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Trabalho jurisdição constitucional

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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ
TRABALHO: AÇÕES CONSTITUCIONAIS
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL
ALUNO: LARISSA SOUZA RESENDE DA SILVA 
MATRÍCULA: 201402482485
ANA CAROLINA
MATRÍCULA:
TURMA 8º NOITE
Juiz de Fora 
 2017
SUMÁRIO
AÇÕES CONSTITUCIONAIS
Título I___________________Pg05
Mandado de Segurança_____Pg05
CAPITULO I______________Pg06
 MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL_______Pg06
1Conceito________________________________Pg06
2 Requisitos do Mandado de Segueança________Pg06
3 Direito Líquido e Certo_____________________Pg06
3.1 Relação entre Direito e a Produção de Prova__Pg07
4 Legitimidade Ativa_________________________Pg07
5 Legitimidade Passiva_______________________Pg08
5.1 Abrangência de Autoridade Coautora__________Pg08
5.2 Cabimento_______________________________Pg08
5.2.1 Tipo de ato praticado_____________________Pg09
5.2.2 Atos contra os quais não é cabível___________Pg9
6 Competência do Mandado de Segurança_________Pg10
7 Decisão, Efeitos e Recurso Possíveis – O reexame necessário___________________________________Pg11
8 Prazo do Mandado de Segurança_______________Pg12
CAPITULO II_________________________________Pg13
Mandado de Segurança Coletivo_________________Pg13
1 Conceito___________________________________Pg13
2 Finalidade_________________________________Pg13
3 Legitimidade do Mandado de Segurança Coletivo__Pg14
Caso concreto da Semana 13___________________Pg14
TÍTULO II___________________________________Pg15
Habeas Data________________________________Pg15
1 Conceito__________________________________Pg15
2 Cabimento, Objeto e espécies _________________Pg15
3 Legitimidade Ativa___________________________Pg16
a) Substituição Processual e Legitimação Extraordinário__Pg16
b) Ministério Público pode impetrar?__________________Pg16
c) Cabível HD coletivo?___________________________ Pg16
d) Legitimação ordinária superveniente_______________Pg17
4 Legitimidade Passiva___________________________Pg17
5 Interesse de agir_______________________________Pg17
6 Competência__________________________________Pg18
7 Decisão______________________________________Pg20
Caso Concreto 14_______________________________Pg20
TÍTULO III_____________________________________Pg18
AÇÃO POPULAR_______________________________Pg21
1 Conceito____________________________________Pg21
2 Requisitos da ação popular______________________Pg21
4 Legitimidade ativa______________________________Pg21
a) Cidadão e cidadania___________________________Pg22
b) capacidade postulatória-_________________________Pg22
c) eleitores 16 e 18 anos___________________________Pg22
d) estrangeiros___________________________________Pg23
e) pessoas jurídicas_______________________________Pg23
f) Ministério Público – Atuação_______________________Pg23
4 Legitimidade passiva_____________________________Pg23
5 Objetivo_______________________________________Pg24
6 Objeto_________________________________________Pg24
a) ato administrativo_______________________________Pg25
b) ato legislativo__________________________________Pg25
c) ato jurídico-____________________________________Pg25
d) ato de particulares______________________________Pg25
7 Procedimento__________________________________Pg25
8 Competência__________________________________Pg26
a) Como fica o Foro por prerrogativa de função_________Pg27
b) casos submetidos ao STF________________________Pg27
9 Decisão na Ação Popular_________________________Pg28
Caso Concreto semana 15__________________________Pg28
BIBLIOGRAFIA___________________________________Pg30
 
Ações Constitucionais
 Titulo I 
Mandado de Segurança
Capitulo I
Mandado de Segurança Individual
Conceito
O mandado de segurança individual está estabelecido no artigo 5º,LXIX da CRFB\88, da mesma forma que a lei 12.016\09, é conceituado como remédio constitucional, sob procedimento especial, dirigido á tutela de direito, individual, liquido e certo, não amparável por Habeas Corpus ou Habeas Data, ameaçado ou lesado por ato de autoridade pública ou agente delegado, eivado de ilegalidade ou abuso de poder.
O mandado de segurança individual é direcionado á tutela do direito individual sobre o qual versa o artigo 5º, LXIX da CRFB\88. É recoberto de natureza dúplice, conforme seja investigado sob o ângulo constitucional ou processual.
Requisitos do Mandado de Segurança
O regular exercício do mandado de segurança é sujeito a duas condições especificas, quais sejam: (i) direito liquido e certo, não amparável por Habeas Corpus ou Habeas Data, ameaçado ou lesado, e (ii) ato coator imputado á autoridade pública ou agente delegado, eivado de ilegalidade de poder.
Direito Liquido e Certo
O direito liquido e certoé entendido como direito cuja afirmação de existência é demonstrável por prova documental produzida no momento do oferecimento da petição inicial, a despeito da complexidade das questões subjacentes á pretensão ofertada em juízo ou tribunal.
