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JUSTIFICATIVA TÉCNICA DE CONCEPÇAO ADOTADA

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JUSTIFICATIVA TÉCNICA DE CONCEPÇAO ADOTADA (NESTA PARTE NÃO PRECISA MUDAR NADA, DEPOIS EU VOU APERFEIÇOAR)
A água após ser eliminada dos diversos usos a que se destina, tais como banho, lavagem das mãos, de roupa, louça e de carros, uso sanitário, produção industrial entre outra,passa a ser denominada de esgoto ou efluente. O esgoto é composto por 99,9 % de água, 0,1% de sólidos e inúmeros organismos vivos, tais como bactérias, vírus, vermes e protozoários, os quais são liberados junto com os dejetos humanos. O tratamento dos esgotos é a remoção física, química ou biológica dos poluentes e microrganismos de forma a atender aos padrões de saúde e qualidade ambiental definidos na Resolução CONAMA nº 430/2011). A coleta e o tratamento do efluente líquido e do lodo gerado no tratamento são atividades de grande importância para a saúde pública. A elevada incidência de doenças de veiculação hídrica tem como causa epidemiológica principal, a contaminação de fontes de águas e mananciais. A proteção dos mananciais é realizada, em parte, pela destinação correta dos efluentes e resíduos do tratamento (lodo).
O saneamento básico é um dos principais índices no grau de desenvolvimento de uma região. Nos últimos anos o poder público tem investido na construção de novas ETEs (Estação de Tratamento de Efluentes),manutenção, ampliação e renovação de unidades antigas. O tratamento de efluentes é também um processo de extrema importância para indústrias, que tem como objetivo  diminuir os impactos negativos causados ao meio ambiente.
Estações de Tratamento de Efluentes são estruturas hidráulicas de concreto que estão em contato com diversas substâncias químicas que agridem e diminuem a durabilidade das estruturas, além disso, também estão sujeitas a ataques provenientes dos gases, agentes de limpeza, além da abrasão consequência do constante fluxo de água. Desta maneira devem ser protegidas e impermeabilizadas com o objetivo de aumentar a vida útil do sistema e evitar intervenções.
ETAPAS DE UM TRATAMENTO DE EFLUENTE 
O funcionamento de uma Estação de Tratamento de Efluente (ETE) compreende basicamente as seguintes etapas: pré-tratamento (gradeamento e desarenação), tratamento primário (floculação e sedimentação), tratamento secundário (processos biológicos de oxidação), tratamento do lodo e tratamento terciário (polimento da água).
TRATAMENTO PRELIMINAR 
Constituído unicamente por processos físicos. Nesta etapa, é feita a remoção dos materiais em suspensão, através da utilização de grelhas e de gradeamento, e a separação da água residual das areias a partir da utilização de canais de areia (desarenação). 
Gradeamento é a etapa na qual ocorre a remoção de sólidos grosseiros, onde o material de dimensões maiores do que o espaçamento entre as barras é retido. Há grades grosseiras (espaçosde 5,0 a 10,0 cm), grades médias (espaços entre 2,0 a 4,0 cm) e grades finas (entre 1,0 e 2,0 cm) que têm pôr objetivo reter o material sólido grosseiro em suspensão no efluente. As principais finalidades do gradeamento são: proteção dos dispositivos de transporte dos efluentes (bombas e tubulações); proteção das unidades de tratamento subseqüentes e proteção dos corpos receptores. 
Desarenação etapa na qual ocorre a remoção da areia por sedimentação. Este mecanismo ocorre da seguinte maneira: os grãos de areia, devido às suas maiores dimensões e densidade, vão para o fundo do tanque, enquanto a matéria orgânica, de sedimentação bem mais lenta, permanece em suspensão, seguindo para as unidades seguintes. As finalidades básicas da remoção de areia são: evitar abrasão nos equipamentos e tubulações; eliminar ou reduzir a possibilidade de obstrução em tubulações, tanques, orifícios, sifões, e facilitar o transporte do líquido, principalmente atransferência de lodo, em suas diversas fases.
TRATAMENTO PRIMÁRIO 
	É constituído unicamente por processos físico-químicos. Nesta etapa procede-se a equalização e neutralização da carga do efluente a partir de um tanque de equalização e adição de produtos químicos. Seguidamente, ocorre a separação de partículas líquidas ou sólidas através de processos de floculação e sedimentação, utilizando floculadores e decantadores (sedimentador) primário. Floculação é o processo de coagulação, consiste na adição de produtos químicos que promovem a aglutinação e o agrupamento das partículas a serem removidas, tornando o peso especifico dessas partículas maiores que o da água, facilitando a decantação. Decantação primária é a etapa que consiste na separação do sólido (lodo) – líquido (efluente bruto) por meio da sedimentação das partículas sólidas. Os tanques de decantação podem ser circulares ou retangulares. Os efluentes fluem vagarosamente através dos decantadores, permitindo que os sólidos em suspensão, que apresentam densidade maior do que o do líquido circundante sedimenta gradualmente no fundo. Essa massa de sólidos, denominada lodo primário bruto, pode ser adensada no poço de lodo do decantador e enviada diretamente para a digestão ou ser enviada para os adensadores. A Peneira Rotativa dependendo da natureza e da granulometria do sólido, as peneiras podem substituir o sistema de gradeamento ou serem colocadas em substituição aos decantadores primários. A finalidade é separar sólidos com granulometria superior à dimensão dos furos da tela. O fluxo atravessa o cilindro de gradeamento em movimento, de dentro para fora. Os sólidos são retidos em função da perda de carga na tela, removidos continuamente e recolhidos em caçambas. 
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
	Etapa na qual ocorre a remoção da matéria orgânica, por meio de reações bioquímicas. Os processos podem ser Aeróbicos ou Anaeróbicos. Os processos Aeróbios simulam o processo natural de decomposição, com eficiência no tratamento de partículas finas em suspensão. O oxigênio é obtido por aeração mecânica (agitação) ou por insuflação de ar. Já os Anaeróbios consistem na estabilização de resíduos feita pela ação de microorganismos, na ausência de ar ou oxigênio elementar. O tratamento pode ser referido como fermentação mecânica. Como exemplo, processo aeróbico lodo ativado. Tanque de Aeração, no qual a remoção da matéria orgânica é efetuada por reações bioquímicas, realizadas por microrganismos aeróbios (bactérias, protozoários, fungos, etc). A base de todo o processo biológico é o contato efetivo entre esses organismos e o material orgânico contido nos efluentes, de tal forma que esse possa ser utilizado como alimento pelos microrganismos. Os microrganismos convertem a matéria orgânica em gás carbônico, água e material celular (crescimento e reprodução dos microrganismos). Decantação Secundária e Retorno do lodo ocorrema clarificação do efluente e o retorno do lodo. Os decantadores secundários exercem um papel fundamental no processo de lodos ativados. São os responsáveis pela separação dos sólidos em suspensão presentes no tanque de aeração, permitindo a saída de um efluente clarificado, e pela sedimentação dos sólidos em suspensão no fundo do decantador, permitindo o retorno do lodo em concentração mais elevada. O efluente do tanque de aeração é submetido à decantação, onde o lodo ativado é separado, voltando para o tanque de aeração. O retorno do lodo é necessário para suprir o tanque de aeração com uma quantidade suficiente de microrganismos e manter uma relação alimento/microrganismo capaz de decompor com maior eficiência o material orgânico. O efluente líquido oriundo do decantador secundário pode ser descartado diretamente para o corpo receptor, pode ser oferecido ao mercado para usos menos nobres, como lavagem de ruas e rega de jardins, ou passar por tratamento para que possa ser reutilizado internamente. Elevatória do lodo Excedente - Descarte do Lodo etapa em que acontece o descarte do lodo excedente. Os sólidos suspensos, lodo produzido diariamente correspondente à reprodução das células que se alimentam do substrato, devem ser descartados do sistema para que este permaneça em equilíbrio (produção de sólidos = descarte de sólidos). O lodoexcedente extraído do sistema é dirigido para a seção de tratamento de lodo. 
TRATAMENTO DE LODO 
	Adensamento do lodo é onde acontece a redução do volume do lodo. Como o lodo contém uma quantidade muito grande de água, deve-se realizar a redução do seu volume. Esta etapa ocorre nos adensadores e nos flotadores. O adensamento é o processo para aumentar o teor de sólidos do lodo e, consequentemente, reduzir o seu volume. Desta forma, as unidades subsequentes, tais como a digestão, desidratação e secagem, beneficiam-se desta redução. Dentre os métodos mais comuns, temos o adensamento por gravidade e por flotação. O adensamento por gravidade do lodo tem por princípio de funcionamento a sedimentação por zona, sistema similar aos decantadores convencionais. O lodo adensado é retirado do fundo do tanque. No adensamento por flotação, o ar é introduzido na solução através de uma câmara de alta pressão. Quando a solução é despressurizada, o ar dissolvido forma microbolhas que se dirigem para cima, arrastando consigo os flocos de lodo que são removidos na superfície. Digestão Anaeróbia onde ocorre a estabilização de substâncias instáveis e da matéria orgânica presente no lodo fresco. A digestão é realizada com as seguintes finalidades: destruir ou reduzir os microrganismos patogênicos; estabilizar total ou parcialmente as substâncias instáveis e matéria orgânica presentes no lodo fresco; reduzir o volume do lodo através dos fenômenos de liquefação, gaseificação e adensamento; dotar o lodo de características favoráveis à redução de umidade e permitir a sua utilização, quando estabilizado convenientemente, como fonte de húmus ou condicionador de solo para fins agrícolas. A estabilização de substâncias instáveis e da matéria orgânica presente no lodo fresco também pode ser realizada através da adição de produtos químicos. Esse processo é denominado estabilização química do lodo. Condicionamento químico do lodo é a estabilização do lodo pelo uso de produtos químicos tais como: cloreto férrico, cal, sulfato de alumínio e polímeros orgânicos. O condicionamento químico, usado antes dos sistemas de desidratação mecânica, tais como filtração, centrifugação, etc, resulta na coagulação de sólidos e liberação da água adsorvida. Desidratação do lodo é feita a remoção de umidade do lodo, com o uso de equipamentos tais como: centrífuga, filtro prensa ou belt press. Obtenção de um lodo tratado com umidade relativamente baixa, fácil monitoramento e baixo consumo elétrico e químico. Algumas desvantagens da obtenção de um lodo tratado com alta umidade são,alto ruído operacional e alto consumo de eletricidade, difícil controle da injeção de produtos químicos, alto custo de instalação, difícil controle operacional e alta concentração de sólidos suspensos inorgânico no lodo. A escolha dentre eles depende das características do lodo a ser tratado, as vantagens e desvantagens de cada equipamento e do custo. É feita a secagem do lodo, com o uso de secador térmico. A secagem térmica do Lodo é um processo de redução de umidade através de evaporação de água para a atmosfera com a aplicação de energia térmica, podendo-se obter teores de sólidos da ordem de 90 a 95%. Com isso, o volume final do lodo é reduzido significativamente. 
