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GUIA DE ESTUDO CONTABILIDADE GERAL AULA 06

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REAVALIAÇÃO DE ATIVOS – AULA 06 
 
Quando estudamos o dinâmico universo contábil, podemos notar que a 
exigibilidade de constante atualização do saber a cada dia torna-se um diferencial no 
cenário econômico. Isto acontece devido as recentes alterações nas normativas que 
regem este labor. 
Em virtude destes acontecimentos, alguns assuntos começam a receber certa 
relevância, pois em épocas de mudanças, a visão profissional normalmente é 
prejudicada como se fosse um nevoeiro e com isso, nem sempre as informações 
possuem clareza ou atitudes corretas podem ser tomadas. A Reavaliação de Ativos 
pode ser considerada um destes assuntos; mas você sabe o que significa? 
A Reavaliação de Ativos representa o procedimento contábil que visa, de uma 
forma direta, atualizar o valor de um ativo, na relação do valor contábil e seu valor de 
mercado, porém esta atualização não é uma simples correção monetária, e envolve 
avaliação técnica do bem. Podemos entender melhor este assunto ao iniciar o 
estudo por meio da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei nº 6.385, de 
7 de dezembro de 1976 na Lei nº 11.638/2007. Estas sofreram alterações instituídas 
pela Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007 (lei contábil) e da Lei nº 11.941/2009 
(lei fiscal). Além destas, o assunto é abordado por meio do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis: 
 CPC 27 (Ativo Imobilizado); 
 CPC 28 (Propriedade para Investimento); 
 CPC 37 (Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade); 
 CPC 43 (Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos). 
Para este estudo, iremos utilizar estas normativas, as quais podem ser 
facilmente encontradas no Porta do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 
http://www.cpc.org.br 
Outras normas complementam este tema, onde podemos identificar na NBC 
TG-27 alguns conceitos para um melhor entendimento: 
a) Valor contábil: é o valor pelo qual um ativo é reconhecido após a dedução 
da depreciação e da perda por redução ao valor recuperável acumuladas. 
b) Custo: é o montante de caixa ou equivalente de caixa pago ou o valor justo 
de qualquer outro recurso dado para adquirir um ativo na data da sua 
aquisição ou construção, ou ainda, se for o caso, o valor atribuído ao ativo 
quando inicialmente reconhecido de acordo com as disposições específicas 
de outras normas, como, por exemplo, a que se refere ao pagamento 
baseado em ações. 
c) Valor depreciável: é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o 
custo, menos o seu valor residual. 
d) Depreciação: é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao 
longo da sua vida útil. 
e) Valor específico para a entidade: é o valor presente dos fluxos de caixa que 
a entidade espera obter com o uso contínuo de um ativo e com a alienação 
ao final da sua vida útil ou incorrer para a liquidação de um passivo. 
f) Valor justo: é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entrepartes 
interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com 
ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que 
caracterizem uma transação compulsória. 
g) Perda por redução ao valor recuperável: é o valor pelo qual o valor contábil 
de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor 
recuperável. 
h) Ativo imobilizado: é o item tangível que é mantido para uso na produção ou 
fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para 
fins administrativos, e que se espera utilizar por mais de um período. 
i) Valor recuperável: é o maior valor entre o valor justo menos os custos de 
venda de um ativo e seu valor em uso. 
j) Valor residual de um ativo: é o valor estimado que a entidade obteria com a 
venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo 
já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil. 
k) Vida útil: é o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o 
ativo ou o número de unidades de produção semelhantes que a entidade 
espera obter pela utilização do ativo. 
Fonte: Adaptado de NBC TG-27 
Esta Norma Brasileira de Contabilidade, no seu conteúdo, ainda referencia 
outros documentos que podem complementar o estudo: 
 CVM 583/09 
 Resolução CFC 1281/2010 
 Resolução CFC 1269/2009 
 Resolução CFC 1025/2005 
 NBC TG-04 
 Instrução Normativa ANS 430/12 
 Circular SUSEP 430/12 
 Despacho ANEEL 4722/09 
No primeiro momento identificamos que o convívio com normativas regerá a 
vida do profissional contábil e este capítulo servirá como o incentivo inicial para o 
aprimoramento do conhecimento, quando falamos em Reavaliação de Ativos. 
 
