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VARIAÇÃOE PRECONCEITO

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CONCEITO DE REDES SOCIAIS 
O termo “redes sociais” quer dizer interação social, troca social. As redes sociais surgiram então, para inteirarem a necessidade do homem em compartilhar e criar laços sociais com o outro.. De acordo com Tomaél e Marteleto (2006), apud Ferreira (2007).
“[...] uma rede social se refere a um conjunto de pessoas, organizações ou outras entidades sociais “conectadas por relacionamentos sociais, motivados pela amizade e por relações de trabalho ou compartilhamento de informações e, por meio dessas ligações, vão constituindo e reconstruindo a estrutura social [...]” (TOMAÉL; MARTELETO, 2006, p.75).
 Cabe ressaltar ainda que as redes sociais são o meio onde as pessoas se reúnem por afinidades e com objetivos em comum, sem barreiras geográficas e fazendo conexões com dezenas, centenas e milhares de pessoas conhecidas, ou não. Conforme dissera Aristóteles, "O homem é, por natureza, um ser social". As pessoas precisam umas das outras para conviverem em harmonia, e as redes sociais são o reflexo desse anseio humano.
O FACEBOOK E O TWITTER
O Facebook é uma rede social designado a ligar utilizadores em rede. O Facebook foi lançado em 4 de fevereiro de 2004 pelo americano Mark Zuckerberg. O objetivo principal com a criação da rede social era a interação entre os alunos da faculdade, a fim de conhecerem um ao outro. Para o autor Recuero (2009), “o objetivo inicial do Facebook era criar uma rede de contatos em um momento crucial que quase sempre representa uma mudança de cidade e um espectro novo de relações sociais”. 
Hoje, sendo a principal escolha de muitos usuários das redes socias, o Facebook é, atualmente, o site mais acessado do mundo, tendo alcançado no dia 29 de junho de 2017 um total de 2 bilhões de navegadores. 
O Twitter foi fundado em março de 2006. Telles (2010, p. 59) explica a origem do nome Twitter: “O nome foi inspirado em um pássaro que, para manter os outros pássaros informados do que está fazendo e onde está, emite um sinal periodicamente estridente. O pássaro inspirou o nome e a ideia do próprio Twitter”. Telles (2010, p. 60) explica como utilizar esse microblogging:
O Twitter funciona a partir do envio de mensagens curtas – tweets – que são visualizadas por seus followers – seguidores -, por meio de replies – respostas – às pessoas que te enviam um tweet. No Twitter, o título de cada usuário é procedido pelo signo “@”, que permitirá ao usuário saber quantas vezes este foi citado por algum outro usuário.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 
Segundo Marcos Bagno, variação denota o mesmo que heterogeneidade. Diversas formas de proferir, com singularidades próprias, e em classificações diversas. Em um Artigo publicado na revista Presença Pedagógico em setembro de 2006, o autor diz que: 
Dizer que a língua apresenta variação significa dizer, mais uma vez, que ela é heterogênea. A grande mudança introduzida pela Sociolinguística foi a concepção de língua coo um “substantivo coletivo”: debaixo do guarda-chuva chamado LÍNGUA, no singular, se abrigam diversos conjuntos de realizações possíveis dos recursos expressivos que estão à disposição dos falantes. (BAGNO, 2006)
Em virtude do que fora exposto acima, entende-se por variação linguística os vários falares entre falantes de uma mesma língua. Toda língua natural tem suas variações. E, se tratando da língua portuguesa, pode-se citar como uma das principais variações a diferença entre os falares do Brasil e de Portugal. 
 No Brasil temos muitos falares. Essa variação é justificada não apenas pelo fato histórico, que, necessariamente, leva a profundas transformações a qualquer língua, como também pelas diferenças regionais, sociais, grau de escolaridade, sexo e principalmente pelas categorias profissionais.
Com isso, entende-se por variação a manifestação concreta da língua, e por variedade a soma idealizada das variações. Se fôssemos dispor esses conceitos numa hierarquia, teríamos: variante > variação > variedade. (CASTILHO, 2010, p. 197).
 Dentro de uma mesma região, as pessoas formam pequenas comunidades que acabam criando, por repetição de hábitos e tendências, suas características, até não entendível por outras comunidades: presidiários, internautas, trabalhadores rurais, os urbanos, os políticos, etc. O que é muito importante compreender é que essas variações não devem ser vistas como 'erro' e sim variações. “A língua é em si o conjunto de variedades” (FARACO, 2008, p. 71).
Cabe salientar que, essas variações acontecem porque se vive em uma sociedade complexa, na qual estão inseridos diferentes grupos sociais. Alguns desses grupos tiveram acesso à educação formal, enquanto outros não tiveram muito contato com a norma culta da língua. Observar-se também que a língua varia de acordo com suas situações de uso, pois um mesmo grupo social pode se comunicar de maneira diferente, de acordo com a necessidade de adequação linguística.