TRATAMENTO TERCIÁRIO 
O tratamento terciário pode ser empregado com a finalidade de se conseguir remoções adicionais de poluentes em águas residuárias, antes de sua descarga no corpo receptor e/ou para recirculação em sistema fechado. Essa operação é também chamada de “polimento”. Em função das necessidades de cada indústria, os processos de tratamento terciário são muito diversificados; no entanto pode-se citar as seguintes etapas: filtração, cloração ou ozonização para a remoção de bactérias, absorção por carvão ativado, e outros processos de absorção química para a remoção de cor, redução de espuma e de sólidos inorgânicos tais como: eletrodiálise, osmose reversa e troca iônica.
	Em suma, o objetivo deste trabalho é desenvolvimento fictício de uma ETE, no município de Não-me-toque no estado Rio Grande do Sul.
CARACTERIZAÇÃO DA LOCALIDADE (ARRUMAR ESSA PARTE , ESTÁ SEM COERÊNCIA, COLOQUEI TUDO QUE ACHEI SOBRE A CIDADE E NÃO ORGANIZEI, SE FICAR INFORMAÇÕES REPITIDAS OU QUE NÃO SERÃO USADAS AQUI E SIM E OUTROS TÓPICOS PODE MUDAR, OU SE ACHAR MAIS ALGUMA COISA PERTINENTE SOBRE A CIDADE E QUE QUEIRA COLOCAR !!)
 	A região onde está localizado o município de Campo Verde começou a ser povoada a partir do século XVIII, com a chegada dos primeiros colonizadores vindos de Minas Gerais. Em 1886, as famílias Borges e Fernandes, lideradas por Diogo Borges e José Camilo Fernandes, se instalaram na fazenda que ficou conhecida como Buriti dos Borges. 
Em 1896, sob o comando do major Gomes Carneiro, que tinha como seu ajudante de ordens o futuro marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, foi inaugurada na comunidade de Capim Branco a estação telegráfica Coronel Ponce que, desativada na década de 1950, acabou destruída pela ação do tempo e do homem. Em 2009 foi inaugurada uma réplica do prédio, construída para abrigar o Museu da História de Campo Verde, e que conta com um acervo formado por utensílios e fotos do período da colonização. 
Os sulistas – Por praticamente um século a região viveu um período de estagnação, sem nenhuma atividade econômica importante. A agricultura e a pecuária eram praticadas apenas para a subsistência dos moradores. Esse cenário só começou a mudar a partir da metade da década de 1960, quando migrantes vindos do Sul do Brasil se instalaram nas proximidades do entroncamento das rodovias BR-070 com a MT-140, onde um goiano conhecido por “Duca”, tinha um pequeno comércio. 
A chegada dos colonizadores gaúchos deu um novo impulso ao cerrado, até então inóspito e improdutivo. Determinados a realizarem o sonho de uma vida melhor nas novas terras, os novos moradores deram início ao cultivo do arroz de sequeiro. Em 1974, Otávio Eckert instalou um posto de combustível na junção da BR-070 com a MT-140 e, em 1984, lançou o loteamento Campo Real. Anos antes, mais precisamente em 1979, Júlio Pavlak havia criado o Loteamento Jupiara com o objetivo de implantar no local uma nova cidade. O projeto não alcançou o sucesso esperado e foi abandonado. Com tecnologia adequada, o solo do cerrado tornou-se extremamente produtivo. Com os bons resultados obtidos no campo veio o crescimento populacional e, em 1988, o distrito de “Posto Paraná”, como o lugar passou a ser chamado, foi desmembrado de Dom Aquino, dando origem ao município de Campo Verde. 
A emancipação se deu em 4 de julho, através da Lei número 5.314, de autoria do deputado estadual Moisés Feltrin e sancionada pelo governador Carlos Bezerra. O nome Campo Verde foi escolhido após um plebiscito entre os moradores e faz referência às extensas plantações de soja que tomam conta da paisagem no período da safra da leguminosa.
O município de Campo Verde- MT situa-se na região Sudeste do estado de Mato Grosso, a 127 km da capital Cuiabá (CAMPO VERDE, 2010). A “área total do município é de 4.782,116 km² e suas coordenadas geográficas são: 15º 33’12” “latitude sul e 55º10’03” longitude oeste. 
A altitude do município, isto, é, a elevação vertical acima do nível do mar é de 735 metros. A vegetação predominante é representada por diversas fisionomias do Cerrado. SEMA (2012) indica que no município de Campo Verde ocorrem: Savana Arborizada com Floresta de Galeria, Savana Arborizada sem Floresta de Galeria e Floresta Estacional Decidual Submontana.
O clima é do tipo tropical quente e sub-úmido, com períodos de seca entre maio a setembro e chuvoso de outubro a abril. A precipitação anual é de 1.750 mm, com intensidade máxima em dezembro, janeiro e fevereiro. A temperatura máxima já registrada foi de 40ºC e mínima de 0ºC, no entanto, a média anual é de 22ºC. Os principais rios que banham o município são: Rio São Lourenço, Rio das Mortes, Rio Aricá Mirim, Rio Cumbica, Rio Roncador, Rio Ximbica, Rio Galheiros e Rio da Casca (CAMPO VERDE, 2012a). 
A população deCampo Verde é composta por 31.589 habitantes, cuja economia é voltada para o agronegócio, principalmente através do cultivo de soja, milho e algodão. Segundo dados do IBGE, no ano de 2010 foram colhidos no município 506.002 toneladas de soja, 377.678 toneladas de milho e 189.922 toneladas de algodão perfazendo uma área agricultável de 285.206 hectares (IBGE, 2010).
Desses produtos, o algodão merece destaque, dado a posição do município, que é considerado o maior produtor de algodão em pluma do país. 
O relevo da região de Campo Verde possui três características distintas: plano, suave, ondulado e montanhoso. Grande parte do relevo de Campo Verde é constituído por extensas planícies, isso é, grande porção de terreno plano, desenvolvendo-se na atualidade a atividade agropastoril (agricultura e pecuária). Em determinadas áreas no interior do município o relevo é formado por chapadas (áreas esplanadas existentes no alto de uma serra, ou de um monte). 
Além disso também predominam regiões constituídas por planaltos ( terrenos planos e elevados), como o Planalto dos Guimarães, na região de divisa com o município de mesmo nome. Há também serras - conjunto de montanhas elevadas - como a Serra do Roncador e Serra dos Coroados.
Campo Verde com apenas 27 anos é um município que necessita de empresas e industrias a fim de se desenvolver. Destacamos algumas empresas pioneiras no município, este setor é representado neste momento por: Água Cristalina, Antel; Verdes Campos Aviação Agrícola, e Sadia que está presente em Campo Verde desde 1989 com a comercialização de grãos e desde 1992 com o Projeto de Avicultura, Agro Amazônia pioneira no segmento de venda de sementes, adubos e defensivos agrícolas, Agroeste é uma empresa que se destaca na produção de sementes de milho gerando muitos empregos desde 2000.
Campo Verde é um daqueles lugares onde a natureza reuniu clima e solo favoráveis à agricultura e belezas naturais capazes de formar um cenário de rara beleza. São morros, serras, rios, riachos, lagos, cavernas e formações rochosas que encantam moradores e visitantes.
3 - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE AGUA EXISTENTE 
(	colocar tudo sobre o abastecimento de água existente de Campo Verde- MT)
O abastecimento de água tanto na área urbana quanto rural do município de Não-Me-Toque é realizado por captação subterrânea em sistemas de poços tubulares profundos, oriunda do lençol d’água profundo, aquífero Serra Geral, denominado pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) como Sistema Aquífero Serra Geral I, aquíferos com alta a média possibilidade para águas subterrâneas em rochas com porosidade por fraturas (capacidade especifica de 1 a 4 m3/h/m).
Atualmente existem perfurados na zona urbana do município de Não-Me-Toque um total de onze poços tubulares, sendo que destes apenas sete estão ativos, os demais encontram-se tamponados.
Quanto ao número de poços tubulares particulares acredita-se que seja praticamente nulo, tendo em vista ação do Ministério Público local que realizou o cadastramento e exigiu o fechamento dos mesmos. Estes poços possuem capacidade de produzir diariamente o volume de 3.542 m³, operando cada poço de 12 a 16 horas por dia.
