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DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS:INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES Profª Esp. Vânia Paz mariavaniapaz@bol.com.br 1 Intoxicações Alimentares de Origem Bacteriana Intoxicação alimentar Doenças causadas por toxinas produzidas por bactérias contaminantes presentes no alimento antes do consumo S. aureus, B. cereus, C. botulinum Toxinas resistentes ao calor e a ação de enzimas digestivas Toxinas resistentes ação de enzimas digestivas, porém podem ser inativadas após 30 min a 100ºC Botulismo infantil e de feridas: os microrganismos são ingeridos ou fixados na ferida, multiplicam-se e produzem a toxina in vivo Bacillus cereus Bastonetes, móveis, esporulados, Gram positivos e anaeróbios facultativos produtor de exoenterotoxina. Ocorrência: Meio ambiente (forma de esporos e forma vegetativa) Bacillus cereus Contamina facilmente alimentos como: Vegetais, Condimentos(ervas secas e especiarias), cremes, sopas e molhos, purê de batatas e saladas... pescados, produtos cárneos e lácteos Síndrome Diarreica. Produtos amiláceos e cereais, especialmente arroz (síndrome dos restaurantes chineses) – Síndrome Emética. Síndrome diarreica – sintomas iniciam-se de 8-16h após a ingestão de células ou toxina presentes no alimento. Diarreia aquosa profusa, dores abdominais e náuseas.- assemelha-se a infecção clostridiana. - Exoenterotoxina - Proteina de elevado peso molecular – termolábil - inativada a 56ºC/5min. Síndrome emética – período de incubação varia 30 minutos a 6 horas; predomínio de náuseas e vômitos, ocasionalmente surge diarreia e cólicas abdominais com duração máxima de 24h – assemelha-se à intoxicação estafilocócica. Enterotoxina – prot. Baixo peso molecular, termoestável a 126ºC/90min. Bacillus cereus/sintomas Solo, poeira, sujidades, superfície dos grãos de cereais e vegetais Fontes Bacillus cereus - Tipos emético e diarréico -Tratamento térmico, controle da temperatura de manutenção, resfriamento -Evitar preparos antecipados Medidas preventivas Toxinose - Tipo emético: vômito, náuseas, raramente diarréia, sem febre (1-6 horas) Toxinfecção - Tipo diarréico: diarréia, náuseas, vômitos raros e sem febre (8 a 22 horas) Doença (sintomas e período de incubação) Tipo emético: arroz cozido e frito com antecedência Tipo diarréico: pudins, canjica, alimentos a base de milho (cereais em geral), leite, carnes, feijão cozido, verduras, sopas, molhos, bolos e empadões Alimentos mais envolvidos De forma direta através do contato da água e dos alimentos com as fontes Disseminação PERIGOS BIOLÓGICOS Perigos - Distribuição 7 1- São esporulados. 2- Os esporos sobrevivem à cocção e depois germinam no alimento, ocorrendo a multiplicação das células, caso não se controle temperaturas e tempos de operações posteriores. Cocos, arranjos irregulares, Imóveis, não esporulados, Gram positivos, Anaeróbios facultativos Staphylococcus aureus 8 Habitat Cavidade nasal Pele de pessoas e animais normais É capaz de produzir enterotoxinas termorresistentes que causam uma doença no homem, denominada intoxicação estafilocócica Intoxicação estafilocócica Ingestão de alimentos contendo enterotoxinas produzidas por cepas enterotoxigênicas de Staphylococcus aureus. Há sete tipos de enterotoxinas que Staphylococcus aureus é capaz de produzir. A quantidade necessária para desencadear a intoxicação é de 1 micrograma; corresponde à quantidade encontrada no alimento quando a contaminação por Staphylococcus aureus atinge 100.000 células por grama. Aparecimento dos sintomas 20 minutos a 2 horas após a ingestão do alimento com a enterotoxina. Sintomas: Náusea, Ânsia de vômito,Vômitos, Cólicas abdominais, Sudorese e prostração. Sensibilidade às enterotoxinas; Quantidade de toxina produzida no alimento; Quantidade de alimento ingerido e saúde geral. Sintomas e