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AULA 03 ATOS PROCESSUAIS.docx 1496599809376

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1
ATOS PROCESSUAIS 
ATOS DECISÓRIOS
Aula 03
ATO JURÍDICO X FATO JURÍDICO
FATO JURÍDICO – É o acontecimento do qual provém uma consequência jurídica, isto é, através do
qual ocorre modificação em alguma situação de direito, podendo ser ou não efeito da vontade de
uma pessoa.
ATO JURÍDICO – é quando proveniente da vontade humana.
Quando o ato jurídico não é proveniente da vontade humana, chama-se fato stricto sensu.
O ato jurídico é gênero do qual o ato processual é espécie, sendo aquele consistente na ação
humana traduzida em uma declaração de vontade des�nada a provocar uma consequência
jurídica.
O ato processual “é, portanto, toda conduta dos sujeitos do processo que tenha por efeito a
criação, modificação ou ex�nção de situações jurídicas processuais”.
Como exemplo de atos processuais, tem-se o oferecimento de uma denúncia ou de uma pe�ção
inicial, de um interrogatório, uma sentença, etc.
São fatos processuais stricto sensu o decurso do prazo, a morte da parte ou do procurador, a
transferência, promoção ou aposentadoria do juiz, os acontecimentos que caracterizam força
maior.
2
“Os atos processuais são voluntários, mas apenas no sen�do de que sua realização depende da
vontade – e não do conteúdo acrescido por um ato de vontade; o sujeito limita-se a escolher entre
pra�car ou não o ato, não lhe deixando a lei margem de liberdade para a escolha dos efeitos
deste”.
Em linhas gerais, pode-se dizer que os atos processuais são aqueles atos pra�cados pelos sujeitos
do processo que, de uma forma ou de outra, dão andamento ao processo, ou seja, auxiliam para a
consecução de uma prestação jurisdicional eficiente.
Uma vez que podem ser pra�cados pelos diversos sujeitos do processo, têm diferentes significados
e efeitos no decorrer da relação jurídica processual; além de que, quanto ao modo mediante o
qual são realizados, diferenciam-se também, haja vista que há atos que se exaurem numa só
a�vidade e outros que se apresentam como a soma de a�vidades múl�plas. 
ATOS PROCESSUAIS DO JUIZ
Os atos judiciais são pronunciamentos delibera�vos do juiz no curso do processo se des�nando à
movimentação do processo ou a um julgamento. 
ATOS DAS PARTES
A) Postulatórios: pedido de tutela jurisdicional do Estado (pois não se aplica a “Lei de Talião”), de
um direito próprio descrito em lei. 
B) Probatórios: são provas reais que se manifestam por fatos (material), como documentos e fiança. 
C) Disposi�vos: do seu direito de pedir a tutela jurisdicional.
 Ex: crimes de ação penal privada; perdão. 
ATOS DOS AUXILIARES DO JUIZ
A) De manutenção: carimbo de recebimento, pe�ção, in�mação... 
B) De execução: escrivão executando ordem do juiz. 
3
C) De documentação: carimbar páginas, autuação. 
ATOS DE TERCEIROS
A) Terceiro Interessado - prestar fiança, etc.; 
B) Terceiro Desinteressado - prestar testemunho, etc.; 
ESPÉCIES DE ATOS
A) Atos simples – são os resultam da manifestação de vontade de um a só pessoa, de um só órgão
monocrá�co ou colegiado (denúncia, sentença, acórdão, etc.); 
B) Atos complexos - são aqueles em que observa uma série de atos entrelaçados (audiências,
sessões, etc.); 
C) Atos compostos- é o que resulta da manifestação de vontade de uma só pessoa, dependendo,
contudo, para ter eficácia da verificação e aceitação feita por outro (perdão do ofendido, que
depende da aceitação do querelado, etc.). 