1. Imobilizado: 
Desde a promulgação da Lei nº 11638/2007, quando diversas alterações 
contábeis foram implementas à Lei nº 6404/76; as entidades devem realizar uma 
análise em relação aos valores contabilizados no imobilizado (periodicamente), com 
intuito de ajustar seus critérios de avaliação (vida útil, depreciação, etc.). 
A integração entre essas normativas podem ser vislumbrada no item 54, parte 
da CPC 13, complementa ao definir o prazo para que as entidades providenciem 
estas mudanças, onde determina: 
 
“54. Neste momento de transição, o presente Pronunciamento 
excepciona que a primeira das análises periódicas referidas no item 
anterior produza efeitos contábeis até o término do exercício que se 
iniciar a partir de 1º de janeiro de 2009.” 
 
O item 139 da Orientação OCPC 02 esclarece o seguinte: 
 
“139. O CPC emitirá seu Pronunciamento Técnico CPC 27 – 
Imobilizado em 2009 e recomendará aos reguladores a sua aplicação em 
2010. Com isso, ainda podem ser utilizadas no exercício social de 2008 
as taxas que a empresa vinha normalmente utilizando, permitida, 
naturalmente, as mudanças por revisão de estimativas ou correção de 
erros. Mas, quando da adoção das novas regras em 2010, os efeitos do 
exercício social de 2009 deverão ser calculados para fins comparativos. 
Assim, sugerem-se controles para a implantação em breve desses 
novos procedimentos.” 
 
Com a emissão da CPC 27 no ano de 2009, passa a definir o conceito de 
valor depreciável e os critérios de análise sobre a vida útil dos bens, como pode ser 
visto a seguir nos itens 50 e 51. 
 
“50. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma 
sistemática ao longo da sua vida útil estimada. 
51. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao 
final de cada exercício, e, se as expectativas diferirem das estimativas 
anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança de estimativa 
contábil, segundo o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, 
Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.” 
 
Com esta pequena demonstração já podemos identificar a necessidade de 
adaptação na abertura do exercício de 2010, pois o ano de 2009 foi tratado como 
“exceção”. Nesta mesma data, será necessário realizar ajustes, como o do custo 
atribuído pelo valor justo (CPC 37 e 43). 
2. Taxas de Depreciação no Brasil 
Aproveitando as aberturas na legislação brasileira, um grande número de 
organizações aproveitaram para utilizar as taxas aceitas pela legislação tributária 
como taxa de depreciação. 
 
RIR/99 
Art. 310. A taxa anual de depreciação será fixada em função do 
prazo durante o qual se possa esperar utilização econômica do bem pelo 
contribuinte, na produção de seus rendimentos (Lei n º 4.506, de 1964, art. 
57, § 2 º ). 
§ 1 º A Secretaria da Receita Federal publicará periodicamente o 
prazo de vida útil admissível, em condições normais ou médias, para cada 
espécie de bem, ficando assegurado ao contribuinte o direito de computar a 
quota efetivamente adequada às condiçõesde depreciação de seus bens, 
desde que faça a prova dessa adequação, quando adotar taxa diferente (Lei 
n º 4.506, de 1964, art. 57, § 3 º ). 
§ 2 º No caso de dúvida, o contribuinte ou a autoridade lançadora do 
imposto poderá pedir perícia do Instituto Nacional de Tecnologia, ou de outra 
entidade oficial de pesquisa científica ou tecnológica, prevalecendo os prazos 
de vida útil recomendados por essas instituições, enquanto os mesmos não 
forem alterados por decisão administrativa superior ou por sentença judicial, 
baseadas, igualmente, em laudo técnico idôneo (Lei n º 4.506, de 1964, art. 
57, § 4 º ). 
§ 3 º Quando o registro do imobilizado for feito por conjunto de 
instalação ou equipamentos, sem especificação suficiente para permitir 
aplicar as diferentes taxas de depreciação de acordo com a natureza do bem, 
e o contribuinte não tiver elementos para justificar as taxas médias adotadas 
para o conjunto, será obrigado a utilizar as taxas aplicáveis aos bens de 
maior vida útil que integrem o conjunto (Lei n º 4.506, de 1964, art. 57, § 12). 
 
