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17/04/2013 1 
2012 
17/04/2013 2 
 
GTAW 
Soldagem TIG 
17/04/2013 3 
17/04/2013 4 
O processo de soldagem Gas Tungsten Arc Welding - GTAW, ou soldagem TIG -
Tungsten Inert Gas, como é mais conhecido atualmente, é um processo de soldagem a 
arco elétrico que utiliza-se de um arco entre um eletrodo não-consumível de tungstênio e 
a poça de soldagem. 
 
Conforme pode-se notar pela figura anterior, a poça de soldagem, o eletrodo e parte do 
cordão são protegidos através de um gás de proteção, que é injetado pelo bocal da 
tocha. 
 
Seu desenvolvimento deveu-se à necessidade de disponibilidade de processos eficientes 
de soldagem de materiais de difícil soldabilidade, tais como o alumínio, cobre e 
magnésio; notadamente na indústria da aviação, no começo da Segunda Grande Guerra 
Mundial. Sua berço de criação foi na Alemanha, onde o processo TIG é conhecido como 
WIG, sigla de Wolfranium Inert Gas. 
 
Assim, com o seu aperfeiçoamento, surgiu um processo de alta qualidade e relativo 
baixo custo, de uso em aplicações diversas, com inúmeras vantagens. 
A Soldagem TIG (GTAW) 
17/04/2013 5 
17/04/2013 6 
Soldagem TIG (GTAW) 
O processo TIG permite soldar uma série de tipos de materiais, com ou sem 
material de adição. Dependendo da aplicação da solda, é possível adicionar 
material à poça de fusão, nesse caso, o material deve ser compatível com o 
metal de base. 
 
Para isolar a região de soldagem dos contaminantes atmosféricos - Nitrogênio 
(N2), Oxigênio (O2) e Dióxido de Carbono (CO2) - e umidade (na forma de H2), 
que prejudicam as propriedades mecânicas da junta, são utilizados gases de 
proteção com características químico-físicas específicas (todos inertes), que 
também ajudam a formar e manter o arco elétrico estável. 
 
A altura do arco elétrico é controlada pela diferença de potencial (tensão) 
aplicada entre os eletrodos (assim como no caso do processo MIG/MAG), ou 
pela distância eletrodo peça, e sua intensidade pela corrente elétrica que se 
faz fluir através da coluna de gás ionizado (produção de arco sob ambiente 
plasmático). 
 
17/04/2013 7 
O eletrodo utilizado na soldagem TIG é o de tungstênio, que tem o maior ponto 
de fusão dos metais: 3400oC, podendo este ser puro (99,9%) ou ainda ser 
ligado com outros materiais (sempre na forma de óxidos), geralmente: Cério 
(Ce) , Lantânio (La), Tório (Th) e Zircônio (Zr). 
 
 Além disso, o tungstênio é chamado termoiônico, porque tem facilidade de 
emitir elétrons ao ser aquecido, o que auxilia bastante a estabilidade do arco 
 
Os eletrodos de tungstênio puro têm a vantagem de apresentar menor custo e 
menor efeito de retificação quando utilizada a corrente alternada. Por outro 
lado, as desvantagens são a dificuldade na abertura do arco e menor 
durabilidade. 
 