CLASSIFICAÇÃO DOS PROVIMENTOS JUDICIAIS NO CPP
O CPP, no art. 800 divide as decisões em:
 a) defini�vas (finais, de mérito);
 b) interlocutórias mistas (finais, sem julgamento de mérito); 
c) interlocutória simples (estas, verdadeiramente interlocutórias; solução de questões incidentes,
sem por fim ao processo); 
d) despacho de expediente.
DECISÕES DEFINITIVAS
4
 Decisão defini�va ou sentença em sen�do estrito - soluciona a lide julgando o mérito da causa.
 É a sentença propriamente dita (art. 593, I e II).
a) Condenatória - acolhe, ao menos em parte, a pretensão puni�va. Inflige ao infrator uma
pena. 
Ex. julgo procedente a denúncia para condenar fulano de tal como incurso no art. 157 do
CP pátrio.
b) Absolutória - julga improcedente a pretensão puni�va (art. 386).
b.1) Própria - não acolhe a pretensão puni�va.
Ex. absolve simplesmente por improcedência da denúncia, expedindo alvará de soltura se
o réu es�ver preso (art. 386, I a IV).
 
b.2) Imprópria - quando, embora não acolhendo a pretensão puni�va, reconhece a
existência de infração penal, absolve – face a ausência de culpabilidade - e aplica medida de
segurança (art. 386, § único, III). 
Ex. doentes mentais e menores incapazes.
DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
 Decisão interlocutória - não julga o mérito da causa.
A) Simples - dirime questões emergentes rela�vas a marcha do processo, não encerra nada,
nem é recorrível. Soluciona questões controver�das, podendo ser atacada pelo HC, MS ou
correição parcial. Em verdade, exige um pronunciamento decisório sem penetrar no mérito da
causa e diz respeito ao modus procedendi, sem trancar a relação processual. 
Ex.:
- recebimento de denúncia ou queixa.
- decretação ou indeferimento da prisão preven�va.
- concessão de fiança.
- indeferimento do pedido de assistência.
- desacolhe arguição de exceção.
- quando o magistrado se dar por incompetente.
B) Mista (ou decisão com força de defini�va) - encerra o processo sem julgar o mérito, ou
seja, sem solucionar a lide.
b.1) Termina�va (ou termina�va de mérito) - encerra o próprio processo sem julgar o
mérito.
5
Ex.
- que acolhe coisa julgada ou li�spendência.
- rejeita a denúncia ou queixa.
- julga ausente as condições de procedibilidade.
- ex�nção de punibilidade ou perempção.
- ilegi�midade de partes.
b.2) Não Termina�va - não julga e nem impede o fluir do processo, finalizando uma etapa
do procedimento. 
Ex.: Decisão de pronúncia nos processos de júri popular.
DESPACHO DE MERO EXPEDIENTE ou ORDINATÓRIO
Despacho de mero expediente ou ordinatório - ato relacionado com o andamento normal
do processo, e que não requer uma deliberação do juiz. Não são recorríveis, podendo ser atacados
pela correição parcial, em caso de tumulto no feito. 
Ex.:
- junte-se documentos.
- designação de audiência.
- vista aos autos.
- no�ficação de testemunhas para depor.
SENTENÇA
É o ato por excelência do juiz, que põe fim ao processo, decidindo, ou não, o mérito da causa, é ato
culminante no processo em que o Estado aplicando a obrigação jurisdicional ex�ngue a jurisdição
e a da ação penal em espécie. 
Sen�do amplo - os atos jurisdicionais ou deliberações do juiz no curso do processo que envolvem
um julgamento. 
São as decisões (interlocutórias simples, interlocutórias mistas e as defini�vas). 
Contrapõem-se aos despachos de expediente, que se des�nam apenas a movimentar o
procedimento.
Sen�do estrito - as decisões defini�vas. Aquelas em que o juiz põe termo ao processo, julgando ou
não o mérito.
TERMINOLOGIA - SENTENÇA
Do la�m “sen�re” - no sen�do do juiz declarar o que sente.
Do la�m “decadere” - no sen�do de cortar o nó ou de acabar controvérsia.