A liquidez e certeza do direito é traduzida pela inadmissibilidade de dilação probatória no mandado de segurança, sendo evidente que a prova documental deve ser pré-constituída, ressalvadas as hipóteses de impetração, em caso de urgência, por telegrama, radiograma, sistema de transmissão de dados e imagens tipo fac-símile ou qualquer outro meio eletrônico, de documentos em poder agente, órgão ou entidade publica e de provas pela autoridade coatora no momento da prestação das informações sobre fatos que lhe foram imputados, “o mandado de segurança é um verdadeiro processo documental”, posto que “a regra geral é a de que, em mandado de segurança, a petição inicial venha instruída com os documentos indispensáveis á propositura da ação, não cabendo dilação probatória. A prova pré-constituída é a condição essencial para aferição da ilegalidade do ato impugnado, salvo quando o impetrante não dispõe do documento ou lhe seja negado o fornecimento.
AI – Relação entre o Direito e a Produção de Prova
No mandado de segurança as provas não são produzidas no processo, senão que lhe prestam à instrução, tendo já sido coletadas na linha do tempo antes do próprio processo, porque ainda não exercido o direito (subjetivo) de ação.
Importa, assim, estar o direito delimitado em sua extensão, pronto a ser exercido já no momento da impetração do mandado de segurança e, a isso, deve evidentemente fazer-se prova de plano, a justificar a concessão da ordem.
Cumpre lembrar, porém, haver parca fresta na própria Lei nº 12.016, de 2009, que permite a produção da prova no mandado de segurança em momento posterior, como no caso pedido de exibição incidental feito pelo impetrante (artigo 6º, §1º) ou quando houver necessidade de juntar novos documentos em razão das informações prestadas.
Por último, na hipótese de indeferimento da petição inicial do mandado de segurança, e extinção do processo sem exame de seu mérito, como pode se dá, por exemplo, diante da ausência de provas a instruí-lo, ainda será possível o ajuizamento de um segundo mandado de segurança, mas desde que ainda se esteja dentro do prazo decadencial de 120 dias da ciência do ato impugnado.
Legitimidade Ativa
É reconhecida como qualquer pessoa natural, formal ou jurídica, nacional ou estrangeira, pública ou privada, bem assim órgão independente e agente político.
Também podem impetrar mandado de segurança, os estrangeiros não residentes no Brasil, dada que a ação é colocada á disposição de todas as pessoas, nacionais ou estrangeiras, que se encontrem subordinadas á autoridade do ordenamento jurídico brasileiro.
Legitimidade Passiva
Celso Agrícola Barbi sustenta que a pessoa jurídica de direito publico a que o agente público indicado como autoridade coatora é vinculado seria legitimada passiva para o mandado de segurança, tendo em vista que “a nosso ver, a parte passiva no mandado de segurança é a pessoa jurídica de direito publico a cujos quadros pertence a autoridade indicada como coatora”. 
O fato departicipar do ato impugnado, não em nome próprio, mas em nome da administração pública, retira da autoridade coatora qualquer possibilidade de integrar como parte passiva a relação processual mandamental. 
Abrangência da autoridade coatora
O entendimento é de que o mandado de segurança é impetrado em face da pessoa jurídica e não da autoridade coatora, porquanto a entidade pública manifesta a vontade administrativa através dos órgãos, integrados por agentes, de arte que o ato praticado pela autoridade coatora é imputado á pessoa de direito público a que é vinculada, assim como não há possibilidade de o litisconsórcio necessário ser integrado por quem não é sujeito passivo da relação processual. 
A autoridade coatora é revestida da natureza jurídica de parte em sentido formal, de molde que a prestação de informações não funciona como oferecimento de defesa e, por via de consequência, a sua ausência não induz efeitos material e processual da revelia.
Sem embargo da notificação da autoridade públicaou agente delegado indicado como coator, a pessoa jurídica de direito público a que é vinculada a autoridade coatora deve ser citada, na pessoa do seu representante judicial.
 Cabimento
As características do ato coator é entendido como aquele emanado de autoridade pública que "ilegalmente ou com abuso de poder" viola o direito de alguém.
Ademais, é reforçado seu cabimento, seja quando o prejudicado "sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la". Assim, em mandado de segurança ordinário, contra a violação consumada; e mandado de segurança preventivo, quando houver mero receio de sua violação.
5.2.1- Tipo de Ato Praticado
Pode ser:
Ato administrativo: é suscetívelde recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente do pagamento de caução. Seria condicionada a exequibilidade do ato administrativo, de maneira que tendo a interposição do recurso administrativo, ter-se ia que aguardar o julgamento ou renunciar á interposição para o manejo writ. 
Ato legislativo: é reduzido a duas hipóteses. Uma referente ao processo legislativo, de arte que os membros do Congresso Nacional podem impetrar mandado de segurança contra proposta de emenda ou projeto de lei que viole limitação ao poder de reforma constitucional. A outra é relativa as espécies normativas, de molde que os titulares de direito liquido e certo ameaçado ou lesado por ato legislativo que veicule norma jurídica individual e concreta podem impetrar mandado de segurança contra lei apenas formal.
Ato jurisdicional: segundo entendimento de Lúcia Valle Figueiredo assinala o cabimento do mandado de segurança, quando houver possibilidade de ocorrência de dano de difícil ou impossível reparação, a despeito dos mecanismos processuais colocados á disposição do impetrante para suspender a eficácia do provimento jurisdicional contra o qual é admissívelinterposição de recurso.
