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Lição 06 / 1 Índice 1.Aspectos Positivos e Negativos do Planejamento 2.Elaboração do Planejamento 3.Níveis do Planejamento 4. Conclusão 5. Referências Administração Empresarial Lição 06 Planejamento Empresarial Lição 06 / 2 1.Aspectos Positivos e Negativos do Planejamento Quase tudo na vida requer planejamento! Em nossa vida pessoal, de modo natural ou mais elaborado, fazemos o planejamento do que temos que fazer em cada dia. Por exemplo, normalmente já deixamos planejado o horário de ir ao trabalho, de almoçar, de sair do trabalho e de retornar para casa. Esse seria um planejamento natural. Por outro lado, durante o dia, em função das circunstâncias, vamos fazendo ou refazendo planejamentos de atividades para o dia ou para os dias seguintes. Numa empresa não é diferente, pois a rotina já está previamente planejada e os novos acontecimentos ou atividades devem ser planejados com uma certa antecedência. Logo, a função Planejamento faz parte do dia-a-dia de qualquer empresa. Mas, sua elaboração deve ser bem estudada e realizada para evitar que prejudique a empresa e que, por outro lado, opere a seu favor. Vamos agora estudar esses dois aspectos do Planejamento: em quais situações é positivo e em quais situações é negativo. Comecemos pelos aspectos positivos ou benefícios do Planejamento: Lição 06 / 3 Aspectos positivos ou benefícios do Planejamento 1º aspecto positivo: Intensificação dos esforços. Quando já temos um planejamento do que fazer, normalmente não paramos para pensar sobre uma melhor forma de realizar uma atividade, pois partimos do pressuposto de que já foi pensado e estruturado. Esse direcionamento intensifica os esforços e aumenta a produtividade. 2º aspecto positivo: Aumento da persistência. O planejamento estimula o trabalho continuado e conduz à persistência, pois cria as condições necessárias para que trabalhos longos sejam realizados. 3º aspecto positivo: Indicação de uma direção. O planejamento mostra ou, ao menos, indica uma direção para o cumprimento das metas, orientado os gestores e executores quanto ao caminho a ser seguido e, em muitas situações, aos caminhos que não devem ser seguidos. Isso minimiza a possibilidade de erros de direção. 4º aspecto positivo: Criação de estratégias para as tarefas. O planejamento, quando faz parte contínua da administração de uma empresa, modifica a cultura da organização e estimula as pessoas a serem mais críticas quanto à realização de seus trabalhos, fazendo com que busquem sempre novas e melhores formas de alcançarem suas metas. Fonte: (BARBIERI, 2012, p. 65). Por outro lado, o Planejamento também tem aspectos negativos ou armadilhas: Lição 06 / 4 Aspectos negativos ou armadilhas do Planejamento 1º aspecto negativo: Criação de barreira às mudanças. O excesso de zelo pela realização do Planejamento pode produzir barreiras às mudanças que uma empresa necessita quando o seu ramo ou atividade principal sofre interferências do ambiente externo. Em outras palavras, a empresa pode perder o “tempo de adaptação de seu planejamento às mudanças de mercado” tornando seu planejamento incipiente, obsoleto ou falho. 2º aspecto negativo: Criação de falsa sensação de certeza. O excesso de rigor do Planejamento pode guiar a empresa para caminhos que já podem ter mudados em função da dinâmica natural do ambiente externo. Em outras palavras, a empresa pode criar metas que já podem estar ultrapassadas em função das mudanças nos cenários que serviram de base no passado. Essa sensação de certeza e de certa tranquilidade que pode vir do planejamento, pode também causar problemas de orientação frente às mudanças de mercado. 3º aspecto negativo: Distanciamento entre planejador e executor. Normalmente em uma empresa há pessoas que planejam as metas e já pessoas que as executam. Enquanto o planejador trabalha com teorias e cenários, o executor trabalha com a prática e a realização do planejamento. Essa relação é natural, mas o distanciamento e a falta de sintonia entre esses profissionais podem criar armadilhas quando repercutem planos impraticáveis ou distantes da realidade. Fonte: BARBIERI, 2012, p. 65. Partindo desses aspectos, vemos que o Planejamento deve ser bem estudado para que permita o alcance os aspectos positivos e que, ao mesmo tempo, evite os aspectos negativos. Lição 06 / 5 2.Elaboração do Planejamento O processo para elaboração de um Planejamento consiste das seguintes etapas: Etapas de um planejamento - fonte: WILLIAMS, Chuck. ADM. São Paulo: Cengage Learning, 2010. 