6
NATUREZA JURÍDICA - SENTENÇA
Elemento Lógico - operação mental do magistrado na exteriorização de um juízo.
Elemento Voli�vo - declaração de vontade da lei no caso concreto.
SENTENÇA x PEDIDO INICIAL
A sentença penal não atendendo ao pedido da inicial pode ser :
a) extra pe�ta - fora do pedido 
b) ultra pe�ta - além do pedido (nulidade parcial, só o excesso).
c) citra pe�ta - aquém do pedido (nulidade só quanto a matéria omi�da).
CLASSIFICAÇÃO DA SENTENÇA
Podem ser as sentenças, ainda:
1) Quanto ao sujeito (subje�vidade):
SIMPLES - decisão por juiz monocrá�co, proferidas por um só sujeito. 
Ex. Juiz singular – despacho, decisão e sentença.
PLÚRIMA - decisão por órgão colegiado homogêneo. 
Ex. Câmaras dos tribunais.
COMPLEXA - decisão resultante de diversos órgãos que apreciame julgam as questões que
integram a lide.
 Ex. Júri - jurados.
2) Quanto a executoriedade:
EXECUTÁVEIS - são executáveis de imediato. 
Ex. absolutórias.
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NÃO EXECUTÁVEIS - das quais depende de recurso.
 
CONDICIONAIS - dependem de acontecimentos futuro ou incerto. 
Ex. sursis, remição da pena, livramento condicional.
3) Quanto ao órgão prolator:
DESPACHO, DECISÃO OU SENTENÇA - juízo monocrá�co.
ACÓRDÃO - câmaras dos tribunais de jus�ça.
VEREDICTO - decisão dos jurados no júri popular.
 
4) Quanto à força:
CONSTITUTIVA – criam ex�nguem ou modificam direito. 
Ex. HC liberatório.
DECLARATÓRIA – declaram situação jurídica. 
Ex. HC preven�vo.
HOMOLOGATÓRIA – integra um ato jurídico. 
Ex. jus�ficação.
 
REQUISITOS DA SENTENÇA
1) Requisitos Formais (Art. 381)
Relatório (exposição ou histórico) (art. 381, I e II) - resumo do processo com o histórico da sua
marcha e seus incidentes mais importantes. O CPP exige: o nome das partes (ou as indicações
possíveis para iden�ficá-las) e a exposição sucinta da acusação e da defesa. A ausência do nome da
ví�ma ou da data do crime, por exemplo, não é causa de nulidade da sentença (erro material).
Fundamentação (ou mo�vação) (art. 381, III e IV) - desenvolvimento do raciocínio do juiz para
chegar à conclusão, mediante a análise das provas dos autos. Exame do fato em sua amplitude e
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pormenores juridicamente apreciáveis e do direito aplicável à espécie. O CPP exige a indicação dos
mo�vos de fato e de direito em que se fundar a decisão. Sentença vazia é aquela possível de
anulação por falta de fundamentação.
Conclusão (decisão ou disposi�vo) (art. 381, V) - disposi�vo final de indicação dos ar�gos de lei
aplicados e outros disposi�vos. É a subsunção da espécie à lei.
Parte auten�cada - data e assinatura do juiz.
 
2) Requisitos Materiais (Art. 59 e 92 do CP):
Penas entre as cominadas.
Quan�dade de pena dentro dos limites previstos.
Regime inicial de cumprimento de pena.
Subs�tuição de pena priva�va de liberdade (se cabível).
Efeitos da condenação (se cabíveis).
3) Requisitos Processuais (Art. 387, I a VI):
Menção das circunstâncias agravantes (art. 61 do CP).
Menção das circunstâncias atenuantes (art. 65 do CP).
Menção de outras circunstâncias (art. 59 e 60 do CP).
Duração das penas acessórias, previstas em Lei Especiais.
SENTENÇA SUICIDA
Sentença Suicida – ocorre quando há uma contradição entre a parte disposi�va da sentença e a sua
fundamentação. 