Salienta-se que a vazão produzida por estes poços é suficiente para abastecer a população da zona urbana, uma vez que segundo o Ministério da Saúde são necessários 200 l/hab.dia, o que determina uma demanda de 2.794 m³/dia. Não consta historicamente, inclusive nos momentos de grande estiagem, que houve problema de falta de água na cidade em função da redução de vazão do manancial. A capacidade atual dos poços em operação é de 3.542 m3/dia, podendo atender a uma população de até 19.680 habitantes (zona urbana) considerando o maior consumo registrado pela concessionária de 180 l/hab.dia, um incremento de 40% na população. Considerando este dado e a tendência de crescimento da população urbana e mantendo estas médias de consumo, estes poços seriam capazes de abastecer a população até o ano de 2031, sem necessidade de novas perfurações.
A água captada nos poços tubulares profundos é conduzida em sistema de marcha até os reservatórios elevados.
Na zona rural do município o abastecimento é feito por meio de poços tubulares profundos comunitários e particulares e também por captação superficial em nascentes.Sabe-se que da população rural, cerca de 160 pessoas são abastecidas por sistemas não públicos (poços comunitários). No caso dos poços tubulares particulares,estes normalmente ocorrem quando a propriedade é mais afastada da rede existente ou quando esta é maior em termos de áreas, sendo a água também utilizada para outros fins que não abastecimento. A população abastecida por nascentes ocorre em virtude da distância e afastamento das residências da sede da comunidade ou da passagem da rede existente.
Com relação aos poços comunitários operados pelas Associações Hídricas, tem-se atualmente um total de trinta e nove poços perfurados, sendo destes apenas um inativo, localizado na Localidade de São José do Centro, poço denominado de “São José do Centro 1”.Estes poços possuem profundidade variando de 50 a 100 metros, com vazões de 3 a 55 m3/hora.
Com base nos levantamentos feitos junto as Associações hídricas, o consumo médio por habitante na zona rural é de 250 l/dia, valor este acima do estabelecido pelo Ministério da Saúde, entretanto sabe-se que estas famílias utilizam a água captada para agropecuária, principalmente na dessedentação de animais, criação de bovinocultura leiteira.
O sistema de tratamento realizado no município de Não-Me-Toque é o de cloração por meio da adição de hipoclorito de sódio e fluoretação por meio de adição de fluossilicato de sódio, por meio de bombas dosadoras.
Dos 38 (trinta e oito) poços ativos apenas 4 (quatro) realizam tratamento com adição de cloro. Deste modo dificilmente a água distribuída atende aos padrões de potabilidade conforme as exigências da Portaria N° 2.914/2011 do Ministério da Saúde. Nestes casos há a adição direta de cloro na saída dos poços, aplicados por dosadores automáticos diretamente na água.
Não há um responsável técnico habilitado responsável pelo acompanhamento do tratamento e ajustes nas dosagens de cloro, realização e avaliação das análises físico-químicas e microbiológicas.
As análises de controle são realizadas pela Vigilância Sanitária do município, que encaminha para o Estado (6° Coordenadoria Regional da Saúde) amostras para análises esporádicas dos poços comunitários, o que resulta em cerca de 120 análises de água por ano para todos os poços, uma vez que a cota do município junto ao estado é de 10 (dez) amostras mensais. Isto representa uma avaliação a cada 4 (quatro) meses do mesmo poço, quando deveria ser mensal. 
Com relação ao tratamento na zona rural uma queixa do setor público é a dificuldade de aceitação da população rural na implantação do tratamento, visto que estes utilizam a água proveniente dos poços tubulares para outras atividades que não abastecimento, como por exemplo, abastecimento de pulverizadores. Neste caso a adição de cloro e flúor na água altera o pH da mesma, o que altera as propriedades dos agrotóxicos.
O sistema de abastecimento de água no município conta com quatro reservatórios. Deste modo a capacidade de reservação na zona urbana é de 550 m3. Segundo recomendação a capacidade mínima deveria ser de 30% do consumo diário da população, utilizando o valor recomendado pelo Ministério de Saúde para consumo (200 l/hab.dia), a capacidade mínima deveria ser de 838 m3, neste caso existe um déficit de reservação de 288 m3.
Ressalta-se que o sistema de reservação conta ainda, com um reservatório em cada propriedade rural o qual é abastecido pelo reservatório comunitário. Não existe um levantamento preciso da capacidade de armazenamento e material destes reservatórios particulares.
Considera-se que como não se tem conhecimento sobre o consumo de água de cada associação, não se pode definir se a capacidade de armazenamento de água é suficiente para atender ademanda na zona rural. No entanto, usando-se de cálculos de estimativa, se verifica que a capacidade atual de reservação é acima de 279,50 m3, o que representa 70% da demanda diária total da população rural, visto que alguns reservatórios não se têm conhecimento do volume de reservação.
O município de Não-Me-Toque possui uma rede de distribuição de extensão de 94.247 metros, composta por tubulação de fibrocimento (FC) e policloreto de vinila (PVC), que varia entre os diâmetros de 50 mm e 300 mm.Na zona rural a rede de distribuição é composta por canalização de PVC, de diâmetros 25 mm, 32 mm e 40 mm, não existindo dados quantitativos do comprimento de canalização de cada diâmetro.
Em Não-Me-Toque não existem estações elevatórias tanto na zona urbana quanto narural.Na zona urbana a situação do sistema de abastecimento de água, tendo por base a infraestrutura, tecnologia e operação, considera-se satisfatória à posição atual. Em relação às infraestruturas, tem-se necessidade de implantação de um reservatório extra, visando ampliar a capacidade de reserva na zona rural e substituição de 200 metros de rede com bitola subdimensionada e 500 metros de rede de fibrocimento. Também deverão ser implantados hidrômetros em 1,3% das casas (em trono de 76 residências). O índice de perdas entre a captação e a distribuição ainda se apresenta elevado ressaltando necessidade de melhoramento da operação do sistema ou da infraestrutura mais antiga.
Em relação à capacidade de atendimento para a demanda futura, citou-se que os poços existentes hoje seriam capazes de abastecer um crescimento de 40% na população atual, que segundo projeção aritmética seria dado no ano de 2029, isto é, por mais 15 anos – a partir da população do ano de 2014. Visando o atendimento do horizonte de 20 anos do plano de saneamento, prevê-se a necessidade futura de perfuração de mais um poço tubular com vazão mínima de 40 m3/h, operando 12 h/dia, ou, dois poços caso a vazão não atinja este valor. Quanto às redes de distribuição e aos hidrômetros, haverá necessidade de ampliação anual, visto a tendência de crescimento do município e criação de novos bairros.
Na zona rural a estrutura é mais deficiente em relação à infraestrutura, tecnologia e operação, visto que não existe uma entidade ou setor responsável pela administração do sistema de abastecimento de água, sendo que cada comunidade opera o sistema de forma corretiva, sempre que identificado algum ponto problemático, com pessoal próprio ou do quadro da Prefeitura Municipal.
A infraestrutura necessita de implantação de bombas reservas visando reduzir os períodos de falta de água devido a problemas em equipamentos. Também há a necessidade de hidrometação nos poços tubulares, adequação dos mesmos frente às normas técnicas (isolamento, selo sanitário, tubulação de medição de nível) e implantação de equipamentos de tratamento. Deverão ser implantadas novas redes em virtude da população não atendida atualmente, principalmente nas comunidades de Invernadinha, Colônia Vargas e São José do Centro. Quanto à qualidade do material e diâmetro das redes de distribuição, estas estão adequadas na maioria das comunidades.
A água é proveniente de um aquífero da Formação Serra Geral, onde nessa região há a ocorrência de dois aquíferos (livre e fraturado), cujas águas apresentam características diferenciadas. O aquífero livre é caracterizado por águas bicarbonatadas cálcicas e magnesianas, com baixos valores de condutividade, pequena concentração de sódio e teores elevados de ferro e manganês, além de apresentar alterações nos parâmetros turbidez e cor. O aquífero fraturado possui águas subterrâneas com boa qualidade distribuídas em três campos principais: águas bicarbonatadas cálcicas ou magnesianas, bicarbonatadas sódicas e sulfatadas cálcicas ou magnesianas. O principal problema relacionado à qualidade das águas subterrâneas do aquífero fraturado está relacionado com a presença de Ferro e Manganês.
A água captada e distribuída tanto na zona urbana quanto rural é proveniente do aquífero fraturado, apresentando boa qualidade conforme análise físico-química do aquífero no município. A infiltração em solo no município tem-se coeficientes médio a variando de 50 a 60 l/m2.dia, classificado como solos com absorção relativa vagarosa segundo NBR 7229/93.
4 - SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITARIO EXISTENTE
(PESQUISAR SOBRE O ESGOTAMENTO SANITÁRIO EXISTENTE EM CAMPO VERDE- MT , ESTÁ NO SITE DA PREFEITURA DA CIDADE, DESCREVER DETALHADAMENTE) 
O sistema de esgotamento sanitário no município de Não-Me-Toque é composto em sua grande maioria por lançamento dos efluentes sem tratamento via fossa negra. Poucos são os pontos identificados com lançamento de esgoto natural em solo ou curso hídrico diretamente.O município não conta com um sistema coletivo para tratamento de efluentes (esgoto), deste modo, a principal forma de tratamento existente são os sistemas individuais, além de um sistema compacto implantado junto ao bairro COHAB.
Os sistemas individuais caracterizam-se por ser a forma de destinação de esgotos de uma unidade habitacional, usualmente composta por fossa séptica seguida de sumidouro, mecanismo eficiente desde que exista uma porcentagem elevada de área livre, além disso, dependerá de o solo apresentar boas condições de infiltração, e ainda, se o nível de água subterrânea se encontrar a uma profundidade adequada, de forma a evitar o risco de contaminação por microrganismos transmissores de doenças (SPERLING et al., 1995).
