4 História do Brasil Republicano I

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BRASIL REPUBLICANO I
JOSÉ AUGUSTO PAZ XIMENES FURTADO
"A partir de hoje, 15 de novembro de 1889, o Brasil entra em nova fase, pois pode-se considerar finda a Monarquia, passando a regime francamente democrático com todas as consequências da Liberdade.
Foi o exército quem operou esta magna transformação; assim como a de 7 de abril de 31 ele firmou a Monarquia constitucional acabando com o despotismo do Primeiro Imperador, hoje proclamou, no meio da maior tranquilidade e com solenidade realmente imponente, que queria outra forma de governo.
Assim desaparece a única Monarquia que existia na América e, fazendo votos para que o novo regime encaminhe a nossa pátria a seus grandes destinos, esperamos que os vencedores saberão legitimar a posse do poder com o selo da moderação, benignidade e justiça, impedindo qualquer violência contra os vencidos e mostrando que a força bem se concilia com a moderação. 
Viva o Brasil! Viva a Democracia! Viva a Liberdade!" Gazeta da Tarde, 15 de novembro de 1889.
Causas da Proclamação da República
Monarquia achava-se em crise. 
Havia muitas críticas por parte de seguimentos sociais da época. 
Dominava a corrupção dentro do governo monárquico. 
O Exército sentia-se incomodado, amordaçado, prejudicado por atos do Imperador D. Pedro II. 
Final do século XIX: a monarquia enfraquecia-se no mundo. 
O regime republicano crescia e previa maior participação política dos cidadãos. 
No Brasil, muitos defendiam o regime republicano: eram opositores da Monarquia. 
A República representava um desejo comum de mudanças.
POSITIVISMO - corrente filosófica que surgiu na França no século XIX.
Militares, profissionais liberais e intelectuais defendiam os ideais positivistas: favoráveis ao regime republicano e contrários à Monarquia.
A inscrição Ordem e Progresso na bandeira brasileira, criada após a Proclamação da República, reflete a importância do Positivismo no processo republicano brasileiro.
Constituição de 1891: primeira após a Proclamação da República. 
Elaboração: iniciada em 11/1890, com a instalação da Constituinte no Rio de Janeiro. 
Foi promulgada em 24/02/1891. 
Função principal: estabelecer no país os princípios do regime republicano, seguindo o sistema de governo presidencialista. 
Tinha características liberais.
Apresentou grandes avanços em relação à Constituição de 1824. 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA CONSTITUIÇÃO DE 1891
 
Implantou a República Federativa com governo central de vinte estados membros.
Estabeleceu uma relativa e limitada autonomia para os estados.
Grande parte do poder concentrado no governo federal (Poder Executivo).
Divisão dos Poderes: Executivo (presidente da república, governadores, prefeitos), Legislativo (deputados federais e estaduais, senadores e vereadores) e Judiciário.
Baseava-se na Constituição dos EUA e determinava:
Federalismo.
Presidencialismo com mandato de quatro anos.
Extinguiu o Poder Moderador e estabeleceu três Poderes.
Previa: voto aberto, masculino, proibido aos analfabetos, mendigos e praças, além do clero.
Determinava a igualdade perante a lei.
Os Estados eram autônomos.