5.2.2-Atos contra os quais não é cabível
Não é cabível mandado de segurança contra atos de gestão. Os atos de gestão são aqueles praticados pelo Poder Público sem o uso de suas prerrogativas e poderes comandantes, em uma situação de igualdade com os particulares, na administração do patrimônio ou dos serviços do Estado. Não possuem o requisito da supremacia, por isso, são meros atos da administração e contra eles não cabe interposição de mandado de segurança.
Competência no Mandado de Segurança
A competência para o processo e julgamento do mandado de segurança individual é firmada pela hierarquia funcional do agente público a quem é imputado o ato coator, e não pela natureza da pretensão deduzida em juízo ou tribunal.
O Supremo Tribunal Federal é originariamente competente para o mandado de segurança contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da Republica e do próprio Supremo Tribunal Federal, conforme o artigo 102,inc.I,d,da CRFB.
O Supremo Tribunal de Justiça é originariamente competente para o mandado de segurança contra atoa dos Ministros de Estado, incluído o Advogado-Geral da União, dos Comandantes da Marinha, do Exercito e da Aeronáutica e do próprio Superior Tribunal de Justiça, conforme artigo 105,inc.I,b,da CRFB.
Os Tribunais Regionais Federais são originariamente competentes para o mandado de segurança contra atos dos Juízes Federais, excetuados os Juízesdo Trabalho e dos próprios Tribunais Regionais Federais, conforme o artigo 108,inc.I,c,e 114,inc.IV da CRFB.
Os Tribunais de Justiça são originariamente competentes para mandado de segurança contra atos do Governador e dos Secretários do Estado, inclusive do Prefeito da Capital e dos Municípios com mais de 200 mil eleitores, da Mesa Diretora e do PRESIDENTE DA Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado, do Procurador-Geral de Justiça, do Procurador-Geral e do Defensor Público-Geral do Estado e dos próprios Tribunais de Justiça, conforme o artigo 161, inc. IV,e, da CERJ.
Os Juízos Federais e Juízos de Direito são competentes para mandado de segurança contra atos de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica de direito privado no desempenho de atribuições do Poder Público federal, estadual, distrital ou municipal.
O mandado de segurança contra atos dos Juizados Especiais Cíveiscomo também o mandado de segurança contra atos das Turmas Recursais devem ser endereçados ás próprias Turmas Recursais Cíveis Federais ou Estaduais.
7 – Decisão, Efeitos e Recursos Possíveis – reexame do necessário
 A decisão do mandado de segurança individual pode ser estudada pelo ângulo da tutela de urgência, á luz do artigo 7º, inc.III , e sob o aspecto da tutela de mérito, á vista do artigo 14 da lei nº 12.016\09.
A medida liminar pode ser concedida por juízo ou tribunal, desde que o fundamento da impetração seja relevante e do ato impugnado possa resultar a ineficácia da ordem judicial, se concedida ao final do processo, em torno de qual cinco pontos controvertidos:
 - Natureza jurídica da medida liminar: é concedida no exercício da tutelaantecipada , com fulcro no artigo 305 do CPC, dado que que o pronunciamento judicial redundaria na antecipação práticos da eventual decisão de procedência.
- Restrições da concessão da medida liminar:a lei poderá proibir a medida liminar , desde que não vedado o direito á ação principal, o que ofenderia a constituição da república .
- Concessão da medida liminar de ofício : tendo em exame a natureza cogente da norma veiculada da norma veiculada pelo do artigo 7º, inc.III da lei nº12.016\09, que vincula o juízo ou tribunal a conceder a liminar, uma vez presentes os seus requisitos.
- Restrição a eficácia temporal da medida liminar : pelo prazo legal de 60 dias a contar da petição inicial ou da determinação ou da suspensão por tribunal imediatamente superior, quando houver mando de segurança sido impetrado contra ato da Fazenda Nacional. 
- Eficácia temporal da medida liminar, tendo sido proferida decisão denegatória: ainda que a tutela de urgência não tenha sido revogada. 
A tutela de méritotem individualizações:
- Natureza sui generis: o mando de segurança é o único procedimento que comporta fases cautelar,cognitiva e executória, sem necessidade de processos autônomos. 
- Natureza constitutiva: limita-se a anular ou declarar a nulidade do ato ameaçador ou violador do direito liquido e certo. O não cumprimento da ordem judicial dará lugar á responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
- Natureza executiva lato sensu: a lei é que manda que se expeça como titulo executório em favor de quem o impetrou e obteve.
- Natureza mandamental: o conteúdo da ação é obter mandado do juízo ou tribunal, que não se confunde com o efeito executivo da sentença ou acordão de condenação, tanto que em vez de condenar para que seja ulterior a execução, condena direcionando-se desde já ao órgão de execução.
- Natureza meramente declaratória, constitutiva ou condenatória: a ação em que se pede mandado de segurança não difere quanto ao seu escopode qualqueroutra ação: obter provimento jurisdicional a respeito dos conflitos dos interesses. Pode ser declarado nulo o ato impugnado pelo demandante, anulado o ato imputado ao demandado condenando pela pratica do incitado pela demanda.
