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EMPRESARIAL III pontos da AV2

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TÍTULOS DE CRÉDITO
Segundo Vivante os títulos de crédito constituem "documentos necessários para o exercício de um direito literal e autônomo, nele mencionado".
Art. 887 CC. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
PRINCÍPIOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
1) Princípio da Cartularidade – cártula = documento, só pode exigir o crédito se tem o documento que prove a obrigação.
Título de Crédito = Título de Apresentação
2) Princípio da Literalidade – Tem que respeitar o que foi pactuado no título, vale o que está escrito.
3) Princípio da Autonomia – cada relação jurídica cambial é independente.
Exemplo 1:
Aval – é um instituto cambiário que tem como objetivo garantir o pagamento.
Fiança – é um instituto do direito civil, é uma obrigação acessória, onde há o benefício de ordem (primeiro se cobra do locatário e depois do fiador)
O aval é uma garantia cambial de natureza comercial, onde o dador do aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele avalizada.
O aval é uma obrigação autônoma e o avalista pode ser o 1° a ser cobrado, vai ser cobrado daquele que tem mais chance de ser cobrado.
Exemplo 2:
Endosso – tem como objetivo transmitir a titularidade, transmitir a propriedade do título, na cadeia de endosso cada relação da cadeia é autônoma.
Subprincípios do Princípio da Autonomia:
3.1) Inoponibilidade das Exceções Pessoais
Inoponibilidade é o que não pode ser oposto, o que não pode ser deixado de cumprir na obrigação.
Pelo princípio da inoponibilidade das exceções pessoais, o devedor de um título de crédito não pode recusar o pagamento ao portador de boa-fé alegando exceções pessoais em relação a outros obrigados do título.
A inoponibilidade das exceções aos terceiros de boa-fé significa que a pessoa obrigada por um título de crédito não pode se recusar em pagar ao portador do título, alegando qualquer relação pessoal. Não poderá alegar, porque o terceiro de boa-fé nada tem a ver com a relação de base que ensejou a emissão do título.
Se a obrigação cambiária persiste independentemente de quaisquer circunstâncias relativas às demais obrigações assumidas no mesmo título, ao obrigado cambial é vedado recusar o pagamento ao portador pela oposição de exceções baseadas nas suas relações pessoais com os demais obrigados. Assim, o portador de boa-fé não pode ser responsabilizado nem prejudicado por exceções pessoais que não lhe dizem respeito.
Art. 17, anexo I da LUG. As pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor.
3.2) Abstração
Pelo princípio da abstração das obrigações cambiais entende-se que, posto o título de crédito em circulação, o direito de crédito nele representado se desvincula do negócio jurídico que lhe deu origem.
Direcionado a alguns tipos de títulos de créditos:
- Causais – tem uma causa específica para o seu nascimento, exemplo, Duplicata Mercantil, nasce de 2 causas específicas (Compra e Venda Mercantil e Prestação de Serviço).
- Não Causais – aparados pelo Princípio da Abstração, não têm causas específicas, Letra de Câmbio, Nota Promissora e Cheque.
Requisitos dos Títulos de Crédito:
1) Comuns – comum a qualquer negócio jurídico – art. 104 do CC
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
2) Específicos – direcionados a cada título de crédito (Art. 1, anexo I, da LUG)
a. Supríveis – exemplo, o vencimento, se não tiver vencimento será considerado à vista. (art. 2°, anexo I, da LUG)
b. Não supríveis – 
Súmula 387 do STF - A CAMBIAL EMITIDA OU ACEITA COM OMISSÕES, OU EM BRANCO, PODE SER COMPLETADA PELO CREDOR DE BOA-FÉ ANTES DA COBRANÇA OU DO PROTESTO.
Classificação dos Títulos de Crédito:
1) Classificação Quanto á Estrutura:
A. ORDEM DE PAGAMENTO
I – Letra de Câmbio
Três elementos pessoais:
Sacador – sempre o emitente do título
Sacado – devedor, quem vai pagar.
Tomador – beneficiário, é quem vai receber o valor estipulado no título.
Relação Jurídica – o Sacador deve ao Tomador, o Sacado deve ao Sacador, logo o Sacador determina (ordena) que o Sacado pague ao Tomador.
ENDOSSO – é caracterizado pela cláusula “à ordem”.
ACEITE – é o ato de concordância do Sacado.
SAQUE – é o nascimento do título, é o Sacador preenchendo os requisitos legais.
Depois vai apresentar ao Sacado para concordar ou não com o que ele colocou (valor, data, a quem pagar...) se tudo OK ocorre o ACEITE e o Sacado se torna o ACEITANTE e dessa de ser o Sacado.
O Tomador vai apresentar o título ao Aceitante e o Aceitante paga ao Tomador.
O Tomador que fica em posse do título é quem pode fazer o ENDOSSO a favor de outro qualquer.
II – Cheque
Três elementos pessoais:
Sacador – correntista emitente do cheque.
Sacado – Banco.
Tomador – beneficiário, é quem vai receber o valor
B. PROMESSA DE PAGAMENTO
I – Nota Promissória
Dois elementos pessoais: Não tem aceite e é emitida pelo DEVEDOR.
Sacador – emitente devedor.
Tomador – sacado credor.
II – Duplicata Mercantil
Há controversa se é Ordem ou Promessa de Pagamento
Lei 5474/68 – dispõe sobre as Duplicatas
É de Aceite obrigatório – logo seria uma Ordem de Pagamento, mas pode não ser aceita no caso de compra e venda e prestação de serviço, nas condições da Lei (se houver avaria, se vier fora das condições combinadas, fora do pactuado...).
CONTRATO DE FACTURY – antecipação do crédito de um título (Duplicata Mercantil) para obter capital de giro, Contato de Fomento Mercantil = Faturizadora. Empresas de Facture não são bancos (art. 25 da Lei de Cheque 7357/85).
