2º, CP). 
Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Distinção do delito de Prevaricação – art.319, CP
CORRUPÇÃO PASSIVA QUALIFICADA: § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
ATENÇÃO ! Na figura do caput, o funcionário público não deixa de praticar o ato de sua competência específica; já no §1º, agente público realiza o prometido ao terceiro na condutaprevista no caput .
CONFRONTO COM O DELITO DE CONCUSSÃO. 
 CONFRONTO COM O DELITO DE E PREVARICAÇÃO.
Atenção: Confronto com a lei n.12846/2013 (lei anticorrupção) Responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
4. PREVARICAÇÃO. 
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa
Crime funcional próprio. 
 Tipo subjetivamente complexo. 
 Delito formal →Admite a modalidade tentada nas condutas comissivas. 
 Interesse ou sentimento pessoal → interesse que não tenha caráter econômico, mas no qual o agente público coloca seu interesse acima do interesse público 
Confronto com o delito de corrupção passiva privilegiada – art.317§2º, CP.
PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA Prevaricação de agente penitenciário Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: 
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Figuras Típicas Especiais de Prevaricação: 
• Lei n. 1079/1950: Presidente da República, Ministros de Estado, Ministros do Supremo Tribunal Federal e Procurador Geral da República. 
• Lei n. 6766/1979 e Dec. Lei n. 201/1967: Prefeitos. 
• Lei n.7492/1986: Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. 
• Lei n.4737/1965: Crimes Eleitorais. 
5.CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA 
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Crime funcional próprio. 
Delito formal. 
“indulgência” - clemência, tolerância para com a falta de subalterno. 
Confronto com o delito de Prevaricação.
FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO 
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334): Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
Nesta figura típica o legislador rompeu com a teoria unitária do concurso de pessoas na medida em que optou por tipificar a conduta do agente que, na verdade, realiza conduta acessória às condutas de contrabando ou descaminho.
A expressão contrabando compreende toda a “importação ou exportação cujo ingresso ou saída do País seja absoluta ou relativamente proibida”(PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. v.3.6.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010, p.448449).
A expressão descaminho, compreende “toda fraude empregada para iludir, total ou parcialmente, o pagamento de impostos de importação, exportação ou consumo (cobrável na própria aduaneira antes do desembaraço das mercadorias importadas)” (idem). 
Trata-se de delito formal e plurissubsistente, logo admite a modalidade tentada.
Competência. Verbete de Súmula n. 151, do Superior Tribunal de Justiça. A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens.
Incidência do Princípio da insignificância: 
1. FALSIFICAÇÃO DE NOTAS FISCAIS e DESCAMINHO. INSIGNIFICÂNCIA Este Superior Tribunal de Justiça tem entendimento firme no sentido de que, na hipótese em que aplicado o princípio da insignificância ao delito de descaminho, é possível afastar a tipicidade do crime de falso quando praticado como conduta-meio à consecução daquele. Ademais, é irrelevante, para tanto, o momento de apresentação do documento falso perante a autoridade fazendária.(AgRg no REsp 1347057 / PR. AGO 2016) 
Ainda, caso o valor das mercadorias não ultrapasse R$ 10.000,00 questionase sobre a aplicação do princípio da insignificância. Sobre o tema vide o arte 20 da Lei nº 10.522/02. 
Art. 20. Serão arquivados, sem baixa na distribuição, mediante requerimento do Procurador da Fazenda Nacional, os autos das execuções fiscais de débitos inscritos como Dívida Ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de valor consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). 
AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL. DESCAMINHO. INSIGNIFICÂNCIA. PARÂMETRO. DEZ MIL REAIS. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA Nº 1.112.748/TO. PORTARIA Nº 75/2012 DO MINISTÉRIO DA FAZENDA. INAPLICABILIDADE. IRRETROATIVIDADE DA PORTARIA N. 75 DO MINISTÉRIO DA FAZENDA. PRECEDENTES. 
1. Definindo o parâmetro de quantia irrisória para fins de aplicação do princípio da insignificância aos crimes de descaminho, a Terceira Seção deste Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso Especial Representativo de Controvérsia nº 1.112.748/TO, pacificou o entendimento no sentido de que o valor do tributo elidido a ser considerado é aquele de R$ 10.000,00 (dez mil reais) previsto no artigo 20 da Lei nº 10.522/02, raciocínio que se aplica também aos delitos de apropriação indébita previdenciária.