Em verdade, é sentença nula ou se sujeita a embargos de declaração (art. 382 CPP) para correção
de erros materiais existentes. 
É nula a sentença cuja a conclusão diverge da fundamentação exposta (TACRSP, RJDTACRIM,
81-141).
EFEITOS DA SENTENÇA
Efeito geral: Esgota o poder jurisdicional do magistrado que a prolatou, exceto quanto a correção
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de erros materiais (esta não a�nge o julgado).
Não produz efeitos a sentença que é inexistente, como a proferida por juiz sem jurisdição (RT
582/319), e a que é proferida por juiz de férias (RT 575/409), ou após sua promoção para outra
comarca (RT 544/349). 
SENTENÇA ABSOLUTÓRIA (art. 386, I a VI)
Conceito: julga improcedente a pretensão puni�va, ou seja, a acusação. 
Tem a natureza declaratória nega�va, já que nega o direito de punir.
a) provada a inexistência do fato 
Ex. pseudo ví�ma de homicídio, reaparece
b) faltando prova da sua existência 
Ex. Furto sem subtração
c) provada a�picidade do fato 
d) faltado prova da autoria ou par�cipação
e) exis�ndo circunstância que exclua o crime ou isente de pena o réu
 Ex. excludentes da ilicitude (jus�fica�va) ou excludentes do dolo;
CASOS QUE EXCLUEM O CRIME OU ISENTA A PENA
Exclusão do dolo:
a) POR ERRO
- erro de �po - se invencível exclui o dolo e a culpa; se vencível, responde por culpa (se o crime for
punível a esse �tulo).
- erro sobre os pressupostos de fato da excludente - erro de �po invencível, se vencível, persiste
apenas a culpa.
- erro sobre os limites da excludente - erro de proibição, invencível, se vencível ocorrerá só a
redução da pena.
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- descriminantes puta�vas
b) EXCLUDENTES DA CULPABILIDADE - são elementos da culpabilidade: imputabilidade,
exigibilidade de conduta diversa e elemento psicológico-norma�vo:
- coação moral irresis�vel - apenas a coação moral exclui a culpabilidade, já que na coação �sica
inexiste a conduta (suprime-se a vontade) do sujeito. 
- obediência hierárquica - cumprimento estrito a ordem não manifestamente ilegal (erro de
proibição invencível).
- inimputabilidade - além das causas, deve concorrer a inteira incapacidade de entender
(momento intelec�vo) o caráter ilícito do fato ou de determinar-se (momento voli�vo) diante
deste entendimento. 
Para auferir a imputabilidade existem três sistemas: Biológico, psicológico, biopsicológico:
O sistema biológico condiciona a responsabilidade á normalidade da mente. 
O sistema psicológico indaga se há uma perturbação mental mórbida, declarando a
irresponsabilidade se ao tempo do crime, estava abolida no agente, seja qual for à causa, faculdade
de apreciar a criminalidade do fato (momento intelectual) e determinar-se de acordo com esse
entendimento (momento voli�vo). 
O sistema biopsicológico é a reunião dos dois primeiros, a responsabilidade só é excluída se o
agente, em razão da enfermidade ou retardamento mental, era no momento da ação, incapaz de
entendimento é�co – jurídico e autodeterminação. 
O Sistema biopsicológico – é adotado no nosso ordenamento, exceto quanto aos menores, que se
adota o sistema biológico, para os quais a ausência do elemento psicológico é presumida.
Por falta de legi�midade passiva dos menores, a iden�ficação de um réu menor no curso de um
processo não pode resultar na sua absolvição, mas de anulação do processo ab ini�o. 
 
SENTENÇA ABSOLUTÓRIA PRÓPRIA E IMPRÓPRIA
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Sentença absolutória própria – não se impõe restrição ao réu.
Sentença absolutória imprópria - juiz deve aplicar medida de segurança, que é, em sen�do amplo,
uma sanção penal. Pelo sistema vicariante, ou unitário, o juiz só pode aplicar a pena ou a medida
de segurança.