2) Classificação Quanto ás Hipóteses de Emissão:
A. Causais – tem uma causa específica para o seu nascimento, exemplo, Duplicata Mercantil, nasce de duas causas específicas (Compra e Venda Mercantil e Prestação de Serviço). Lei 5474/68.
B. Não Causais – Abstratos, nascem de qualquer operação, Letra de Câmbio e Nota Promissória (Decreto 57663/66 LUG) e Cheque (Lei 7357/85 e súmula 370 do STJ: "caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado").
3) Classificação Quanto ao Modelo:
A. Livre – liberdade para montar o título de crédito, respeitando os requisitos legais de cada título (Letra de Câmbio e Nota Promissória), não tem forma rígida, não é padronizado.
B. Vinculado – é vinculado a um órgão que determina como deve ser o modelo, todos que trabalham com ele vão seguir o seu modelo (Cheque e Duplicata Mercantil) é padronizada e rígida.
4) Classificação Quanto à Circularização:
A. “à ordem”
É a forma clássica, autoriza o endosso, o crédito (titularidade do título, propriedade) é transferido através de endosso, art. 11 anexo I LUG. Nota Promissória não tem limite de endosso.
Art. 11. Toda letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a cláusula à ordem, é transmissível por via de endosso.
Quando o sacador tiver inserido na letra as palavras "não à ordem", ou uma expressão equivalente, a letra só é transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de créditos.
O endosso pode ser feito mesmo a favor do sacado, aceitando ou não, do sacador, ou de qualquer outro coobrigado. Estas pessoas podem endossar novamente a letra.
B. “não a ordem” 
Pode ser transmitida, mas não por meio de endosso, mas através de uma Cessão Ordinária de Crédito.
No Endosso existe a coobrigação, mas não Cessão Civil de Crédito, que é feito através de um contrato formal, não são coobrigados. 
C. Nominativo
Emitidos em nome de um beneficiário determinado cuja transferência se dá mediante registro no livro próprio do devedor. O emitente somente estará obrigado a reconhecer como legítimo credor da dívida aquele que constar em seu registro. A circulação de um título nominativose dá por endosso em preto ou por contrato de cessão civil de crédito.
Pode ser “à ordem”, via endosso, OU “não à ordem”, via cessão de crédito.
D. Ao portador
Emitidos sem nome do beneficiário ou com a cláusula "ao portador", transferindo-se através da simples tradição.
Pode ser “à ordem”, entregue por tradição (quem tem a posse é o titular do título).
LETRA DE CÂMBIO - Decreto 57663/66
LUG – Letra de Câmbio e Nota Promissória
Lei Interna – Decreto 2044/1908 - Define a letra de câmbio e a nota promissória e regula as Operações Cambiais.
É uma Ordem de Pagamento à vista ou a prazo.
Art. 3º, anexo I, LUG. A letra pode ser à ordem do próprio sacador. Pode ser sacada sobre o próprio sacador. Pode ser sacada por ordem e conta de terceiro.
Elementos Pessoais da Letra de Câmbio:
Sacador – sempre o emitente do título, quem vai preencher o título com os requisitos legais (comuns e específicos).
Sacado – devedor, quem vai pagar. Ocorrendo o aceite, ele passa a ser o Aceitante e se torna o principal devedor, não aceitando, não precisa justificar, mas o título pode ser protestado por falta de aceite.
Tomador – beneficiário, é quem vai receber o valor estipulado no título. Pode ser o próprio sacador ou um terceiro. Vai ter que apresentar o título ao Aceitante para verificar se vai pagar ou não, se não pagar cabe protesto, ou acionar o Sacador que é um coobrigado.
Título de Crédito é o documento que comprova uma obrigação pecuniária.
Letra de Câmbio é uma Ordem de Pagamento.
Na LC o saque = emissão.
Na Letra de Câmbio o aceite é facultativo.
Na data pactuada o Tomador apresenta a LC, em original, para cobrar o valor ao Aceitante.
A LC pode ser endossada porque tem o termo “ou a sua ordem”, se constar “não a sua ordem” somente por Cessão Ordinária de Crédito.
No Endosso temo os Endossante (quem endossa, transmite) e o Endossatário (quem recebe o endosso, será o novo beneficiário).
Requisitos Legais Específicos da LC:
Art. 1º. A letra contém:
1. a palavra "letra" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título;
2. o mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada; (ou “a sua ordem”)
3. o nome daquele que deve pagar (sacado);
4. a época do pagamento;
5. a indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; (como regra geral as obrigações são quesíveis = aquelas em que o credor deve ir ao devedor para receber a obrigação)
6. o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga; (tomador ou beneficiário)
7. a indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada; (data da emissão)
8. a assinatura de quem passa a letra (sacador).
Requisitos Supríveis (não essenciais) da LC:
Art. 2º. O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes:
1 – VENCIMENTO - A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista.
2 – LUGAR DO PAGAMENTO - Na falta de indicação especial, o lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento, e, ao mesmo tempo, o lugar do domicilio do sacado.
3 – LUGAR DE EMISSÃO - A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador.
Súmula 387 do STF – tornou todos os requisitos supríveis, se o detentor tiver de boa-fé ele pode representar os requisitos.
“A CAMBIAL EMITIDA OU ACEITA COM OMISSÕES, OU EM BRANCO, PODE SER COMPLETADA PELO CREDOR DE BOA-FÉ ANTES DA COBRANÇA OU DO PROTESTO.”
Indicar os requisitos legais de uma Letra de Câmbio, diante da legislação e do entendimento jurisprudencial:
1) Comuns – comum a qualquer negócio jurídico – art. 104 do CC
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
2) Específicos – direcionados a cada título de crédito
1. a palavra "letra" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título;
2. o mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada; (ou “a sua ordem”)
3. o nome daquele que deve pagar (sacado);
4. a época do pagamento;
5. a indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; (como regra geral as obrigações são quesíveis = aquelas em que o credor deve ir ao devedor para receber a obrigação)
6. o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga; (tomador ou beneficiário)
7. a indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada; (data da emissão)
8. a assinatura de quem passa a letra (sacador).
a. Supríveis:
1 – VENCIMENTO - A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista.