intensidade Staphylococcus aureus (toxina estafilocócica) -Redução do tempo de exposição a temperatura inadequada, principalmente após tratamento térmico -Boas práticas de higiene -Refrigeração/ Resfriamento -Evitar preparos antecipados Medidas preventivas Toxinose. Vômitos, náuseas, dor abdominal, diarréia, dor muscular e prostração (média 4,4 horas) Doença (sintomas e período de incubação) Pratos manipulados a base de carne ou frango (empadões, fricassé, risoto), recheios, produtos manuseados, cremes, panquecas, bolos recheados, queijos, salgadinhos, presuntos Alimentos mais envolvidos Fragmentos de pele, secreções, mãos, equipamentos, utensílios, ferimentos, furúnculos e por portadores Disseminação(leite- animal com mastite no úbere) Cavidades bucal e nasal e pele (humana e de animais) Fontes PERIGOS BIOLÓGICOS Perigos - Distribuição 13 1- O leite pode disseminar S. aureus, se o animal tiver mastite no úbere. 2- As enterotoxinas que se desenvolvem no alimento são termoestáveis (suportam temperaturas maiores que 100oC). 3- O alimento que estiver envolvido em surto poderá não conter a bactéria, mas deve conter a toxina. 4- Não aparecem em animais silvestres. Clostridium botulinum Bacilos, Gram-positivo, produtores de esporos, Encontrada no solo e se multiplica na ausência de oxigênio. Produz Neurotoxina Intoxicação ocorre após ingestão de alimento contaminado com a toxina botulínica. Ocorre absorção na porção superior ID – atingindo SNPeriférico via circulação sanguínea. Exerce ação sobre o SNA e SNSomático- impedindo liberação acetilcolina - pelas terminações das neurofibrilas. O cérebro e Med. Espinhal não são afetados. Doença neuroparalítica; Paralisia simétrica descendente dos nervos motores e autônomos, Normalmente começando com os nervos cranianos. A doença pode evoluir e causar paralisia descendente da musculatura respiratória, braços e pernas. Botulismo (patogenia) Oito tipos diferentes de toxina botulínica Designadas pelas letras A até G Somente os tipos A, B, E e F causam doença no homem Os outros tipos causam botulismo em animais. As toxinas são as mais ativas podendo determinar a morte(dose 0,1 a 1mg). São termolábeis (100ºC/10min) Cel.vegetativas são destruídas pelas temperaturas de pateurização e cocção. Botulismo infantil- cças < 12m – ocorre pela ingestão de esporos C. botulinum – germinam e as cél. Vegetativas produzem toxina no TD – Botulismo Intestinal Tóxico. Toxinas Botulismo alimentar Três tipos de botulismo Botulismo de ferida Botulismo infantil Botulismo infantil Clostridium botulinum (toxina botulínica) -Tratamento térmico, acidificação ou irradiação Medidas preventivas TOXINOSE. Náuseas, vertigens, visão dupla, dificuldade de deglutição, paralisia respiratória, morte (12 a 72 horas) Doença (sintomas e período de incubação) Conservas caseiras, patês, pescados, defumados, produtos apertizados e industrializados, saladas Alimentos mais envolvidos Através do contato direto ou pela poeira para os alimentos Disseminação Solo, sedimentos de águas superficiais Fontes PERIGOS BIOLÓGICOS Perigos - Distribuição 19 1- Lembrar que os sintomas podem ocorrer rapidamente (em minutos) e que são sintomas neurológicos, que podem deixar seqüelas. 2- Citar casos como palmito. 3- A morte pode ser evitada administrando-se soro específico para a toxina. 4- Tipos de toxinas em humanos: A, B, E e F. 5- A toxina para ser destruída necessita de 15 minutos a 85oC (termolábil). Os esporos necessitam de 121oC por 10-20 minutos. 6- pH abaixo de 4,5 é limitante da germinação dos esporos. 7- Os pescados podem veicular a bactéria caso tenham tido contato com uma das fontes – solo, poeira ou água contaminadas pelo Clostridium. 8- Dependendo da quantidade de toxina, os sintomas podem começar em minutos; a média é de 4 horas. Agentes Virais causadores de Infecções Alimentares Vírus Entéricos rotavírus norwalk Perigos - Distribuição 21 1- A microbiota do alimento é importante devido à capacidade que um determinado microrganismo possui de interferir na sobrevivência e desenvolvimento de outro. 