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Desafios na criação de filhos em famílias diversas

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA
ALUNO: GE
ATIVIDADE: Fichamento
Textos: Quem cuidará das crianças como criar as crianças.
 O autor refere uma declaração que foi assinada por centenas de psicanalistas, afirmando que o casamento é para todos, que muitos estavam usando a teoria da psicanalise contra o casamento homossexual durante um debate na França em 1930. 
 Na fase do complexo de édipo, e necessário que tenha a função materna e a função paterna não exige a necessidade de ser configurar em figura do homem ou figura da mulher, mais sim alguém que exerça a metáfora paterna e materna. 
Ser pai e ser mãe não significa apenas conceber o filho. O desejo de ter um filho é algo imaginário, derivado da intersecção de um casal. A função materna e paterna começa, portanto, antes mesmo do nascimento do filho. A família, seja ela homo parental (composta por casais homossexuais), patriarcal (onde a figura do pai ainda é a mais forte), recomposta ou não, nasce de um desejo, da demanda de um compartilhamento, de continuidade e de reconhecimento O ser humano demanda um outro. Essa é a interpretação de Lacan em 1938 ao relativizar o caráter universal do Édipo freudiano, destinado a perder suas forças tantos mais no afrouxamento dos laços de família e o declínio da imagem paterna se ternariam uma realidade de frente ao avanço das novas formas de socialização na civilização.
Como criar as crianças
 Nos últimos 30 anos, o modelo tradicional de família sofreu profundas alterações. Crianças acostumaram-se a ter duas casas por causa do divórcio dos pais. Mães e pais solteiros começaram a tornar se comuns. Mulheres entram no mercado de trabalho e passaram a suas casas. Casais homossexuais tendo seu lugar e adotando filhos. A Partir do momento que se pode pensar como o fim de uma certa forma tradicional de família e a partir da igualdade dos direitos, seja entre homens e mulheres, entre filhos e pais ou entre as gerações, se deslocou a maneira como se articulava a autoridade. Ademais, com a separação entre ato sexual e procriação, e com a procriação assistida, com a luta da comunidade LGBTTT, com a mudança da configuração familiar e o divórcio vemos uma pluralização de formas de vínculos que permitem articular pais e filhos fora da forma tradicional.
Em todas estas variações ou criações diversas, discursos distintos vão entrar em conflito sobre o que são o pai, ou a mãe, em cada caso. Mas o que vemos é que ninguém quer ter filhos sem pais. É muito evidente, as brigas jurídicas das comunidades gay e lésbicas para serem reconhecidas como pais e mães de filhos, são para poder utilizar os nomes da família. A criança é confrontada com o fato de que fora da família circulam outros discursos. Como então orientar-se, quando, por exemplo, a criança é concebida por fertilização assistida com doador anônimo? Os pequenos na escola lhe dizem: Onde está teu pai? E a criança responde: “Eu não tenho pai”. Como não vai ter um pai? Isso é impossível... E então, como se vai responder e sustentar isso? Como se vai inventar uma solução, um discurso possível? A psicanálise pode, precisamente, nessas circunstâncias ajudar a criança, a mãe, a poderem orientar-se num espaço no qual seja possível usar os termos pai-mãe de uma maneira compatível com o discurso comum.
“Ao impor a educação universal e dizer que todas as crianças têm direitos iguais, ao colocá-las todas no mesmo dispositivo, há patologias que entram dentro deste dispositivo escolar que não estavam lá antes. Por outro lado, com o aumento da precariedade do mundo do trabalho, cada vez mais, pela pressão que existe, as crianças são abandonadas. Antes tinham mães para se ocuparem com elas. Agora a televisão se ocupa. A televisão é como uma medicação, é como dar um hipnótico: fazer dormir. É uma medicação que utilizam, tanto as crianças como os adultos, para ficarem tranquilos diante das bobagens da tela. Mas, a televisão comum a toda a família não é a oração coletiva da tradição, aquela que permitia vincular os membros da família através dos rituais. Quando o único ritual é a televisão, comer diante dela, falar sobre ela ou ficar em silêncio diante desse aparato, isto permite articular pouco esta posição do pai entre proibição e autorização. A escola é, então, precisamente a que articula esta função: os professores aparecem como representantes dos ideais e isto aguça a oposição entre crianças e o dispositivo escolar, transformando as patologias, que não podem se reduzir estritamente a algo biológico nem a algo cultural, na imbricação destas dentro do dispositivo da escola. ” (Página 3)
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RUBENS,Verônica.Como criar as crianças.Revista Eletrônica do Núcleo Sephora.Volume 2,número 4-maio a outubro de 2007,pág.1-5. 
(Eric Laurent), quem cuidará das crianças? Opção Lacaniana online nova série Ano 4 Número 10 março 2013 ISSN 2177-2673

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