2 – LUGAR DO PAGAMENTO - Na falta de indicação especial, o lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento, e, ao mesmo tempo, o lugar do domicilio do sacado.
3 – LUGAR DE EMISSÃO - A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador.
b. Não supríveis – A súmula tornou todos os requisitos supríveis, se o detentor tiver de boa-fé ele pode representar os requisitos.
Súmula 387 do STF - A CAMBIAL EMITIDA OU ACEITA COM OMISSÕES, OU EM BRANCO, PODE SER COMPLETADA PELO CREDOR DE BOA-FÉ ANTES DA COBRANÇA OU DO PROTESTO.
ENDOSSO – art. 11 ao 20, anexo I da LUG
Os títulos circulam através do Endosso, que pode ser em Preto ou em Branco.
Endosso em Branco prejudica a coobrigação.
Efeitos do Endosso:
1 – Transfere a titularidade do título
2 – Vincula o endossante ao pagamento, em virtude da coobrigação.
O que autoriza o endosso é a cláusula “à ordem”, mas tendo a cláusula ou não a LC poderá ser transferida via endosso, a não ser que tenha “não à ordem” ou equivalente a letra só será transmitida pela forma e com os efeitos de um uma cessão ordinária de crédito.
Art. 11. Toda letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a cláusula à ordem, é transmissível por via de endosso.
Quando o sacador tiver inserido na letra as palavras "não à ordem", ou uma expressão equivalente, a letra não poderá ser transmitida via Endosso, só é transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de créditos.
Modalidades de Endosso:
1 – Próprio – transferência plena de titularidade
Art. 12. O endosso deve ser puro e simples. Qualquer condição a que ele seja subordinado considera-se como não escrita.
O endosso parcial é nulo. É vedado ao endossante limitar o endosso a uma parte do valor da letra, considerando nulo o endosso parcial.
O endosso ao portador vale como endosso em branco.
Art. 13. O endosso deve ser escrito na letra ou numa folha ligada a esta (anexo). Deve ser assinado pelo endossante.
O endosso pode não designar o benefício, ou consistir simplesmente na assinatura do endossante (endosso em branco). Neste último caso, o endosso para ser válido deve ser escrito no verso da letra ou na folha anexa.
2 – Impróprio – transferência momentânea, em uma determinada situação:
I – Endosso Mandato - O endossatário recebe o título apenas para efetuar a cobrança do valor nele mencionado e dar a respectiva quitação. Não tem a propriedade plena, só está representando o endossante.
Art. 18. Quando o endosso contém a menção "valor a cobrar" (valeur en recouvrement), "para cobrança" (pour encaissement), "por procuração" (par procuration), ou qualquer outra menção que implique um simples mandato, o portador pode exercer todos os direitos emergentes da letra, mas só pode endossá-la na qualidade de procurador.
Os coobrigados, neste caso, só podem invocar contra o portador as exceções que eram oponíveis ao endossante.
O mandato que resulta de um endosso por procuração não se extingue por morte ou sobrevinda incapacidade legal do mandatário.
II – Endosso Caução – O título é transferido ao endossatário como garantia.
Art. 19. Quando o endosso contém a menção "valor em garantia", "valor em penhor" ou qualquer outra menção que implique uma caução, o portadorpode exercer todos os direitos emergentes da letra, mas um endosso feito por ele só vale como endosso a título de procuração.
Os coobrigados não podem invocar contra o portador as exceções fundadas sobre as relações pessoais deles com o endossante, a menos que o portador, ao receber a letra, tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor.
III – Endosso sem Garantia – O endossante transfere o título de crédito sem se obrigar ao seu pagamento (efeitos da cessão ordinária de crédito, não tem coobrigação). É uma cláusula semelhante à “não à ordem”.
IV – Endosso Póstumo – É o realizado após o vencimento ou do protesto da cambial.
Art. 20. O endosso posterior ao vencimento tem os mesmos efeitos que o endosso anterior. Todavia, o endosso posterior ao protesto por falta de pagamento, ou feito depois de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, produz apenas os efeitos de uma cessão ordinária de créditos.
Salvo prova em contrário, presume-se que um endosso sem data foi feito antes de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto.
O Endosso não pode condicionar, deve ser puro e simples, não pode ser condicionado a uma situação.
Não existe Endosso Parcial. Não há transferência parcial do título, o endosso parcial é nulo.
O Aval pode ser parcial e o Aceite também pode ser parcial.
Endossante é o Tomador do Título que endossa para o Endossatário, todos são coobrigados.
ACEITE – Art. 21 aos 29 do anexo I da LUG
É o ato cambial (relativo a título de crédito) pelo qual o Sacado concorda em acolher a ordem incorporada pela Letra de Câmbio. Só o Sacado pode dar o Aceite.
Formas de Aceite Parcial:
1- Limitativo – limita quanto ao valor da LC.
2- Modificativo – quanto a qualquer outro requisito que não seja o valor.
Ao Aceite Parcial é cabível o protesto, mas não pode ajuizar Ação, somente para cobrar dos outros coobrigados.
O Tomador recebendo o valor passa o recibo no próprio título, se não tiver espaço, porque pode ter muitas assinaturas, faz o recibo em um documento anexo.
A Duplicata Mercantil também é passível de Aceite, sendo este obrigatório, exceto quando há recusa, nas hipóteses da Lei 5474/68.
Na LC o Aceite é facultativo.
A LC pode ser protestada para atingir o coobrigado, o protesto vai garantir que não houve o Aceite.