2- Bacteriocinas: as bactérias láticas, por exemplo, podem produzir bacteriocinas que inibem ou eliminam certos microrganismos patogênicos. 3- Modificação de pH: alguns tipos de leveduras podem consumir ácidos orgânicos (láticos) presentes nos alimentos, dando condições para que microrganismos que antes tinham sua multiplicação inibida pela acidez, se multipliquem. 4- Explicar: competição de nutrientes. PERIGOS BIOLÓGICOS Vírus entéricos (Rotavirus, Agente Norwalk e outros) -Tratamento térmico -Boas práticas de higiene -Água de origem segura (potável) -Afastar doentes ou portadores Medidas preventivas Infecção. Diarréia, febre, vômito, cólica, problemas respiratórios e outros (período de incubação variado) Doença (sintomas e tempo de incubação) Mariscos, frutas e verduras cruas, saladas mistas e com carnes e pescados, mãos de manip. com a virose. Alimentos mais envolvidos Direta pessoa/pessoa e indireta, através da água contaminada e a contaminação cruzada. Inativados pela cocção. Disseminação Fezes humanas, água contaminada com fezes Fontes Hepatite A RNA-vírus Picornavírus (família Picornaviridae), do gênero Hepatovirus Pequeno vírus de capsídeo, icosaédrico, não envelopado, 27 nm, hélice simples de RNA Hepatites Virais Transmissão entérica: A e E Transmissão parenteral: B, C e D Epidemiologia Distribuição mundial Endêmica na maioria dos países Considerada a + importante das viroses transmitidas por alimentos Alta incidência em populações economicamente mais pobres com exposição em idades mais precoces Associada a baixas condições de saneamento Transmissão Via fecal-oral (contato inter-humano, água e alimentos contaminados) Grande quantidade de vírus nas fezes Estabilidade do HAV no meio ambiente Transmissão parenteral rara (doador de sangue em fase de viremia) Características clínicas Período de incubação 2-5 semanas (média 30 dias) Início súbito, sintomas mais leves que hepatite B Período prodrômico duração média 7 dias(mal-estar, fadiga,febre, perda de apetite e náuseas até evoluir para ictericia e escurecimento da urina) Infecções assintomáticas comuns, especialmente em crianças (~95%) Forma ictérica em 80-90% nos adultos Adultos (em particular gestantes) doença severa e sintomática Não existem relatos de formas crônicas Hepatite fulminante rara (0,2 a 0,4%) Alimentos envolvidos: água, moluscos e as saladas Patogenia Vírus penetra via TGI Veias mesentéricas, chega ao fígado pelo sistema porta Replicação viral no hepatócito Excretado nos sinusóides, atingindo intestino pela bile Vírus eliminados nas fezes 2 semanas antes dos sintomas Nenhum efeito citopático aparente Tratamento Repouso, especialmente na fase de maior atividade clínico- bioquímica (inflamação e necrose dos hepatócitos) Dieta variada, menor tolerância à alimentos gordurosos Abstinência alcoólica Drogas “hepatoprotetoras” Prevenção: Vacinação Vacina recomendada a partir dos 2 anos de idade em duas doses, IM, intervalo de seis meses Profilaxia pós-exposição com imunoglobulina. Hepatite E Transmitida por via fecal-oral Período de incubação de 15 a 60 dias Aguda, auto-limitada Pode apresentar formas clínicas graves em gestantes Vírus causador de hepatite mais recentemente identificado, em 1990 Patogenia similar à HAV Epidemiologia Ainda pouco conhecida Surtos na China, México e norte da África Usualmente grande contaminação da água com fezes Transmissão interpessoal não é comum Não há surtos documentados no Brasil Testes de presença de anticorpos no brasil desde 1999. Agentes Parasitários causadores de DOA Giardia intestinalis - Giardíase Perigos - Distribuição 33 1- A microbiota do alimento é importante devido à capacidade que um determinado microrganismo possui de interferir na sobrevivência e desenvolvimento de outro. 