1ª etapa: Fixar metas Além de ser a primeira etapa do processo de Planejamento, a fixação de metas também é a mais complexa, pois necessita de um conhecimento amplo das potencialidades da empresa e também das condições do mercado. Fixar metas é declarar de forma mensurável o que a empresa pretende com o planejamento que está fazendo. Exemplos de metas: Aumentar em 5% as vendas; Lançar 20 novos produtos por ano; Diminuir o retrabalho em 20% na produção; Alcançar um aumento de 25% de produtividade na fabricação. Uma meta, para ser bem estabelecida, deve obedecer às seguintes diretrizes: Ser específica -> significa descrever claramente o que se deseja. Exemplo: Aumentar em 20% as vendas de blusas de frio no inverno. Ser mensurável -> significa ter condições de medição da meta. Exemplo (continuidade): Número de blusas de frio vendidas no inverno. Ser atingível -> significa haver condições para atingimento da meta. Lição 06 / 6 Fixar metas – exemplo: venda de blusas Exemplo (continuidade): No inverno há aumento da venda de blusas de frio. Ser realista -> significa haver condições para atingimento da meta. Exemplo (continuidade): Naturalmente há venda de blusas de frio no inverno. Ser tempestiva -> significa que o momento é adequado para a meta. Exemplo (continuidade): No inverno vendem-se mais blusas de frio. 2ª etapa: Criar um compromisso Criar um compromisso para alcance das metas fixadas diz respeito às formas ou táticas que serão adotadas por uma empresa para fazer com que seus gestores assumam profissionalmente e pessoalmente a responsabilidade pelo atingimento das metas que estão sob sua alçada. O compromisso com as metas pode ser aumentado quando: - As metas são definidas de forma participativa, ou seja, que os responsáveis pela execução da meta possam também ser responsáveis por sua definição. Dessa forma, torna-se quase uma questão de honra, pois o próprio responsável pela meta foi quem participou de sua definição; - As metas são razoáveis, ou seja, que tenham condições de serem atingidas. Quando uma meta é utópica ou que não há recursos para sua execução, o compromisso torna-se frustração; - As metas são divulgadas e tornam-se públicas na empresa, fazendo com que seus responsáveis tornem-se conhecidos e, portanto, cientes da responsabilidade com sua imagem; - Há apoio da alta administração, por meio de estímulos, companheirismo e colaboração para que o responsável pela meta não se sinta só em sua jornada. 3ª etapa: Desenvolver planos de ação eficazes O Plano de Ação compreende a definição de: Lição 06 / 7 Plano de ação Pessoas Quem vai compor a equipe, com respectiva descrição de funções. Recursos O que será necessário para os trabalhos. Tempo Quando serão realizados trabalhos. Passos específicos Como serão feitos os trabalhos. O Plano de Ação é fundamental para o sucesso de um Planejamento, pois será um guia de ação para as pessoas que fizerem parte da equipe. 4ª etapa: Acompanhar o cumprimento das metas Lição 06 / 8 Acompanhar o cumprimento das metas significa definir níveis de atingimento da meta fixada, sob forma de metas menores que, juntas, totalizam a meta final. Essa divisão da meta final em metas menores propicia motivação para a equipe e também causas para comemoração,incentivo e agregação das pessoas. A meta fixada ou final pode ser dividida em: Cumprimento das metas Metas Próximas Aquelas que são atingidas durante a execução dos trabalhos; Metas Distantes Aquelas que estão mais perto da meta final; Torna-se muito importante que o atingimento de cada meta (próxima ou distante) seja divulgado na empresa para que as pessoas pertencentes à equipe sintam-se valorizadas e encorajadas a darem continuidade ao planejamento. Outra ação muito importante quando se atinge uma meta (próxima ou distante) é o feedback de desempenho, onde os membros da equipe apresentam suas dúvidas ou dificuldades enfrentadas para que seja feito, se necessário, ajustes ao plano de ação. 5ª etapa: Manter a flexibilidade Manter a flexibilidade significa ter uma reserva de recursos que possam ser acionados caso o plano de ação não esteja atingindo os resultados esperados. Popularmente, é chamado de Plano B ou de uma alternativa para outro caminho. Lição 06 / 9 Cumprimento das metas Lição 06 / 10 3.Níveis do Planejamento Existem três níveis do Planejamento: Nível Responsabilidades e características 1º Planejamento Estratégico: Estabelecido pelo alto escalão da empresa, ou seja, pelos dirigentes principais. Voltado a estabelecer o rumo, o futuro e as estratégias da organização. É de longo prazo, baixa flexibilidade, alto risco e envolve toda a organização. 