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Resumo – Bioética George Edward Moore afirma na sua obra Principia Ethica: “O que é bom? E o que é mau? Dou o nome de ética à discussão dessa questão”. A bioética propriamente dita é a ética aplicada às ciências da vida Conceitos: Moral: A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum. Direito: O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado. As leis tem uma base territorial, elas valem apenas para aquela área geográfica onde uma determinada população ou seus delegados vivem. Ética: A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as regras propostas pela Moral e pelo Direito Regra Moral Regra Legal baseada em convicções aplicação compulsória abrangência universal validade restrita longo prazo curto prazo ideal prática Princípios da Bioética NÃO MALEFICIÊNCIA: Impõe ao profissional da saúde a obrigação prioritária de não causar danos ou malefícios ao enfermo. O princípio da não maleficência não tem caráter absoluto, e nem sempre terá prioridade em todos os conflitos A dor ou dano causado a uma vida humana só pode ria ser justificado, pelo profissional de saúde, no caso de ser o próprio paciente a primeira pessoa a ser beneficiada. Devem passar a segundo ou terceiro lugar os benefícios para outros, como a família, outros pacientes ou a sociedade de forma geral (teoria moral do duplo efeito). BENEFICIÊNCIA: Intento em buscar fazer o bem. O princípio da beneficência tenta, num primeiro momento, a promoção da saúde e a prevenção da doença e, em segundo lugar, pesa os bens e os males buscando a prevalência dos primeiros Não é um princípio absoluto, mas sim condicional ou dependentes da situação ou ponto de vista em que são afirmados. AUTONOMIA: Significa autogoverno, autodeterminação da pessoa de tomar decisões que afetem sua vida, sua saúde, sua integridade físico-psíquica, suas relações sociais. Refere-se à capacidade que tem o ser humano de decidir o que é bom ou o que é o seu bem-estar Principio que surge num modelo de relação médico paciente mais moderno advindo de algumas mudanças sociais como organizações de grupos de minorias e democratização das informações Situações em que a autonomia pode estar prejudicada: vulnerabilidade, pobreza, raça, pessoas com retardos mentais, prisioneiros, soldados. O artigo 46 do Código de Ética Médica, que veda ao médico “efetuar qualquer procedimento médico sem o esclarecimento e o consentimento prévios legal, salvo em iminente perigo de vida”. Porém, existem pessoas que, de forma transitória ou permanente, têm sua autonomia reduzida, como as crianças, os deficientes mentais, as pessoas em estado de agudização de transtornos mentais, indivíduos sob intoxicação exógena, sob efeito de drogas, em estado de coma, etc. JUSTIÇA: É o principio que obriga a distribuição dos recursos sanitários, os benefícios e os encargos equitativamene entre todos os membros da sociedade. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido : É o termo que visa manter a autonomia do paciente. O termo foi estabelecido como necessário no código de Nuremberg para evitar novas atrocidades como na II GM. Essencialmente o termo deve conter os elementos informativos acerca da Autonomia e Capacidade; Informação e Voluntariedade. Quando os indivíduos são considerados capazes: Inferior a 16 anos: incapacidade – representação Entre 16 e 18 anos: capacidade relativa – assistência Superior a 18: a regra é a capacidade O caráter informativo deve conter: Linguagem adequada à compreensão do sujeito da pesquisa; Sintomas, reações comuns, sensações e vivências. Riscos e Benefícios (detalhados Quanto a voluntariedade deve se esclarecer: Manutenção da Voluntariedade: proibição de recompensa/pagamento; Possibilidade de desistência a qualquer momento. Cabe também fazer-se distinção entre o consentimento esclarecido, que consiste em um processo para contribuir na tomada de decisão, pelo paciente, do termo de consentimento, que é um documento legal, assinado pelo paciente ou por seus responsáveis com o intuito de respaldar juridicamente a ação dos profissionais e dos estabelecimentos hospitalares. Relação Médico Paciente Modelos de relação médico paciente: Paternalístico: Método tradicional baseado principalmente nos princípios da beneficiencia e da não maleficência, em que o médico representa a autoridade e o paciente necessitado, incapaz, obedece. Informativo: prevê o fornecimento de todas as informações para o paciente para que ele reflita e interfira na intervenção – aqui o conceito de autonomia prevê ao paciente a intervenção nas decisões médicas. Contratualista: Aqui cabe ao médico interagir e elucidar quais os valores do paciente ajudando-o a na escolha da melhor intervenção. Instrumental - paciente utilizado pelo médico como meio para atingir uma outra finalidade, por exemplo uma pesquisa médica. Quanto a preservação da informação, deve-se garantir: Privacidade: A limitação do acesso as informações de uma dada pessoa. Confidencialidade: A garantia de preservação das informações confiadas a alguém. Exceções à confidencialidade legalmente justificadas Comunicação de doença de informação compulsória Comunicação de abuso em crianças, adolescentes e idosos. Exceções à confidencialidade moralmente justificadas Alta probabilidade de que um sério dano físico a uma pessoa identificável e específica venha a ocorrer; Um benefício real resultará da quebra de confidencialidade; Último recurso após ter sido utilizada persuasão ou outras abordagens; Procedimento generalizável, que pode ser novamente utilizado em situações com as mesmas características. diferença entre privacidade e confidencialidade diferença entre beneficencia e nao-maleficencia "Caso: Paciente adulto e capaz internado no hospital, não está em condições clínicas de alta (por insuficiência cardíaca grave), expressa vontade de alta. O médico expressa sua opinião contrária a alta e a família concorda com o médico. Você consideraria o pedido de alta do paciente? Qual seria o modo mais adequado de agir?? Resposta (mais ou menos né... hehe): Consideraria, o paciente sendo ADULTO e CAPAZ, tem Direito e AUTONOMIA de decidir onde fará o tratamento. Explicaria os riscos e os benefícios de um tratamento hospitalar e do domiciliar, explicaria à família. Faria um termo de consentimento." CEP’S= comitês de ética em pesquisa. Analisa e qualifica eticamente os projetos, assegura os direitos dos sujeitos de pesquisa. CONEP = Comissao nacional de ética em pesquisa. Orgao de controle para acompanhar e analisar aspectos éticos das pesquisas em seres humanos. Coordena rede dos CEP’S
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