2- Bacteriocinas: as bactérias láticas, por exemplo, podem produzir bacteriocinas que inibem ou eliminam certos microrganismos patogênicos. 3- Modificação de pH: alguns tipos de leveduras podem consumir ácidos orgânicos (láticos) presentes nos alimentos, dando condições para que microrganismos que antes tinham sua multiplicação inibida pela acidez, se multipliquem. 4- Explicar: competição de nutrientes. Giardia intestinalis (lamblia) -Água de origem segura segura (potável) -Boas práticas de higiene Medidas preventivas Infecção. Diarréia gordurosa e com muco, cólicas abdominais e náuseas e perda de peso (1 a 6 semanas) Doença (sintomas e período de incubação) Saladas cruas, algumas frutas e água não tratada Alimentos mais envolvidos Direta pessoa/pessoa e indireta, através da água contaminada e a contaminação cruzada Disseminação Fezes humanas e de animais Fontes PERIGOS BIOLÓGICOS Perigos - Distribuição 34 1- A água de irrigação, pela legislação, permite um certo grau de contaminação (1000 coliformes fecais) e, portanto, também pode veicular parasitos. 2- Origem segura igual a potável. Entamoeba histolytica – Disenteria Amebiana Perigos - Distribuição 35 1- A microbiota do alimento é importante devido à capacidade que um determinado microrganismo possui de interferir na sobrevivência e desenvolvimento de outro. 2- Bacteriocinas: as bactérias láticas, por exemplo, podem produzir bacteriocinas que inibem ou eliminam certos microrganismos patogênicos. 3- Modificação de pH: alguns tipos de leveduras podem consumir ácidos orgânicos (láticos) presentes nos alimentos, dando condições para que microrganismos que antes tinham sua multiplicação inibida pela acidez, se multipliquem. 4- Explicar: competição de nutrientes. Entamoeba histolytica -Água de origem segura (potável) -Boas práticas de higiene Medidas preventivas Infecção. Cólica, diarréia, constipação, cefaléia, sonolência, úlcera,distensão abdominal PI (1 a várias semanas) Doença (sintomas e período de incubação) Frutas, verduras, legumes e água não tratada Alimentos mais envolvidos Direta pessoa/pessoa e indireta( prática sexuais), através da água contaminada a contaminação cruzada e a manipulaação após cocção; Disseminação Fezes humanas e água Fontes PERIGOS BIOLÓGICOS Perigos - Distribuição 36 1- Lembrar que pode ser assintomático. 2- Origem segura igual a potável. Taenia sp Taenia solium cisticercos Perigos - Distribuição 37 1- A microbiota do alimento é importante devido à capacidade que um determinado microrganismo possui de interferir na sobrevivência e desenvolvimento de outro. 2- Bacteriocinas: as bactérias láticas, por exemplo, podem produzir bacteriocinas que inibem ou eliminam certos microrganismos patogênicos. 3- Modificação de pH: alguns tipos de leveduras podem consumir ácidos orgânicos (láticos) presentes nos alimentos, dando condições para que microrganismos que antes tinham sua multiplicação inibida pela acidez, se multipliquem. 4- Explicar: competição de nutrientes. Taenia sp Controle da matéria-prima (carne de porco), métodos de cocção adequados, boas práticas de higiene e sanificação durante o processamento de alimentos. Teníase: infestação intestinal com a forma adulta da tênia. > casos é assintomático. Pode ocorrer nervosismo, insônia, fome, cólica abdominal, perda de peso. Cisticercose: ocorre eclosão dos ovos, as larvas saem do intestino e invadem outros órgãos, causando lesões- localiz. Cerebral(crises convulsivas,hipert.intracarniana-meningoencefalite e dist. Comportamento. Cisticercose: carne de porco mal cozida. Ovos: verduras cruas e água contaminada. Cisticercose: ingestão de ovos de tênia presentes em hortaliças não higienizadas, vindas de hortas adubadas com fezes humanas, e/ou água contaminada. Auto-contaminação. Teníase: cisticercos na carne de porco. Medidas preventivas Doença (sintomas e período de incubação) Alimentos mais envolvidos Disseminação Fontes e PERIGOS BIOLÓGICOS 39 Bactérias Período de incubação Doença causada Sintomas Duração dos sintomas Alimentos associados Salmonellatyphi Salmonellaparatyphi 6 a 48h Bacteremia (presença de bactérias na corrente sanguínea), febre tifóide Bacteremia, febre entérica Febre, náuseas, vómitos, dores abdominais, diarreia, dor de cabeça. 