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Fichamento Etica

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Fichamento Etica
Constantemente nos deparamos com questionamentos éticos e morais, seja no trabalho, na escola e até mesmo em ambientes familiares. Tais questionamentos são inerentes a raça humana, fazendo parte de nós desde os primeiros momentos de vida e sendo intensificados e alterados de acordo nossas leituras individuais e coletivas de mundo, ou seja, nossas experiências de vida.
Em consoante, o artigo “Alguns caminhos para a análise ética em administração” de Kenneth E. Goodpaster, evidencia os julgamentos e decisões éticas/morais tomadas pela pessoa do administrador, mensurando como esses julgamentos interferem no ambiente coorporativo, considerando que estes tornam-se mais intensos de acordo com a posição hierárquica que o indivíduo ocupa, pois, suas responsabilidades são diretamente proporcionais aos direitos, deveres e reflexões éticas exigidas pela posição ocupada. Por muitas vezes a pessoa do administrador e a organização como um todo se confundem, criando a sensação de serem a mesma pessoa, para estes casos, deve-se tomar muito cuidado para que não haja um juízo ético/moral anárquico, onde a vontade própria da “pessoa” do administrador seja unânime a vontade do todo.
Tomando como partida a clássica obra: As funções de um executivo, de Chester I. Bernard, onde cita “A sobrevivência de uma cooperação depende de duas classes de processos... a) aqueles relacionados ao sistema de cooperação como um todo em relação ao ambiente; b) aqueles relacionados a geração ou distribuição de satisfações entre indivíduos.”. E, justaposta com os ideais expressados pelo filósofo Alam Gewirth, que considera as ações interpessoais, por ele denominadas de “transações”, as organizações são afetadas por dois tipos de agentes que promovem suas mudanças, os internos (transações B), normalmente constituídos pelas relações interpessoais de seus stakeholders, e os agentes externos (transações A), constituídos principalmente pelo mercado e economia.
É curioso observar como o ambiente pode alterar a forma como a organização é vista. Ao ser analisada extrinsecamente, a organização é vista como um fragmento de uma comunidade da qual atua, assemelhando-se a uma “pessoa”. Por outro lado, ao ser analisada intrinsecamente, a mesma assumi um papel macroscópico para aqueles que individualmente nela atuam. Julgamentos éticos e morais deverão ser tomados de maneira apropriada a cada ambiente, e poderão tomar formas distintas de acordo com o fato ocorrido, cultura local, espaço temporal dentre outros.
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POdemos portanto observar que duas classes de transações são centrais para a função do administrador e eticamente importantes. Desta forma estas duas classes se relacionam entre si, sendo que as transações A ( Ambiente externo da organização como um todo) inseridas a gestão de relacionamentos da organização com o ambiente social e natural, tendo como questões éticas as seguranças de produtos, proteção do meio ambiente, honestidade em publicidade e marketing entre outros aspectos que podem trazer impacto local, nacional e internacional. Nestas transações o administrador vislumbra a corporação como um agente moral inserida em uma ampla sociedade.
As transações B estão principalmente relacionadas com a gestão interna do ambiente da organização, as relacaoes interpessoais, incentivos, autoridade e estrutura, tendo como exemplos relacionados a questões éticas a segurança e a saúde do trabalhador, liberdades civis para os funcionários, a justiça que envolve o processo de contratação, demissão e promoção, tais como outros aspectos que envolvem o ambiente interno das organizações. O administrador ve a si mesmo inserido nesta transação por se tratar de um ambiente moral a ser gerenciado com vistas ao bem estar dos membros inseridos na organização.
Observamos, como o ambiente pode alterar a forma como uma organização passa a ser enxergada. Quando analisada extrinsecamente, esta organização é vista como fragmento de uma comunidade ao qual esta atua assemelhando-se a uma “pessoa”. Do outro lado, quando analisada intrinsecamente, a mesma passa a assumir papel macroscópico para todos aqueles que nela atuam individualmente. Os julgamentos éticos e morais deverão, portanto, ser tomados de maneira apropriada a cada ambiente, e poderão assim tomar formas distintas de acordo com cada fato ocorrido, espaço temporal, cultura local, dentre outros. O administrador então encontra-se entre duas grandes áreas de julgamento e acao que requer a consciência ética e a inteligência econômica, sendo necessário um balanço saudável de habilidades para analise e discernimento diante dos fatos vivenciados.
O julgamento ético, no entento, pode não se manifestar o mesmo tipo de objetividade que as ciências naturais, o que leva a pensar que a razão não possui um lugar dentro da ética. Na historia, mesmo em meio a discordâncias, o julgamento moral pode e deve ter fundamentação no ponto de vista moral, e este domina e disciplina o raciocínio sobre o que é considerado mau ou bom, bem como o argumento, intuições e princípios que são descabidos ou razoáveis. Sendo assim, o ponto de vista moral é visto como ato de se posicionar emocionalmente e mentalmente, passando a ter valor maior as palavras dever e obrigação na vida das pessoas com dignidade e valor especial.
A ética é desmembrada pelos filósofos contemporâneos em três partes, sendo a ética descritiva classificada entre as ciências Sociais com meta em descrição empírica ou neutra de valores, enquanto a ética normativa defende o julgamento do certo e errado, bom ou mau, entre outros. Já a metaetica não se ocupa em examinar questões sobre o sentido e a capacidade de prova dos julgamentos.
Em muitas situações em que devemos tomar decisão fazendo uso do juízo moral somos forcados a enfrentar nossos pensamento ético normativo, ou seja, os conflitos internos ou duvidas de senso comum, bem como os conflitos interpessoais fazendo assim uso do pensamento critico em busca de aplica-las nas circunstancias afim de resolver conflitos entre elas.
Segundo o autor, entre uns dos muitos caminhos para o pensamento critico em ética utilizado pelos filósofos do passado e presente, podemos citar o utilitarismo que passa a mensagem de senso comum moral baseado em metas que propoe ao máximo a promoção da felicidade e bem estar a todas as partes envolvidas face a promoção de custos e benefícios sociais, buscando concordância entre decisão e o ponto de vista moral, motivadas pela forca do mercado. Ainda segundo o autor, o contratualismo no ambiente administrativo, preocupa-se com as politicas corporativas baseada nos direitos, seja do consumidor, dos funcionários, bem como ao tratamento justo às minorias. Enquanto isso o pluralismo tem como ideia central baseado nos deveres, evidenciado pelo apelo aos princípios e obrigações básicas, onde os direitos são vistos como atalhos para os deveres correspondentes, em busca de respostas sobre a acao ou medida que respeita o mais importante dever. Todas porém, tem uma preocupação comum onde há seriedade com a clareza e consistência para o julgamento ético.

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