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Giardia.sp PARASITOLOGIA VETERINÁRIA

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Filo Protozoa 
Classe Mastigophora 
Giardia spp 
CLASSIFICAÇÃO ZOOLÓGICA 
 
FILO: Protozoa 
SUBFILO: Sarcomastigophora 
CLASSE: Mastigophora 
GÊNERO: Giardia 
 
 
Giardia spp 
protozoário entérico que afeta humanos, 
animais domésticos e silvestres. 
 
 
 
Giardia spp 
A giardíase é a moléstia protozoal entérica 
clinicamente mais importante em cães e gatos. 
 
 doença → Giardíase 
 
 
 
Giardia spp 
 CARACTERES BIOLÓGICOS 
 
•São monoxenos (HD). 
•Afetam quase a todos os animais domésticos. 
•Afetam células do intestino - não invasivo 
•Multiplica-se no lúmen e superfície do intestino de hospedeiros 
vertebrados 
•Seu ciclo evolutivo é direto, com transmissão fecal-oral. 
•Hospedeiros: humanos, animais domésticos e silvestres. 
 
Giardia spp 
Giardia lamblia também conhecida como Giardia 
duodenalis ou Giardia intestinalis. 
As espécies de Giardia isoladas de mamíferos 
apresentam aspectos morfológicos e propriedades 
antigênicas, genéticas e bioquímicas similares. 
Existem evidências de que Giardia lamblia não 
apresenta especificidade quanto ao hospedeiro e pode 
parasitar seres humanos, assim como uma variedade 
de outros animais, sendo considerada uma importante 
zoonose. 
 
 
Etiologia 
* Dividida em 6 espécies e 3 grupos morfológicos: 
2º Grupo 
rato silvestre e arganaz 
3º Grupo 
pássaros 
1º Grupo 
homem e cão 
G. muris roedores 
anfíbios G. agilis 
G. duodenalis intestinalis 
G. ardeae 
G. psittaci pássaros 
G. microti 
Giardia spp 
 
Um dos parasitos intestinais mais comuns em 
seres humanos e animais, mais frequente em 
cães e gatos jovens ou que residem em locais 
com aglomeração. 
Giardia spp 
em cães → prevalência de 10% a 20% em animais bem 
tratados. 
 
As maiores prevalências são encontradas nos animais 
jovens, principalmente até um ano de idade, encontrando-se 
de 26 a 50% de animais parasitados; em canis o parasita 
pode ser encontrado em até 100% dos animais. 
 
Em gatos a prevalência é menor, variando entre 1,4 a 11% 
Giardia spp 
 
Protozoário flagelado binucleado  cisto e 
trofozoíto. 
 
presente no trato intestinal dos humanos e de 
vários animais no mundo inteiro 
 
Giardia spp 
CICLO BIOLÓGICO 
 
Dois estágios, 1 só hospedeiro para se completar: 
 
Cistos → forma infectante encontrada no ambiente → 
resistente até 2 meses no meio exterior e ao processo de 
cloração da água. 
Trofozoítos (multiplicação nas céls intestino do 
hospedeiro) 
Giardia spp 
 
trofozoíto → móvel e pouco resistente no meio 
ambiente, sendo ele o responsável pela 
enfermidade nos hospedeiros. 
 