Nos processos automatizado, exige-se que os eletrodos sejam ligados ao 
Zircônio (Zr). 
Soldagem TIG (GTAW) 
17/04/2013 8 
Vantagens 
 Apresenta cordões de solda de alta qualidade; 
 Ausência de escória no cordão; 
 Ausência de respingos e faíscas; 
 Pode ser empregado em todas posições; 
 Ótimo para soldagem de pequenas espessuras; 
 Ótimo desempenho na soldagem autógena; 
 Ausência de fluxos e revestimentos sólidos; 
 Aparência higiênica e cirúrgica da solda; 
 Baixa sensibilização à corrosão intergranular; 
 Baixa distorção, devido a sua baixa energia de soldagem. 
17/04/2013 9 
Desvantagens 
 Custo relativamente alto – principalmente no caso da soldagem de alumínio, 
que há a necessidade de uma fonte geradora de alta frequência e CA; 
 Necessita de grande habilidade do soldador; 
 Dificuldade na soldagem em campo – influência do vento; 
 Baixa mobilidade, devido a quantidade de acessório ser extensa; 
 Alta incidência de luzes UV e IV; 
 Inadequado para soldagem de chapas de mais de 10 mm. 
 Baixa taxa de deposição. 
17/04/2013 10 
Soldagem TIG (GTAW) 
17/04/2013 11 
17/04/2013 12 
O Equipamento 
17/04/2013 13 
Equipamento para Soldagem TIG (GTAW) 
17/04/2013 14 
Fontes de soldagem TIG 
Equipamento para Soldagem TIG (GTAW) 
17/04/2013 15 
Controle de gás de 
proteção (Q e P) 
Equipamento para Soldagem TIG (GTAW) 
17/04/2013 16 
Equipamento para Soldagem TIG (GTAW) 
Conjunto Regulador + 
Manômetro + 
Fluxômetro 
Conjunto Regulador + 
Manômetros (interno e 
trabalho) 
17/04/2013 17 
Tocha 
Equipamento para Soldagem TIG (GTAW) 
17/04/2013 18 
Tochas TIG 
Equipamento para Soldagem TIG (GTAW) 
17/04/2013 19 
A tocha conduz a corrente e o gás inerte para a zona de soldagem; tem a 
extremidade revestida de material isolante a fim de ser manuseada com 
segurança pelo operador. A tocha serve como suporte do eletrodo de 
tungstênio e também fornece o gás de proteção. Dentro da tocha existe uma 
pinça que segura o eletrodo, e que deve ser selecionada de acordo com o 
diâmetro do eletrodo. 
 
As tochas, que suportam o eletrodo e conduzem o gás de proteção até o arco, 
são classificadas basicamente pelo seu mecanismo de refrigeração. As tochas 
refrigeradas a gás são mantidas na temperatura adequada pelo efeito de 
resfriamento causado pelo próprio gás de proteção. Estas tochas estão 
limitadas a uma corrente máxima de cerca de 200 A. 
 
Já as tochas refrigeradas a água, promovem a circulação de água, 
normalmente em circuito fechado, para refrigeração. Desta forma, pode-se 
dispor de tochas que suportam correntes de até 1000 A. 
Equipamento para Soldagem TIG (GTAW) 
17/04/2013 20 
Parâmetros de Soldagem 
17/04/2013 21 
Os parâmetros de soldagem são responsáveis pela qualidade do cordão de 
solda e o desenvolvimento do processo; assim, é preciso conhecer essas 
variáveis para escolher o procedimento adequado a cada tipo de trabalho. 
 
Os parâmetros a considerar no processo TIG são: 
 
 Comprimento do arco; 
 Velocidade de soldagem; 
 Vazão do gás; 
 Corrente de soldagem; 
 Polaridade; 
Parâmetros de Soldagem 
17/04/2013 22 
O comprimento do arco é a distância entre a ponta do eletrodo e o metal de base (o que 
no processo MIG/MAG, chamamos de Stick-out); o aumento do comprimento faz 
aumentar também a tensão do arco, sob uma dada corrente de soldagem e determinado 
gás de proteção. 
 
O comprimento do arco influencia diretamente no cordão de solda, que será tanto mais 
largo quanto maior for o arco. Um arco muito curto ou muito longo torna-se instável, 
favorecendo a formação de porosidades, mordeduras e falta de fusão. Em conseqüência, 
a penetração também será afetada, embora que discretamente. 
Maior distância 
Cordão mais largo 
Menor distância 
Cordão mais estreito 
Comprimento do Arco 
17/04/2013 23 
A velocidade de soldagem tem influência sobre a penetração e a largura do cordão de 
solda; assim, para uma velocidade muito alta de soldagem, o arco não permanece tempo 
suficiente na região de solda para proporcionar uma boa fusão e penetração do cordão. 
Já para uma velocidade baixa, a penetração aumenta. Mas, para uma velocidade 
excessivamente baixa de soldagem, o próprio metal fundido na poça funciona como 
isolante térmico para a transferência de calor do arco para o metal base, prejudicando 
também a penetração de solda. 
 
