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Retardo de aquisição de linguagem diz respeito a um início tardio no desenvolvimento da linguagem da criança

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Retardo de aquisição de linguagem diz respeito a um início tardio no desenvolvimento da linguagem da criança. A forma como a criança utiliza a linguagem seria considerada normal em uma faixa etária anterior. Entende-se assim que para cada nível de desenvolvimento existe um nível de linguagem adequada, que seria desenvolvida de acordo com o próprio desenvolvimento humano, ou seja, o acompanharia, nesse ponto é como se existisse uma pirâmide e sua subida é o desenvolvimento, os que não acompanham esse desenvolvimento natural , possuem algum tipo de retardo, no caso em questão o da aquisição da linguagem.
Para RIPER E EMERICK (1997), ‘’O retardo ou desvio de linguagem não é uma doença. (...). Parece mais aconselhável encarar a relação como um empecilho ou como se criasse um obstáculo’’, suas omissões de palavras, está sempre presente.
No que se afirma no texto compartilhamos, pois esta condição é apenas algo diferente do curso normal, mas não uma doença, no sentir que com as adequações esta condição é apenas temporária. Possuem dificuldade na grámatica da língua, algo que muitas crianças passam pois muitas vezes é ensinado de maneira tradicional e nem um pouco preocupada com a real aprendizagem, mas sim pautadas em notas avaliativas e de uma aprovação no final do ano.
A deficiência mental dificulta o reconhecimento dos significados e de suas possíveis inter-relações. Se uma criança de mostra um atraso global no seu desenvolvimento neuropsicomotor, fica claro que a linguagem também estava comprometida.
O retardo é ligado com outras síndromes também, por isso é tão importante ficar atento para descobrir e entender o real motivo, e ser tratado da forma adequada, para que por exemplo uma deficiência mental não seja tratada como um retardo de linguagem, ou vice-versa.
Várias síndromes também apresentam como características uma linguagem deficitária.
É preciso entender que não é apenas o simples desenvolvimento natural do ser humano, há outros fatores que contam como o convívio social, ora se houver uma repressão dessa criança, ela ficará inibida, com vergonha, e consequentemente não se desenvolverá adequadamente, inclusive a fala. A questão do abondono ou da superproteção tem uma valoração que pode ser negativa no sentido de ocorrer o atraso e positivas, mas na realidade é importante ressaltar que o mais adequado é o equilíbrio sem extremos. É necessário que haja estímulos para esta criança, ou seja, fazer atividades , brincadeiras, na escola, na família para que ela se desenvolva e tenha vontade de falar, de se comunicar.
Para Fonseca há dois tipos de retardo, o primeiro a criança já possui a idade cronológica, entretanto há a ausência da linguagem verbal no comportamento infantil, e o segundo que se caracteriza quando as crianças já usam palavras para se comunicar, tem uma linguagem que não se desenvolve com a mesma velocidade.
Ou seja, o retardo não é único , pronto e acabado , ele possui suas ramificações, dependendo de vários fatores, a idade cronológica certa, o uso das palavras , o uso mal adequado das palavras, a dificuldade de aprender e usar a gramática.
 De acordo com Fonseca(1994) o desenvolvimento depende de dois fatores: um orgânico/afetivo com as características individuais de cada criança, e outro social resultante do potecncial ambiental edificado pelo grupo a que a criança pertence.
Nesse sentido percebemos que existe uma visão macro e outra micro que influenciaram, uma de maneira subjetiva , sendo a criança em si, e outra objetiva mais ampla, no sentido da sociedade como um todo.
O professor deverá, também , ficar atento a outros aspectos, tais como a forma como a criança interage com seu interlocutor.
Nesse sentido cabe ao professor estudar e aprofundar em relação a seus educandos, ou seja, os conhecer de fato, para que assim entenda os reais motivos do atraso, do retardo, da inibição, da relação social que o cerca na escola, na família, para que de fato possa buscar o melhor tratamento. Se for necessária encaminhar ao fonoaudiólogo para que este possa também estudar e conhecer a criança e o meio que a cerca, para iniciar o tratamento da melhor forma possível, e de modo que possa introduzir o tratamento na vida do dia a dia, e não fazendo apenas interrupções semanais para melhorar esse desnvolvimento.
No tocante é necessário um trabalho conjunto entre pais, professores, médicos, entendendo o macro e o micro que cercam a criança.

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