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1 | P á g i n a FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE “FASE” Campus de Aracaju Departamento de Engenharia DISCIPLINA: CCE-0850 - FÍSICA EXPERIMENTAL III INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA E O TRANSFORMADOR JOCLEBER DIAS DE SALES – 201601529929 JOHN CLEYTON SILVA DOS SANTOS – 201602639851 JOSEILDON DA SILVA DANTAS – 201602385491 STEFANE DOS SANTOS CORREIA - 201602110603 Professor: Cochiran Pereira dos Santos Aracaju - SE Novembro de 2017 2 | P á g i n a SUMÁRIO 1 - RESUMO-----------------------------------------------------------------------------------------03 2 - INTRODUÇÃO----------------------------------------------------------------------------------03 3 - OBJETIVOS-------------------------------------------------------------------------------------05 4 - MATERIAIS UTILIZADOS ------------------------------------------------------------------05 5 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL-----------------------------------------------------05 6 - DISCUSSÃO------------------------------------------------------------------------------------08 7 - CONCLUSÃO-----------------------------------------------------------------------------------10 8 - BIBLIOGRAFIA---------------------------------------------------------------------------------11 3 | P á g i n a 1 – RESUMO O experimento relatado durante todo este relatório foi realizado no laboratório de física da Faculdade Estácio de Sá, como método de avaliação parcial da disciplina Física Teórica e Experimental III, onde por meio do professor foi explicado um pouco sobre o conceito de Indução Eletromagnética e o Transformador, sendo este o aspecto norteador para que se possa observar na prática como se dá esse conceito aplicado nas mais diversas situações. 2 – INTRODUÇÃO A passagem de corrente elétrica em um condutor faz com que apareça um campo magnético em torno desse condutor. Esse fenômeno foi descoberto por Christian Oersted em 1819, que percebeu a movimentação da agulha de uma bússola localizada próxima a um fio condutor percorrido por uma corrente elétrica. Em outras palavras: a força eletromotriz induzida (f.e.m.) em um circuito fechado é determinada pela taxa de variação do fluxo magnético que atravessa o circuito. Essa lei é representada matematicamente pela Equação 1: ε = − ∆∅B ∆t = − ∆A ∆t = − ∆(BAcosθ ) ∆t 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 (1) Em que: 𝜀 é a força eletromotriz induzida (fem) e 𝐵. 𝐴 é o fluxo magnético, sendo B o campo magnético e A, a superfície por onde flui o campo magnético. O sinal negativo indica em qual direção a fem induzida age. Uma aplicação imediata da indução eletromagnética é o transformador de tensão. Quando um circuito é submetido a um campo magnético variável, aparece nele uma corrente elétrica cuja intensidade é proporcional às variações do fluxo magnético. 4 | P á g i n a Os transformadores, na sua forma mais simples, consistem de dois enrolamentos de fio (o primário e o secundário), que geralmente envolvem os braços de um quadro metálico (núcleo). Quando uma corrente alternada é aplicada ao primário, ela produz um campo magnético proporcional à intensidade dessa corrente e ao número de espiras do enrolamento (número de voltas do fio em torno do braço metálico). Através do metal, o fluxo magnético quase não encontra resistência e, assim, concentra-se no núcleo, em grande parte, e chega ao enrolamento secundário com um mínimo de perdas. Ocorre então, a indução eletromagnética: no secundário surge uma corrente elétrica, que varia de acordo com a corrente do primário e com a razão entre os números de espiras dos dois enrolamentos. A relação entre as voltagens no primário e no secundário, bem como entre as correntes nesses enrolamentos, pode ser facilmente obtida: se o primário tem NP espiras (N1) e o secundário NS espiras (N2), a voltagem no primário (V1) está relacionada à voltagem no secundário (V2) pela Equação 2: 𝑉1 𝑉2 = 𝑁1 𝑁2 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 (2) Essa relação nos mostra que a fem induzida no secundário é diretamente proporcional à tensão no primário e a razão entre o número de espiras de cada um dos rolamentos (N1 e N2). Dessa forma, um transformador ideal (que não dissipa energia), com 100 espiras no primário e 50 no secundário, sob 110 V no primário (V1), fornece no secundário (V2) uma tensão de 55 V. (Adaptado de Sigma Transformadores) 5 | P á g i n a Existem dois tipos básicos de transformadores: os rebaixadores de tensão e os elevadores de tensão. 3 – OBJETIVOS Determinar a dependência funcional entre a tensão induzida no secundário e a tensão aplicada no primário de um transformador e a relação entre o número de espiras do primário e do secundário. 4 – MATERIAIS UTILIZADOS Fonte de tensão alternada; Núcleo de ferro em forma de “U”; Multímetro; Bobinas diversas e cabos. 