5 - ESTUDO POPULACIONAL
Comparando com os dados do IBGE correspondente aos anos de 1991 a 2010, observa-se que o crescimento é bastante acelerado. Há que se considerar ainda a estimativa da população para o ano de 2020, por exemplo, que é de 36916 habitantes, com aumento da população em xxx habitantes em comparação com o número de habitantes de 2014 (colocar valor de habitantes de acordo com a projeção linear), o que está diretamente vinculada a maiores oportunidades de emprego fornecidas pelas empresas instaladas no município.
Quanto à população flutuante, esta compreende os indivíduos presentes no território, por um período de curta duração. O município de Campo Verde- MT apresenta em seu quadro industrial duas empresas de grande porte, e uma cooperativa, das quais são as responsáveis por tornar a população flutuante do município significativa. Tem-se em torno de xxx pessoas que pelos quais, tem domicilio em Campo Verde- MT, ou ainda, fazem deslocamento diário até os locais onde trabalham, e retornam aos seus endereços a noite. Desta forma, esta população está incluída na categoria de população pendular: aquela que reside em um município e trabalha ou estuda em outro, ou seja, todos os dias ela migra de um município a outro para estudar ou trabalhar.
5.1 - PREVISAO POPULACIONAL
Para determinar a projeção da população utilizaram-se três métodos de projeção: a projeção logarítmica, a projeção geométrica e a projeção linear, tendo por base a população existente no ano de 1991 a 2014.
Devido o R² fornecido no excel ter ficado mais próximo do valor 1 para a escala linear, esta escala foi utilizada para se ter a projeção da população para o ano de 2046. A tabela a seguir demonstra os resultados dos cálculos de projeção populacional feitos pelo Microsoft Excel.
	Tabela 3. Projeção Populacional Urbana
	Ano
	População
	P. Logarítmica
	P. Geométrica
	P. Linear
	1991
	2848
	Xxxx
	xxx
	Xxx
	2000
	13065
	Xxx
	xxx
	Xxx
	2010
	25472
	Xxxx
	xxx
	Xxx
	2014
	29671
	Xxx
	xxx
	Xxx
	2015
	?
	Xxx
	xxx
	Xxxx
	2020
	Xxx
	Xxx
	xxx
	36916
	2030
	Xxx
	Xxx
	xxx
	48702
	2040
	Xxxx
	Xxxx
	xxx
	60495
	2046
	
	Xxx
	xxxx
	67566
	Fonte. IBGE e Excel
*ONDE TEM ### EU VOU FAZER OS CALCULOS AINDA
5.2 - PREVISAO DE DEMANDA (colocar para o município de campo verde MT ao invés de Não-me-toque)
O município pertence ao Conselho Regional de Desenvolvimento - COREDE Alto Jacuí, onde também fazem parte 14 municípios.	Em 2010, Não-Me-Toquetinha o terceiro contingente populacional total com uma taxa de urbanização de 87,63%, a segunda maior do Conselho de Desenvolvimento. 
A evolução na população residente do município, nos últimos 30 anos, indica, segundo o Plano de Habitação do Município (2011), uma diminuição do número de componentes familiares em virtude da diminuição da natalidade e número médio de nascimentos por mulher, e ainda um aumento na longevidade da população.
A tendência de crescimento da população, com a manutenção das unidades geradoras de emprego, é ocorrer cada vez mais o êxodo rural, a redução da pequena propriedade, o aumento do emprego de tecnologia a campo, e migração de jovens da região para o município, caracterizando a população flutuante, em busca de emprego, devido a disponibilidade mão de obra direta, junto ao setor metal mecânico.
6 - DEFINIÇAO DA ÁREA DO PROJETO
A Estação de Tratamento de Efluente após tratamento biológico faz seu lançamento em curso hídrico, cujo nome é Arroio Bonito.
Figura 1. Vista aérea do município 
Fonte: Prefeitura Municipal de Não-Me-Toque
O município de Não-Me-Toque,que não conta com Plano Diretor, baseia-se em outras normativas para regramento do município como Lei Orgânica, Código de Obras, Código de Posturas e Meio Ambiente, Lei de Parcelamento de Solo, 
Dentre estas destacam-se a Lei n° 1017,1987 que “Dispõe sobre o Uso e a Ocupação do Solo Urbano da sede do Município de Não-Me-Toque e dá outras Providências”, a Lei n°1018/1987 que “Dispõe sobre o Parcelamento do solo e condomínios por unidades autônomas para fins urbanos e dá outras providências” e a Lei n° 3174/2005 que “Altera dispositivos da Lei 1017 de 01/12/1987 e dá outras providências”, que tratam sobreregramento do uso do solo no município.O território municipal é subdividido em área urbana e área rural.
A área urbana em sua totalidade se caracteriza pela predominância de construções horizontais e unifamiliares, não existindo tendência a verticalização no município, com exceção da área central da cidade, que se encontra totalmente ocupada.
As áreas periféricas, onde há possibilidade de expansão urbana, também possuem características horizontais de ocupação. As construções na área urbana são regulamentadas pelo Código de Obras, mas não há nestas legislações uma determinação da altura máxima para as construções. As áreas com possibilidade de expansão são as localizadas nos bairros Santo Antônio, Solano, Jardim, Ipiranga, Boa Vista e Viau. 
A zona urbana se caracteriza pela distribuição das unidades habitacionais em terrenoscom áreas mínimas de 250 m2, com a predominância de construções térreas. As unidades habitacionais têm em média 120 m2, e as unidades habitacionais de interesse social possuem média de 45 m2. Ainda há bairros onde o efluente é lançado em curso hídrico e em solo de esgoto “in natura”.
Na zona rural predominam-se pequenas e médias propriedades. As propriedades são distribuídas irregularmente ao longo da área, existindo áreas com concentração de vários domicílios, em contrapartida locais com extensas áreas de lavouras sem residências.
Pavimentação:
A porção urbana do município encontra-se pavimentada com pedra irregular e asfalto, caracterizando-se por boa trafegabilidade.
Topografia:
A topografia do município é caracterizada pela formação de relevo suave a suavemente plano, característico da Unidade Morfológica Planalto de Santo Ângelo, homogêneo e associado a solo profundo, mostrando densidade de drenagem grosseira, com aprofundamento dos vales fluviais entre 3 a 5 metros na zona urbana e de 22 a 28 metros na zona rural.
As cotas altimétricas urbanas medidas através de equipamento de precisão, conformando curvas de 5 em 5 metros, determinaram a curva de nível com maior altitude em 520 metros, sendo esta localizada em ponto próximo à praça central do município, e a curva de nível de menor altitude em 480 metros, localizada nas cotas de formação dos cursos hídricos, localizada na zona periférica do território. Desta forma, a diferença de nível apontada pelo levantamento topográfico corresponde a 40 metros o que demonstra pouca diferença altimétrica.
7 - CONCEPÇAO DO SISTEMA PROPOSTO 
Composto por tratamento preliminar – gradeamento e desarenação, lagoas anaeróbias para planos futuros, lagoas facultativas fotossintéticas e lagoas de maturação, o sistema proposto a ser implantado no município de Não-Me-Toque é o sistema australiano de tratamento de efluente.
De forma simplificada, pode-se dizer que o propósito das Estações de Tratamento de Esgoto é retirar a maior parte do material sólido da água, permitindo devolvê-la, mais limpa, à natureza. ETEs são estações que tratam as águas residuais de origem ou característica doméstica, comumente chamada de esgoto sanitário, cujo efluente líquido, após tratamento, normalmente é lançado em um corpo de água (mar, rio, córrego, lagoa etc) e deve atender aos padrões de qualidade e de lançamento de efluentes, conforme a legislação vigente.
Utiliza-se medir a quantidade de matéria orgânica no esgoto estimando a Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO. Esse parâmetro mede a quantidade de oxigênio necessária para estabilizar biologicamente a matéria orgânica presente numa amostra, após um determinado tempo (para efeito de comparação, adotam-se 5 dias) e a uma temperatura padrão (20ºC, para efeito de comparação), sendo conhecido como DBO5.
A quantidade de matéria orgânica presente, indicada pelo parâmetro DBO, é importante para se conhecer o grau de poluição do esgoto, fator necessário para o dimensionamento das estações de tratamento de esgoto e a medida de sua eficiência.Quanto maior o grau de poluição, maior a DBO e, paralelamente, à medida que ocorre a estabilização da matéria orgânica, decresce a DBO. Normalmente a DBO5 do esgoto doméstico varia entre 200 e 500 mg/l, de acordo com a condição de vida dos moradores locais. Além da DBO, há outras formas, menos usadas, para caracterizar a presença de matéria orgânica: OD - Oxigênio Dissolvido; DQO - Demanda Química de Oxigênio; COT - Carbono Orgânico Total; e outros.
Os processos de tratamento de esgoto são formados por uma série de operações unitárias, com eficiências distintas, que são empregadas para remoção de substâncias indesejáveis ou para transformação dessas substâncias em outras de forma aceitável.
7.1 - GENERALIDADES
O sistema passa pelas seguintes etapas:
Grades: a função é remover os sólidos grosseiros. No gradeamento o material de dimensões maiores do que o espaçamento entre as barras é retido sobre as mesmas.
Desarenadores: remove a areia contida no esgoto. O mecanismo de remoção da areia é a sedimentação,no qual o grão de areia, devido as suas maiores dimensões e densidade vão para o fundo do tanque, enquanto a matéria orgânica, sendo a sedimentação bem mais lenta, permanece em suspensão, seguindo para as unidades de jusante.