 Com base neste trecho do RIR/99, identifica-se que a visão da legislação 
tributária foi embasada pela vida útil média, a qual poderá sofrer um incremento 
exponencial conforme sua taxa de utilização, sem ser necessária a comprovação do 
decréscimo real da vida útil. Este foi um fator que pode ter sido responsável por 
diversas divergências no valor do ativo imobilizado. Desta forma, como regra geral, 
deverá ser seguida a tabela de depreciação fornecida pela RFB, por ter sido 
constituída com base em estudos prévios. É claro, que em diversas situações, o 
ativo após o período de depreciação ainda servirá como fonte de recursos para a 
entidade. Nesse caso, deve-se realizar o ajuste na conta do ativo e em contrapartida 
realizar o ajuste na conta do patrimônio líquido Ajustes de Avaliação Patrimonial; e 
na sequência, estabelecer um novo prazo de vida útil no início do próximo exercício, 
reforçando a aplicação dos Pronunciamentos CPC 27, CPC 37 e CPC 43. 
 
 
3. Avaliação inicial para o ativo imobilizado 
3.1 Custo Atribuído: 
 Mesmo com os temas abordados até o momento, as distorções podem 
continuar existindo no balanço patrimonial e na demonstração do resultado, pois é 
normal ocorrer variações nos preços dos ativos. 
 
Importante: 
Refere-se aos Ativos Imobilizados 
Não tem referência ao valor realizável líquido estudo na avaliação dos estoques 
 
No momento de adoção dos Pronunciamentos a entidade pode definir em 
seus saldos iniciais, informações relevantes sobre os bens ainda em operação e 
com perspectiva de geração de caixa futura. Neste caso, a normativa incentiva que o 
valor justo seja adotado como custo atribuído. Esta previsão é sustentada pela 
norma internacional IFRS 1 (D5~D8) e deverá neste momento ser indicada a vida útil 
remanescente ou valor residual do bem (definição da depreciação). 
 A medida que os exercícios futuros forem realizados, estes bens ao serem 
depreciados, amortizados ou baixados em contrapartida do resultado, deve ser 
realizada a transferência entre a conta Ajustes de Avaliação Patrimonial e Lucros ou 
Prejuízos Acumulados, ou dependendo do regime de tributação, da conta Tributos 
Diferidos Passivos para Tributos Correntes. Embora o valor tenha sofrido alteração, 
não é alterada a prática de custeio histórico como base. Um futuro reconhecimento 
da perda por recuperabilidade desse valor (CPC 01), deverá ser efetuado no mesmo 
período. 
 
Importante: 
Como existe a possibilidade de causar um impacto no resultado, todo este processo 
deverá ser divulgado por meio de nota explicativa. 
3.2 Revisão Inicial das Vidas Úteis 
 Existe uma vertente que acredita que a revisão da vida útil, assim como do 
valor residual, deve ser realizada a cada exercício, pois os bens podem sofrer 
impactos econômicos, tecnológicos, operacionais, etc. e realizando este 
procedimento, a confiabilidade destes itens será maximizada em todos exercícios. 
 