1 a 2 dias Carne crua, frango e peru, leite e derivados, pescado, camarão, molhos e temperos, sobremesas recheadas com cremes, manteiga de amendoim, gelatina, chocolate. Escherichia colienterohemorrágica 3 a 9 dias Colite hemorrágica (desenvolvimento posterior de síndromeurêmica-hemolítica-SUH) Cólica intensa, dores abdominais, diarreia (inicialmente aquosa, tornando-se sanguinolenta). Menos frequentemente, vómito e febre baixa. 8 dias Carne bovina, crua ou mal passada, queijo e leite cru. Escherichia coli enteroinvasiva 11h a 24h Disenteria Dores abdominais, diarreia, vómitos, febre, calafrios e mal estar generalizado. 2 a 9 dias Queijo Escherichia colienteropatogénica 12 a 36h Diarreia infantil Diarreia aquosa, desidratação e desequilíbrio electrolítico. 6h a 3dias Leite, carne e frangos crus. Escherichia colienterotoxigénica 12 a 36 h Gastroenterite Diarreia Saladas e vegetais crus. Tabela 1. – Características das principais doenças causadas por bactérias patogénicas em alimentos. 40 Bactérias11 Período de Incubação Doença Causada Sintomas Duração dos sintomas Alimentos Associados Vibrio parahaemolyticus 4 - 24h Gastroenterite Diarreia profusa, dores abdominais, náuseas, vómitos, dor de cabeça, febre e calafrios. 1 a 3 dias Pescado cru ou mariscos contaminados.. Listeria monocytogenes 3 a 70 dias (Indeterminado) Listeriose Septicemia, meningite, meningo-encefalite, encefalite, infecção intra-uterina ou cervical em gestantes. Os primeiros sintomas são semelhantes aos de uma gripe incluindo febre persistente. Em alguns casos, náuseas, vómitos e diarreia. 2 dias e meio (expostos; gestantes, fetos, recém-nascidos) Leite, queijos (principalmente pasta mole), gelados, vegetais, frango cru e cozido, carnes cruas, enchidos, pescado cru e defumado. Clostridium botulinum 18 a 36 h Botulismo Fadiga extrema, fraqueza, tonturas, visão dupla, dificuldade progressiva em falar e engolir, boca seca, perda de consciência, paragem respiratória e cardíaca. A morte pode ocorrer entre 3 a 10dias(60%-paralisia centro respiratório) Em alimentos enlatados e embalados em vácuo, etc. Milho enlatado, pimenta, feijão verde, sopas, beterraba, espargos, cogumelos, azeitonas, atum, frango, fígado de galinha, carnes frias, presunto, lagosta, pescado salgado e fumado. 41 Bactérias Período de Incubação Doença Causada Sintomas Duração dos Sintomas Alimentos Associados Bacillus cereus 30 min. a 6 h 8 a 16 h Forma emética(Intoxicação) Forma diarreica (toxinfecção) Náuseas e vómitos. Diarreia profusa, dores abdominais e náuseas. 24 a 48 h Alimentos com amido (e.g. arroz, batatas, legumes, feijão, legumes cozidos, puré de batata), arroz e massas. Carne, vegetais, pescado e sopas. Clostridium perfringens 8 a 24 h Toxinfecçãoalimentar Náuseas, dores abdominais, diarreia e vómito em alguns casos. 24 h (1-2d) Produtos cárnicos Staphylococcus aureus 2 a 4 h Intoxicação estafilocócica Náuseas, vómitos, dores abdominais, prostração e, em alguns casos, diarreia. Dores de cabeça, cãibras, alterações temporárias da pressão arterial e da pulsação (casos mais graves). 2 a 3 dias Carnes e derivados, aves, ovos, atum, saladas, bolos com recheio, natas, leite e derivados. 