Esse raciocínio restou ratificado na assentada de 12 de novembro de 2014, no julgamento do Resp 1.393.317/PR e do Resp 1.401.424/PR pela aludida Seção, no sentido de que não tem aplicação qualquer parâmetro diverso de R$ 10.000,00, notadamente o de R$ 20.000,00 previsto na Portaria nº 75/2012 do Ministério da Fazenda, que regulamenta não a Lei nº 10.522/02, mas o Decreto-Lei nº 1.569/77, cujo artigo 5º autoriza o Ministro da Fazenda a sustar a cobrança judicial dos débitos de comprovada inexequibilidade e de reduzido valor. 
3. Tal parâmetro não está necessariamente atrelado aos critérios fixados nas normas tributárias para o ajuizamento da execução fiscal, regida pelos critérios de eficiência, economicidade e praticidade e não sujeita a um patamar legal absoluto, mas decorre de construção jurisprudencial erigida a partir de medida de política criminal em face do grau de lesão à ordem tributária que atribua relevância penal à conduta, dada a natureza fragmentária do direito penal. 
4. Ainda que se entendesse que o limite a ser aplicável para fins de incidência do princípio da insignificância seria o de R$ 20.000,00, nos termos do estabelecido na Portaria MF nº 75/2012, referido ato "não retroage para alcançar delitos de descaminho praticados em data anterior à vigência da referida portaria, porquanto não é esta equiparada a lei penal, em sentido estrito, que pudesse, sob tal natureza, reclamar a retroatividade benéfica, conforme disposto no art. 2º, parágrafo único, do CPP" (AgRg no REsp 1402617/PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, DJe 10/03/2015).
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA 
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.
A expressão patrocinar compreende as condutas de proteger, beneficiar ou defender, direta ou indiretamente, interesse privado, que pode ser legítimo ou não (NUCCI, Guilherme de Souza. Material Didático, p. 1012)
► O patrocínio como pode configurar-se como mero “favor”, não sendo exigido, portanto, que o agente público receba qualquer vantagem. 
► Delito Formal. 
► Admite-se o concurso formal de crimes com os delitos de concussão (art.316, CP), corrupção ativa (art.333, CP) e corrupção passiva (art.317, CP). 
CONCURSO DE CRIMES 
Nos casos de crimes contra a Ordem Tributária ou relacionados à Licitação Pública, reger-se-ão pelas regras especiais contidas, respectivamente, na Lei n. 8137/1990(art.3º) e Lei n.8666/1993 (art.91).
CONFRONTO COM O DELITO DE PREVARICAÇÃO. 
No delito de advocacia administrativa o agente público não temcompetência para a prática de determinado administrativo e se vale de sua função para influenciar aquele que possui a referida competência com o fim de auferir qualquer benefício a terceiro, estranho à Administração Pública.
 EXERCÍCIO FUNCIONAL ILEGALMENTE ANTECIPADO OU PROLONGADO 
Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
►Configura-se como norma penal do mandato em branco no que concerne à expressão “exigências legais”. 
► Configura-se como delito de mera atividade, sendo admissível a tentativa por tratar-se de delito plurissubsistente.
► A expressão “sem autorização” corresponde à elementar normativa do tipo a ser valorada no caso concreto. 
 ► Nos casos de exoneração, remoção, substituição ou suspensão, para a caracterização do delito essencial que o agente público tenha sido comunicado pessoalmente pela autoridade superior, não sendo a publicação em Diário Oficial suficiente para a configuração do delito. 
► Trata-se de delito formal, logo não exige para sua consumação o efetivo prejuízo à Administração Pública, todavia admite a tentativa, haja vista seu iter criminis ser fracionável. 
► Distinção entre exoneração remoção, substituição e suspensão: (NUCCI, Guilherme de Souza. Material Didático, p. 1016) 
● Exoneração: perda do cargo. 
● Remoção: mudança do funcionário de um posto para outro, sendo mantido o cargo. 
● Substituição: colocação de um funcionário em local de outro. 
● Suspensão: sanção disciplinar na qual o funcionário é afastado temporariamente de seu cargo ou função.
► Distinção entre cargo público e função pública: (NUCCI, Guilherme de Souza, p. 1020). 
● Cargo público: posto criado por lei na estrutura hierárquica da Administração Pública, com denominação e padrão de vencimentos próprios ocupado por servidor com vínculo estatutário. 
● Função pública: denominação residual, que envolve todo aquele que presta serviços para a administração embora não seja ocupante de cargo ou emprego.
Questões relevantes 
Competência para processo e julgamento dos crimes praticados por funcionário público federal. 
Verbete de Súmula n.147, Superior Tribunal de Justiça. Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função. 
Causa de aumento de pena. 
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.

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