Os recursos cabíveis no processo de mandado de segurança:
- Apelação: em caso de indeferimentoda inicial pelo juiz de primeiro grau e de sentença que concede ou denega o mandado de segurança. Trata-se de hipótese em que há sentença terminativa do processo.
- Agravo de instrumento: em caso decisão do juiz de primeiro grau que concede ou denega o mandado de segurança a liminar. 
- Recurso ordinário: em caso de decisões proferidas em única instanciacabe recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário quando a ordem for negada. 
- Recurso especial e extraordinário: em caso de decisões proferidas em única instancia cabe recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos.
8- Prazos do mandado de segurança
O prazo para impetração do Mandado de Segurança é de 120 dias sendo este MS repressivo, da ação ou omissão causadora do dano, contados da ciência do ato impugnado pelo interessado (Lei 12.016/2009, artigo 23).
Capitulo II
Mandado de Segurança Coletivo
1 – Conceito 
O mandado de segurança coletivo está estabelecido no artigo 5º,LXIX da CRFB\88, da mesma forma que a lei 12.016\09, é conceituado como remédio constitucional, sob procedimento especial, dirigido á tutela de direito coletivo, liquido e certo, não amparável por Habeas Corpus ou Habeas Data, ameaçado ou lesado por ato de autoridade pública ou agente delegado, eivado de ilegalidade ou abuso de poder.
O mandado de segurança coletivo é dirigido á tutela do direito metaindividual de que se trata o artigo 5º, inc. LXX da CRFB.
2- Finalidades
O regular exercício do mandado de segurança coletivo, tal como individual, é sujeito a duas condições especificas, quais sejam: (i) direito liquido e certo , não amparável por habeas data ou habeas corpus, ameaçado ou lesado e (ii) ato coator imputado á autoridade pública ou agente delgado, eivado de ilegalidade ou abuso de poder. 
O objeto do mandado de segurança coletivo é a tutela judicial de interesses coletivos e individuaishomogêneos , não a de interesses individuais, singulares ou plurimus, dos membros ou da entidade. 
A competência para o processo e julgamento do mandado de segurança é fixada pela hierarquia funcional da autoridade coatora. O órgão cuja a jurisdição tenha suficiente abrangência para alcançar todos os substituídos, domiciliados na comarca ou seção judiciaria, ou não, detém competência para o mandado de segurança coletivo.
O direito metaindividual a que se refere o mandado de segurança coletivo é suscetível de tutelas de urgência e mérito. Em caso de inocorrência de risco de perecimento do direito metaindividual, o deferimento da medida liminar é possível, no mandado de segurança coletivo, após a audiência do representante judicial da Fazenda Publica no prazo de 72 horas.
Ao final do processo, a decisão de procedência opera efeitos jurídicos em relação aos substituídos, traduzidos como associados, filiados ou membros do partido politico com representação no Congresso Nacional, sindicato, entidade de classe ou associação legalmente constituída na data do transito em julgado do pronunciamento jurisdicional. 
3- Legitimidade do Mandado de Segurança Coletivo
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partidos políticos com representação no congresso nacional, organizações sindicais, entidades de classe e associações legalmente constituídas e em funcionamento pelo menos 01 ano.
A legitimação é dispensada aos partidos políticos com representação no congresso nacional, tendo o objeto daação mandamental sido contemplado no estatuto partidário. 
Os partidos políticos que não possuam, no mínimo, um deputado federal ou senador da republica são legitimados ativos para o mandado de segurança coletivo, na qualidade de associações, em razão da personalidade jurídica de direito privado das agremiações de grupos sociais que, em torno de objetivos comunsorganização estável, se propõe a atividade politica.
A teor do artigo 5º, inc. LXX, b , a legitimação para o mandado de segurança coletivo é disponibilizada ás organizações sindicais e entidades de classes, sem exclusão das associações legalmente constituídas. 
QUESTÃO: CASO CONCRETO 13
Resposta: (STF – RE n. 120.305-RJ – 2ª T – 8.9.94 – rel. Min. Marco Aurélio DJU, de 9.6.95: Qualquer diferenciação deverá ser devidamente justificada de forma específica, inclusive com relação à compleição física. Formação intelectual é critério subjetivo para definição de diferenças entre homem e mulher para ocupação de cargo público.
TÍTULO II
HABEAS DATA
Conceito
A habeas data é considerada uma ação constitucional, um direito garantido para todos os cidadãos, de maneira gratuita, com o intuito preventivo e corretivo. Como forma preventiva, o habeas dará age como uma garantia constitucional para evitar o uso abusivo das informações das pessoas, que foram adquiridas de modo fraudulento ou ilícito. Garante também a preservação da intimidade, privacidade, honra e a possibilidade de corrigir informações indevidas sobre o individuo solicitante junto à instituição que detém os seus registros.
	O instituto do habeas data, ao lado do habeas corpus e do mandado de segurança, completa o que poderíamos chamar de a santíssima trindade da garantias do estado democrático de direito.