3.3 Custos Subsequentes 
 Os custos subsequentes não são reconhecidos no valor contabil do ativo, e 
sim no resultado quando ocorridos. 
3.4 Mensuração 
 Depois do reconhecimento do valor mensurado do ativo permanente, a 
entidade deve obedecer ao método de custo ou ao método de reavaliação e deve 
aplica-lo a um grupo inteiro de ativos imobilizados. 
 No método do custo, o ativo é reconhecido pelo custo subtraído da 
depreciação e perde referentes a ele. Neste caso utilizamos o conceito de valor 
líquido e valor em uso. 
 Para o método de reavaliação, é necessária uma mensuração, se permitida 
por lei, e o seu reconhecimento se dará pelo valor justo à data da reavaliação menos 
depreciação ou perda por valor recuperável. 
3.5 Depreciação / Alienação 
Apesar de não ser uma prática na maioria dos escritórios contábeis, neste 
caso a depreciação deve ser realizada individualmente no ativo, mesmo com a 
aplicação em grupo. 
Conforme a CPC 26, itens alienados devem sofrer a baixa no momento da 
alienação ou caso não tenha expectativa de benefícios futuros. 
 
4. Impairment Test 
 Com a impossibilidade da reavaliação dos ativos, a única saída disponível 
para as entidades é o conhecido “Teste de Impairment”. Este teste é baseado no 
valor recuperável do ativo, o qual é norteado pela CPC 01 em quase sua totalidade, 
tendo algumas exceções demonstradas no item 2. 
Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de 
ajuste para perdas por desvalorização de todos os ativos, exceto: 
(a) estoques (ver Pronunciamento Técnico CPC 16(R1) – 
Estoques); 
(b) ativos advindos de contratos de construção (ver 
Pronunciamento Técnico CPC 17 – Contratos de Construção); 
(c) ativos fiscais diferidos (ver Pronunciamento Técnico CPC 32 
– Tributos sobre o Lucro); 
(d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados (ver 
Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados); 
(e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos 
Pronunciamentos Técnicos do CPC que disciplinam instrumentos 
financeiros; 
(f) propriedade para investimento que seja mensurada ao valor 
justo (ver Pronunciamento Técnico CPC 28 – Propriedade para 
Investimento); 
(g) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola que sejam 
mensurados ao valor justo líquido de despesas de venda (ver 
Pronunciamento Técnico CPC 29 – Ativo Biológico e Produto 
Agrícola); 
(h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de 
direitos contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de 
seguro dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 – 
Contratos de Seguro; e 
(i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para 
venda) classificados como mantidos para venda em consonância com 
o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido 
para Venda e Operação Descontinuada. 
 
Entendendo na prática: 
(TCM RJ FGV – Resolvido por Bernardo Cherman) Segundo a Resolução CFC 
1.110/07, assinale o valor da variação que deverá sofrer o patrimônio da Empresa 
Industrial X ao efetuar, adequadamente, o lançamento contábil relativo ao teste de 
recuperabilidade do equipamento Y, sabendo-se que: 
 o valor de registro original do equipamento Y é $100.000,00; 
 a depreciação acumulada do equipamento Y, até a data do teste, é $40.000,00; 
 o valor de mercado do equipamento Y, na data do teste, é $ 62.000,00; 
 caso a Empresa X vendesse o equipamento Y, na data do teste, incorreria em 
gastos associados a tal transação no montante de $13.000,00; 
 caso a Empresa X não vendesse o equipamento Y e o continuasse utilizando no 
processo produtivo, seria capaz de produzir 10.000 unidadesdo produto Z por 
ano pelos próximos 3 anos; 
 o preço de venda do produto Z é $10,00 por unidade; 
 os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Z é 
$8,00; 
 o custo de capital da Empresa X é 10% ao ano; 
 