cisto → imóvel e resistente no meio ambiente, 
constituindo a forma latente do parasita; pode 
sobreviver por vários meses no meio ambiente 
úmido e frio, mas pouco resistente em locais com 
baixa umidade e temperaturas elevadas 
Trofozoíto: forma móvel, simetria bilateral, no 
intestino delgado, possui dois citoesqueletos, dois 
núcleos ovóides com grande cariossôma central, 
grande disco adesivo na superfície ventral do corpo 
(facilita aderência nas células epiteliais da mucosa do 
intestino no duodeno), coloniza células dos ductos e 
vesícula biliar. 
Giardia spp 
 resistente no ambiente externo, forma 
transmissível, formato ovalado, dois a quatro 
núcleos, encontrados no intestino grosso e 
eliminado nas fezes dos animais infectados 
Cistos 
Giardia spp 
Fonte: http://josemarfernandes.blogspot.com.br/ 
Giardia spp 
Giardia spp 
CICLO BIOLÓGICO 
→ O animal se infecta ao ingerir o cisto, que poderá estar presente 
em alimentos ou em água contaminada. 
→ Ao atingiram o estômago e o duodeno, os cistos são rompidos pela 
ação das enzimas gástricas e pancreáticas → cada cisto libera dois 
trofozoítos filhos que irão colonizar o Intestino Delgado do 
hospedeiro. 
→ Sob condições apropriadas estes trofozoítos são novamente 
transformados em cistos. 
→ Cada um destes novos cistos poderá romper-se no próprio 
hospedeiro liberando dois novos trofozoítos, ou então ser eliminado 
nas fezes. 
Giardia spp 
CICLO BIOLÓGICO 
O cisto viável ingerido é a forma infectante. 
Os trofozoítos, formas que causam a doença, apenas aderem ao 
epitélio do enterócito, não apresentando capacidade invasora ou 
destrutiva direta. No intestino delgado, os trofozoítos sofrem divisão 
binária e chegam à luz do intestino, onde ficam livres ou aderidos à 
mucosa intestinal, por mecanismo de sucção. 
Os cistos podem ser ingeridos através da água e de alimentos 
contaminados, mas a transmissão direta pela via fecal-oral também 
é possível, especialmente em áreas em que os animais se 
encontram aglomerados como em canis e gatis. 
Giardia spp 
CICLO BIOLÓGICO 
De cada cisto são produzidos dois trofozoítos filhos, os quais vivem 
nas vilosidades intestinais, interferindo na absorção normal dos 
nutrientes colonizando o duodeno e jejuno. 
Estabelecem-se em todo o intestino delgado 
Os cistos tetranucleados são eliminados no meio ambiente pelas 
fezes e podem sobreviver durante longos períodos de tempo 
Cisto ingerido 
Trofozoíto sai por brecha da parede do cisto 
Inicia motilidade flagelar 
Reprodução por fissão binária 
Forma dois Trofozoítos binucleados 
Trofozoíto adere a parede intestinal 
Dividem-se 
Desencadeia processos inflamatórios 
Aumenta motilidade do intestino 
Aumento de células imaturas 
Problemas de má absorção e diarreia. 
Fonte: PAULO, 2002 
Giardia spp - ciclo biológico 
 
G
ia
rd
ia
 s
p
p
 
Transmissão 
Todos os mamíferos são susceptíveis à infecção por Giardia. 
A transmissão ocorre por via orol-fecal, através da ingestão 
de cistos eliminados nas fezes dos animais (presentes no 
meio ambiente, na água, nos alimentos ou ainda aderidos à 
pelagem dos animais). 
Uma vez infectado, o animal elimina os cistos nas fezes, 
após um período de 1 a 2 semanas. 
Todo animal infectado pela Giardia, apresentando ou não os 
sinais clínicos, eliminará os cistos, configurando um foco 
importante de transmissão. 
A contaminação de fontes de água por cistos constitui um 
dos principais fatores para a manutenção da doença. 
Sinais / sintomas 
Muitas infecções assintomáticas; 
 
Casos sintomáticos  forma aguda: 
Diarreia, dor abdominal (enterite aguda) ou de natureza 
crônica, fezes amolecidas, aspecto gorduroso; 
Fadiga; 
Anorexia (má absorção); 
Flatulência e distensão abdominal; 
Perda de peso e anemia. 
 
“Síndrome de má absorção” 
Sinais / sintomas 
Apesar da alta prevalência, nem todos os animais 
apresentam a doença clínica; mesmo assim, 
a Giardia tem importância epidemiológica por causar 
uma doença séria (quando presente), além de 
possuir um elevado potencial zoonótico; 
 
