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62 5. ANÁLISE QUALITATIVA E INTERPRETAÇÃO DE DADOS 5.1. Introdução Serão analisados e interpretados os dados conseguidos nos ensaios e verificações feitas das amostras coletadas. Serão apresentadas as condições as quais a NBR 15270 (2005) faz referencia para que se tenha uma razoabilidade de aceitação no recebimento e aprovação de um lote a ser entregue para o consumidor final. Os resultados irão passar por um processo de comparação com os parâmetros fixados em norma, isso garante uma correta e precisa verificação de um determinado lote de blocos cerâmicos de vedação. 5.2. Verificação geral dos blocos cerâmicos de vedação Para o desenvolvimento do estudo foram coletadas 3 amostras, cada uma contendo 13 corpos de prova. Elas receberam uma sigla de identificação com as iniciais de cada empresa, isso se fez necessário para que se pudesse diferenciar cada amostra. A seguir irão ser apresentadas as siglas referentes a cada amostra. SR; CA; TA. As análises desenvolvidas foram referentes aos requisitos gerais, os quais fazem alusão aos parâmetros de: Aferição dimensional (verificação das dimensões nominais); Absorção de água; Resistência à compressão mecânica. Com os dados obtidos apartir da análise destes parâmetros pode-se chegar a um nível de aceitação ou rejeição de um lote de blocos tomado como referência no estudo em questão. Antes da analise dos parâmetros mencionados acima foi observado se os requisitos referentes à identificação dos blocos, estabelecido em norma, foi ou não cumprida nos corpos de prova coletados nas 3 amostras. A norma estabelece que a empresa produtora dos blocos cerâmicos de vedação traga em uma das faces do produto a gravação, em baixo ou alto relevo, da sua identificação, 63 que pode ser através da razão social ou CNPJ e também as dimensões de fabricação da peça. Das três amostras coletadas somente duas cumpriram com os requisitos estabelecidos em norma, estas foram às amostras CA e TA. Já a terceira amostra, a SR, não apresentou o número mínimo de corpos de prova com as devidas marcações, ficando assim reprovada na análise deste parâmetro. Essa reprovação se fundamentou na falta de marcação na maioria dos blocos analisados, uns não traziam gravação alguma acerca da identificação do produto, os que apresentaram este requisito vinham incompletos, dificultando assim a interpretação da informação ali contida. Todas as três amostras apresentaram algum ou todos os defeitos sistemáticos condenados pela NBR 15270-1 (2005). Ela estabelece que os blocos cerâmicos não devam apresentar quebras excessivas, trincas ou fendilhamentos, superfícies irregulares, deformações e alterações de cor. As amostras CA e TA apresentaram pequenos defeitos de superfícies irregulares e deformações, isso não chegou a ser um número elevado aponto de reprovar o lote em análise. Mas a amostra SR apresentava alguns corpos de provas com excessivas trincas e fendilhamentos, superfície irregulares e deformadas, algumas unidades da amostra também apresentaram pontos de quebra. O número de corpos de prova da amostra SR com essas patologias foi de 8 unidades, ficando assim reprovada também neste quesito. 5.3. Verificação dimensional dos blocos cerâmicos de vedação – Análises e comentários Para realização deste ensaio tomou-se a amostragem simples, ela é composta por 13 corpos de prova, conforme a norma NBR 15270-1 (2005). Foi realizado um confronto da tabela 4.1 do capitulo anterior somado ao anexo I com a NBR 15270-1 (2005) afim de se comparar os resultados obtidos, no que diz respeito às dimensões nominais dos tijolos cerâmicos de 6 furos. Segundo a NBR 15270-1 (2005) as dimensões nominais recomendadas para os blocos cerâmicos utilizados no estudo são: Largura – 9 cm ou 90 mm; Altura – 14 cm ou 140 mm; Comprimento – 19 cm ou 190 mm. A mesma norma ainda estabelece limites de tolerância para valores fora dos especificados por ela, essas tolerâncias podem ser de caráter individual tomado dimensão a dimensão ou também tomando-se a média das tolerâncias individuais. No capitulo 3 as tabelas 3.3 e 3.4 trazem, respectivamente, esses valores de referência de tolerância. 64 As amostras CA e TA se mostraram satisfatórias em relação a esse parâmetro, respeitando os valores estabelecidos em norma. A amostra SR obteve 5 corpos de prova reprovados, eles não se enquadraram nos limites da tolerância dimensional individual que é de ± 5 mm. Para que um lote seja reprovado, no caso de amostragem simples, ele deve apresentar o numero de unidades não conformes maior ou igual a 3 unidades, portanto a amostra SR esta, por norma, reprovada. No anexo I deste estudo esta descriminados todos os valores das dimensões dos blocos ensaiados das três amostras. Nº de blocos constituintes Unidades não-conformes Amostragem simples Nº para aceitação do lote Nº para rejeição do lote 13 2 3 Tabela 5.1 – Aceitação e rejeição para valores de tolerâncias dimensionais individuais FONTE: NBR 15270-1, 2005 A NBR 15270-1 (2005) relata que no caso de amostragem simples, para que o lote seja aceito é necessário que o número de unidades não conformes esteja abaixo ou igual ao número de aceitação. Caso contrário, o lote deve ser rejeitado. A amostra SR ainda é reprovada se analisarmos a média das tolerâncias individuais, a norma estabelece a tolerância de ± 3 mm para cada média de dimensão. Caso uma ultrapasse este valor o lote já pode ser considerado reprovado. No parâmetro, média do comprimento, a amostra SR obteve-se como resultado o valor de 194,99 mm, assim ficou distorcida em 4,99 mm acima do padrão dimensional de comprimento estabelecido por norma, este valor esta acima do limite de tolerância dimensional média, configurando mais uma reprovação. A seguir serão apresentados os gráficos que mostram os valores das médias das dimensões dos blocos ensaiados das três amostras, bem como as devidas análises e comentários. 