Lagoa anaeróbia: O esgoto bruto entra numa lagoa de menores dimensões.A fotossíntese praticamente não ocorre.A bactéria anaeróbia tem uma taxa metabólica e de reprodução mais lenta do que as bactérias aeróbicas.Para uma permanência de apenas 3 a 5 dias na lagoa aeróbia, a decomposição é apenas parcial, sendo que a remoção de DBO é de 50 a 70% dependendo da carga volumétrica, o que representa uma grande contribuição aliviando sobremaneira a carga para a lagoa facultativa, situada a jusante.
Lagoa Facultativa: A matéria orgânica em suspensão, DBO particulada,tende a sedimentar vindo a constituir o lodo de fundo.Este lodo sofre o processo dedecomposição por microrganismos anaeróbios, sendo convertido em gás carbônico, água e metano esua fração inerte permanece na camada de fundo. A matéria orgânica dissolvida, solúvel junto com a matéria orgânica em suspensão de pequenas dimensõesnão sedimenta, permanecendo dispersa na massa líquida. A sua decomposição se dá através de bactérias facultativas, com capacidade de sobreviver tanto na presença quanto na ausência de oxigênio, o qual é suprido ao meio pela fotossíntese realizada pelas algas,tendo um perfeito equilíbrio entre o consumo e a produção de oxigênio e gás carbônico.
Por ocorrência da fotossíntese é necessária uma fonte de energia luminosa, neste caso o soltornando, portanto, mais próximo à superfície. A medida que se aprofunda na lagoa, a penetração da luz é menor, o que ocasiona a predominância do consumo de oxigênio pela respiração. Contudo, a fotossíntese só ocorre durante o dia, fazendo com que durante a noite possa prevalecer a ausência de oxigênio. Devido a estes fatos é essencial que as principais bactérias responsáveis pela estabilização da matéria orgânica sejam facultativas para poder sobreviver e proliferar tanto na presença quanto na ausência de oxigênio.
A estabilização da matéria orgânica se processa em taxas mais lentas, implicando na necessidade de um elevado período de detenção na lagoa.
Segundo Von Sperling (1996), uma lagoa facultativa possui uma capacidade de tratamento na ordem de 70 a 85% de remoção de DBO, 30 a 50% de remoção de nitrogênio, 20 a 60% do teor de fósforo e 60 a 99% de remoção de coliformes, um sistema teoricamente eficaz caso bem dimensionado e operado.
Lagoa de maturação ou polimento: Seu principal objetivo é a remoção de organismos patogênicos. Com a profundidade reduzida,a penetração da luz solar na massa líquida é facilitada e a atividade fotossintética acentuada. Bactérias e vírus são inativados pela irradiação solar e raios UVsendo potencialmente letal, havendo uma elevada concentração de oxigênio dissolvido e elevação do pH.
Como a eficiência atinge 99,99%, há uma grande remoção de bactérias e vírus, sendo consequentemente ótimo para o corpo receptor. Este é o Sistema de Lagoa de Estabilização ou Australiano.
7.2 - SISTEMA PROPOSTO 
A escolha do Processo de Tratamento de Esgoto baseia-se principalmente no nível de eficiência desejado (consequência da qualidade do efluente final, compatível com a necessidade do corpo receptor), na área disponível para sua implantação, no custo e na complexidade de implantação e operação de cada processo, nas condicionantes ambientais relativas à locação da unidade, na produção e disposição de lodos e na dependência de insumos externos. O tratamento dos efluentes é usualmente classificado em níveis de eficiência: preliminar, primário, porém este não será dimensionado no plano inicial da ETE, secundário ou terciário. Estes podem ser complementares em uma ETE, facilitando sua execução em etapas de eficiência, caso os recursos financeiros disponíveis para sua construção não sejam suficientes e o enquadramento do corpo receptor permita a utilização de metas intermediárias. Por exemplo: pode-se construir e operar, primeiramente, a ETE com nível de tratamento preliminar e depois, de acordo com o planejamento, complementar a construção e operação com o nível secundário ou terciário, e caso futuramente necessite, um tratamento primário pode ser implantado.É preciso salientar que essa possibilidade deve estar de acordo com a legislação vigente e ser negociada previamente com o órgão de recursos hídricos e órgão ambiental, quando da outorga de uso de recursos hídricos e do licenciamento ambiental do empreendimento.
As lagoas aeradas mecanicamente são concebidas para resolver problemas de sobrecargas em sistemas de lagoas de estabilização. Nestes, as unidades centrais são as lagoas facultativas, desprovidas de aeradores mecânicos, sendo a aeração obtida da ventilação superficial e da fotossíntese de algas. São chamadas de facultativas por que ocorre sedimentação de partículas no fundo por decomposição anaeróbia.As lagoas facultativas podem ou não ser precedidas de lagoas anaeróbias, que provocam um alívio de carga, e sucedidas de lagoas de maturação, cujo principal objetivo é aumentar o grau de desinfecção dos esgotos. O chamado sistema australiano de lagoas de estabilização é composto de:
• Tratamento preliminar: gradeamento e desarenação
• Lagoas facultativas fotossintéticas 
• Lagoas de maturação.
O sistema adotado para o projeto fictício da Estação de Tratamento de Efluente do município Não-Me-Toque – Rio Grande do Sul será o sistema australiano.
7.3 -SOBRE ESGOTO SANITÁRIO
A palavra esgoto é utilizada, quase sempre, para caracterizar os despejos provenientes dos diversos usos e da origem das águas, tais como as de uso doméstico, comercial, industrial, as de utilidade pública, de áreas agrícolas e outros efluentes. A versão ao termo “esgoto” tem levado alguns autores ao emprego do termo “águas residuárias”. O esgoto costuma ser classificado em dois grupos principais: o esgoto sanitário e industrial. O primeiro é constituído essencialmente de despejos domésticos, uma parcela de águas pluviais e, eventualmente, uma parcela não significativa de despejos industriais, tendo características bem definidas. O esgoto industrial, extremamente diverso, provém de qualquer utilização da água para fins industriais. Assim sendo, cada indústria deverá ser considerada separadamente, uma vez que seus efluentes necessitam de diferentes processos de tratamento. Neste projeto trataremos apenas do esgoto doméstico.
Os sistemas de Esgotamento Sanitário podem ser de três tipos: a) sistema de esgotamento unitário ou sistema combinado, em que o esgoto, as águas de infiltração e as águas pluviais veiculam por um único sistema; b) sistema de esgotamento separador parcial, em que parcela das águas de chuva proveniente de telhados e pátios dos domicílios é encaminhada juntamente com o esgoto e as águas de infiltração para um único sistema de coleta de esgoto; c) sistema separador absoluto, em que o esgoto e as águas de infiltração, que constituem o esgoto doméstico, veiculam em um sistema independente. As águas pluviais são coletadas e transportadas em um sistema de drenagem pluvial totalmente independente.
No Brasil, basicamente, utiliza-se o sistema separador absoluto, que diminui significativamente os custos de implantação do sistema. Vazões bem menores resultam em obras de menor porte e, consequentemente, de menor custo, resolvendo um dos problemas mais graves de saneamento da cidade. Também possui outras vantagens: emprega tubos mais baratos, oferece mais flexibilidade para execução por etapas, reduz consideravelmente o custo do afastamento das águas pluviais, pelo fato de permitir seu lançamento no curso de água mais próximo, não se condiciona e nem obriga a pavimentação das vias públicas, reduz a extensão das grandes canalizações (galerias) dentro da cidade, fato que dificulta sua execução por causa das diversas interferências e não prejudica a depuração do esgoto sanitário.
O Sistema de Esgotamento Sanitário é composto pelas seguintes partes principais: 
a) Rede Coletora: conjunto de canalizações destinadas a receber e conduzir o esgoto. O sistema de esgoto predial se liga diretamente à rede coletora por uma tubulação chamada coletor predial ou ramal. Os ramais, por sua vez, são ligados a coletores tronco, que é o coletor principal de uma bacia de drenagem.
b) Interceptor: canalização que recebe coletores ao longo de seu comprimento, não recebendo ligações prediais diretas. 
c) Estação Elevatória de Esgoto Bruto - EEEB: conjunto de instalações destinadas a transferir o esgoto de uma cota mais baixa para outra mais alta. 
d) Emissário: canalização destinada a conduzir o esgoto a uma Estação de Tratamento de Esgoto, sem receber contribuições em marcha. 
e) Estação de Tratamento de Esgoto - ETE: conjunto de instalações destinadas ao tratamento do esgoto antes de seu lançamento. 
f) Corpo receptor: corpo de água onde é lançado o esgoto tratado.
Efeitos positivos de saneamento básico:
A Modelagem de Desestatização do Setor de Saneamento Básico, Relatório de Proposição de Modelos - BNDES aponta os principais efeitos positivos do saneamento básico, são eles:
Melhoria da Saúde da População e redução dos recursos aplicados no tratamento de doenças, uma vez que grande parte delas está relacionada com a falta de uma solução adequada de esgoto sanitário;
Diminuição dos custos de tratamento da água paraabastecimento (que seriam ocasionados pela poluição dos mananciais);
Melhoria do potencial produtivo das pessoas;
Dinamização da economia e geração de empregos;
Eliminação da poluição estético-visual e desenvolvimento do turismo; 
Eliminação de barreiras não-tarifárias para os produtos exportáveis das empresas locais;
Conservação ambiental;
Melhoria da imagem institucional;
Valorização dos imóveis residenciais e comerciais;
Viabilização da “abertura” de novos negócios nos bairros beneficiados, que passam a reunir requisitos básicos para certos tipos de empreendimento;
Crescimento de negócios já instalados;
Crescimento da atividade de construção civil para atender ao aumento da procura por imóveis residenciais e comerciais num bairro mais “saudável”;
Criação de novos empregos a partir da dinamização da construção civil, da abertura de novos negócios ou do crescimento daqueles já existentes; 
Aumento da arrecadação municipal de tributos.