CASOS DE APLICAÇÃO DA SENTENÇA ABSOLUTÓRIA IMPRÓPRIA
doença mental - conceito abrangente de todas as psicoses (orgânicas, tóxicas e funcionais),
esquizofrenia, loucura, histeria, etc.
desenvolvimento mental incompleto - menores e silvícolas inadaptados.
desenvolvimento mental retardado - surdos-mudos (conforme as circunstâncias, pode ser
inimputável, semirresponsável ou imputável) e oligofrênicos (idiotas, imbecis e débeis mentais).
embriaguez completa, por caso fortuito ou força maior - sujeito desconhece o efeito inebriante da
substância ou uma sua par�cularidade fisiológica (caso fortuito) ou, por exemplo, é obrigado a
ingerir a substância (força maior). É acidental, não voluntário, não culposa.
QUAIS REGRAS SÃO IMPOSTAS A SENTENÇA ABSOLUTÓRIA IMPRÓPRIA?
Aplicam-se as regras de sentença condicional no caso das absolutórias impróprias.
 A sentença absolutória, transitada em julgado, não admite revisão.
CABE APELAÇÃO DA SENTENÇA QUE ABSOLVE POR INSUFICIÊNCIA DE PROVA?
Cabe apelação da sentença que absolve por insuficiência de prova, pois o réu tem legí�mo
interesse de ver modificado o fundamento legal de sua absolvição.
EFEITOS DA SENTENÇA ABSOLUTÓRIA
réu se livra solto, salvo se es�ver preso por outro mo�vo;
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cessação das penas acessórias aplicadas provisoriamente; 
aplicação de medida de segurança, quando cabível, após o trânsito em julgado e com a expedição
da guia pelo juiz. 
outros efeitos nas áreas cível e administra�va.
SENTENÇA CONDENATÓRIA
 
É aquela que acolhe a pretensão puni�va mesmo parcialmente.
Impõe pena, autoriza, portanto, que o preceito do �po sancionatório seja aplicado sobre o
acusado. 
Seu limite é o pedido formulado e o seu convencimento da prá�ca do delito pelo réu.Fundamentação ou mo�vação
Fixa pena base – mencionando as circunstâncias judiciais - culpabilidade, antecedentes, conduta
social, personalidade do agente, mo�vos, circunstâncias e consequências do crime, bem como o
comportamento da ví�ma (art. 59 do CP).
Menciona as circunstâncias agravantes e atenuantes, cuja existência reconhecer (art. 61, 65, 67 e
68 do CP).
Mencionar as circunstâncias majorantes e minorantes, cuja existência reconhecer. São as causas de
aumento ou diminuição da penal (gerais e especiais). Atentar as regras do art. 68, §único, 141 e 221
do CP.
Aplicar a pena:
- aplicáveis dentre as cominadas. 
- definir o quantum da pena aplicável.
- se pena priva�va de liberdade (PPL):
* Realizar detração penal, abatendo do quantum anterior o tempo da prisão provisória (Ex.
temporária, flagrante, preven�va ou decorrente de sentença de pronúncia ou condenatória
recorrível), da prisão administra�va ou de internação em hospital ou manicômio. 
* Definir regime prisional inicial da pena priva�va de liberdade (art. 33 do CP - forma
progressiva de execução), com base nas circunstâncias judiciais, de acordo ao quantum aplicável e
a primariedade do réu.
 
13
REGIMES PRISIONAIS SENTENÇA CONDENATÓRIA
a) fechado – art. 33 §2º, a
- mais de 8 anos de reclusão;
- réu reincidente (qualquer pena);
- tráfico, terrorismo, tortura e crimes ;
- pena de detenção poderá ser transferida para este regime.
b) semiaberto – art. 33 §2º, b
- mais de 4 até 8 anos, réu primário.
c) aberto – art. 33 § 2º, c
- pena igual ou inferior a 4 anos, réu primário.