“Com o objetivo de “liberar” o conhecimento de informações, possibilitando a sua retificação ou anotação, não encontrou o legislador constituinte, para nomear o novo instituto, uma expressão melhor que habeas data-, que traduz o conjunto de elementos que compõem as bases de dados (data), - com o significado de “tome os dados”, da mesma forma que não achou outra melhor para traduzir a garantia da liberdade de locomoção que habeas corpus, com o significado de “tome o corpo”. (José Eduardo Carreira Alvim Habeas Data, 2001, pp. 1 e ss.)
Cabimento, Objeto e Espécies
Nos termos dos incisos I, II e III do parágrafo único do artigo 8º da Lei 9.507, o HD será cabível se houver: recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de 10 (dez) dias sem decisão acerca do requerimento de acesso; ou recusa em fazer-se a retificação dos dados ou do decurso de mais de 15 (quinze) dias sem decisão acerca do requerimento de retificação; ou da recusa em fazer-se a anotação no cadastro do interessado que apresentar explicação ou contestação justificando possível pendência sobre fato objeto do dado supostamente inexato.
O objeto Habeas Data é o ato de agente ou órgão estatal ou de quem age com atribuição pública que inviabiliza o direito de conhecer e/ou retificar os dados sobre a pessoa do impetrante. É o direito de provocar o Judiciário a conceder a ordem de habeas data para que o impetrante tenha acesso às informações constantes de bancos de dados de caráter público. Ação de Habeas data tem como objeto o acesso a informação ou retificação desta
Ao regulamentar o artigo 5º, inciso LXXII CF/88, a Lei nº 9.507/97, em seu artigo 7º, inciso III, estabeleceu uma nova hipótese legal de cabimento, ao asseverar que se concederá o referido remédio constitucional para anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou
explicação sobre dado verdadeiro, mas justificado e que esteja sob pendência judicial ou amigável.
3.4 Legitimidade Ativa
Poderá ser ajuizado por pessoa física, brasileira ou estrangeira, quanto por pessoa jurídica. Tem caráter personalíssimo só se pode pleitear informações relativas ao próprio impetrante, nunca de terceiros.
Ministério Público pode impetrar?
Por se tratar de uma ação personalíssima, onde as informações são relativas à pessoa do impetrante, o Ministério Público não tem legitimidade em habeas data: Só terão legitimidade se as informações são relacionadas ao órgão do Ministério Público.
Cabível HD coletivo?
Habeas dará em sentido coletivo, somenteé possível quando a associação, sindicato, partido político agir por representação processual, mas nunca por meio de substituição processual. Nada impede que o sindicato, partido político, associação obtenha de seus filiados ou associados procuração para que impetre habeas data em favor de seus membros. Isso é representação processual, devendo ser notado que cada uma das pessoas físicas que conceder a procuração especifica para a associação ingressas com habeas data abre mão de seu sigilo e da sua intimidade, permitindo que o representante (associação, sindicato, etc) tome ciênciado seu sigilo e da sua intimidade
Legitimação ordinária superveniente
Somente é admitida no caso de herdeiros e sucessores do titular, em hipóteses excepcionais, com o intuito de PRESERVAR A SUA IMAGEM, evitando o uso ilegítimo e indevido dos dados do de cujus STJ – HD 147/DF (2006/0224997-0), REL. Min. Arnaldo Esteves Lima (12.12.2007)
3.5 Legitimidade Passiva
Sujeitos passivos do habeas data as entidades governamentais da administração direta ou indireta e as entidades ou instituições privadas que prestam serviço para o publico, consideradas entidade de caráter publico.
Desse mesmo sentido o professor José Afonso da Silva compartilha sua conceituação: “Entidades governamentais é uma expressão que abrange órgãos da administração direta ou indireta. Logo, a expressão entidade de caráter publico refere-se as instituições, entidades e pessoas jurídicas privadas que prestam serviço para o publico ou de interesse publico, envolvendo-se os concessionários, permissionários ou exercentes de atividades autorizadas e também agentes de controle e proteção de situações sociais ou coletivas, como as instituições de cadastramento de dados pessoais para controle e proteção de crédito”.
3.6 Interesse de agir
“o acesso ao habeas data pressupõe, dentre outras condições de admissibilidade, a existência do interesse de agir. Ausente o interesse legitimador da ação, torna-se inviável o exercício desse remédio constitucional. A prova do anterior indeferimento do pedido de informação de dados pessoais, ou da omissão em atende-lo, constitui requisito indispensável para que se concretize o interesse de agir no habeas data. Sem que se configure situação prévia de pretensão resistida, há carência da ação mencionada.” (STF – Pleno – Recurso em Habeas Data nº 22 DF – Rel. Ministro Celso de Mello – RTJ 162/807.)
AI: Demonstração do interesse de Agir e esgotamento da via administrativa
O impetrante deve demonstrar, logo no momento da impetração, que tentou a obtenção de sua pretensão em fase extrajudicial prévia, através de requerimento administrativo, mas teve sua pretensão recusada peremptoriamente ou através de decurso de prazo sem manifestação do responsável pelo fornecimento das informações ou retificação de dados ou anotação pertinente.