Até o vencimento do título pode se tentar o Aceite do Sacado. Art. 21. A letra pode ser apresentada, até o vencimento, ao aceite do sacado, no seu domicílio, pelo portador ou até por um simples detentor.
A forma de vencimento “a termo de vista” fica prejudicada sem o Aceite, porque o prazo determinado para pagamento é contato a partir do Aceite. Art. 23, anexo I LUG.
O Aceite é feito na própria letra, assinado e datado pelo Sacado. Art. 25. O aceite é escrito na própria letra. Exprime-se pela palavra "aceite" ou qualquer outra palavra equivalente; o aceite é assinado pelo sacado. Vale como aceite a simples assinatura do sacado aposta na parte anterior da letra.
Comparativo entre Letra de Câmbio e Nota Promissória, quanto à:
Estrutura 			LC – Ordem de Pagamento		NP – Promessa de Pagamento
Hipóteses de Emissão		LC – Não causal				NP – Não causal
Modelo				LC – Livre				NP – Livre
Circulação			LC e NP – a ordem, não a ordem, nominativo e ao portador (as 4 opções)
Comparativo entre Cheque e Nota Promissória, quanto à:
Estrutura			Ch – Ordem de Pagamento		NP – Promessa de Pagamento
Hipóteses de Emissão		Ch – Não causal				NP – Não causal
Modelo				Ch – Vinculado				NP – Livre
Circulação			Ch e NP - a ordem, não a ordem, nominativo e ao portador (as 4 opções)
				Cheque até R$ 100,00 será ao portador.
AVAL – Art. 30, 31 e 32, anexo I da LUG
É a garantia pessoal de dívida (pagamento), de que a obrigação constante do título de crédito será paga por um terceiro ou por um dos signatários, prestada mediante assinatura do Avalista no anverso do título ou em folha anexa.
Versa o art. 30 da LU, "o pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval". Com isso estabelece-se que aval é a garantia cambial, pela qual terceiro (avalista) firma para com o avalizado, se responsabilizando pelo cumprimento do pagamento do título se este último não o fizer.
O Sacador, o endossante podem ser avalistas, mas o mais comum é ser um terceiro, porque o Sacado e o Endossante já são coobrigados.
Avalista é aquele que dá a garantia, é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele avalizada.
Avalizado é aquele que recebe a garantia.
Segundo o Código Civil é vedado o Aval Parcial (art. 897 § único), mas no art. 909, salvo em disposição contrária em lei especial... Aplica-se a LUG pelo Princípio da Especialidade.
Art. 30. O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval. Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da letra.
Art. 31. O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa. Exprime-se pelas palavras "bom para aval" ou por qualquer fórmula equivalente; e assinado pelo dador do aval.
O aval considera-se como resultante da simples assinatura do dador aposta na face anterior da letra, salvo se se trata das assinaturas do sacado ou do sacador.
O aval deve indicar a pessoa por quem se dá (Aval em Preto). Na falta de indicação (Aval em Branco), entender-se-á pelo sacador.
É permitido o aval parcial ou limitado, segundo o art. 30 da Lei Uniforme.
Aval Parcial
O artigo 897, par único do CC diz que é vedado o aval parcial.
No entanto, a lei do cheque admite o aval parcial no cheque (o pagamento do cheque pode ser garantido no todo ou em parte garantido pelo aval).
A letra de câmbio também pode ser objeto de aval parcial, a partir do artigo 30 da LUG.
O artigo 77 da LUG também autoriza o aval parcial pra nota promissória.
Portanto, não precisa avalizar o valor inteiro do titulo, admite-se o aval parcial pela legislação especial. Se o titulo vale 50 mil, pode avalizar somente 30 mil.
No entanto, a aplicação subsidiária do CC não admite o aval parcial para as duplicatas.
O avalista está declarando vontade e tem como modular sua responsabilidade. Pelo art. 31 da LUG, é possível se obrigar por uma parcela desse valor.
Aval em Branco – “bom para aval” + assinatura. não indica expressamente o avalizado, considerando, por conseguinte, o sacador como o mesmo.
Aval em Preto – “bom para aval de fulano (avalizado)” + assinatura. indica o avalizado nominalmente;
No art. 32, afiançada = avalizada. 
Art. 32. O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada.
Princípio da Autonomia no Aval: Aval X Fiança
Aval é uma obrigação principal e autônoma, se eu quiser acionar o avalista antes poso, não há ordem, vou acionar quem tem mais chance de me pagar, o que pagar sub-roga ao demais (direito de reverso).
FIANÇA – Enquanto que o Aval é um instituto do Direito Cambial, a Fiança é um Instituto do Direito Civil, é uma garantia pessoal de pagamento, sendo uma obrigação acessória.
Benefício de Ordem:
Na Fiança pode ser invocado pelo fiador, pois o devedor deve ser cobrado primeiro, a não ser que o fiador expressamente abra mão do benefício de ordem, podendo ser cobrado antes do devedor.
No Aval não há benefício de ordem, pode acionar diretamente o avalista antes do avalizado porque são solidários.
VENCIMENTOS DA LETRA DE CÂMBIO
1 – Ordinários – art. 33, anexo I da LUG.
Formas de Vencimento de uma LC:
Art. 33. Uma letra pode ser sacada:
à vista; = Contra apresentação (tem prazo de pagamento de 1 ano a contar da data da emissão)
a um certo termo de vista; = X dias após a data do aceite
a um certo termo de data; = X dias após a data da emissão 
pagável num dia fixado. = Dia, mês e ano estipulado no título
As letras, quer com vencimentos diferentes, quer com vencimentos sucessivos, são nulas.
Art. 34. A letra à vista é pagável à apresentação. Deve ser apresentada a pagamento dentro do prazo de 1 (um) ano, a contar da sua data. O sacador pode reduzir este prazo ou estipular um outro mais longo.Estes prazos podem ser encurtados pelos endossantes.