Giardia spp 
Na maioria dos casos, os animais adultos são portadores 
assintomáticos favorecendo a eliminação de cistos no meio 
ambiente, podendo contaminar outros animais e o homem. 
Quando ocorre a doença clínica, o principal sintoma 
observado é a diarreia, que pode ser aguda, auto-limitante 
ou crônica. 
Diarreia ocorre em consequência da fixação dos trofozoítos 
na bordadura em escova dos vilos da mucosa intestinal → 
lesão das estruturas dos vilos e microvilos, reduzindo a área 
de absorção em até 50% → diminuição da digestão e da 
absorção de diversos nutrientes → diarreia 
Diarreia por má absorção → fezes amolecidas, pálidas e 
com odor forte 
O animal pode apresentar também flatulência e vômitoSinais / sintomas 
Diarreia → perda de peso e debilidade. 
raramente febre e outros sinais sistêmicos associados, 
assim como diarreias extremamente aquosas ou 
hemorrágicas devido apenas à Giardia 
Animais parasitados pela Giardia podem apresentar infecção 
simultânea por outros agentes enteropatogênicos como: 
coccídeas (Toxoplasma gondii, Isospora spp., etc), bactérias 
(Salmonella, Enterobacter, E. coli), helmintos e/ou 
cestódeos. Nestes casos, o quadro clínico pode apresentar-
se agravado, perdendo as características de uma infecção 
exclusivamente por Giardia 
Giardia spp 
Geralmente observa-se maior ocorrência da Giardíase 
clínica nos animais jovens, sendo que a maioria dos casos 
ocorre em animais com menos de um ano de idade. 
 
certa imunidade adquirida após a primo infecção mas esta 
imunidade não impede o animal de se re-infectar, e 
consequentemente, liberar os cistos nas fezes. 
Diagnóstico 
Coproparasitologico  identificação de cistos ou 
trofozoítos (3 exames sequenciais intervalados de uma 
semana cada, para confirmar o diagnóstico negativo de 
Giardíase) 
 
Aspiração fluido duodenalIdentificação de 
trofozoítos; 
 
 Três amostras de fezes para obter boa sensibilidade; 
 
 
Diagnóstico 
Confirmação diagnóstica  ELISA; 
 
Biópsia duodenal  identificação de trofozoítos. 
 
Diagnóstico diferencial: 
Enterites, (protozoários, bactérias ou outros 
agentes infecciosos). 
 
 
 
Medidas de controle – saúde pública 
 Instalações sanitárias adequadas em creches/orfanatos; 
 
 Educação sanitária (hábitos de higiene pessoal); 
 
 Filtração ou fervura da água potável; 
 
 Saneamento (destino adequado das fezes do animal/homem); 
 
 Isolamento de pessoas com Giardíase de crianças; 
 
 
 
 Desinfecção de material contaminado em pacientes 
internados; 
 
 
 Vacinação de cães → não impede infecção, reduz n° de cistos 
eliminados → diminui risco de transmissão cão/homem 
 
Medidas de controle – saúde pública 
 dificuldade em tratar a Giardíase, juntamente com a grande 
quantidade de animais portadores assintomáticos mesmo 
após o tratamento → controle importante para diminuir novos 
casos, especialmente em canis e gatis. 
 
 controle efetivo baseia-se em três pontos principais: 
desinfecção do meio ambiente, desinfecção dos animais e 
prevenção da reinfecção. 
 
Medidas de controle – instalações animais 
Previamente à descontaminação do ambiente retirar toda a 
matéria orgânica do local. 
Água fervente ou uma solução de amônia quaternária (deixando 
agir por 30 a 40 minutos) poderão ser utilizadas na desinfecção do 
local. 
Como a Giardia é pouco resistente em locais secos, o ambiente 
deverá estar completamente seco antes da reintrodução dos 
animais. Ambientes com grande exposição à luz solar podem 
favorecer o controle da doença. 
Os animais devem ser banhados antes de voltar ao local, visando 
a remoção dos cistos aderidos à pelagem. 
Após enxaguar, deve-se aplicar uma solução de amônia 
quaternária sobre o pelame, especialmente na região perianal. 
Após 3 a 5 minutos deve-se remover a solução de amônia 
quaternária com enxágues repetidos para evitar irritação da pele e 
mucosas. Anteriormente à reintrodução dos animais no ambiente 
desinfetado, eles deverão estar completamente secos, e 
recomenda-se tratá-los contra a Giardia 
 
 
Medidas de controle – instalações animais 
Para evitar-se novas infecções deve-se evitar a reintrodução do 
parasito → todos os novos animais deverão ser mantidos 
separados, tratados e limpos antes de serem introduzidos na 
criação. Um pedilúvio com uma solução de amônia quaternária 
deverá ser colocado na entrada do estabelecimento. Deve-se 
também verificar e assegurar a qualidade da água utilizada no 
local. 
 
Em canis com alta incidência de Giardia , é recomendado a 
realização sistemática de exames parasitológicos antes, durante, 
e após qualquer tratamento. 
 
 
Medidas de controle – instalações animais

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