8 - MEMORIAL DE CALCULO (DEIXA Q EU FAÇO)
*Dimensionamento da grade e canal de acesso
Para tal dimensionamento foram utilizadas curvas de vazão (Q) e velocidade (V) em função da altura d’água (y) em tubos cerâmicos de DN 300mm, 350mm e 400mm, com coeficiente de rugosidade n = 0,013 (tubulação de cerâmica) e declividade longitudinal i = 0,6% extraídos de Nuvolari (2003), que podem ser observadas nos anexos.
Deste modo tem-se:
Utilizando-se dessas curvas para a vazão máxima de final de plano Qmáx= 66,84 l/s – 0,06684 m³/s, obtêm-se os valores abaixo relacionados para a altura de água no tubo (y), para a relação y/D e para a velocidade (V):
- Para o tubo DN 300mm, tem-se y = 0,22m, y/D = 0,73 e V = 1,20 m/s.
Conclusão: Tubo inviável, pois, a altura de água, quando acrescida do acréscimo mínimo previsto em norma (0,15m), ultrapassa meio tubo e a folga para a vazão máxima com a grade 50% obstruída seria muito pequena.
- Para o tubo DN 350mm, tem-se y = 0,195m, y/D = 0,557 e V = 1,21 m/s.
Conclusão: Tubo viável, a relação y/D está dentro dos valores aceitos (0,5 a 0,75). A altura de água está pouco acima do meio do
 tubo para a vazão máxima restando, portanto, pouco menos da metade (0,443) do tubo para acomodar eventuais elevações de nível por conta da grade obstruída.
- Para o tubo DN 400mm, tem-se y = 0,18m, y/D = 0,45 e V = 1,22 m/s.
Tubo inviável, pois, a relação y/D está abaixo dos valores normalmente aceitos (0,5 a 0,75).
Demais parâmetros de cálculo para a tubulação de 350mm
Utilizando-se das mesmas curvas do tópico anterior, referente ao DN 350mm, para as vazões mínima do início de plano Qmin = 14,76 l/s – 0,01476 m³/s, e máxima horária de um dia qualquer (início do plano) Qi = 49,81 l/s – 0,04981 m³/s, obtêm-se os valores abaixo relacionados para a altura de água do tubo (y), para a relação y/D e para a velocidade (V).
- Para Qmin tem-se y = 0,085m, y/D = 0,24 e V = 0,81 m/s.
- Para Qi tem-se y = 0,165m, y/D = 0,47, V = 1,145 m/s e Rh = 0,084m.
Deste modo, empregando-se o critério de tensão trativa1 para evitar sedimentação no tubo, tem-se:
σ = δ x Rh x I
σ = tensão trativa (Pa = N/m²)
δ = peso específico do esgoto (≈ 10.000 N/m³)
Rh = raio hidráulico (m)
I = declividade (m/m)
σ = 9.789 N/m³ x 0,084 x 0,006 m/m = 4,9 N/m² = 4,9 Pa
σ= 4,9 Pa
Conclusão: A tensão trativa calculada é maior que a mínima adotada em projeto de rede (normalmente 1,0 Pa). Portanto, não haverá problemas de sedimentação no tubo escolhido.
Dados: 
Qmáx: 66,84 l/s – 0,06684 m³/s
Qi: 49,81 l/s – 0,04981 m³/s
Tipo de grade; espaçamento entre as barras; e espessura da barra: média; 2,5 cm; e Ø = 1,0 cm. (Valores adotados conforme material disponibilizado).
Área livre total pelas aberturas da grade ALG
ALG = Qmáx / VG = 0,06684 m³/s ÷ 0,73 m/s = 0,09156 m²
Para VG = Vel. admitida na grade limpa (por norma VGmín: 0,40 m/s; usualmente entre 0,45 e 0,8 m/s) – Adotando-se Q = 1 m³/s, e VG = 0,7528 x Q0,0855, temos VG ≈ 0,73 m/s.
Largura livre total pelas aberturas BLG
BLG = ALG ÷ HG = 0,09156 m² ÷ (Htubo (y) + 0,10m* (rebaixo))
BLG = 0,09156m² ÷ (0,195 + 0,10m) ≈ 0,31m
* Para fins de cálculos preliminares, adotou-se um rebaixo de 0,10m no fundo do canal, próximo a antes da grade, procurando com isso compatibilizar a diferença de nível verificada entre o valor de altura de água após a grade, que é decorrente da altura de água no medidor Parshall e a altura do tubo, ambas estimadas para a vazão máxima.
Nº de espaços entre as grades (NESP)
NESP = BLG ÷ e (espaçamento entre as barras)
NESP = 0,31 ÷ 0,025 =12,4 ≈ 13
Largura do canal de acesso às grades (BC)
BC = 13 espaços x 0,025m + 12 barras x 0,010m = 0,445m → adotar BC = 0,44m
BLG está de acordo com BC.
Eficiência E
E = a/(t+a)
Onde:
a = abertura entre as barras
t = espessura da barra
E = 0,025/(0,010+0,025) → E ≈ 0,71 %
*Dimensionamento da caixa de areia e medidor Parshall
- Escolha de medidor de vazão
Dados: 
Qmáx: 66,84 l/s – 0,06684 m³/s
Qmin: 14,76 l/s – 0,01476 m³/s
Qméd: 37,13 l/s – 0,03713 m³/s
Qi: 49,81 l/s – 0,04981 m³/s
De acordo com a tabela 2, o medidor mais apropriado é o Parshall de 6”(150 mm), que apresenta faixa de vazões entre 1,4 l/s e 110,4 l/s.
Determinação da altura da lamina liquida (H), medida a 2/3 da seção convergente da calha de Parshall.
H = (Q / k)1/n
Conforme tabela, para Parshall 6” n = 1,580 e k = 0,381
Hmáx = (0,06684/0,381)1/1,580 = 0,332 m
Hmín = (0,01476/0,381)1/1,580 = 0,128 m
Hméd = (0,03713/0,381)1/1,580 = 0,229 m
Hi = (0,04981/0,381)1/1,580 = 0,276 m
Determinação da altura do rebaixo (Z) do medidor Parshall, em relação à soleira do vertedor da caixa de areia.
- O degrau “Z” é construído entre a caixa de areia e o medidor da vazão.
- Tem finalidade de manter a velocidade na caixa de areia entre 0,15 e 0,30 m/s, 	pra faixa vazões entre a mínima e a máxima.
Z = (Qmáx X Hmin – Qmin X Hmax) / (Qmáx – Qmin) 
Z = (0,06684 x 0,128 – 0,01476 x 0,332) / (0,06684 – 0,01476)
Z = 0,070 m → Para efeito de dimensionamento da caixa de areia, bom como a verificação das velocidades resultantes na caixa de areia se à Z = 7 cm.
Cálculo da altura (h) da lâmina de água antes do rebaixo:
hmáx = Hmáx – Z = 0,332 – 0,070 = 0,262 m
hmin = Hmin – Z = 0,128 - 0,070 = 0,058 m
hméd = Hméd – Z = 0,229 – 0,070 = 0,159 m
hi = Hi – Z = 0,276 - – 0,070 = 0,206 m
Cálculo do comprimento Lcaixa da caixa de areia:
Lcaixa = 25 (22,5) x hmáxhmáx = Hmáx – Z = 0,262 m
Lcaixa = 25 x 0,26 m 
Lcaixa = 6,5 m
Cálculo da largura Bcaixa da caixa:
B = Qmáx / V*x hmáx B = 0,06684 m³/s / (0,25 m/s X 0,26 m) 
B = 1,03 m adotado Bcaixa = 1,1 m 
*Adotado V = 0,25 m/s (precisa ser entre 0,15 e 0,30 m/s)
Verificação das velocidades na caixa de areia:
Formula V = Q / (Bcaixa X h) e h = H – Z
Para Qmáx = 66,84 l/s 0,06684 m³/s
hmáx = Hmáx – Z = 0,262 m
Vmáx = 0,06684 / (1,1 x 0,262) = 0,23 m/s
Para: 
Qmin= 14,76 l/s 0,01476 m³/s
hmin = Hmin – Z = 0,058 m
Vmin = 0,01476 / (1,1 x 0,058) = 0,23 m/s
Para:
Qmed= 37,13 l/s 0,03713 m³/s
hmed = Hmed – Z = 0,159 m
Vmed = 0,03713 / (1,1 x 0,159) = 0,21 m/s
Para: 
Qi= 49,81 l/s 0,04981 m³/s
hi = Hi – Z = 0,206 m
Vi = 0,04981 / (1,1 x 0,206) = 0,22 m/s
	Tabela 4. Faixa recomendável de velocidade dentro da caixa de areia 0,15 e 0,30m/s
	Q(m³/s)
	h(m)
	Bcaixa x h
	V(m/s)
	Verificação
	0,06684
	0,262
	0,288
	0,23
	OK!
	0,01476
	0,058
	0,063
	0,23
	OK!
	0,03713
	0,159
	0,175
	0,21
	OK!
	0,04981
	0,206
	0,227
	0,22
	OK!
Determinação da altura Harm de armazenamento de areia:
Valores a serem adotados:
-Produção media de areia = 0,041 de areia/m³ esgoto tratado
-Qméd = 37,13 L/s
-Limpeza a cada duas semanas (14 dias)
Cálculo do volume de armazenamento de areia no tempo entre uma limpeza e outra:
V14d = 0,03713 m³/s X 86.400 X 14 dias X 0,041 L*min/m³
V14d = 1.841,4 L 1, 84 m³ de areia 
Cálculo da altura de armazenamento Harm na caixa de areia:
Harm = V14d / (Bcaixa X Lcaixa)
Harm = 1,84 / (1,1 x 6,5)
Harm = 0,26 m adotar Harm = 0,40 m
Cálculo da capacidadede armazenamento Vreal na caixa de areia:
Vreal = Harm X Bcaixa X Lcaixa
Vreal = 0,40 x 1,1 x 6,5 = 2,86 m³
De acordo com a NBR 12209/90:
-No fundo e ao longo do canal (caixa de areia), deverá ser previsto espaço para a acumulação de material sedimentado, com seção transversal mínima de 0,20 m (profundidade) por 0,20 (largura).