5 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1ª Parte: dependência funcional entre a tensão induzida no secundário de um transformador e a tensão aplicada ao primário. Com o aparato já montado, anote o número de espiras (voltas) das bobinas primária e secundária na Tabela 1. A bobina primária ficará com o valor fixo durante essa parte do experimento. Ligue a fonte de tensão alternada (CA) e meça a tensão que está sendo aplicada ao primário do transformador (V1) com a ajuda do multímetro (na função de voltímetro AC~). Meça também a tensão que está sendo induzida no 6 | P á g i n a secundário do transformador (V2) com a ajuda do outro voltímetro (também na função AC~). Anote os dados na Tabela 1, bem como os valores encontrados após os cálculos. Obs.: Todos os valores experimentais foram obtidos através do multímetro, assim não necessitando de nenhum cálculo. Fórmula base: V2 = 𝑁2 𝑁1 𝑥 𝑉1 Bobina 02: V2 = 𝑁2 𝑁1 𝑥 𝑉1 V2 = 600 800 𝑥 13,71 V2 = 10,28 𝑉 Bobina 03: V2 = 𝑁2 𝑁1 𝑥 𝑉1 V2 = 400 800 𝑥 13,71 V2 = 6,82 𝑉 Bobina 04: V2 = 𝑁2 𝑁1 𝑥 𝑉1 V2 = 200 800 𝑥 13,71 V2 = 3,42 𝑉 7 | P á g i n a Tabela 1: número de espiras e medidas de tensão no primário e no secundário do transformador. Desligue a fonte, troque a bobina do secundário e repita o procedimento para as outras espiras, sendo que a tensão no primário (V1) é a mesma. Anote os dados na Tabela 1. - Calcule a tensão teórica através da Equação 2 e compare com o resultado experimental. Discuta a exatidão do resultado obtido em relação ao valor esperado. 2ª Parte: vamos verificar o que ocorre ao invertermos a alimentação das bobinas. Monte o aparato conforme o número de espiras da primeira situação. A única diferença é que o que era primário vai virar secundário e vice-versa. Agora a bobina secundária ficará com o valor fixo. Ligue a fonte de tensão alternada (CA) e meça a tensão que está sendo aplicada ao primário do transformador (V1) com a ajuda do voltímetro. Meça também a tensão que está sendo induzida no secundário do transformador (V2) com a ajuda do outro voltímetro. Anote os dados na Tabela 2, bem como os valores encontrados após os cálculos. Bobina 02: V2 = 𝑁2 𝑁1𝑥 𝑉1 V2 = 800 200 𝑥 13,61 V2 = 54,44 𝑉 Tensão no primário (V1): 13,71 V Número de espiras (n) da Bobina 1 (primária): 800 espiras Bobinas Número de espiras (n) Tensão (V) no secundário (V2) - experimental Tensão (V) no secundário (V2) – teórica Bobina 2 (secundária) 600 10,15 10,28 Bobina 3 (secundária) 400 6,68 6,85 Bobina 4 (secundária) 200 3,35 3,42 8 | P á g i n a Bobina 03: V2 = 𝑁2 𝑁1 𝑥 𝑉1 V2 = 800 400 𝑥 13,61 V2 = 27,22 𝑉 Bobina 04: V2 = 𝑁2 𝑁1 𝑥 𝑉1 V2 = 800 600 𝑥 13,61 V2 = 18,14 𝑉 Tabela 2: tensão no secundário em relação a tensão no primário do transformador. 6 – DISCURSSÃO 1ª Parte: - Quando variamos o número de espiras das bobinas no secundário, o que ocorre com a tensão induzida no secundário em relação ao primário? Ela obedece alguma relação? Tensão no primário (V1): 13,61 V Bobina 1 (secundária) n = 800 espiras Bobina 2 (primária) n = 200 espiras Bobina 3 (primária) n = 400 espiras Bobina 4 (primária) n = 600 espiras Tensão (V) no secundário (V2) experimental 54,1 27,00 18,00 Tensão (V) no secundário (V2) teórica 54,44 27,22 18,14 9 | P á g i n a R: Quando variamos o número de espiras no secundário de forma a diminuir o número de espiras, vemos que a tensão no secundário é reduzida em relação ao primário, logo, podemos observar que existe uma relação entre ambas, ou seja, um transformador diminui a tensão no secundário em relação ao primário, se o número de espiras do secundário for menor que o número de espiras do primário. 2ª Parte: - Quando variamos o número de espiras das bobinas no primário, o que ocorre com a tensão induzida no secundário em relação ao primário? Ela obedece alguma relação? R: Quando variamos o número de espiras no primário de forma a diminuir o numero de espiras, vemos que a tensão no secundário é aumentada em relação ao primário, logo, podemos observar que existe uma relação entre ambos, ou seja, um transformador aumenta a tensão no secundário em relação ao primário, se o número de espiras do secundário for maior que o número de espiras do primário. - Cite exemplos de utilização de transformadores rebaixadores de tensão e elevadores de tensão no nosso cotidiano. R: Carregador de celular, fonte de notbooks, elevador doméstico de tensão de 110V p/ 220V. - Determine a equação que relaciona a corrente no primário e no secundário de um transformador em relação ao número de espiras no primário e no secundário desse transformador. R: 𝐼1 𝐼2 = 𝑁1 𝑁2 10 | P á g i n a 7 – CONCLUSÃO Durante a prática com Transformadores foi possível comparar que os valores obtidos de forma experimental se aproximam muito dos valores teóricos, desta forma, comprovando o êxito do experimento e a veracidade dos conceitos previamente estudados. Foi observado ainda que, existe uma relação entre número de espiras e a tensão obtida. Foi ainda citado alguns exemplos de uso de abaixadores e elevadores de tensão no nosso cotidiano, desta forma demonstrando a importância e a aplicação desses conceitos no nosso dia a dia. Por fim, diante dos fatos expostos, foi possível entender um pouco sobre o funcionamento do transformador elétrico, assim como relacioná-los com as leis de Faraday e Lenz. Ainda pudemos observar os conceitos da indução magnética, bem como conhecer as perdas de um transformador, comparando o elemento ideal com o real. 11 | P á g i n a 8 – BIBLIOGRAFIA Halliday, D.; Resnick, R.; Walker, J. Fundamentos de Física 3, Eletromagnetismo. Editora LTC. 2012. Sigma Transformadores: http://www.sigmatransformadores.com.br/o- transformador/. Acesso: 11 de maio de 2017.
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