O sacador pode estipular que uma letra pagável à vista não deverá ser apresentada a pagamento antes de uma certa data. Nesse caso, o prazo para a apresentação conta-se dessa data.
Art. 35. O vencimento de uma letra a certo termo de vista determina-se, quer pela data do aceite, quer pela do protesto. Na falta de protesto, o aceite não datado entende-se, no que respeita ao aceitante, como tendo sido dado no último dia do prazo para a apresentação ao aceite.
Art. 36. O vencimento de uma letra sacada a 1 (um) ou mais meses de data ou de vista será na data correspondente do mês em que o pagamento se deve efetuar. Na falta de data correspondente, o vencimento será no último dia desse mês.
Quando a letra é sacada a 1 (um) ou mais meses e meio de data ou de vista, contam-se primeiro os meses inteiros.
Se o vencimento for fixado para o princípio, meado ou fim do mês, entende-se que a letra será vencível no primeiro, no dia 15 (quinze), ou no último dia desse mês.
As expressões "oito dias" ou "quinze dia" entendem-se não como 1 (uma) ou 2 (duas) semanas, mas como um prazo de 8 (oito) ou 15 (quinze) dias efetivos.
A expressão "meio mês" indica um prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 37. Quando uma letra é pagável num dia fixo num lugar em que o calendário é diferente do lugar de emissão, a data do vencimento é considerada como fixada segundo o calendário do lugar de pagamento.
Quando uma letra sacada entre duas praças que em calendários diferentes é pagável a certo termo de vista, o dia da emissão é referido ao dia correspondente do calendário do lugar de pagamento, para o efeito da determinação da data do vencimento.
Os prazos de apresentação das letras são calculados segundo as regras da alínea precedente.
Estas regras não se aplicam se uma cláusula da letra, ou até o simples enunciado do título, indicar que houve intenção de adotar regras diferentes.
2 – Extraordinários
Provocam a antecipação do vencimento do título. Por exemplo, quando há falta de aceite.
Fogem das regras dos vencimentos ordinários elencados no art. 33. Eles não estão na LUG.
Quando se dá pela interrupção do prazo por fato imprevisto o anormal, art. 19 da Lei 2044/1908:
Art. 19. A letra é considerada vencida, quando protestada:
        I. pela falta ou recusa do aceite;
        II. pela falência do aceitante.
Uma situação: um devedor de uma letra de câmbio teve sua falência decretada por motivo que nada tinha a ver com o título. Pergunta-se: essa falência acarretará o vencimento antecipado da letra? A resposta é sim. É uma forma de vencimento extraordinário.
Vencido o título, vem o momento da necessidade de se cumprir a obrigação. Daí surge duas hipóteses. Uma delas é o pagamento. O que é? Forma natural do adimplemento da obrigação. No vencimento, se Tomador apresenta o título ao Sacado e este paga, acabou a história. Mas ele poderá não pagar, as consequências! Protesto.
O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os endossantes, sacador e outros coobrigados:
1 - No vencimento;
2 - Se o pagamento não foi efetuado;
3 - Mesmo antes do vencimento:
1°) Se houve recusa total ou parcial de aceite: protesto o título e forço o vencimento antecipado dele e atinjo os coobrigados.
2°) Nos casos de falência do sacado (Aceitante): 
Quer ele tenha aceite, quer não, de suspensão de pagamentos do mesmo, ainda que não constatada por sentença, ou de ter sido promovida, sem resultado, execução dos seus bens.
Falência é um Instituto do Empresário, somente se o Aceitante for empresário. Empresário Individual.
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
        I – IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA - Sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência;
O título venceu e não foi pago. O valor do débito for superior a 40 Salários Mínimos, abaixo desse valor cabe uma Ação de Execução. Pode fazer um litisconsórcio ativo para atingir o patamar dos 40 SM.
Essa impontualidade injustificada é comprovada pelo protesto do título. Preciso do protesto do título para comprovar a impontualidade injustificada, mesmo quando o protesto não é obrigatório.
        II – EXCECUÇÃO FRUSTRADA - Executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;
Já ingressou com Ação de Execução de Título Extrajudicial e face do devedor principal e seu avalista no civil, mas não recebeu o valor, tem direito, ganhou, mas não levou o valor. O protesto é facultativo. Daí ingressa com a falência com qualquer valor do débito.
        III – ATOS INDICATIVOS DE FALÊNCIA - Pratica qualquer dos atos elencados que indicam falência, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial:
3°) Nos casos de falência do sacador de uma letra não aceitável
PROTESTO – Lei 9492/97
É um ato solene destinado principalmente a comprovar a falta ou recusa do aceite ou ainda falta do pagamento do título de crédito.
Ele apenas atesta esses fatos, sendo um simples meio de prova para o exercício do direito cambiário.
Feito em cartório extrajudicial, não significa ingressar com uma ação.
É a prova literal de que o título foi apresentado a aceite ou a pagamento e que nenhuma dessas providências foram atendidas, pelo sacado ou aceitante. 
O protesto será levado a efeito por:
- falta ou recusa do aceite; (por falta da data de aceite)
- falta ou recusa do pagamento; 
- falta da devolução do título. 
a)- protesto por falta ou recusa de aceite
A figura do aceite só se verifica na duplicata e na letra de câmbio e, para que ocorra o aceite, o título deve ser apresentado direta ou indiretamente ao sacado.
Se a apresentação não for direta, será indireta por meio do cartório de protestos, com intimação do sacado para aceitar o título.
A apresentação para aceita é facultativa quando certa a data de vencimento.
A apresentação serviria apenas como forma de aumentar a garantia do título com a assinatura do sacado.
Será obrigatória a apresentação do aceite nos casos de títulos com vencimento a certo tempo de vista, pois nestes a data do vencimento depende da data do aceite.
