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Jurisdição Constitucional casos 1 a 13

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Semana 1 
(OAB – XIX Exame unificado) O instituto da súmula vinculante aos poucos vai tendo suas características cristalizadas a partir da interpretação dos seus contornos constitucionais pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Considerando a importância assumida pelo instituto, determinada associação de c lasse procura seu advogado e solicita esclarecimentos a respeito dos legitimados a requerer a edição da súmula vinculante, dos seus efeitos e do órgão que pode editá-la. 
Com base no fragmento acima, assinale a opç ão que se apresenta em c onsonância com os delineamentos desse instituto. 
R: A vinculação sumular incide sobre a administração pública direta e indireta e os demais órgãos do Poder Judiciário, não podendo, porém, atingir o Poder Legislativo. 
Terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
Caso concreto: João das Neves, revoltado com a situação política do Brasil, adentrou em uma audiência pública que estava sendo realizada pela Câmara dos Deputados e atirou 5 vezes na direção da mesa diretora da casa. 
Sendo certo que João não tinha treinamento com armas de fogo, os 5 tiros atingiram apenas as paredes do plenário. 
Com base nesse cenário, responda aos itens a seguir, empregando os ar gumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) Considerando que João foi denunciado por tentativa de homicídio, a quem compete o processo e julgamento? 
R: O processo e julgamento são de competência do Tribunal do Júri. 
b) Caso João seja condenado, poderia ele reco rrer? Para qual órgão do poder judiciário? 
R: Ele poderá recorrer ao TRF de sua região. 
SEMANA 02
32º Exame de Ordem - 1ª fase - Caderno X 
1 - Assinale a opção correta no que se refere ao regime da repartição con stitucional de competências entre os órgãos da função jurisdicional. 
a. Ao STF c ompete processar e julgar, originaria mente, mandados de se gurança contra ato do presidente da República, das Mesas d a Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do procurador-geral da República, dos ministros de Estado e do próprio STF. 
b. Ao STF compete julgar, em grau de recurso ordinário, habeas c orpus e mandados de seguran ç a decididos em única ou última instância pelos tribunais superiores, se denegatória a decisão. 
c. Ao Sup erior Tribunal de Justiça compete julgar, em g rau de recurso ordinário, habeas corpus e mandados de segurança decididos em única ou última instância pelos tribunais regionais federais (TRFs) ou pelos tribunais dos estados, se denegatória a decisão.
d. Aos TRFs compete processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança impetrados contra ato de juiz federal ou contra ato do próprio tribunal.
Semana 3 
Questão objetiva: Quando se tem uma norma ao mesmo tempo material e formalmente inconstitucional? 
(a) Quando a norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituiç ão da República. 
(b) Quando na elaboração da norma infraconstitucional, não se observa rigorosamente o processo de sua elaboração. 
(c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação. 
	Quando a norma infraconstitucional se conforma perfeitamente com o texto da C onstituição da República, mas não com os tratados internacionais sobre direitos humanos.
(OAB – XX Exame U nificado) O Presidente da República edita medida provisória estabelecendo novo projeto de ensino para a educação federal no País, que, dent re outros pontos, transfere o centenário Colégio Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só fazia sentido que estivesse situado na cidade do Rio de Janeiro enquanto ela 
era a capital federal. Muitas c ríticas foram veiculadas na i mprensa, s endo alegado que a medida provisória contraria o comando contido no Art. 24 2, § 2º, da CRFB/88. Em resposta, a Advocacia - Geral da União sustentou que não era correta a afirmação, já que o mencionado dispositivo da Constituição só é constitucional do ponto de vista formal, pod endo, por isso, se r alte rado por medida p rovisória. Considerando a situação hipotética 
apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir. 
A)Segundo a Teoria Constituc ional, qual é a diferença entre as denomin adas normas materialmente constitucionais e as normas formalmente const itucionais? 
R: As normas materiais possuem status constitucional em razão do seu conteúdo, pois estabelecem normas referentes à estrutura organizacional do Estado, à separação dos Poderes e aos direitos e as garantias fundamentais, enquanto as normas em sentido formal só possuem caráter de constitucionalidade porque foram elaboradas com o uso do processo legislativo próprio das normas constitucionais. 
B)O entendimento externa do pela Advocacia -Geral da União à impr ensa está correto, sendo possível a alteração de norma constitucional formal por medida provisória? 
R: O entendimento externado pela Advocacia Geral da União à imprensa está incorreto, pois independentemente da essência da norma, todo dispositivo que estiver presente no texto constitucional, em razão da rigidez constitucional, só poderá ser alterado pelo processo legislativo solene das emendas constitucionais, tal previsto no art. 60 da CF. 