Uma velocidade maior melhora a eficiência e a produtividade da soldagem, reduzindo os 
custos de produção; no entanto, velocidades altas demais podem causar 
descontinuidades, como falta de penetração e mordeduras. 
Velocidade de Soldagem 
Menor velocidade de 
soldagem 
Cordão mais largo e 
maior a penetração 
Maior velocidadede 
soldagem 
Cordão mais estreito e 
menor a penetração 
17/04/2013 24 
A vazão do gás é responsável pela proteção adequada do eletrodo e da poça 
de fusão garantindo soldas isentas de oxidação e porosidade. 
 
Seu valor ideal depende do tipo de metal a ser soldado, condições de 
ventilação do ambiente e nível de amperagem utilizado. Para que a proteção 
oferecida pelo gás seja eficiente, é preciso considerar a vazão do gás. 
 
A vazão deve ser forte o suficiente para deslocar o ar para longe da área da 
solda e assim proteger a poça de fusão; no entanto, uma vazão elevada pode 
causar turbulência no fluxo do gás, resultando em descontinuidade ou defeitos 
no cordão e instabilidade do arco, sem falar no custo maior de soldagem. 
Vazão do Gás de Proteção 
17/04/2013 25 
A vazão ideal leva em consideração fatores como: 
 
 Tipo de gás utilizado; 
 Distância entre o bocal e a peça; 
 Tipo e posição da tocha; 
 Tipo de junta; 
 Diâmetro do bocal; 
 Velocidade e posição de soldagem; 
 Tipo de metal a ser soldado; 
 Tamanho da poça de fusão. 
 
Uma vazão baixa não oferece proteção adequada à poça de fusão, causando 
também descontinuidades. 
 
Uma regra para determinar a vazão ideal é fazer um teste, iniciando com vazão 
elevada e diminuindo gradativamente até que comece uma oxidação superficial 
do cordão; a vazão ideal será a mais próxima e superior a essa. 
Vazão do Gás de Proteção 
17/04/2013 26 
A corrente de soldagem pode-se considerar, de forma geral, que ela controla a 
penetração da solda, com efeito diretamente proporcional, além de influenciar na 
penetração de solda, a limpeza superficial dos óxidos da superfície do metal base e o 
desgaste do eletrodo de tungstênio. 
 
A corrente afeta também a tensão do arco, sendo que para um mesmo comprimento de 
arco, um aumento na corrente causará um aumento na tensão do arco. 
 
O ajuste da vazão de gás está relacionado com a intensidade de corrente ideal para os 
diferentes metais a soldar. Considerando o argônio como gás de proteção, a relação 
vazão/corrente pode ser mostrada em um quadro. 
Corrente de Soldagem 
Menor Corrente 
Cordão mais estreito e 
menor a penetração. 
Menor Corrente 
Cordão mais largo e 
maior a penetração 
17/04/2013 27 
Corrente de Soldagem 
17/04/2013 28 
Polaridade 
Quando se trabalha com CC, o ignitor de alta freqüência é usado apenas para 
abrir o arco e em seguida é desligado. Geralmente os aparelhos possuem um 
dispositivo que inibe as faíscas do ignitor quando o arco está aberto. 
 
Na soldagem com CC, o circuito pode ter o eletrodo ligado tanto ao pólo 
negativo quanto ao positivo. 
17/04/2013 29 
 
Quando o eletrodo está ligado ao pólo negativo CC-, os elétrons fluem do 
eletrodo em altas velocidades, bombardeando o metal de base e provocando 
um aquecimento considerável nesse metal; a concentração de calor, portanto, 
é de aproximadamente 70% na peça e 30% no eletrodo. 
 