O prazo de apresentação nesses títulos deve se dar até um ano da data de emissão da letra de câmbio (na duplicata não se aplica tal tipo de vencimento). Se não for feita a apresentação ou o protesto dentro do prazo referido, o possuidor perde a ação contra os obrigados de regresso (sacador, endossantes e respectivos avalistas), não tendo também ação contra o sacado, já que não aceitou o título. O título perde a força cambial.
Será necessária a apresentação se há no título devedor de regresso (sacador, endossantes e respectivos avalistas), garantindo o portador direito de regresso contra eles.
Nos títulos com vencimento até certo tempo de data, o título pode ser apresentado para aceite até a véspera do vencimento. Se a apresentação for no dia do vencimento, ela será para pagamento não para aceite.
Não pago o título, o protesto será por falta de pagamento.
O sacado é intimado para, em três dias úteis, contados da protocolização do título, aceitar o título ou dizer porque não o faz. Se aceitar, não haverá protesto. Se não aceitar, mesmo que tenha dado razões, lavra-se ou registra-se o protesto.
A duplicata deve ser apresentada para aceite, pois é a partir daí que o comprador pode recusar o aceite (art. 8º). Ele terá prazo de dez dias.
b)- protesto por falta ou recusa de pagamento
Para que ocorra o pagamento do título, este deve também ser apresentado ao sacado ou aceitante na letra de câmbio ou ao obrigado principal nos demais títulos.
Normalmente essa apresentação deve ser direta, ou seja, o possuidor deve ir até o devedor principal e apresentar o título para pagamento (obrigação querable – quesível).
Se o devedor não foi localizado, o caminho serálevar o título a protesto, caso em que a apresentação torna-se indireta.
Se na letra de câmbio não consta o aceite do sacado, este não pode ser executado, nem mesmo com protesto do título.  Nesse caso, o protesto é necessário para execução dos obrigados de regresso.
Só os devedores diretos, signatários do títulos (aceitante, emitente e seus respectivos avalistas), respondem pela obrigação cambial assumida independentemente de protesto.
Já o demais obrigados indiretos, signatários do título (sacador, endossantes e respectivos avalistas), só respondem pelo pagamento havendo o protesto em tempo hábil.
Se o protesto for realizado, mas fora do prazo legal, nenhum efeito produzirá em relação aos devedores de regresso.
O protesto por falta de pagamento na letra de câmbio e na promissória é no primeiro dia útil após ao do vencimento – art. 28, Decreto 2.044/1908.
Quanto à duplicada, o protesto por falta de pagamento deve ser tirado até 30 dias, contados do seu vencimento.
c)- protesto por falta de devolução
Só a duplicada deve ser obrigatoriamente entregue ao devedor para aceite e, se não devolvida, cabe o protesto por falta de devolução.
d)- protesto por simples indicação do portador
Não é outra modalidade de protesto, mas um caminho para que possa ser efetuado o protesto por falta de aceite, de devolução ou de pagamento.
Só se aplica à duplicata quando o sacado retiver a duplicata enviada para aceite não proceder à devolução no prazo legal - § 3º, art. 21, Lei 9.492/97 § 1º, art. 13, Lei 5.474/68 e art. 31, Decreto 2.044/1908.
Como o protesto por simples indicação só pode ser realizado ante a falta de devolução do título, há exigência da comprovação da efetiva entrega da duplicata ao devedor.
Por que uma Duplicata pode ser Protestada?
Protesto a Duplicata se o credor recebeu a mercadoria e não aceitou o título.
A duplicata é protestável por falta de aceite, por falta de devolução e por falta de pagamento
a)- protesto por falta ou recusa de aceite
A duplicata deve ser apresentada para aceite, pois é a partir daí que o comprador pode recusar o aceite (art. 8º). Ele terá prazo de dez dias. 
b)- protesto por falta ou recusa de pagamento
Quanto à duplicada, o protesto por falta de pagamento deve ser tirado até 30 dias, contados do seu vencimento.
c)- protesto por falta de devolução
Só a duplicada deve ser obrigatoriamente entregue ao devedor para aceite e, se não devolvida, cabe o protesto por falta de devolução.
d)- protesto por simples indicação do portador
Só se aplica à duplicata quando o sacado retiver a duplicata enviada para aceite não proceder à devolução no prazo legal - § 3º, art. 21, Lei 9.492/97 § 1º, art. 13, Lei 5.474/68 e art. 31, Decreto 2.044/1908.
A duplicata é título de crédito emitido pelo credor ou sacador (vendedor da mercadoria ou prestador dos serviços) e aceito pelo devedor (sacado).
Por determinação da lei, nas operações com mercadorias, para documentar o saque do vendedor pela importância faturada contra o comprador, não se admite a emissão de nenhuma outra espécie de título de crédito que não seja a duplicata.
A duplicata pode ser protestada por falta de aceite, por falta de sua devolução pelo comprador quando tiver sido enviada para aceite, bem como por falta de pagamento. Na hipótese do sacado (comprador) reter o título, o protesto poderá ser efetuado por meio de triplicata, ou por simples indicação de seus dados pelo comprador. 
O lugar para efetuar o protesto é o da praça de pagamento que constar na duplicata. 
A duplicata é um título executivo, podendo ter cobrança judicial, efetuada por meio da Ação de Execução. 
Caso a duplicata não tenha sido aceita pelo sacado, a propositura da ação judicial dependerá cumulativamente dos seguintes requisitos: 
1. O protesto da duplicata pela falta de pagamento. 
2. A recusa do sacado em dar o aceite, sem nenhum motivo autorizado pela lei. 
3. Comprovação da efetiva entrega e recebimento da mercadoria.
Não se deve confundir o canhoto de uma nota fiscal, ou o comprovante de entrega da mercadoria, com o aceite do título.
O art. 15 da lei 5.474/68 (Lei de Duplicatas) dispõe que:
 “Art 15 - A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de Processo Civil quando se tratar: 
             l - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não; 
            II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente: 
            a) haja sido protestada;
             b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria; e 
          c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º desta Lei.”