2º Planejamento Tático: É realizado pela média gerência e visa a realização dos objetivos previstos no planejamento estratégico. Objetiva a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução dos objetivos fixados. É de médio prazo, média flexibilidade, médio risco e envolve as unidades que compõem a organização. 3º Planejamento Operacional: É realizado pelos gestores de primeira linha e visa a realização do planejamento tático. Voltado para as operações da empresa. É mais detalhado, de curto prazo, alta flexibilidade, baixo risco e envolve os setores que compõem as unidades da organização. No Planejamento Estratégico define-se, o propósito da empresa, ou seja, para que a Lição 06 / 11 empresa existe e também o que se pretende para o futuro da empresa. Início no alto escalão Planos Estratégicos Esclarecer como a empresa irá atender os clientes e posicionar-se contra os concorrentes (2 a 10 anos) Visão Um declaração inspiradora do propósito da empresa Missão Objetivo geral que unifica os esforços en prol da visão, tensões e desafios,com linha de chegada e intervalos de tempo. Flui da visão. Por exemplo, uma empresa que atua no segmento de transporte de cargas, por meio de sua diretoria (alto escalão), elabora o seguinte planejamento (em linhas gerais): Planos estratégicos Planos estratégicos: Atender aos clientes com transporte de suas cargas comprometendo-se a cumprir os prazos acordados e entregando os produtos com segurança e garantia da chegada no destino acertado. Diferenciar-se por serviços seguros ao menor custo possível. Visão: Ser reconhecida como a empresa mais confiável e segura da região. Missão: Colaborar com o crescimento e desenvolvimento de seus clientes. Lição 06 / 12 Planos Já no Planejamento Tático, entram em ação os gerentes ou a média gerência da empresa, colocando em ação o que foi definido no Planejamento Estratégico. Por exemplo, o gerente de operações da empresa transportadora acima se preocupará em fazer com que as cargas cheguem aos clientes com segurança. Por outro lado, o gerente de recursos humanos se preocupará em treinar e capacitar os funcionários para que consigam realizar seus serviços adequadamente. E assim por diante, cada gerente realizará suas atividades buscando atender à visão e missão declarada pelos dirigentes por meio de planejamentos táticos. Por fim, no Planejamento Operacional, atuam os gestores de primeira linha, ou seja, os supervisores, encarregados, chefes, ou outra nomenclatura de função adotada pela empresa para as pessoas que colocam em prática as táticas definidas pelos gerentes. Lição 06 / 13 4. Conclusão Você acabou de ver que o Planejamento é a determinação de metas organizacionais e do modo como atingi-las. Espero que tenha percebido que o Planejamento é a base para a tomada de decisão, tendo em vista que é durante sua concepção que se levanta todas as alternativas de ações e que agora, tenha discernimento dos três níveis do Planejamento. Até o próximo tópico! Lição 06 / 14 5. Referências CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. 6.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 8.ed. São Paulo: Atlas, 2011 e edições anteriores. WILLIAMS, Chuck. ADM. São Paulo: Cengage Learning, 2010. Bibliografia Complementar: CHIAVENATO, Idalberto. Os novos paradigmas: como as mudanças estão mexendo com as empresas. São Paulo: Atlas, 2000. CHIAVENATO, Idalberto. SAPIRO, Arão. Planejamento estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. MOTTA, Paulo R. Transformação Organizacional: a teoria e a prática de inovar. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. MOTTA, Fernando C. P., CALDAS, Miguel P. (org.). Cultura Organizacional e cultura brasileira. São Paulo: Atlas, 1997. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 22.ed. São Paulo: Atlas, 2006 e edições anteriores. Número de Chamada: 658.4012 O48p 2006 22.ed. SROUR, Robert Henry. Poder, Cultura e Ética nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1998. WRIGHT, Peter et al. Administração estratégica: Conceitos. São Paulo: Atlas, 2000.
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