O cordão de solda obtido com CC, é estreito e com grande penetração. Este 
tipo de corrente é aplicado na soldagem de aço, cobre, aços inoxidáveis 
austeníticos (ao cromo-níquel) e ligas resistentes ao calor. 
Corrente Contínua com Polaridade Direta 
17/04/2013 30 
Quando ligado ao pólo positivo, CC+, o eletrodo é positivo e o metal é negativo; os 
elétrons fluem do metal de base para o eletrodo, o qual se aquece e tende a fundir a 
extremidade. 
 
A concentração de calor é de aproximadamente 30% na peça e 70% no eletrodo. Por 
esta razão, a soldagem com CC+ requer um eletrodo com diâmetro maior ou uma 
corrente mais baixa para evitar o superaquecimento e conseqüente fusão do eletrodo, 
que contamina a poça de fusão. Esse inconveniente torna a soldagem com CC+ pouco 
utilizada, uma vez que não é viável para correntes elevadas. O cordão de solda obtido é 
largo, com pequena penetração. 
Corrente Contínua com Polaridade Inversa 
17/04/2013 31 
Teoricamente, uma soldagem com CA é uma combinação das soldagens com CC+ e CC- 
 
A corrente assemelha-se a uma onda, cuja parte superior representa a polaridade 
positiva, ou CC+, e a inferior a negativa ou CC-. Os elétrons e os íons partem da peça 
para o eletrodo e vice-versa, causando uma concentração equilibrada de calor de 50% 
para cada um e um cordão com penetração média. 
 
A CA é aplicada na soldagem de alumínio, magnésio e suas ligas. Na soldagem com 
CA, o arco tende a extinguir quando a corrente é muito baixa ou nula, uma vez que a 
corrente cai a zero a cada inversão de polaridade; neste caso, o ignitor deve 
permanecer ligado para estabilizar a descarga elétrica. 
Corrente Alternada 
17/04/2013 32 
Quando se utiliza CA com eletrodo de tungstênio puro, acontece o efeito de 
retificação, que é a diferença de emissividade eletrônica existente entre o 
eletrodo de tungstênio puro e o material que está sendo soldado. 
 
Na CA, existe uma mudança cíclica do fluxo de elétrons, que ora se deslocam 
do eletrodo de tungstênio para a poça de fusão, ora saem da poça de fusão em 
direção ao eletrodo. Devido ao efeito de retificação, há um desbalanceamento 
nesse movimento, tornando a emissão de elétrons vindos da poça de fusão 
menor que a emissão de elétrons provenientes do eletrodo; isto provoca o 
aparecimento de duas senóides de intensidades diferentes. 
Corrente Alternada 
17/04/2013 33 
O efeito de retificação é mais prejudicial no caso da soldagem de alumínio e 
de magnésio, que apresentam óxido refratário, porque o fluxo de elétrons 
emitido pela poça de fusão não é suficiente para romper completamente a 
camada de óxido existente durante a soldagem. 
 
A fim de atenuar o efeito de retificação, utiliza-se um transformador com 
condensador-filtro, que equilibra as senóides representantes do fluxo de 
elétrons. 
Corrente Alternada 
17/04/2013 34 
A tensão do arco, designação dada para a tensão entre o eletrodo e a peça, é fortemente 
influenciada por diversos fatores, estes já citados como parâmetros: 
 
 Corrente do arco; 
 Perfil da ponta do eletrodo; 
 Comprimento do arco (Distância entre o eletrodo e a peça); 
 Tipo da gás de proteção; 
 
Como existe uma relação direta entre a tensão e o comprimento do arco, a tensão é usada 
para controlar o processo, pois uma vez fixados diversos outros parâmetros, a tensão do 
arco possibilita o controle do comprimento do arco, que é difícil de monitorar. Por sua vez, 
o comprimento do arco afeta diretamente a largura da poça. 
 
