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Biografia de Thomas Morus - Resumo Utopia

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Biografia de Thomas Morus
Thomas Morus – humanista, brilhante, conservador, poeta, artista - nasceu em 07 de fevereiro de 1478, na cidade de Londres em 1640. Era filho do Juiz John More com Agnes Graugner. Formou-se como advogado, foi casado duas e teve cinco filhos, cuja a primeira esposa faleceu, deu uma ótima educação aos seus filhos, sem fazer qualquer distinção. 
Estava vinculado aos ideais humanistas do Renascimento e teve uma forte amizade com o filosofo Erasmo de Roterdã, que mais tarde foi abalado, pois seguiram ideias opostas, Morus apoiava os dogmas da igreja Católica e Erasmo tornou-se critico desses dogmas.
Em 1531 foi nomeado por Henrique VIII como Chanceler. No entanto, Henrique VIII rompe os laços com a Igreja Católica e funda o Anglicanismo com propósito de divorciar-se e casar novamente. More discordando disso, abandona seu cargo e posiciona contra a Reforma Protestante, é tido como traidor condenado a morte e canonizado em 1935. 
Utopia
Sua obra mais importante é Utopia, a palavra vem do grego ou topus, lugar nenhum, é o modo irônico que o autor usou para intitular sua sociedade perfeita. Foi publicada em 1516 e institui uma crítica social, política e religiosa a sua época. O livro é dividido em duas partes, na primeira faz uma crítica a sociedade em que vivia, Inglaterra – guerras, criminalidade, pobreza, desigualdades, perseguições religiosas -, e na segunda uma sociedade ideal, a qual aboliu o dinheiro, propriedade privada e abomina a guerra. Em ambas partes há presença do personagem Rafael Hitlodeu, o qual narra sua viagem a ilha Utopia e descreve como foi. Utiliza-se da mistura de fatos reais e fantasias. 
Essa ideia de criar uma sociedade imaginária remonta de Platão, na obra “A República”, concordavam na questão de criar um programa educacional para sociedade e diferenciavam nas questões: Platão tem como motivação central a política, na qual o comunismo é necessário para realização da justiça e somente por ele seria possível um governo eficiente e em Morus, a motivação é econômica; o comunismo de Platão atingiria duas classes superiores, a de Morus, o Estado todo; o primeiro cria uma utopia hierárquica, o segundo igualitária. 
A primeira parte são discutidos que existem sociedades organizadas fora da Europa e que leis e instituições podem ajudar a regenerar as velhas nações; das penas aplicas aos ladrões na Inglaterra e como viviam os condenados, e que seria melhor manter a subsistência de todos, assim diminuiriam os casos de roubos para se alimentar, cuja responsabilidade seria da nobreza e das disputas de terras; um bom governante seria aquele que honra seu povo e pensa mais na felicidade deles do que na própria. Rafael inicia sua descrição da utopia, no qual introduz para a segunda parte. 
A segunda parte é dividida em oito capítulos, nos quais, são feitos os relatos de como era organizada a ilha, as famílias e cidades – haviam 54 cidades, os três velhos sábios são escolhidos como deputados em cada uma, e vão a Amaurota, capital, para tratar dos negócios do país -, como era os ofícios, as relações entre os cidadãos, das viagens, guerras e a religião. Deve-se destacar que não havia propriedade privada, o sistema era de cooperação, trabalhavam apenas 6 horas diárias – os cidadãos tinham que cultivar as virtudes do espirito através da leitura e reflexão -, o trabalho manual não era separado do trabalho intelectual, a principal atividade econômica era a agricultura e nos mercados havia o sistema de trocas. A religião é constituída a partir do cristianismo e escolas filosóficas como estoicismo e epicurismo, a fé é consequência da razão e instrumento para exercício da justiça, todos têm liberdades religiosa e eram vistos com desconfiança aqueles que não professavam nenhuma fé. Preferiam a divisão dos bens para todos, pois isso garantiria a abundancia e subsistência de todos, sem a acumulação da riqueza de poucos. 
Enfim, a utopia é fruto de elaborações fantasiosas que ignoram a realidade história ou ideal triunfante, realizado por meios materiais e desejo de transformação. A sociedade perfeita para Morus, que ainda não existe, mas pode ser alcançada somente pelo povo, quando guiados pelos sábios.

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