Semana 4 
(OAB - XX Exame Unificado) Um Senador da República apresentou projeto de lei visando determinar à U nião que sejam adotadas as providências necessárias para que toda a população brasileira seja vacinada contra determinada doença causadora de pandemia transmitida por mosquito. O Senado Federal, no entanto, preocupado com o fato de que os servidores da saúde poderiam descumprir o que determinaria a futura lei, ativa privativa do Presidente da República. Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
A) O Presidente da República não terá motivos p ara vetar o projeto de l ei por vício de inconstitucionalidade formal, a inda que possa vetá- lo por entendê-lo contrário a o interesse pú blico, devendo fazer isso no prazo de quinze dias úteis. 
B) O Presidente da República, ainda que tenha motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, poderá, no c urso do prazo para a sanção ou o veto presidencial, editar medida provisória com igual co nteúdo ao do projeto d e lei aprovado pelo Congre sso Nacional, tendo em vista o princípio da separação dos poderes. 
C) O Presidente da Re pública poderá vetá -lo, por motivo de inconstitucionalidade material e não por inconstitucionalidade formal, uma vez que os projetos de lei que acarretem despesas p ara o Poder Executivo são de iniciativa privativa do Presidente da República.
	O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade formal, na parte que majorou a remuneração dos servidores públicos, uma vez que a iniciativa legislativa nessa matéria é privativa do Chefe do Poder Executivo, devendo o veto ser exercido no prazo de quinze dias úteis.
Questão discursiva: O deputado federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os condenados pela prática de crimes c onsiderados hediondos pela legislação brasileira. Outro deputado, Silmar Correa, decide consultá -lo(a) acerca da possibilidade de questionar perante o Poder Judiciário uma suposta inconstitucionalidade do referido 
projeto de lei antes m esmo que ele venha a ser submetido a votação pelo Congresso Nacional. Como dev erá ser respondida a consulta? 
R: A norma é materialmente inconstitucional pois fere os Direitos e Garantias Fundamentais dispostos na CRFB/88. Seu controle será preventivo, ocorrerá ainda no processo legislativo, anterior a publicação da lei.
Semana 5 
(OAB - XXI Exame Unificado) A parte autora em um processo judicial, inconformada com a sentença de primeiro grau de jurisdição
que se embasou no ato normativo X, apela da d ecisão porque, no seu entender, esse ato normativo seria inconstitucional. 
A 3ª Câma ra Cível do Tribunal de Justiça do Es tado Alfa, ao analisar a apelação inte rposta, reconhece que assiste razão à recorrente, mais especificamente no que se refere à inconstituc ionalidade do referido ato normativo X. Ciente da existência de cláusula de reserva de plenário, a referida Turma dá provimento ao recurso sem declarar exp ressamente a inconstitucionalidade do ato normativo X, embo ra tenha afastado a sua 
incidência no caso concreto. 
De acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª Turma Cível 
a) Está juridicamente perfeito, posto que, nestas c ircunstâncias, a solução const itucionalmente expr essa é o afastamento da incidência, no caso concreto, do ato normativo inconstitucional. 
b) Não segue os parâmetros constitucionais, pois deveria ter declarado, expressamente, a inconstitucionalidade do ato normativo que fundamentou a sentença proferida pelo juízo a quo.
c) Está correto, p osto que a 3ª Turma Cível, como órgão especial que é, pode arrogar para si a competência do Órgão Pleno do Tribunal de Justiça do Estado Alfa. 
	Está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de plenário, ainda q ue não tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo.
Questão discursiva: O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em fac e do INSS, visando obrigar a autarquia a emitir ao s segurados certidão parcial de tempo de serviço, com base nos direitos constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de c ertidão em repartições públicas (CF, art. 5º, XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o Decreto 3048/99, em seu art. 130, justifica a recusa. Sustenta, ainda,que a Ação Civil Pública não seria a via adequada para a defesa de um direito individual homogêneo, além de sua utilização consubstanciar usurpação da competência do STF para conhecer, em abstrato, da constitucionalidade dos atos normativos brasileiros. Como deverá ser decidida a ação? 