	3.7 Competência
O art. 20 da Lei 9.507/97 regula a competência julgadora do HD nos seguintes termos:
"Art. 20. O julgamento do habeas data compete:
I - originariamente:
a) ao Supremo Tribunal Federal, contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
b) ao Superior Tribunal de Justiça, contra atos de Ministro de Estado ou do próprio Tribunal;
c) aos Tribunais Regionais Federais contra atos do próprio Tribunal ou de juiz federal;
d) a juiz federal, contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
e) a tribunais estaduais, segundo o disposto na Constituição do Estado;
f) a juiz estadual, nos demais casos;
II - em grau de recurso:
a) ao Supremo Tribunal Federal, quando a decisão denegatória for proferida em única instância pelos Tribunais Superiores;
b) ao Superior Tribunal de Justiça, quando a decisão for proferida em única instância pelos Tribunais Regionais Federais;
c) aos Tribunais Regionais Federais, quando a decisão for proferida por juiz federal;
d) aos Tribunais Estaduais e ao do Distrito Federal e Territórios, conforme dispuserem a respectiva Constituição e a lei que organizar a Justiça do Distrito Federal;
III - mediante recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos na Constituição."
Essa previsão legal deve ser compatibilizada com os dispositivos constitucionais que ferem o tema do HD e da competência dos órgãos judiciais. Com efeito, a competência processual do STF e do STJ está disciplinada exaustivamente no texto constitucional, assim como a dos tribunais e juízes federais.
3.8 Decisão
Quando reconhecido o direito do impetrante, com a procedência do pedido, a decisão ordenará à entidade ré que preste a informação, providencie a correação ou anote a explicação ou contestação, designando dia e hora para tanto.
Quando denegada a concessão do habeas data, a decisão estará reconhecendo que o impetrante não tinha direito à informação ou à correção, como requerido, conteúdo declaratório negativo.
3.9 QUESTÃO: CASO CONCRETO 14
Resposta: MS 24405/DF, julgado pelo STF: via processual adequada é efetivamente o MS, uma vez que não se trata de informação de caráter pessoal do impetrante mantida em banco de dados de caráter público, que ensejaria habeas data (art. 5º, LXXII, CF), mas sim de violação ao art. 5º, XXXIII,
Título III
AÇÃO POPULAR
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residente no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio publico ou de entidade e que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Conceito:
“Ação Popular é a ação civil pela qual qualquer cidadão pode pleitear a invalidação de atos praticados pelo poder público ou entidades de que participe, lesivos ao patrimônio público, ao meio ambiente, à moralidade administrativa ou ao patrimônio histórico e cultural, bem como a condenação por perdas e danos dos responsáveis pela lesão.” (PIETRO, Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. 14a Ed. Atlas. São Paulo – SP . 2002. p. 655)
Requisitos da ação popular:
Atos lesivos:
Ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe;
À moralidade administrativa;
Ao meio ambiente;
Ao patrimônio histórico e cultural;
Lesividade efetiva e presumida:
Legitimidade ativa:
Encontramos a previsão do legitimado ativo para ação popular logo no Art. 1º da Lei 4.717/65, legitimação esta repetida no inc. LXXIII da Constituição de 1988. Encontra-se expresso nestes dispositivos que o legitimado ativo para ação popular será qualquer cidadão.
Portanto, fica expresso que qualquer cidadão será a parte legítima, restando definir o conceito de cidadão. O qual encontramos logo no § 3o do art. 1o citado. Ou seja, cidadão é aquele que se encontra no gozo de seus Direitos Políticos. Devendo o mesmo comprovar este fato mediante a apresentação do título eleitoral quando da propositura da ação.
AI) a) Cidadão e cidadania
A ação popular é a ação da cidadania. A ação popular é uma arma à disposição do povo no exercício legítimo do seu direito de reivindicar pelo respeito às leis e à Constituição.48 É a voz do povo e de suas instituições representativas, o canal de transmissão do grito popular em defesa do patrimônio público e dos valores cardeais que sustentam o Estado democrático de Direito. O significado de cidadania é condicionado pelas variáveis do tempo e do espaço, levando consigo densa carga de historicidade das nações e representando o grau de civilidade dos povos. E m síntese, a nova idéia de cidadania se constrói sob o influxo progressivo dos direitosfundamentais do Homem.
b) Capacidade Postulatória
No entender de Humberto Theodoro Junior, “não se confunde a capacidade processual, que é aptidão para ser parte, com a capacidade de postulação, que vem a ser a aptidão para realizar os atos do processo de maneira eficaz.” “A capacidade de postulação em nosso sistema processual compete exclusivamente aos advogados, de odo que é obrigatória a representação da parte em juízo por advogado legalmente habilitado (art. 36). Trata-se de um pressuposto processual, cuja inobservância conduz à nulidade do processo (arts. 1º e 3º da Lei nº. 8.906 de 04.07.1994).” O cidadão para propor a ação popular necessita de advogado legalmente habilitado, ressalvada a hipótese em que o cidadão é advogado e pode litigar com o Poder Público.
c) Eleitores entre 16 e 18 anos
Aqueles entre 16 e 18 anos, que tem título de eleitor, pode ajuizara ação popular sem a necessidade de assistência, porém, sempre por advogado (capacidade postulatória). (Lenza, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 18ª edição. São Paulo. Editora Sravia, 2014).
d) Estrangeiros
Quando a Constituição menciona ser objetivo fundamental da República promover o bem de todos, constituindo garantia fundamental dos indivíduos a igualdade de todos perante a lei, seria razoável excluir da ação popular os estrangeiros residentes no país? Pela redação da cabeça do art. 5º da Carta Magna, a resposta é negativa. O texto constitucional elegeu como parâmetro de desfrute do seu cardápio de garantias e princípios a residência do estrangeiro no território nacional.
e) Pessoas Jurídicas
“O art. 6º, §3º, da Lei nº. 4717/65 permite que a pessoa jurídica de direito publico ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, abstenha-se de contestar o pedido ou atue ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse publico, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente.” (Lenza, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 18ª Edição. São Paulo. Editora Saraiva, 2014).