 
SISTEMA DE PENAS SUBSTITUTIVAS – Art. 44 CP
Aplica-se, quando for o caso, o sistema de penas subs�tu�vas mo�vando-o com a indicação das
circunstâncias judiciais que o recomenda, desde que o réu não reincidente, subs�tuindo a pena
do:
Crime culposo ou doloso com pena inferior a 6 meses - por multa
Crime culposo ou doloso com pena inferior a 1 ano - por uma das penas restri�vas de direitos
(PRD), aplicável com a mesma duração. 
Crime culposo com pena superior a 1 ano - por duas penas restri�vas de direitos ou uma delas
com multa, desde que simultaneamente exequíveis.
São penas restri�vas de direitos: prestação de serviços à comunidade, limitação de fim de semana
e a interdição temporária de direitos (suspensão da CNH, proibição do exercício de cargo/função
pública ou profissão/o�cio autorizado, licenciado ou habilitado pelo Estado).
EFEITOS DA SENTENÇA CONDENATÓRIA
PENAL
imposição de pena.
nome lançado no rol dos culpados.
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reincidência.
interrompe a prescrição.
vedação do sursis futuro.
CIVIL (EXTRAPENAL)
genéricos (art. 91 do CP):
torna certa a obrigação de indenizar.
perda dos instrumento e objetos ilícitos do crime.
 específicos (art. 92 do CP):
- perda de cargo, da função pública ou mandato ele�vo, etc.
FUNDAMENTAÇÃO DA PENA NA SENTENÇA CONDENATÓRIA
 Operações para definir o quantum da pena:
1) Se pena priva�va de liberdade
a) fixar a pena-base (PB) tendo em vista as circunstâncias judiciais. Se uma destas
circunstância for também circunstância legal ou causa de aumento ou diminuição não será
considerada na fixação da pena-base.
b) aplicar as circunstâncias legais obrigatórias - atenuantes e agravantes (a quan�dade fica
ao arbítrio do juiz, considerando as circunstâncias preponderantes - mo�vos do crime,
personalidade do agente e reincidência). 
c) aplicar as causas de aumento e de diminuição da pena, o que inclui a diminuição da
tenta�va, a causa de aumento do crime con�nuado e do concurso formal, etc. 
No concurso de causa de aumento ou de diminuição prevista na parte especial do CP o juiz pode
aplicar apenas uma - a que mais aumente ou que mais diminua (as da parte geral são de aplicação
obrigatória). Ao contrário das agravantes e atenuantes, podem ultrapassar os limites legais da
pena.
Ao contrário das agravantes e atenuantes, podem ultrapassar os limites legais da pena.
15
 2) Se pena de multa
a) fixar a pena-base (quan�dade de dias-multa) que variará de 10 a 360 dias-multa,
considerando as circunstâncias judicias de dosagem da pena (art. 43 e 44 do CP).
b) fixar o valor do dia-multa de acordo a situação econômica do réu, considerando-o a
par�r de 1/30 até 5 salários mínimos, no valor vigente na época do fato. 
PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA
É o ato do juiz ao proferir a sentença na audiência de julgamento ou de lê-la em audiência para
tanto designada. É realizada em cartório pelo escrivão.
A sentença só se torna ato processual completo, devidamente formalizado, quando adquirir
publicidade, enquanto esta não for efe�vada trata-se de mero trabalho intelec�vo do juiz.
A publicação se dá no momento em que a sentença é recebida no cartório pelo escrivão, e não pela
data de assinatura do juiz.
INTIMAÇÃO DA SENTENÇA
É a ciência que se dá às partes, por in�mação do escrivão, da decisão do processo em que não há
instrução em audiência.
 É necessário para que decorra o prazo para os recursos (art. 391 e 392).
 Se o réu residir em outra comarca será por precatória.
CORRELAÇÃO ENTRE ACUSAÇÃO E SENTENÇA. EMENDATIO LIBELLI E MUTATIO LIBELLI 
Considerando que o Acusado se defende dos fatos criminosos a ele imputados, deve exis�r
correlação entre o fato narrado na denúncia ou queixa e o teor da sentença, ou seja o juiz só pode
julgar aquilo que está sendo subme�do à sua apreciação.