R: O ministério Público Federal tem legitimidade para ajuizar ação civil pública em defesa de direitos individuais homogêneos, desde que seja configurado interesse social relevante. A Constituição Federal, em seu art. 5º, X XXIV, b, garante ao segurado a obtenção de certidões perante as repartições públicas, com a finalidade precípua 
de defesa de seus direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. Não é lícito ao INSS a restrição ao cidadão de obtenção de certidão parcial de tempo de serviço, baseada em norma regulamentas que importa óbice ao exercício de um direito constitucionalmente assegurado. Ademais, não existe no ordenamento pátrio lei em sentido estrito que impeça o segurado de obter mencionada certidão
Semana 6 
Objetiva: Ocorre o controle judicial difuso da constitucionalidade de uma lei quando 
a) o plenário de um Tribunal, pelo quórum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe arguição de inconstitucionalidade. 
b) uma turma julgadora, por maioria absoluta, acolhe arguição de inconstitucionalidade. 
c) qualquer juiz, em primeira instância, acolhe arguição incidental de inconstitucionalidade. 
d) qualquer dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nas funções de Corte Constitucional, declarar a inconstitucionalidade. 
e) uma seção julgadora, pelo quórum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe arguição de inconstitucionalidade.
Semana 7 
O Procurador Geral da R epública ajuizou uma Ação Direta d e Inconstituc ionalidade em face da Le i distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o DF teria usurpado c ompetência da União (arts. 21 , XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que atribui a responsabilidade pelas f unções exercidas por tal carreira aos agentes penitenciários integrantes da carreira da polícia civil. 
Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestou-se pela proc edência da ação, pedindo, consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da referida lei distrital. D iante de tal situação, responda, justificadamente:
Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado? 
R: Sim. Eventualmente poderia, Existem dois entendimentos quanto a essa questão, no entendimento mais restrito a AGU funciona como curador de defesa e segundo o entendimento mais recente a AGU poderia deixar de proceder defesa opinando pela procedência da ADIN desde que seja mais favorável a União, ou seja a AGU está ali para defender a União e não o ato normativo.
Semana 8 
(OAB – XX Exame Unificado) Sob o argumento de sub-representação das regiões mais populosas do país, bem como de desigualdade entre os Estados -membros da Federação e, até mesmo, discriminação ente eles, o governador de um determinado Estado propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) c ontra a expressão "para que nenhuma daquelas unidades da Federaç ão tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados", constante do Art. 45 , § 1º, da CRFB/88, dispositivo nela inserido desde a sua p romulgação. Além desse problema, o mesmo gov ernador fez uma outra consulta ao seu corpo jurídico para saber sobre a possibilidade de não aplicar determinada emenda constituc ional que, no seu entender, não era benéfica ao seu Estado, isso apesar de o Supremo Tribunal F ederal já te r reconhecido a sua compatibilidade com a CRFB/88. Nesse particular, um de seus assess ores sugeriu a adoção da tese de que a norma constitucional originária é hierarquicamente superior, ao menos no plano axiológico, à norma constitucional derivada. Diante de tais fatos, responda, justificadamente, aos itens a seguir. 
A) Cabe ADI contra o Art. 45, § 1º, da CRFB/88, norma constitucional que existe desde a promulgação da Constituição da República, em 1988? 
R: Não, porque a jurisprudência do STF não admite o cabimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra norma constitucional originária, por impossibilidade jurídica do pedido, tendo em vista que se trata de norma formulada pelo poder constituinte originário, que não tem nenhum tipo de limitação, sendo, portanto, incondicionado, ilimitado, inaugural e soberano. A Suprema Corte não pode exercer o papel de fiscal do poder constituinte originário, a fim de verificar se este teria ou não violado os princípios do direito suprapositivo. 
B) A emenda constitucional pode deixar de ser aplicada com base na tese sugerida pelo assessor do Governador? 
R: Não, o sistema constitucional brasileiro não admite hierarquia de normas constitucionais. Portanto, há que se reconhecer que as emendas constitucionais têm a mesma força normativa das normas constitucionais originárias. Então as emendas constitucionais que modifiquem as normas constitucionais originárias, desde que observem os requisitos previstos na Constituição, não ocupam um plano inferior na hierarquia constitucional
Semana 9 
Questão objetiva: Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar: 
a) A declaração de inconstitucionalidade in ab stracto torna inaplicável a legislação anterior revogada pela norma impugnada. 
b) A declaração de inconstitucionalidade in ab stracto não possui efeito vinculante para os órgãos do Poder Judiciário.
c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa. 
d) A declaração de inconstitucionalidade in ab stracto de lei, no modelo brasileiro, possui caráter retroativo. 
e) O Supremo Tribunal Federal não pode apreciar pedido de medida cautelar nas ações diretas de 
inconstitucionalidade. 