Apesar disso, na maioria dos processos com chapas, o comprimento do arco desejado é o 
menor possível. Este controle o comprimento do arco pela tensão, entretanto, deve ser 
feito de maneira cuidadosa, observando-se outros parâmetros que também afetam a 
tensão como contaminação do eletrodo e do gás de proteção, alimentação imprópria do 
material de adição, mudanças de temperatura no eletrodo e erosão do eletrodo. A 
velocidade de avanço afeta a penetração e a largura no processo, sendo esta última, 
porém, muito mais afetada. 
Tensão 
17/04/2013 35 
Quadro Resumo 
17/04/2013 36 
Consumíveis 
17/04/2013 37 
Classificação AWS do Eletrodo 
Os eletrodos para o processo TIG são varetas sinterizadas de tungstênio puro ou ligado 
ao Tório (Th), Zircônio (Zr), Lantânio (La) ou Cério (Ce), ambos na forma de óxidos. 
 
A classificação do eletrodo quanto à composição química encontra-se na norma 
ANSI/AWS A5.12-92, apresentada no quadro. 
17/04/2013 38 
A norma AWS A5.12-92 estabelece um código para a identificação dos 
eletrodos conforme sua composição química. Segundo esse código, a letra E 
significaeletrodo; W é para wolfrâmio (ou tungstênio), o elemento químico de 
que é feito o eletrodo, X é o elemento químico adicionado ao eletrodo e P 
significa puro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex: 
 
AWS EWT 1 – Eletrodo de Tungstênio, com adição 1 % de Tório (valor pode variar). 
Classificação AWS do Eletrodo 
17/04/2013 39 
Os elementos químicos adicionados ao eletrodo são importantes para permitir 
um desempenho melhor do processo de soldagem. 
 
Os eletrodos com adição de Zircônio (Zr) ou Tório (Th) apresentam vantagens, 
tais como maior durabilidade, maior resistência com potências elevadas e 
melhores propriedades de ignição. Por outro lado, as desvantagens, quando se 
utiliza corrente alternada, são o custo maior, maior efeito de retificação e menor 
estabilidade do arco. 
Composição Química do Eletrodo 
17/04/2013 40 
EWC é o eletrodo de tungstênio com óxido de cério (Ceo3), conhecido como Céria. Este 
tipo de eletrodo apresenta maior facilidade de ignição, melhor estabilidade do arco, 
reduzida taxa de vaporização ou queima e trabalha muito bem com corrente alternada ou 
contínua, em qualquer polaridade; estas vantagens aumentam com o aumento de 
quantidade de Céria. 
 
EWL é o eletrodo de tungstênio que contém 1% de óxido de lantânio (LaO3), conhecido 
como Lantânia; as características de operação e vantagens deste eletrodo são muito 
similares às do eletrodo com Céria. 
 
EWT é o eletrodo que contém óxido de tório (ThO3), conhecido como tória; a tória é 
responsável pelo aumento de vida útil do eletrodo em relação aos eletrodos de tungstênio 
puro devido a sua alta emissão de elétrons, melhor ignição e estabilidade do arco. Estes 
eletrodos têm maior vida útil e apresentam grande resistência a contaminantes de 
tungstênio na solda. 
 
EWZ é o eletrodo com adição do óxido de zircônio (ZiO3), conhecido como zircônia; este 
eletrodo é o preferido para aplicações nas quais a contaminação por tungstênio deve ser 
minimizada. O eletrodo com zircônia tem bom desempenho quando usado com corrente 
alternada e apresenta alta resistência a contaminação. 
Composição Química do Eletrodo 
17/04/2013 41 
A preparação do eletrodo (angulação e afiação) sempre é definida conforme a 
corrente utilizada na soldagem, bem como o diâmetro do eletrodo. 
 
Essa preparação é feita por meio de esmerilhamento (com rebolo de oxido de 
Silício SIO3) da ponta, sempre no sentido longitudinal, para facilitar o 
direcionamento dos elétrons. Em casos especiais, as marcas do 
esmerilhamento são retiradas por meio de polimento. 
 
 Na soldagem com corrente contínua, a ponta do eletrodo deve ser 
pontiaguda. O cone correto da ponta pode ser obtido por uma norma 
prática: a altura do cone deve ser 2 (duas) vezes a 2 (duas) vezes e meia o 
diâmetro do eletrodo. 
 