Com efeito, de acordo com a letra da lei, inexistindo o aceitamento, obrigatoriamente, para ganhar executividade, a duplicata deverá ser protestada, bem como acompanhada de documento hábil que comprove a entrega e recebimento da mercadoria, e ainda, não tenha o sacado recusado o aceitamento nos termos, prazos e condições dos artigos 7º e 8º da referida lei. Segundo Fábio Ulhoa Coelho, Curso de Direito Comercial, Volume 1, página 462: “(...) se o sacado restituiu ao sacador a duplicata assinada, basta esse documento para o ingresso da execução. Se o sacado a devolveu sem a assinatura, a execução depende de três documentos: a duplicata, o instrumento de protesto e o comprovante de recebimento das mercadorias. (...) A execução da duplicata contra o sacado depende da modalidade de aceite praticado. Se ordinário, basta a exibição do título; se presumido, é necessário o protesto e a comprovação da entrega das mercadorias.”
Tipos de Protestos
1 – Necessários / Obrigatórios – quando se quer atingir os coobrigados, quando se quer pleitear a falência do aceitante empresário.
Se não for promovido o processo nesse caso, ocorrerá a desoneração dos desobrigados solidários. Os casos de protesto necessário também são dois: (i) Falta de aceite necessário (a única forma de mostrar que não houve aceite é havendo protesto) e (ii) Falta de Pagamento quando existem coobrigados secundários ( para que a pessoa demonstre que apresentou o título na data do vencimento, é preciso o protesto, é o caso de vencimento a data da vista)
2 – Facultativo – quando se quer atingir o devedor principal e o seu avalista.
O protesto facultativo é feito por exclusão, o que não é necessário é facultativo.
Para ingressão com Ação de Execução de Título Extrajudicial em face do devedor principal basta ter o título original, ou juntá-lo nos autos da ação.
Antes de protestar um título envia carta com AR comunicando o protesto.
Alguns juízes pedem a origem do título, mesmo de um título não causal, ou seja, não vinculado à causa, isso porque o título pode ter origem na agiotagem.
PRESCRIÇÃO – Art. 70, anexo I da LUG
Art. 70. Todas as ações contra o aceitante relativas a letras prescrevem em 3 (três) anos a contar do seu vencimento.
As ações do portador contra os endossantes e contra o sacador prescrevem num ano, a contar da data do protesto feito em tempo útil, ou da data do vencimento, se trata de letra que contenha cláusula "sem despesas".
Sem despesas = não vai cobrar do devedor as despesas do protesto, protesto facultativo.
As Ações de Regresso dos endossantes uns contra os outros (Direito de Regresso) e contra o sacador (se não tiver endossantes) prescrevem em 6 (seis) meses a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi acionado.
Art. 71. A interrupção da prescrição só produz efeito em relação à pessoa para quem a interrupção foi feita.
Quanto a prescrição para execução da duplicata, o artigo 18 da Lei das Duplicatas determina que ocorre a prescrição da seguinte forma:
Art 18 – A pretensão à execução da duplicata prescreve:
I – contra o sacado e respectivosavalistas, em 3 (três) anos, contados da data do vencimento do título;
II – contra endossante e seus avalistas, em 1 (um) ano, contado da data do protesto;
III – de qualquer dos coobrigados contra os demais, em 1 (um) ano, contado da data em que haja sido efetuado o pagamento do título.
§ 1º – A cobrança judicial poderá ser proposta contra um ou contra todos os coobrigados, sem observância da ordem em que figurem no título.
§ 2º – Os coobrigados da duplicata respondem solidariamente pelo aceite e pelo pagamento.
NOTA PROMISSÓRIA
A Nota promissória é um título cambiário em que seu criador assume a obrigação direta e principal de pagar a soma constante no título.
É uma Promessa de Pagamento emitida pelo próprio devedor.
A expressão “Obrigação”,  caracteriza-se como o vínculo jurídico transitório entre credor e devedor cujo objeto consiste numa prestação de dar, fazer ou não fazer.
Em sentido amplo, obrigação refere-se a uma relação entre pelo menos duas partes e para que se concretize, é necessária a imposição de uma dessas e a sujeição de outra em relação a uma restrição de liberdade da segunda. O objeto dessa restrição da liberdade é a obrigação.
A nota promissória nada mais é do que um  documento formal de uma promessa de pagamento.
Para o nascimento da nota promissória são necessárias duas partes, o emitente ou subscritor (devedor), criador da promissória no mundo jurídico, e o beneficiário ou tomador que é o credor do título.
Como nos demais títulos de crédito a nota promissória pode ser transferida a terceiro por endosso, bem como nela é possível a garantia do aval.
Caso a nota promissória não seja paga em seu vencimento poderá ser protestada, como ainda será possível ao beneficiário efetuar a cobrança judicial, a qual ocorre por meio da ação cambial que é executiva, no entanto a parte só pode agir em juízo se estiver representada por advogado legalmente habilitado.
Nota Promissória não tem aceite.
Tem endosso e aval, as mesmas regras da LC.
Dois intervenientes:
SACADOR – emitente, subscritor, devedor. Devedor principal, quem vai pagar, quem emitiu o título.
TOMADOR – beneficiário, credor. É aquele a favor de quem o sacador faz a promessa do valor estipulado no título.
A nota promissória é uma promessa de pagamento e deve conter estes requisitos essenciais, lançados por extenso no contexto:
I. a denominação de “Nota Promissória” ou termo correspondente, na língua em que for emitida;
II. a soma de dinheiro a pagar;
III. o nome da pessoa a quem deve ser paga;
IV. a assinatura do próprio punho da emitente ou do mandatário especial.
Presume-se ter o portador o mandato para inserir a data e lugar da emissão da nota promissória, que não contiver estes requisitos.