-No caso de limpeza manual, a largura deverá ser de 0,30 m.
Valor adotado:
Harm = 0,40m (deixar espaço de segurança) Vreal = 2,86 m³ (atende a norma)
*Verificação final do perfil hidráulico:
Verificação do perfil hidráulico para grade limpa e Qmáx:
Qmáx = 66,8 L/s h1 ≈ h2 = 0,195 m (h1 = nível 	na ponta do tubo, h2 foi compatibilizado com a adoção de rebaixo de 0.10m).
h3 = ?
Hmáx = 0,332 m 
h4 = hmáx = 0,262 m Vmáx = 23 m/s (velocidade na caixa de areia).
Aplicando Bernoulli entre 3 e 4 (equação da energia):
Onde:
Δhg= perda de carga na grade (m)
VG = velocidade através da grade (m/s)
VC = velocidade a montante da grade, no canal de acesso (m/s)
g = aceleração da gravidade (m/s2)
Ou
Onde:
VG = velocidade através da grade (m/s)
V3 = velocidade no canal de acesso à grade (m/s)
BLG = largura livre das aberturas da grade (m)
BC = largura do canal de acesso à grade (m)
Logo 
Verificação da velocidade na grade e no canal:
- Trecho rebaixado:
- Canal (anterior ao rebaixo)
Verificação do perfil hidráulico para grade 50% obstruída e Qmáx
Aplicando-se a equação da energia:
Logo
Logo, 
Verificação da altura (ht50%) d’água no tubo com grade 50% obstruída.
ht50% = h3 – 0,10m = 0,18m→ ht50%/D = 0,51 não há obstrução
Considerando-se ainda o que prescreve a norma (Δhg = 0,15m), teríamos.
ht = 0,26 + 0,15 – 0,10 = 0,31 → ht/D = 0,89 não há obstrução.
Velocidade na grade e no canal para a grade 50% obstruída e Qmáx
Vg = 0,06684 m/s ÷ 0,28 x 0,28 x 0,50 = 1,71 m/s.
Sendo a velocidade máxima recomendada na grade Vgmáx = 1,20 m/s, o valor encontrado é um pouco superior. É preferível não mudar as condições impostas, por tal, recomenda-se que a operação de limpeza seja efetuada quando o nível máximo próximo da grade seja h3< 0,28m.
- Trecho rebaixado
- Canal (anterior ao rebaixo)
Verificação do perfil hidráulico para a grade limpa e vazão Qi
Qi = 49,81 L/s→ h1≈h2 = 0,165m(h1 = nível na ponta do tubo, h2 foi compatibilizado com a adoção de rebaixo de 0,10m),h4 = 0,206m e V4 = 0,22 m/s.
h3=?
Onde:
Logo 
Tendo grade limpa e Δhg = 0,015m
Velocidade na grade e no canal para a grade limpa e vazão Qi
- Trecho rebaixado
- Canal (anterior ao rebaixo)
Verificação da velocidade mínima para evitar sedimentação do canal de acesso à grade
Para 
Em observância aos valores obtidos nos cálculos anteriormente, conclui-se que não deverá haver problemas de sedimentação dos sólidos no canal de acesso à grade.
	Tabela 5. Verificação das velocidades na grade
	Tabela de resumo
	Vazões (L/s)
	Condição da grade
	Alturas de lâmina d’água (m)
	Velocidades (m/s)
	
	
	h1
	h2
	h3
	h4
	Δhg
	Vgrade
	Vcanal1
	Vcanal2
	66,84
	Limpa
	0,195
	0,195
	0,26
	0,262
	0,026
	0,83
	0,58
	0,95
	37,13
	50% obst.
	0,18
	0,18
	0,28
	0,262
	0,066
	1,71
	0,54
	0,84
	14,76
	Limpa
	0,165
	0,165
	0,21
	0,206
	0,015
	0,77
	0,54
	1,13
	49,81
	-
	0,10
	-
	-
	-
	-
	-
	-
	-
	Obs. (1) Velocidade no canal no trecho rebaixado junto à grade. (2) Velocidade no canal no trecho anterior ao rebaixo.
Estimativa de volume de materiais retirados das grades Pgrade.
Sendo o volume de material retirado retido nas grades em média de 0,04 L/m³ de esgoto e a Qméd = 0,04 m³/s.
Pgrade = 0,04 L/m² x 0,03713 m³/s x 86.400 s/dia = 128,32 L/dia
Pgrade ≈ 0,13 m³/dia
8.1 - CARACTERIZAÇÃO DOS DESPEJOS LIQUIDOS
Quanto aos lançamentos diretamente em curso hídrico ou pluvial, o corpo receptor é o Arroio Bonito. O Arroio Bonito deságua no Arroio/Rio Colorado a 12 km da zona urbana. O Rio Colorado foi enquadrado, com base em análises qualitativas como Classe 3, pelo Conselho de Recursos Hídricos do Rio Grande do Sul, Resolução 122/2012.
Existem áreas de risco e áreas contaminadas com esgoto no município e dizem respeito aos cursos hídricos que cruzam a zona urbana do município, sendo estes os Arroios Max, Arroio Aquático e Arroio Sabão.
8.2 - VAZÃO DO PROJETO
O consumo médio da população varia entre 140 a 180 l/habxdia.A vazão média diária do município no ano de 2010 foi de aproximadamente 2868,8 m3/dia.
No anexo1 encontra se uma tabela com a vazão inicial, ano de 2010, e projeção de uma estimativa de vazão para os anos 2020, 2030 e 2045 assim através destas conseguir dimensionar a ETE. 
9 - EMISSÁRIO DE ESGOTO TRATADO
9.1 -APRESENTAÇAO 
Tendo como base os valores teóricos estimados, a eficiência do tratamento proposto será capaz de atender aos padrões fixados pelas normas técnicas existentes. Prevê-se o lançamento no Arroio Bonito.
A ETE proposta no projeto é composta por um sistema preliminar com gradeamento e desarenação, seguido o tratamento secundário em lagoa facultativa e tratamento terciário em lagoa de maturação.
Tabela 6. Eficiência do tratamento proposto
	Tratamento
	Eficiência Remoção de DBO
	Eficiência de Remoção de Coliformes Fecais
	Tratamento Preliminar
	0-5%
	0%
	Lagoa Facultativa
	70-85%
	60-99%
	Lagoa de Maturação
	Insignificante
	99,99%
Fonte: Adaptado de Von Sperling (1996)
A figura a seguir representa o mapa da bacia hidrográfica do município onde representa o Arroio Bonito, arroio max, arroio aquático, arroio sabão, com destaque do local onde será as instalações da estação de tratamento de efluente, junto ao curso hídrico.
Figura 2. Mapa das Bacias Hidrográficas de Não-Me-Toque.
Fonte: INOVA
Figura 3. Mapa da bacia hidrográfica de Não-Me-Toque, e em verde onde será a ETE.
Fonte: CORSAN
9.2 -DESCRIÇAO DA AREA DO PROJETO
Das alternativas de localização da ETE, foi escolhida uma área situada já fora do perímetro urbano da cidade na margem do rio. Trata-se de área de grandes dimensões, antropizada, utilizada atualmente para fins agrícolas. Apresenta características topográficas favoráveis para a implantação da ETE.
Figura 4. Imagem de satélite, COHAB (azul), Arroio Bonito (vermelho), ETE (amarelo), ponto de lançamento (seta branca).
Fonte: Inova consultoria Ambiental
9.3 -TRAÇADO DO EMISSÁRIO
O sistema de esgotamento sanitário existente em Não-Me-Toque é baseado nos sistemas individuais de tratamento, com exceção do bairro Cohab que possui uma ETE compacta para tratamento coletivo das 150 residências implantadas nesse bairro. Com isso a escolha da instalação da ETE nesse local, foi devidojá existir um tipo de sistema implantado.Sendo assim se faz necessário apenas ampliá-lo no intuito de abranger todo o município, além disso, está próximo ao corpo receptor, Arroio Bonito, que também influenciou na escolha da localização. Outra alternativa para a implantação da ETE encontra-se mais a noroeste da cidade, próximo ao bairro Solano, possui as mesmas vantagens desta escolhida, corpo d’agua receptor próximo, topografia favorável e também boas dimensões, porém, como já citada a existência de uma ETE no bairro Cohab, optou-se por seu aperfeiçoamento afim de atender toda a demanda municipal.
9.4 -IDENTIFICAÇAO DAS INTERFERÊNCIAS
A formulação da política e da elaboração do Plano municipal de saneamento básico, desde os objetivos e diretrizes até os instrumentos metodológicos do processo de participação social, pautaram-se em diretrizes e instrumentos legais definidos através de legislação específica dentro do âmbito federal, estadual e municipal. Dentre as leis que regem o sistema de saneamento, destacam-se as citadas abaixo.