A Empresa X é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo. 
a) entre $ –15.000,00 e $ –10.801,00 
b) entre $ –10.800,00 e $ –5.001,00 
c) entre $ –5.000,00 e $ –1,00 
d) zero 
e) entre $1,00 e $2.000,00 
Resolução: 
1 – Cálculo do valor contábil: 
Valor do equipamento 100.000 
(-) Depreciação Acumulada (40.000) 
(=) Valor Contábil 60.000 
2 - Cálculo do preço de venda líquido (valor justo): 
Preço de venda 62.000 
(-) Despesas com vendas (13.000) 
(=) Valor justo (preço de venda líquido) 49.000 
3 – Cálculo do valor em uso do equipamento: 
Preço de venda unitário 10 
(-) Gastos incorridos na produção (8) 
(=) Lucro unitário 2 
(x) Quantidade produzida 10.000 unidades 
(=) Lucro Anual 20.000 
 
Considerando os três anos a empresa teria 60.000 de lucro. Como a questão nos dá 
o custo do capital empregado, consideramos que nesse lucro já está embutido esse 
custo. 
Nesse ponto, então, devemos levar os 3 valores (20.000 por ano) à data do teste 
considerando o custo de capital dado no problema (10% ao ano). Aqui usaremos a 
fórmula de juros compostos: 
M = C (1+ i)n Assim, C = M/ (1+i)n 
C = Capital na data atual 
M = Montante, Capital na data futura (20.000) 
i = taxa de custo do capital (10% = 0,1) 
n = período de tempo. 
 
Desse modo: 
 
1° ano 20.000/ (1+ 0,1) = 20.000/1,1 = 18.182 
2° ano 20.000/ (1+ 0,1)2 = 20.000/1,21 = 16.529 
3° ano 20.000/ (1+ 0,1)3 = 20.000/1,331 = 15.026 
Total valor em uso 49.737 
4 – Determinação do valor recuperável: 
O valor recuperável é o maior dentre o valor justo (49.000) e o valor em uso 
(49.737). Assim, o valor recuperável é de 49.737. 
5 – Determinar se há que se fazer provisão (para perdas estimadas): 
A provisão deverá ser feita quando o valor contábil (60.000) é maior que o valor 
recuperável (49.737). No nosso problema foi o que ocorreu. 
Dessa forma o valor da provisão seria: 60.000 – 49.737 = 10.263 
O lançamento contábil seria: 
D – Perda por Desvalorização (conta de resultado) 10.263 
C – Perdas pelo valor não recuperável (retificadora Imobilizado) 10.263 
 
(OLIVEIRA, SI) Imaginemos um bem do Ativo Imobilizado de uma entidade que 
figura no Balanço Patrimonial com os seguintes valores: 
 
Máquina / Equipamento – R$ 500.000,00 
(-) Depreciação Acumulada – (R$ 65.000,00) 
Valor contábil líquido - R$ 435.000,00 
 
Em seguida, determinados o valor recuperável desse bem, utilizando as duas 
hipóteses (valor líquido de venda e valor líquido de uso): 
 
a) Pelo valor líquido de venda 
Preço atual de venda estimado do bem – R$ 390.000,00 
(-) Custos dessa possível venda (R$ 85.000,00) 
Valor líquido de venda - R$ 305.000,00 
 
b) Pelo valor líquido de uso 
Receita de produção esperada com o bem – R$ 450.000,00 
(-) Custos estimados dessa receita esperada - (R$ 305.000,00) 
Valor líquido de uso - R$ 250.000,00 
 
Concluímos, assim, que o valor líquido de venda será assumido como valor 
recuperável desse ativo (lembrando: dos dois, o maior). 
Agora, efetuamos o teste de recuperabilidade, comparando o valor contábil líquido e 
o valor recuperável anteriormente definido: 
 
Valor contábil líquido – R$ 435.000,00 
Valor recuperável - R$ 305.000,00 
Diferença - R$ 130.000,00 
 
Ou seja, o teste de recuperabilidade nos permite no exemplo concluir que o valor 
provável de realização do bem é de R$ 305.000,00. Como está registrado no 
Balanço pelo valor contábil de R$ 435.000,00 torna-se necessário um lançamento a 
título de reconhecimento dessa perda de desvalorização, que é feito da seguinte 
forma: 
 
