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AGRAVO EM EXECUÇÃO GILBERTO 16.10.17

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Excelentíssimo Senhor, Doutor Juiz de Direito da Vara de Execução Penal do Rio de Janeiro – RJ 
Processo nº ...
 
 Gilberto, já devidamente qualificado nos autos, vem por intermédio de seu advogado (procuração nos autos), apresentar AGRAVO EM EXECUÇÃO, com fundamento no artigo 197, da Lei n
º 7.210/84.
 Protesto pelo recebimento do presente recurso e não havendo retratação na forma do artigo 589, do Código de Processo Penal aplicável em razão da Súmula 700, do Supremo Tribunal Federal, pugna pela remessa dos autos a instância Superior.
 
Nestes termos, pede deferimento.
Rio de Janeiro, 30 de março de 2015.
Advogado ...
OAB ... 
Agravante: Gilberto
Agravado: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO
COLANDA CÂMARA CRIMINAL
DOUTOS DESEMBARGADORES
I – FATOS PROCESSUAIS 
 O agravante foi condenado pela prática do delito tipificado no artigo 157, do Código Penal, havendo respondido em liberdade, mas, desde o dia 15 de setembro de 2013, vem cumprindo a sansão penal regularmente, inclusive obtendo progressão de regime, com isso formulou pedido de obtenção de livramento condicional do processo sendo injustamente indeferido, devendo assim ser reformada diante o exposto. 
II – Admissibilidade 
 O presente recurso é adequado, pois enseja agravo em execução na forma do artigo 197, da Lei n
º 7.210/84.
 Tendo visto, que existe interesse e legitimidade pelas partes que figuram os polos da ação penal, e o agravante resta condenado, tendo o recurso a reforma da decisão em direção a absolvição do mesmo. 
 O recurso é tempestivo, tendo visto que a intimação da decisão foi no dia 23 de março de 2015, e o agravo está sendo apresentado dentro do prazo legal da Súmula 700, do Supremo Tribunal Federal, no último dia do prazo, 30 de março de 2015. 
III – Mérito 
 A decisão, afirmou que o crime de roubo é hediondo, e que não teria sido cumprido 2/3 da pena privativa de liberdade, até dado momento. Ocorre, que o juiz a quo sustentou que o crime hediondo seria adequado para o caso, quando o delito não se enquadra conforme o artigo 1º da Lei nº 8.072/90, apresenta um rol taxativo em razão do Princípio da Legalidade vedar leis abertas, conforme artigo 5º, XXIX, da Constituição. 
 Ocorre, todavia que foi dito que pelo agravante possuir maus antecedentes, ele deveria cumprir metade da pena imposta para assim obter o livramento condicional. Porém, não pode ser aplicado o artigo 83, II, do Código Penal, porque ele não é reincidente, por um lado, ele também não poderia se enquadrar no inciso I, pois possui maus antecedentes, mas havendo lacuna por analogia em ‘’bona parten’’ se aplicará o inciso I. 
 
 Ficou expresso que a realização do exame criminológico seria indispensável, tendo em vista que o crime de roubo é extremamente grave, e causa prejuízo para a sociedade. No entanto, o exame criminológico ele pode ser feito, mas ele não é indispensável, logo é dispensável dependendo de decisão fundamentada no caso concreto, com base no Princípio da Individualização da Pena, conforme artigo 5º, XLVI, da Constituição, este raciocínio foi complementado com base na Súmula 439, STJ. 
 
PEDIDOS 
 Ante o exposto requer conhecimento e provimento do presente recurso para reformar a decisão que negou o livramento condicional ao agravante, concedendo-o com a expedição de alvará de soltura. 
 Nestes termos, pede deferimento.
Rio de Janeiro, 30 de março de 2015.
Advogado ...
OAB ...

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