(OAB – XXI Ex ame U nificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao Poder Legislativo munic ipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Ex ecutivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo T ribunal F ederal. Tal projeto é aprovado pela Câmara d e Vereadores e sancionado
pelo Chefe do Poder Executivo. No dia seguinte ao da publicaçã o da r eferida norma mun icipal, o vereador José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a f im de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do exposto, responda aos itens a seguir. 
a) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. 
R: Sim, vício formal e material, formal em relação ao procedimento de criação da norma, deveria ter sido criada pelo legislativo municipal, e material em relação ao conteúdo. 
b) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. 
R: Não, a Ação correta é a Representação ao Ministério Público Federal ou ação ordinária em primeira instância por ocupar o cargo de vereador.
Semana 10 
(OAB – XX Exame de O rdem Unificado) Emenda à C onstituição insere novo direito na Constituição da República. 
Trata-se de uma norma de eficác ia limitada, que necessita da devida int egração por via de l ei. P roduzido o diploma legal regulador (Lei Y), ainda assim, alguns dos destinatários não se encontram em condições de usufruir do direito a que fazem jus, po r ausência de regulamentação da n orma legal p elo órgão c ompetente (o Ministério da Previdência Social), conforme exigido pela citada Lei Y. Passados dois anos após a edição da Lei Y, Mário, indignado com a demora e impossibilitado de usufruir do di reito constitucionalmente garantido, é aconselhado a impetrar um Mandado de Injunção. Não sabendo exatam ente o s efeitos que tal m edida poderia acarretar, Mário consulta um(a) advogado(a). A orientação recebida foi a de que, no seu c aso específico, a adoção, pelo órgão judicante, de uma solução concretista individual iria satisfazer plenamente suas necessidades. Diante dessa situação, responda fundamentadamente aos itens a seguir. 
A) Assiste razão ao(à) adv ogado(a) de Mário quanto à utilidade do acolhimento do Mandado de Injunção com fundamento na posição concretista individual? 
R: A teoria concretista individual é uma das posições reconhecidas pelo STF como passível de ser adotada nas situações em que é dado provimento ao Mandado de Injunção. Segundo esse entendimento, diante da lacuna, o Poder Judiciário deve criar a regulamentação para o caso específico, ou seja, a decisão viabiliza o exercício do direito, ainda não regulamentado pelo órgão competente, somente pelo impetrado, vez que a decisão teria efeitos inter partes. Como se vê, o órgão judicante, ao dar provimento ao Mandado de Injunção, estabeleceria a regulamentação da lei para que Mário (e somente ele) pudesse usufruir do direito constitucional garantido. 
R Professor: Cabe mandado de injunção pela omissão legislativa, contudo aplica-se a lei 13.300. 
B) A que órgão do Poder Ju diciário competiria decidir a matéria?
R: Segundo o Art. 125, inciso I, alínea h, da CRFB/88, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar o Mandado de Injunção quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão federal, da administração direta ou indireta. No caso, o Ministério da Previdência é um órgão da administração pública federal, sendo, portanto, o Superior Tribunal de Justiça o órgão judicial competente para processar e julgar a ação de Mário. 
R Professor: O Órgão competente é o STJ.
Semana 11 
(OAB – XIX Exame Unificado) Durante a tramitação de determinado projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo, importantes juristas questionaram a constitucionalidade de diversos dispositivos nele inseridos. 
Apesar dessa controvérsia doutrinária, o projeto encaminhado ao Congresso Nacional foi aprovado, seguindo - se a sanç ão, a promulgação e a publicação. Sabendo que a lei seria alvo de ataques perante o Poder Judiciário em sede de controle difuso de constituc ionalidade, o P residente da República resolveu ajuizar, logo no primeiro dia de vig ência, uma Ação Declaratória de C onstitucionalidade. Diante da narrativa acima, responda aos itens a seguir. 
A) É cabível a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nesse caso? 
R: Não. Não caberia a ADC por falta de comprovação de relevante controvérsia perante juízes e tribunais a respeito da constitucionalidade da lei. A controvérsia existente no âmbito da doutrina não torna possível o ajuizamento da ADC. Com efeito, é de se presumir que, no primeiro dia de vigência da lei, não houve ainda tempo hábil para a formação de relevante controvérsia judicial, isto é, não haveria decisões conflitantes de tribunais e juízos monocráticos espalhados pelo País. É a própria dicção do Art. 14, III, da Lei nº 9.868/99 que estabelece a necessidade de comprovação da relevante controvérsia judicial, não sendo, por conseguinte, o momento exato de se manejar a ADC. 
R Professor: Cabe Modulação Temporal. 