O Princípio da Correlação está regulamentado no CPP nos arts. 383 e 384, por meio dos ins�tutos
conhecidos como EMENDATIO LIBELLI e MUTATIO LIBELLI.
EMENDATIO LIBELLI
Ao oferecer a denúncia ou queixa, o Acusador deve necessariamente descrever um fato criminoso
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e ao final, dar a ele uma classificação jurídica.
Durante a instrução processual o réu defende-se do fato narrado.
Finda a instrução, o juiz entende efe�vamente provado o fato descrito na peça inicial, mas discorda
da classificação dada pelo Acusador.
Neste caso, o art. 383 CPP prevê que o juiz pode diretamente condenar o réu na classificação que
entenda ser correta, sendo dispensável qualquer formalidade como aditamento da denúncia ou
queixa ou nova manifestação da defesa, antes da sentença. É o que se chama emenda�o libelli.
A emenda�o libelli é possível, ainda que com a nova classificação tenha o juiz que fixar pena mais
alta.
EMENDATIO LIBELLI EM GRAU DE RECURSO
A emenda�o libelli pode ser aplicada inclusive pelos Tribunais, em grau de recurso, desde que
respeitado o princípio que veda a reforma�o in pejus, ou seja, não é possível a alteração da
capitulação pelo Tribunal, se importar em agravação da pena, caso o recurso seja exclusivo da
defesa.
EMENDATIO LIBELLI E SUSPENSÃO CONDICIONAL
Se em consequência da definição jurídica diversa dada pelo juiz na sentença, houver a
possibilidade de suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/95), o juiz dará vista dos
autos ao Promotor de Jus�ça para que efetue a proposta da suspensão.
O MP ao ser in�mado da sentença, pode fazer a proposta de suspensão, ou fundamentadamente
recusar e ainda recorrer da sentença. 
MUTATIO LIBELLI
O ins�tuto do muta�o libelli pressupõe que, durante a instrução em juízo, surja prova de
elementar ou circunstância não descrita explícita ou implicitamente na denúncia ou queixa.
Na muta�o libelli, as provas colhidas durante a instrução não coincidem com a descrição fá�ca
con�da na denúncia ou queixa, ao contrário, apontam que o fato delituoso pra�cado é diverso.
Neste caso, o art. 384, caput do CPP estabelece que o Promotor de Jus�ça, deverá aditar a
denúncia ou a queixa.
Também deve ser feito o aditamento se a denúncia descrevia um crime simples e durante a
instrução ficou provada alguma qualificadora ou causa de aumento de pena.
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MUTATIO LIBELLI - PROCEDIMENTO
Se o aditamento for feito de forma oral, ao término da audiência de instrução, será reduzido a
termo, ou se requerer vista dos autos para apresentar o aditamentopor escrito, terá o prazo de 05
dias.
O Defensor terá o prazo de 05 dias para se manifestar a respeito do aditamento.
Os autos irão conclusos, para o Juiz decidir sobre o aditamento.
Se o juiz receber o aditamento, designará nova audiência em con�nuação, para a inquirição de
testemunhas, novo interrogatório do réu e realização de debates e julgamento.
As partes poderão arrolar até 03 (três) testemunhas
MUTATIO LIBELLI E SUSPENSÃO CONDICIONAL
Se em consequência do aditamento, houver a possibilidade de suspensão condicional do processo
(art. 89 da Lei 9.099/95), o próprio Promotor de Jus�ça deverá efetuar a proposta que, uma vez
aceita pelo réu e homologada pelo Juiz, obstará o prosseguimento do feito, que só será retomado
caso a suspensão seja revogada.
MUTATIO LIBELLI EM GRAU DE RECURSO
 A muta�o libelli não pode ser aplicada pelos Tribunais, em grau de recurso.
Súmula 453 STF
Evidente que não é mais possível o aditamento da denúncia após a prolação da sentença de 1ª
instância.

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