A nota promissória é prevista no decreto 2044 de 31 de dezembro de 1908 e na Lei Uniforme de Genebra, seus requisitos são os seguintes:
1.  A denominação "nota promissória" lançada no texto do título.
2.  A promessa de pagar uma quantia determinada.
3.  A época do pagamento, caso não seja determinada, o vencimento será considerado à vista.
4.  A indicação do lugar do pagamento, em sua falta será considerado o domicílio do subscritor (emitente).
5.  O nome da pessoa a quem, ou a ordem de quem deve ser paga a promissória.
6.  A indicação da data em que, e do lugar onde a promissória é passada, em caso de omissão do lugar será considerado o designado ao lado do nome do subscritor.
7.  A assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor).
8.  Assinatura de duas testemunhas identidade e (ou) cpf e endereço das mesmas.
9.  Sem rasuras, pois perde o valor a nota promissória.
Requisitos Supríveis:
Local do pagamento, se não expresso, pode ser considerado o domicílio do devedor.
SÚMULA 387 DO STF
A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
 
VALOR POR EXTENSO
Diversificando as indicações da soma do dinheiro, será considerada verdadeira a que se achar lançada por extenso no contexto.
DESCARACTERIZAÇÃO
Não será nota promissória o escrito ao qual faltar qualquer dos requisitos exigidos.
Os requisitos essenciais são considerados lançados ao tempo da emissão da nota promissória.
Diversificando no contexto as indicações da soma de dinheiro, o título não será nota promissória.
No caso de má-fé do portador, será admitida prova em contrário.
VENCIMENTO E LOCAL DE PAGAMENTO
Será pagável à vista a nota promissória que não indicar a época do vencimento. Será pagável no domicílio do emitente a nota promissória que não indicar o lugar do pagamento.
É facultada a indicação alternativa de lugar de pagamento, tendo o portador direito de opção.
A nota promissória pode ser passada:
I. à vista;
II. a dia certo;
III. a tempo certo da data.
A época do pagamento deve ser precisa e única para toda a soma devida.
APLICABILIDADE DAS NORMAS DA LETRA DE CÂMBIO
São aplicáveis à nota promissória, com as modificações necessárias, todos os dispositivos relativas à Letra de Câmbio, exceto os que se referem ao aceite e às duplicatas.
Para o efeito da aplicação de tais dispositivos, o emitente da nota promissória é equiparado ao aceitante da letra de câmbio
CHEQUES
Ordem de pagamento à vista.
Cheque pós-datado, para alguns teria natureza jurídica de Promessa de Pagamento.
Elementos Pessoais:
Sacador – emitente
Sacado – banco
Tomador - beneficiário
Não tem aceite, porque as obrigações contraídas no cheque são autônomas e independentes (Princípio de Autonomia).
Endosso é como na LC.
Aval
Código Civil, Aval parcial é nulo.
Art. 29 da Lei 7357/85, pode ter o aval parcial (prevalece pelo Princípio da Especialidade)
Aval em branco – não diz o que está garantindo
Aval em preto – diz o que está garantindo
Tem que indicar quem é o avalizado
É uma obrigação autônoma sem benefício de ordem, ao contrário da fiança que é uma obrigação acessória com benefício de ordem.
É preciso a outorga uxória - A outorga uxória é necessária em diversos atos potencialmente lesivos, como no caso do cônjuge que vai prestar fiança ou aval, por exemplo. Quando a outorga uxória é exigida por lei, a falta dessa autorização pode repercutir na validade do ato praticado pelo outro cônjuge.
Requisitos Comuns, Específicos e Supríveis:
Comuns – art. 104 CC
Específicos
Denominação cheque e na língua local.
Ordem incondicional de pagar quantia determinada.
O nome do banco ou instituição financeira que deve pagar (sacado)
Indicação do lugar do pagamento.
Indicação do lugar e data da emissão.
A assinatura do emitente (sacador).
Pode ter mandatário com poderes expressos.
Supríveis (na prática bancária não adota)
Na falta de indicação especial é considerado lugar de pagamento, o lugar designado junto ao nome do sacado, se designado vários lugares o cheque é pagável no 1° deles não existindo a qualquer indicação o cheque será pagável no lugar da sua emissão.
Não indicando o lugar da emissão considera-se emitido o cheque no lugar indicado junto ao nome do emitente.
A súmula 387 do STF tb é utilizada para o cheque. A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
Regras de Apresentação
Cheque pós-datado (sacado x tomador) é uma relação pacto sunt servanda, obrigação de fazer (do sacador emitente – ter fundo disponível). Obrigação de não fazer do tomador, não deve apresentar o título antes da data pactuada.
30 dias para cheque da mesma praça
60 dias para cheque de praça distinta
Súmula 370 STJ – enseja Dano Moral.
STJ, súmula 370. Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.
O banco só vai devolver por força do caput do art. 59 da lei 7357/85, prazo de prescrição da Ação de Título Extrajudicial – 6 meses contados da expiração do prazo de apresentação – Vai devolver como prescrito.
ESPÉCIES DE CHEQUE
1 – CRUZADO
EM BRANCO, cruzamento geral, duas linhas paralelas e não digo o nome do banco que eu estou depositandoou apena escrevo “banco”.
EM PRETO – cruzamento especial, com o nome do banco entre as linhas
2 – PRÉ-DATADO
Posterga o prazo de apresentação “pós-datado”.
Usa-se a data do pacto para o caso de morte do emitente, ou declarado incapaz.
Qualquer ordem escrita fora do emitente (contra o emitente) é considerada não escrita.
3 – AO PORTADOR – Regra dos R$ 100,00
4 – NOMINATIVO – digo para quem estou passando o título
5 – ADMINISTRATIVO – emitido pela instituição financeira, dentro do limite do sacador.
6 – VISADO – também bloqueia o valor, mas é emitido pelo correntista.

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