Normas Federais a serem cumpridas; 
NBR 9648/86 – Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário;
NBR 9649/86 – Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário;
NBR 10357/88 – Dispõe sobre a determinação da demanda químicade oxigênio (DQO), propondo métodos de refluxo aberto, refluxo fechado;
NBR 12614/92 – Dispõe sobre a determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) pelo método de incubação;
Lei nº 6.050 de 24 de maio de 1974. Dispõe sobre a fluoretação da água em sistema de abastecimento;
Lei nº 6.938 de 31 de agostode 1981. Cria o CONAMA (conselho nacional do meio ambiente);
Lei Federal nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas decondutas e atividade lesivas ao meio ambiente e dá outras providências;
Lei nº 9. 984 de 17 de julho de 2000. Dispõe sobre a criação da agencia nacional da água. (ANA);
Lei 12.651 de 25 de maio de 2012. Dispões sobre a proteção da vegetação nativa;
Lei N° 9.433, de 8 de janeiro de 1997 - Política Nacional de Recursos Hídricos. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989;
Lei N° 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto das Cidades.Regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federalestabelecem diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências;
Lei N° 11.445, de 05 de janeiro de 2007 – Lei Nacional de Saneamento Básico. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis n° 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências.
Decretos;
Decreto N° 5.440, de 04 de maio de 2005.Estabelece definições e procedimentos sobre o controle dequalidade da água de sistemas de abastecimento e instituimecanismos e instrumentos para divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano.
Resoluções;
Resolução N° CONAMA 005, de 15 de junho de 1988. Dispõe sobre o licenciamento ambiental de obras de saneamento;
Resolução N° CONAMA 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências;
Resolução do CONAMA nº 307/02. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil;
Resolução recomendada nº 75 de 02 de julho de 2009 Trata da política e do conteúdo mínimo dos Planos de Saneamento Básico;
Resolução CONAMA 375 de 29 de agosto de 2006. Define critérios e procedimentos para o uso agrícola dos lodos eesgotos gerados em estações de tratamento e seus produtosderivados e dá outras providências;
Resolução CONAMA 377 de 09 de outubro de 2006. Dispõe sobre o licenciamento ambiental simplificado de Sistema de Esgotamento Sanitário;
Resolução CONAMA 397 de 03 de abril de 2008. Altera o inciso II do §4º e a tabela do §5º, ambos do artigo 34º da resolução CONAMA nº 357 de 2005;
Resolução CONAMA 430 de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre condições e padrão de lançamento de efluentes complementa e altera a resolução do CONAMA 357 de 2005.
Portarias;
Portaria 2.914 do ministério da saúde de 12 de dezembro de 2011. Dispões sobre os procedimentos de controle e de vigilância daqualidade da água para o consumo humano.
Normas Estaduais a serem cumpridas; 
Lei N° 11.520, de 03 de agosto de 2000. Institui o Código Estadual do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências.
Normas Municipais a serem cumpridas; 
Lei Orgânica Municipal É a Constituição Municipal, ou seja, o conjunto de normas jurídicas que regem o município. Destaque para os Capítulos IV e VII;
Código de Obras do município - Lei n° 910/84. Regulamenta as construções no município, observa normas dedrenagem de águas pluviais e ligação de água junto aCORSAN e implantação de sistema individual de tratamentode esgoto (fossas-sépticas e sumidouro);
Lei de Uso e Ocupação do Solo – Lei n° 1017/1987. Dispõe sobre as possibilidades de uso e ocupação do solo nomunicípio. Cria zonas dentro da área urbana e define asocupações possíveis dentro destas;
Lei de Parcelamento de Solo – Lei n° 1018/1987. Dispõe sobre parcelamento do solo e condomínios nomunicípio. Define proibição de edificação em APPs. Defineregras para drenagem de águas pluviais e esgotamento sanitário;
Código de Posturas e Meio Ambiente – Lei Complementar n° 003/1999. Dispõe sobre o Código de Posturas e Meio Ambiente domunicípio. Abrange pontos sobre drenagem pluvial, resíduossólidos gerados e esgotamento sanitário, incluindo apossibilidade de lançamento deste na rede pluvial, pós-tratamento, seguindo as normas estabelecidas nas NBRs;
Planos das Bacias Hidrográficas O plano de bacia é um dos instrumentos mais importantes no gerenciamento de bacias hidrográficas. Este Plano se torna o norteador das decisões de cada Comitê de Gerenciamento de Bacia Hidrográfica.
10 - RESUMO DO PROJETO
O projeto visa promover o aumento da eficiência dos serviços de tratamento de esgoto, resultando na diminuição dos custos ambientais e condição mais favorável à qualidade de vida da comunidade beneficiada, com sensível influência na questão da saúde pública do município de Não-Me-Toque, em conformidade de todas as legislações definidas para o plano municipal de saneamento básico. Nesta vertente, a execução da ETE possibilitará a eliminação dos lançamentos de esgotos “in natura” nos corpos d’água locais, contribuindo para melhorar a qualidade de suas águas.
11 - ESTAÇAO DE TRATAMENTO DE ESGOTO 
A ETE projetada trabalhará como um esquema que acontecera basicamente, após o efluente sair das residências ou comercio em geral através das redes coletoras até chegar à estação de tratamento de esgotos.Assim que começa o tratamento, o efluente vai para as Grades (retirada das sujeiras), depois para a Caixa de areia, passando pela calha Parshall, seguido da lagoa facultativa, combina condições aeróbias (nas camadas superiores do reservatório, onde há incidência de luz solar) e anaeróbias (sem oxigenação, nas camadas do fundo). Na parte de cima da lagoa, o oxigênio necessário para oxidar a matéria orgânica advém, sobretudo, da fotossíntese das algas, que crescem naturalmente em águas com grandes quantidades de nutrientes e energia da luz solar, o tratamento reduz grande parte do lodo do efluente, e por fim chega à lagoa de maturação ou polimento, de baixa profundidade.Essas lagoas complementares fazem a remoção e desinfecção de bactérias e vírus por meio da radiação ultravioleta da luz solar. Com estes processos estima se que os resultados do tratamento completo reduzam a carga orgânica em 92/93%, e a redução de coliformes tem de chegar a 99%.
Figura 5. Estação de tratamento de efluentes 
Fonte: ENGEPOL
12 - EMISSÁRIO FINAL
No final do processo, terãode ocorrer com certa frequência análises dos impactos ambientais causados nos mananciais dos corpos receptores após os lançamentos dosefluentes tratados, a fim de assegurar a qualidade da água para não prejudicar a saúde da população e o meio ambienteaquático. 
Em anexo os cálculos do dimensionamento da estação de tratamento de efluente. 
As tabelas a seguir encontram se os dados utilizados para melhor projeção da ETE. A partir desses dados fez se todos os cálculos necessários do projeto, anexo 1.
Tabela 7. Dados do Dimensionamento 
	Dimensionamento
	
	
	População
	20052
	
	Vazão Afluente: Q
	3609 m3/d
	
	DBO
 Afluente: So
	350 g/d
	
	Temperatura Ar
	15 ºC
	
	Temperatura: T
	21 ºC
	(líquido no mês mais frio)
	QPC - consumo de água por hab
	180 l/hab.d
	
13 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORSAN, Companhia de saneamento do estado do Rio Grande do sul. Disponível em: <http://www.corsan.com.br/>. Acesso em 1 de maio 2015. 
INOVA, Consultoria Ambiental, RS. Disponível em <http://www.inovaambientalrs.com.br/>. Acessoem 1 de maio de 2015. 
PREFEITURA MUNICIPAL de Não-Me-Toque. Disponível em: <http://naometoquers.com.br/>. Acesso em: 2 de maio de 2015. 
SABESP. Disponível em: <http://site.sabesp.com.br/site/Default.aspx>. Acesso em 30 de abril 2015.
VON SPERLING, M. Introdução á qualidade das águas e tratamento de esgotos/ Marcos Von Sperling. – 2º ed. Belo Horizonte, UFMG/DESA. 1996. (Princípios do tratamento biológico de águas residuárias, V.3 e V.5).
14 - ANEXOS
	Anexo 1. Dados gerais da vazão do esgoto sanitário que irá ser tratado no mun. de Não-Me-Toque
	Ano
	População
	Vazões de esgoto sanitário
	
	
	
	Média (l/s)
	Máx (l/s)
	Qi (l/s)
	Qmin (l/s)
	Qafluente(m3/d)
	2010
	15938
	29,51
	53,13
	49,81
	14,76
	2868,8
	2020
	17155
	31,77
	57,18
	53,61
	15,88
	3087,9
	2030
	18318
	33,92
	61,06
	57,24
	16,96
	3297,2
	2045
	20052
	37,13
	66,84
	62,66
	18,57
	3609,4
	Anexo 2. Faixa recomendável de velocidade dentro da caixa de areia 0,15 e 0,30m/s
	Q(m³/s)
	h(m)
	Bcaixa x h
	V(m/s)
	Verificação
	0,06684
	0,262
	0,288
	0,23
	OK!
	0,01476
	0,058
	0,063
	0,23
	OK!
	0,03713
	0,159
	0,175
	0,21
	OK!
	0,04981
	0,206
	0,227
	0,22
	OK!
	Anexo 3. Verificação das velocidades na grade
	Tabela de resumo
	Vazões (L/s)
	Condição da grade
	Alturas de lâmina d’água (m)
	Velocidades (m/s)
	
	
	h1
	h2
	h3
	h4
	Δhg
	Vgrade
	Vcanal1
	Vcanal2
	66,84
	Limpa
	0,195
	0,195
	0,26
	0,262
	0,026
	0,83
	0,58
	0,95
	37,13
	50% obst.
	0,18
	0,18
	0,28
	0,262
	0,066
	1,71
	0,54
	0,84
	14,76
	Limpa
	0,165
	0,165
	0,21
	0,206
	0,015
	0,77
	0,54
	1,13
	49,81
	-
	0,10
	-
	-
	-
	-
	-
	-
	-
	Obs. (1) Velocidade no canal no trecho rebaixado junto à grade. (2) Velocidade no canal no trecho anterior ao rebaixo.

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