 No caso de soldagem com corrente alternada, a ponta do eletrodo deve 
ser ligeiramente arredondada. 
Preparação do Eletrodo 
17/04/2013 42 
C.C. 
C.A. 
Preparação do Eletrodo 
17/04/2013 43 
A escolha do tipo e do diâmetro do eletrodo deve levar em consideração a 
espessura e o tipo do material, o tipo de junta, o número de passes e os 
parâmetros de soldagem, como amperagem e tensão, além da composição 
química do eletrodo. 
 
Um quadro auxilia a seleção do eletrodo: 
Seleção do Eletrodo Conforme Parâmetros 
17/04/2013 44 
Seleção do Eletrodo Conforme Parâmetros 
17/04/2013 45 
Metal de Adição 
O metal de adição para soldagem TIG é geralmente apresentado sob forma de varetas 
com cerca de 1 metro de comprimento. 
 
No caso de soldagem mecanizada, utilizam-se bobinas de fio enrolado. Os diâmetros 
dos fios e das varetas obedecem a um padrão que varia entre 0,5 mm e 5 mm. Os 
materiais e ligas utilizados na confecção das varetas são variados; classificam-se 
segundo sua composição química e de acordo com as propriedades do metal 
depositado. 
 
É importante que o metal de adição esteja isento de umidade, oleosidade e oxidação. 
A escolha do metal de adição leva em consideração fatores como: similaridade com o 
metal de base, composição química, propriedades mecânicas e custos razoáveis. O 
diâmetro do fio ou da vareta deve corresponder à espessura das peças a soldar ou à 
quantidade de material que será depositada. Estas informações encontram-se 
disponíveis nos catálogos dos fabricantes. 
 
Os consumíveis utilizados como metal de adição na soldagem TIG são especificados 
segundo normas que definem as características do arame, as propriedades mecânicas 
desejadas, ensaios recomendados, dados de identificação, garantia do fabricante, 
condições de aceitação e embalagem. 
17/04/2013 46 
Classificação AWS do Metal de Adição 
17/04/2013 47 
A especificação AWS A5.18 prescreve os requerimentos para a classificação de 
eletrodos sólidos ou compostos (arame tubular com núcleo metálico – metal 
cored) e varetas para os processos GMAW, GTAW e PAW na soldagem de aço 
carbono. 
 
A Especificação AWS A5.9 se aplicam a arames, varetas, fitas e eletrodos 
compostos de aços inoxidáveis. O teor de Cr – cromo destes consumíveis é no 
mínimo 
de 10,5%. 
 
ER – designa eletrodo na forma de arame ou vareta. 
XX – designa o limite de ruptura no ensaio de tração em Ksi. 
Y – este dígito indica a forma construtiva: S – designa eletrodo sólido e C – 
designa eletrodo composto. 
X – designa a faixa de composição química. 
Classificação AWS do Metal de Adição 
17/04/2013 48 
Classificação AWS do Metal de Adição 
17/04/2013 49 
Principais Varetas Utilizadas na Soldagem de Aços 
Inoxidáveis 
17/04/2013 50 
Principais Varetas Utilizadas na Soldagem de Aços 
Inoxidáveis 
17/04/2013 51 
Os gases de proteção utilizados no processo TIG são os inertes, isto é, que não 
reagem com o eletrodo nem com a poça de fusão; como exemplos citam-se o 
argônio (Ar), mais utilizado, o hélio (He) ou uma mistura de ambos. 
 
Os gases de proteção do processo TIG devem ter um grau de pureza de 
99,99%, no mínimo, para que a solda apresente a qualidade desejada. O teor de 
umidade também é um fator importante que deve ser controlado. 
 
A escolha do gás depende de fatores como tipo de metal que se quer soldar, 
espessura das peças e posição de soldagem. As misturas de argônio e hélio, 
respectivamente 70% e 30% e 30% e 70%, são as que apresentam os melhores 
resultados na soldagem de metais não ferrosos, como alumínio, magnésio e 
ligas. 
 