D – Perda com Desvalorização de Ativo (Conta de Resultado) 
C – Provisão Para Perda com Desvalorização de Ativo (Redutora do Imobilizado) 
R$ 130.000,00 
 
No Balanço Patrimonial, o bem passará a figurar da seguinte forma: 
 
Máquina / Equipamento – R$ 500.000,00 
(-) Depreciação Acumulada - (R$ 65.000,00) 
(-) Provisão Para Perda com Desvalorização – (R$ 130.000,00) 
 
De modo que, agora, o bem está devidamente reconhecido na contabilidade pelo 
seu valor justo, ou ainda, seu provável valor de realização. 
 
Tendo-se em conta de que o teste de recuperabilidade é baseado, essencialmente, 
em estimativas, é importante que as mesmas sejam efetuadas com bases 
confiáveis, sólidas e realistas. Por vezes, até mesmo a elaboração de laudo técnico 
assinado por um profissional capacitado possa vir a ser necessária. 
 
EXERCÍCIOS 
1- A empresa Highlith S.A. implantou nova unidade no norte do país. Os 
investimentos na unidade foram de R$ 1.000.000,00, registrados no ativo 
imobilizado. No primeiro ano, a empresa contabilizou um ajuste de perda de valor 
recuperável de R$ 15.000,00. No segundo ano, o valor da unidade, caso fosse 
vendida para o concorrente e único interessado na aquisição, seria de R$ 
950.000,00. Ao analisar o valor do fluxo de caixa descontado da unidade, apurou-se 
um valor de R$ 980.000,00. Dessa forma, deve o contador da empresa: 
a) manter o valor do investimento, visto não haver perda de valor recuperável. 
b) reconhecer um complemento de perda de valor recuperável de R$ 5.000,00. 
c) reverter parte da perda de valor recuperável no valor de R$ 25.000,00. 
d) registrar um complemento de perda de valor recuperável de R$ 15.000,00. 
e) estornar o total da perda de valor recuperável de R$ 50.000,00. 
 
2 - O valor recuperável é o maior entre o valor líquido de venda e o valor em uso, ou 
seja 980.000. Como o valor contábil, 1.000.000, é maior que o valor recuperável, 
980.000, existe perda de 20.000. Todavia, já há ajuste para perde de 15.000, 
restando, portanto, somar à perda existente o valor de 5.000. 
Uma determinada empresa apresentava, em 31/12/2011, as seguintes informações 
a respeito de um imobilizado: 
Custo de aquisição: R$ 200.000,00 
Depreciação acumulada: R$ 50.000,00 
Perda por Impairment: R$ 40.000,00 
3 - A empresa decidiu vender este imobilizado, em 31/12/2011, por R$ 100.000,00 à 
vista. Com base nestas informações, o resultado obtido com a venda do imobilizado 
foi, em reais, 
 
 a) 100.000 de lucro. 
 b) 50.000 de prejuízo. 
 c) 60.000 de prejuízo. 
 d) 10.000 de prejuízo. 
 e) 0 (zero). 
 
4 - Em janeiro de 2008, para ajudar no transporte gratuito deestudantes, 
determinada escola municipal adquiriu um ônibusescolar no valor de R$ 100.000,00. 
A escola estimou uma vida útilde cinco anos para o ônibus (depreciação linear). O 
ônibus foidanificado 36 meses depois em acidente na estrada, gerando umcusto de 
R$ 30.000,00 para sua recuperação. A restauração nãoafetará a vida útil do ativo. O 
custo de um novo ônibus pararealização de serviço similar é de R$ 120.000,00. 
Considerando a situação acima e com base na abordagem darecuperação do custo, 
julgue os itens seguintes acerca da perda porirrecuperabilidade. 
O valor da perda por irrecuperabilidade será de R$ 22.000,00. 
( X ) Certo 
( ) Errado

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