Logo, sustenta-se a tese de que as entidades representativas (entidades de classe, associações e sindicatos) detêm legitimidade para ajuizar ação popular em defesa de se us interesses coletivos.
Ministério Público – atuação
O próprio ente já participa do processo na qualidade de fiscal da lei, com direito de agilizar a produção de prova, promover a responsabilidade civil ou criminal dos envolvidos (Lei 4.717, art. 6o, § 4o), providenciar para que a requisição de documentos seja atendida nos prazos fixados pelo juiz (art. 7º, § 1º), recorrer da sentença (art. 19, § 2º), promover subsidiariamente a execução da sentença condenatória (art. 16) e com a expectativa de eventualmente vir a assumir o pólo ativo para prosseguimento da ação, se porventura o autor dela desistir ou causar a extinção do feito sem julgamento de mérito (art. 9º).
4- Legitimidade Passiva
Os sujeitos passivos da ação popular são diversos, prevendo a Lei nº 4717/65, em seu Art. 6º, § 2º, a obrigatoriedade da citação das pessoas jurídicas públicas, tanto da administração direta quanto da indireta, inclusive das empresas públicas e das sociedades de economia mista ou privadas, em nome das quais foi praticado o ato a ser anulado, e mais as autoridades funcionários ou administradores que houverem autorizado aprovado ratificado ou praticado pessoalmente o ato ou firmado o contrato impugnado, ou que, por omissos, tiverem dado oportunidade a lesão, como também, os beneficiários diretos do mesmo ato ou contrato.
5- Objetivo
A ação popular consiste em meio de controle judicial da atividade administrativa, com vistas a legalidade, á legitimidade e á licitude, de que dispõem os cidadãos, para demandar a anulação ou declaração de nulidade de atos que ameacem ou lesem valores constitucionalmente protegidos.
A ilegalidade é resumida como contrariedade entre o ato, contrato ou acordo administrativo cuja invalidação é pleiteada na ação popular e a vontade da lei, correlata o Estado de Direito.
A ilegitimidade é sintetizada como contraste ente o ato, contrato e acordo administrativo cuja a invalidação é postulada na ação popular e a vontade do povo, correlativa ao Estado Democrático.
A ilicitude é traduzida como a contraposição entre o ato, contrato ou acordo administrativo cuja invalidação é pretendida na ação popular e a vontade da moral, correspondente ao Estado de Justiça.
No tocante a Lesividade do ato indigitado pela ação popular, o autor é subordinado ao ônus de provar a lesão ao patrimônio material ou imaterial da sociedade, nas hipóteses de lesividade efetiva, caso o ônus provar a lesão ao domínio publico, meio ambiente e patrimônio histórico e cultural que não tenha sido legalmente invertido, nas hipóteses de lesividade presumida de que trata o artigo 4º da lei nº4.717\65.
A ação popular visa proteger, entre outros, o patrimônio publico material, e, para ser proposta, há de ser demostrado o binômio de ilegalidade- lesividade.
6- Objeto 
A ação popular tem como objeto o ato lesivo ao patrimônio público. É uma atuação do cidadão na defesa do patrimônio comum de todos. Nesse caso, o cidadão não defende direito próprio, mas direito de toda a coletividade contra ato ilegal e lesivo do patrimônio da coletividade. O objeto da ação popular é uma situação concreta capaz de lesar o patrimônio público.
AI: Se cabível contra:
Ato administrativo
Sim, a ação popular é um instrumento de defesa dos interesses da coletividade, sobretudo quando utilizado como mecanismo de combate aos atos de improbidade administrativa que importam em enriquecimento ilícito, causam prejuízo ao erário e atentam contra os princípios da administração pública.
Ato legislativo
 A ação popular não cabe se o ato objurgado não for ilegal e lesivo ao patrimônio público. Não cabe ação popular se o objetivo não for a proteção de patrimônio publico, seja estatal ou o coletivo.
 Ato judiciário
Não cabe, pois a ação popular tem como objeto o ato administrativo, ilegal e abusivo e, o ato judicial é de natureza essencialmente jurisdicional, não podendo ser questionado por meio de ação popular.
Ato de particulares
Sim é cabível contra ato lesivo ao patrimônio publico praticado por pessoas físicas, autoridades públicas, órgãos públicos, pessoas jurídicas de direito público ou privado.