65 Figura 5.1 – Gráfico com valores das médias dimensionais de largura das amostras FONTE: Autor, 2015 Como pode ser visto no quesito de média dimensional de largura, as amostras se enquadram na faixa de tolerância aceitável, as três respeitam o limite de ± 3 mm. Apenas a amostra SR que distorce um pouco em relação ao padrão de 90 mm, mas não o suficiente para reprova-la sobre este quesito. Figura 5.2 – Gráfico com valores das médias dimensionais de altura das amostras FONTE: Autor, 2015 90,38 89,3 90,21 88,6 88,8 89 89,2 89,4 89,6 89,8 90 90,2 90,4 90,6 CA SR TA M éd ia d e la rg u ra ( m m ) Amostras 140,7 137,51 140,5 135 136 137 138 139 140 141 CA SR TA M éd ia d e a lt u ra ( m m ) Amostras 66 Já no quesito de média dimensional de altura, as amostras se enquadram na faixa de tolerância aceitável, as três respeitam o limite de ± 3 mm. Apenas a amostra SR que se distorce ao padrão de 140 mm, mas não o suficiente para reprova-la sobre este quesito. Figura 5.3 – Gráfico com valores das médias dimensionais de comprimento das amostras FONTE: Autor, 2015 Como pode ser visto no quesito de média dimensional de comprimento, as amostras CA e TA se enquadram na faixa de tolerância aceitável, as duas respeitam o limite de ± 3 mm. Mas a amostra SR distorce o padrão de 190 mm em 4,99 mm, ficando fora da faixa de tolerância aceitável e assim ficando reprovada neste quesito, sendo suficiente para rejeição do loteem estudo. 5.4. Verificação da absorção de água dos blocos cerâmicos de vedação – Análises e comentários Para realização deste ensaio utilizou-se 6 unidades, conforme a norma NBR 15270-1 (2005) estabelece. Foi realizado um confronto da tabela 4.2 do capitulo anterior somado ao anexo II com a NBR 15270-1 (2005) afim de se comparar os resultados obtidos, no que diz respeito ao índice de absorção de água dos tijolos cerâmicos de 6 furos. Segundo a 190,41 194,99 192,62 188 189 190 191 192 193 194 195 196 CA SR TA C o m p ri m en to ( m m ) Amostras 67 NBR 15270-1 (2005) esse índice não deve ser inferior a 8% nem superior a 22%. A seguir é apresentado o gráfico que mostra os valores das médias dos índices de absorção dos blocos cerâmicos ensaiados das três amostras, bem como as devidas análises e comentários. Figura 5.4 – Gráfico com valores médios do índice de absorção de água das amostras FONTE: Autor, 2015 Como pode ser analisado no gráfico acima, as três amostras se enquadraram nos valores fixados em norma. Portanto as amostras verificadas ficam aprovadas neste quesito analisado já que não ficaram fora da faixa recomendada por norma. 5.5. Verificação da resistência à compressão dos blocos cerâmicos de vedação – Análises e comentários Para realização deste ensaio tomou-se a amostragem simples, ela é composta por 13 corpos de prova, conforme a norma NBR 15270-1 (2005). Os corpos de prova foram revestidos por um capeamento de argamassa de cimento e areia com a espessura de 3 mm para que pudessem ser submetidos ao ensaio de compressão. Foi realizado um confronto da tabela 4.3 do capitulo anterior somado ao anexo I com a NBR 15270-1 (2005) afim de se comparar os resultados obtidos, no que diz respeito à 11,77% 11,23% 12,39% 10,60% 10,80% 11,00% 11,20% 11,40% 11,60% 11,80% 12,00% 12,20% 12,40% 12,60% CA SR TA In d ic e d e a b so r ç ã o d e á g u a ( % ) Amostras 68 resistência a compressão dos tijolos cerâmicos de 6 furos. Segundo a NBR 15270-1 (2005) a resistência à compressão dos blocos cerâmicos de vedação usados com os furos na horizontal, calculada na área bruta, deve atender aos valores mínimos de 1,5 MPa. A seguir é apresentado o gráfico que mostra os valores das médias das resistências dos blocos cerâmicos ensaiados das três amostras, bem como as devidas análises e comentários. Figura 5.5 – Gráfico com valores médios da resistência à compressão das amostras FONTE: Autor, 2015 Como pode ser visto, as amostras CA e TA foram aprovadas neste quesito, ficando acima do valor mínimo estabelecido por norma. Mas a amostra SR não se enquadrou ao preconizado pela norma, o valor da resistência à compressão de doze das treze amostras analisadas ficaram abaixo do valor mínimo de 1,5 MPa, para o caso de amostragem simples o numero de unidades não conformes não poderia ser igual ou superior a 3 unidades. Portanto, a amostra SR, mais uma vez, esta reprovado segundo verificações realizadas conforme a norma 15270 (2005). 2,22 0,79 2,28 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 CA SR TA R es is tê n ci a m éd ia à c o m p re ss ã o ( M P a ) Amostras
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