Como pode constatar, a língua por sua complexidade e riqueza, possui uma multiplicidade de forma. Sendo assim, a maneira como se fala pode variar de acordo com as circunstâncias, com o grupo social a qual pertence, com a região em que vive e com muitos outros falares.
 De acordo com o autor Strecker (2009), ele apresenta em seu livro “Comunicação e Linguagem” os principais tipos de variação que as línguas apresentam, chamadas de variação diatópicas, diastráticas e diafásicas. As variações diatópicas são as diferenças regionais, a variação diastrática refere-se aos diferentes grupos sociais e variações diafásicas que estão relacionadas à situação comunicativa. 
PRECONCEITO LINGUÍSTICO
A palavra preconceito diante do contexto social se faz notável o emprego de vários outros termos, indicando as diversas manifestações do preconceito entre os seres humanos. Diante disso, ouvem-se e presenciam-se constantemente práticas de preconceito social, racial, religioso, sexual, de gênero, preconceito físico, etc. Dentre esses preconceitos, destaca-se outra modalidade, a do preconceito linguístico o qual será abordado.
Marcos Bagno (2000, p.40) salienta a definição de preconceito linguístico: 
O preconceito linguístico se baseia na crença de que só existe [...] uma única língua portuguesa digna deste nome e que seria a língua ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas e catalogada nos dicionários. Qualquer manifestação linguística que escape desse triângulo escola- gramática- dicionário é considerada, sob a ótica do preconceito linguístico, “errada, feia, estropiada, rudimentar, deficiente [...].
“Esse preconceito revela-se diante das diferenças existentes entre cada forma de falar, no qual os indivíduos as veem como erro, tratando como aceitável, somente a variedade de prestígio, a norma padrão, menosprezando, assim, as demais variedades linguísticas”. (BAGNO, 2002)
Marcos Bagno traz em seu livro Preconceito Linguístico: o que é, como se faz1, exibições em tom de denúncia a “mitologia do preconceito linguístico”. Essa mitologia condiz a uma série de pensamentos que as pessoas em geral mostra a respeito da língua, em especial sobre o Português Brasileiro.
Diante do exposto, alguns desses pensamentos reunidos pelo autor Marcos Bagno, os quais ele denomina como “mitos”, podem ser encontrados no material analisado para este trabalho, o que justifica o interesse em conhecê-los. Assim, os oito mitos expostos são:
“A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”
 “Brasileiro não sabe Português.” / “Só em Portugal se fala bem Português”;
“Português é muito difícil”;
“As pessoas sem instrução falam tudo errado”;
 “O lugar onde melhor se fala Português no Brasil é o Maranhão”;
“O certo é falar assim porque se escreve assim”;
“É preciso saber gramática para falar e escrever bem”; e
“O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social”.
Segundo Bagno (2000), esses mitos são transmitidos e perpetuados em nossa sociedade, cada um deles em um grau, por meio de um mecanismo de círculo viciosoque envolve três elementos que são: a gramática tradicional, o ensino tradicional e os livros didáticos:
(...) a gramática tradicional inspira a prática de ensino, que por sua vez
provoca o surgimento da indústria do livro didático, cujos autores –
fechando o círculo – recorrem à gramática tradicional como fonte de
concepções e teorias sobre a língua. (BAGNO, 2000, p. 73-74).
Bagno (2000, p.74-75), reconhece que o Ministério da Educação tem incentivado as escolas a apresentar uma postura mais flexível e que os próprios Parâmetros Curriculares Nacionais admitem que o ensino precisa se livrar de vários mitos: o de que existe uma forma “correta” ou de a fala de uma região é melhor do que a de outras, ou de que a fala “correta” é a de que se aproxima da língua escrita, ou de que o brasileiro fala mal o português, ou de que é preciso “consertar” a fala do aluno para evitar que ele escreva errado.
O autor ainda ressalta que várias editoras têm procurado se adequar a produzir um material didático compatível às novas diretrizes, reformulando assim o material disponibilizado aos alunos. Bagno salienta que:
“[...] mas, os preconceitos, como bem sabemos , impregnam-se de tal maneira na mentalidade das pessoas que as atitudes preconceituosas se tornam parte integrante do nosso próprio modo de ser no mundo [...].” (BAGNO 2000, p.75)
O autor ainda enfatiza que é necessário um trabalho lento, contínuo e profundo para que conscientize e que se comece a desmascarar os mecanismos que compõem a mitologia do preconceito. Por isso, fica ainda mais difícil combater o preconceito que os falantes apresentam sobre si próprios, acreditando que o Português seja uma língua difícil ou que eles não sabem falar corretamente.

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