As misturas argônio e hidrogênio (8% em geral) são as mais utilizadas em 
soldagem TIG manual e automática dos aços inoxidáveis. 
Gases de Proteção 
17/04/2013 52 
A principal função de um gás de proteção no processo TIG é excluir os gases 
da atmosfera que podem contaminar a poça de fusão, o eletrodo e a parte 
aquecida da vareta de adição. Os gases são definidos, regidos e classificados 
pela AWS A5.32. 
 
A escolha do gás é importante porque influencia a velocidade de soldagem, na 
penetração, no acabamento e na estabilidade do arco. 
As Funções dos Gases de Proteção 
17/04/2013 53 
Gases de Proteção 
17/04/2013 54 
Gases de Proteção 
17/04/2013 55 
O Argônio (Ar) é um gás, sendo o terceiro elemento da classe dos gases 
nobres. É incolor e inerte, constituindo cerca de 1% do ar atmosférico. É sem 
sobra de dúvidas o gás mais utilizado na soldagem TIG, frente a diversas 
propriedades tolerantes e frente a sua versatilidade. 
 
O emprego do gás argônio no processo TIG apresenta algumas vantagens, 
como: 
 
 Uma boa estabilidade do arco; 
 Baixo consumo do gás; 
 Baixas tensões de arco; 
 Custo baixo doprocesso; 
 Facilidade na abertura do arco; 
 Melhor efeito de limpeza de óxidos quando usada a corrente alternada. 
 
Por ser mais pesado que o ar, o argônio forma uma eficiente cortina de 
proteção ao redor da poça de fusão. 
Argônio (Ar) 
17/04/2013 56 
O hélio (He) é um gás monoatômico, incolor e inodoro. Tem o menor ponto de 
evaporação de todos os elementos químicos, e só pode ser solidificado sob 
pressões muito grandes. É o segundo elemento químico na tabela periódica, e 
está em segundo lugar entre os gases em maior abundância no universo, atrás 
do hidrogênio (H). 
 
O gás hélio (He) empregado no processo TIG apresenta consumo alto, pois é 
um gás mais leve que o ar; sua densidade baixa provoca a subida do gás em 
turbulência, prejudicando a proteção da poça de fusão, por isso, o fluxo do 
hélio deve ser de 2 a 3 vezes maior que a do argônio. 
 
O hélio requer altas tensões de soldagem, o que demanda maior energia para 
uma mesma corrente e comprimento de arco; permite grande penetração do 
cordão de solda; apresenta custo alto, mas, em contrapartida, possibilita maior 
velocidade no caso de soldagem automática de alumínio e suas ligas. 
 
Em soldagem automática de alumínio e suas ligas, o gás hélio puro pode ser 
utilizado com corrente contínua e polaridade negativa. 
Hélio (He) 
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O Processo 
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A preparação de junta a ser soldada é fundamental para a obtenção de soldas 
de alta qualidade. 
 
O processo TIG por não ser eficiente na desoxidação e limpeza da poça de 
fusão, exige uma limpeza rigorosa da junta, retirando-se resíduos de óleo, 
graxa, fuligem etc. As bordas devem estar ao metal brilhante e quando 
necessário é feita a proteção com um gás inerte, geralmente o próprio argônio. 
Na contra solda em passes de raiz, como na soldagem de tubulações de aços 
inoxidáveis, é necessário ainda a utilização de “purgas”, de modo a garantir 
total proteção da poça de fusão, e ainda garantir a constante limpeza da junta. 
 
A limpeza deve ser efetuada por meio de escovas (mecânicas ou manuais), 
discos de lixa, discos abrasivos ou qualquer outro meio de lixamento. 
 
Uma atenção especial deve ser tomada quanto a possibilidade de 
contaminação destes meios de preparo na junta, o que pode vir ocasionar 
problemas na junta soldada!!! 
Limpeza da Junta 
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Posicionamento da Tocha 
Posicionamento da tocha 
para soldagem plana 
Posicionamento da tocha 
para soldagem em ângulo 
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Alimentação e Progressão da Solda 
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Soldagem TIG (GTAW) 
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Soldagem TIG (GTAW) 
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Soldagem TIG (GTAW) 
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Soldagem TIG (GTAW) 
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Soldagem TIG (GTAW) 
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Fim!!!

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