B) Em sede de Ação Declaratória de Constitu cionalidade (ADC ), é c abível a p ropositura de medida cautelar perante o Supremo Tribunal Federal? Quais seriam os efeitos da decisão do STF no âmbito dessa medida cautelar? 
R: Sim. Nos termos do Art. 21, caput, da Lei nº 9868/99, os efeitos da medida cautelar, em sede de ADC, serão decididos pelo Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros. Tais efeitos, de natureza vinculante, serão erga omnes e ex nunc, consistindo na determinação de que juízes e Tribunais suspendam o julgamento dos processos pendentes que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo que, de qualquer maneira, há de se verificar no prazo de cento e oitenta dias, nos termos do Art. 21, parágrafo único, da referida lei. 
R Professor: Erga Omnes, ex nunc.
Semana 12 
Questão objetiva: Sobre o processo previsto em lei para a A rguição por D escumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), é incorreto afirmar: 
a) trata-se de ação com tramitação exclusiva perante o Supremo Tribunal Federal (STF); 
b) é possível arguir-se o descumprimento de preceito fundamental contido na Constituição, em decorrência de ato normativo federal, estadual ou municipal, salvo se anteriores à Constituição; 
c) são legitimados a propor a ADPF apenas aqueles legitimados a ajuizar ações diretas de inconstitucionalidade; 
d) somente por decisão da maioria absoluta dos membros do STF é possível deferir-se medida liminar em ADPF; 
e) somente por decisão de dois terços dos membros do STF é possível a modulação dos efeitos da decisão em ADPF. 
Questão discursiva: O Governador de um Estado-membro da Federação vem externando sua indignação à mídia, em relação ao c onteúdo da Lei Esta dual nº 1234/15. Este diploma normativo, que está em vigor e resultou de projeto de l ei de iniciativa de det erminado deputado estadual, c riou uma Secretaria de Estado especializada no combate à desigualdade racial. Diante de tal quadro, o G overnador resolv eu ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impugnando a Lei Estadual nº 1234/15.
Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos itens a seguir. 
A) A Lei Estadual nº 1234/15 apresenta algum vício de inconstitucionalidade? 
R: A referida lei estadual apresenta vício de inconstitucionalidade formal, já que somente lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo pode criar órgão de apoio a essa estrutura de poder. É o que dispõe o Art. 61, § 1º, inciso II, da CRFB/88, aplicável por simetria aos Estados, tal qual determina o Art. 25, caput. 
B) É cabível a medida judicial proposta pelo Governador? 
R: Não. A resposta deve ser no sentido de negar o cabimento da ADPF diante da ausência das condições especiais para a propositura daquela ação constitucional, ou seja, a observância do princípio da subsidiariedade, previsto no Art. 4º, § 1º, da Lei nº 9882/99. A jurisprudência do STF é firme no sentido de que o princípio da subsidiariedade rege a instauração do processo objetivo de ADPF, condicionando o ajuizamento dessa ação de índole constitucional à ausência de qualquer
outro meio processual apto a sanar, de modo eficaz, a situação de lesividade indicada pelo autor.
Semana 13 
A Const ituição de determinado estado da federação, promulgada em 1 989, ao dispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a investidura em c argo ou emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e depende de aprovação prévia em concu rso público de p rovas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações par a cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. 
Em 2009 foi promulgada pela Assembleia Legislativa daquele estado (após a derrubada de veto do 
Governador), uma lei que pe rmite o ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeação, assegurada a estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de efetivo exercício.
Considerando-se que a C onstituição estadual arrola o Governador como u m dos legitimados pa ra a propositura da ação direta de inconstitucionalidade em âmbito estadual (art. 125, §2° da CRFB), e considerando-se que o Governador pretende obter a declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda: 
I.O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de inconstituc ionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado junto ao Tribunal de Justiça (nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do julgamento, foss e ajuizada pelo Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei? Explique. 
R: Propositura simultânea de ação direta de inconstitucionalidade contra lei estadual perante o STF e o TJ. 
Suspensão do processo no âmbito da justiça estadual, até a deliberação definitiva desta corte. Observância de precedentes. Declaração de inconstitucionalidade, por esta Corte, de artigos da lei estadual. Arguição pertinente à mesma norma referida perante a Corte estadual. Perda de objeto.
II.Poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de inconst itucionalidade junto ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual? Explique. 
R: Sim, pois o Presidente é legitimado universal para o ajuizamento de ADI e os dispositivos de constituições estaduais são objeto passíveis de impugnação por ADI em caso de conflito com a Constituição Federal. No caso há clara violação do art. 19, III, CRFB/88, pois criou-se diferenciação entre brasileiros por razão de naturalidade.

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