42 Parasitas Portadores Doença Causada Sintomas Alimentos associados Trichinella spiralis Suínos Triquinose Sintomas gastro-intestinais, febre, dores musculares, fraqueza geral. Carne de suínos. Toxoplasma gondii Gatos Toxoplasmose Fadiga, cefaleia, dores musculares e de articulações. Menos frequentemente causam febre e afectam a visão. Na transmissão transplacentária pode conduzir a aborto ou má formação do feto. Carne de suínos ou ovinos ou de outros animais infectados, crua ou mal passada Cryptosporidium parvum Bovinos, caprinos e ovinos Criptosporidiose Diarreia aquosa. Tosse persistente, febre baixa persistente, dor intestinal. Qualquer alimento tocado por um manipulador contaminado, vegetais em saladas. Giardia lamblia Cães, gatos, castores, ursos Giardose Diarreia. Água. Ascaris lumbricoides Ascaridiose Complicações em diversas partes do corpo. Febre. Através das mãos, objectos, alimentos. Diphyllobothrium spp. Ursos e homens Distensão abdominal, flatulência, cólica abdominal intermitente e diarreia. Pescado cru ou mal cozido. Tabela 2. – Identificação e caracterização de parasitas que mais frequentemente contaminam o Homem, sintomas, portadores e alimentos associados. 43 Parasitas Portadores Doença Causada Sintomas Alimentos Associados Entamoeba histolytica Homem e outros primatas. Amebiose (disenteria amebiana) Ausência de sintomas; leve desconforto gastrointestinal; disenteria (com sangue e muco). Dor, ulcerações e abcessos e, raramente, obstrução intestinal. Contaminação fecal de água e alimentos, contacto directo com mãos e objectos sujos e por contacto sexual. Taenia saginata Bovinos, homem. Teniase Sintomas abdominais leves, apendicite ou colangite. Carne crua ou mal passada. Taeniasolium Homem, macacos, suínos, hamster. Teníase e Cisticercose Passagem (passiva) de proglótides. Cisticercose. Cisticercose cerebral exibe as formas convulsiva, hipertensa ou pseudotumoral e psíquica. Carne crua ou mal passada. Fasciola hepática Vegetação aquática e outra. Fasciolíase Dor abdominal, hepatomegalia, febre, vómito, diarreia, uticária e eosinofilia (fase aguda). Sintomas mais discretos, obstrução biliar intermitente e inflamação (fase crónica). Plantas de água doce, principalmente o agrião. 44 Vírus Período de Incubação Epidemiologia Transmissão Alimentos associados Rotavírus 1 a 3 dias Causa de epidemias de doença diarreica em lactentes, crianças e adultos. Fecal-oral Saladas, frutas e entradas. Vírus (tipo) Norwalk 16 a 48 horas Importante causa de surtos de doença com vómitos e diarreia em crianças maiores e adultos, em famílias, comunidades e instituições, normalmente associados à ingestão de alimentos. Actualmente, nos Estados Unidos, acredita-se que estes microrganismos sejam os responsáveis pelo maior número de infecções intestinais. Fecal-oral Mariscos e ingredientes de saladas. Vírus da Hepatite A 10 a 50 dias É comum a observação de surtos de hepatite A em aglomerados populacionais (e.g. estabelecimentos militares, prisionais, creches). A doença clínica manifesta-se, mais frequentemente, em crianças e adultos jovens. Fecal-oral Pescado, marisco, vegetais, saladas, águas, carnes fatiadas frias, frutos e sumos de fruta, leite e derivados e sandes. Tabela 3 – Principais características dos vírus associados à gastroenterite aguda em humanos. O que se espera de um alimento? Preparado com cuidado O que se espera de um alimento? Agradáveis em sabor, aroma e aspecto O que se espera de um alimento? Não sejam prejudiciais à saúde O que se espera de um alimento? BOA QUALIDADE Prevenção Adoção de sistemas HACCP(APPCC) GMP (BP) SOP(POP) 5 S Psiu!! Você vem comigo Bibliografia Forsythe,S.J. Microbiologia da segurança alimentar. Editora Artmed, 2002, 424p GERMANO, Pedro Manuel Leal; Maria Izabel S. Germano. Higiene e Vigilância sanitária de Alimentos. 5 ed. Barueri-SP: Manole,2015. MANUAL de Elementos de Apoio para o Sistema APPCC. Rio de Janeiro:SNAC/DN, 2001. SILVA Junior, Eneo Alves da; Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviços de Alimentação. São Paulo: Livraria Varela,1995.
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