7 – Procedimento
Pelo art. 7º da Lei 4717/65, a ação popular obedecerá ao procedimento ordinário, com algumas alterações:
-O juiz, ao despachar a inicial, determinará a citação de todos os réus pessoalmente, ressalvada a possibilidade de citação por edital, dos beneficiários, a pedido do autor; determinará a intimação do MP; decidirá sobre a liminar; requisitará documentos, fixando um prazo de 15 a 30 dias para apresentação.
A defesa será feita no prazo de 20 dias, igual para todos os réus, podendo ser prorrogado por mais 20 dias a requerimento do interessado, se for difícil a produção de prova documental;
- Para instrução do processo são admissíveis todos os tipos de provas, obtidas pela forma já indicada; as provas testemunhais e periciais devem ser solicitadas antes do saneamento do processo, para definir o rito a ser seguido;
- A sentença deve ser prolatada na audiência ou no prazo de 15 dias do recebimento dos autos. Produz efeitos erga omnes, exceto se tiver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que outra ação poderá ser intentada por qualquer cidadão, com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova;
- A ação popular deverá ser proposta e julgada originariamente nos juízos de 1ª instância ordinários, federal e estadual, sendo o foro determinado conforme a pessoa jurídica em que o ato lesivo teve origem.
- A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação popular está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo Tribunal. Da sentença que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo.
- A Constituição Federal isenta o autor da ação popular decustas e de ônus de sucumbência, salvo comprovada má-fé.
- A prescrição ocorre no prazo de cinco anos, nos termos do art. 21 da Lei 4717/65, salvo quanto à reparação de danos, que é imprescritível, nos termos do art. 37, § 5º da Constituição.
8- Competência
A competência para processo e julgamento a ação popular é atribuída ao juízo a que, de acordo com a organização judiciária local, couber a apreciação das causas de interesse da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, em atenção ao artigo 5º, caput e §1º, da lei nº4. 717\65. 
Os juízos federais são competentes para ação popular contra atos de entidades, políticas ou administrativas, federais, enquanto os juízos de direito são competentes para ação popular contra atos de entidades, políticas ou administrativas, estaduais ou municipais, nos limites da seção judiciária ou comarca em que houver sido praticado o ato administrativo, unilateral ou plurilateral , não havendo que se falar em “competência originaria dos tribunais para processo e julgamento da ação popular contra atos de quaisquer órgãos ou agentes públicos, inclusive daqueles cujos atos estejam sujeitos á jurisdição do Supremo Tribunal Federal”.
Na hipótese de ação popular contra atos, contratos ou acordos administrativos afetos a mais de uma entidade, política ou administrativa, a competência de juízo é deslocada em favor do interesse do ente publico de maior proeminência. 
Em caso de conexão ou continência entre duas ou mais ações populares a competência do juízo é deslocada em favor do órgão judiciário que despachar o processo em primeiro lugar ou determinar citação válida.
AI) A)- Como fica o Foro por prerrogativa de função?
A competência para julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade, até mesmo do Presidente da República é, via de regra, do juízo competente de primeiro grau.
Dispõe a Lei da ação popular que, conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer a ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município (Lei 4.717/1965, art. 5º).
O STF entende que o foro especial por prerrogativa de função não alcança as ações populares ajuizadas contra as autoridades detentoras das prerrogativas, cabendo, portanto, à justiça ordinária de primeira instância julgá-las, ainda que proposta contra atos de autoridade que em ações de natureza penal, por exemplo, seriam julgadas por tribunais específicos (STF, STJ, TJ etc.) por disporem de prerrogativa de função perante tais tribunais.
AI) B- Casos submetidos ao STF
A competência originária do Supremo Tribunal Federal é admitida nos casos previstos no artigo 102, I, f e n , da Constituição Federal de 1988: CF/88, Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
(...) 
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; 
(...) 
n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;
Sobre a questão:
AÇAO ORIGINÁRIA. QUESTAO DE ORDEM. AÇAO POPULAR. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: NAO-OCORRÊNCIA. PRECEDENTES.
 A competência para julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade, até mesmo do Presidente da República, é, via de regra, do juízo competente de primeiro grau . Precedentes. 
Julgado o feito na primeira instância, se ficar configurado o impedimento de mais da metade dos desembargadores para apreciar o recurso voluntário ou a remessa obrigatória, ocorrerá a competência do Supremo Tribunal Federal, com base na letra n do inciso I, segunda parte, do artigo 102 da Constituição Federal. 
Resolvida a Questão de Ordem para estabelecer a competência de um dos juízes de primeiro grau da Justiça do Estado.
9 – Decisões na ação popular
A decisão da ação popular pode ser estudada sob o ângulo de tutela de urgência e sob o aspecto da tutela de mérito.
Sobre a tutela de urgência, a medida liminar pode ser concedida por juízo ou tribunal, desde que os pressupostos do fumus boni iuris, isto é, atividade cognitiva sumária, e periculum in mora, ou seja, possibilidade de ocorrência de dano e difícil ou impossível reparação antes do termino do processo principal, sejam evidenciados pelo autor popular. 
A concessão da medida liminar, somente é possível após a audiência do representante judicial da Fazenda Pública, no prazo de 72 horas, sendo competente o presidente do tribunal para o qual seria interponível eventual recurso para a suspensão da eficácia da media liminar que tenha sido concedida na ação popular.
A decisão de procedência é recoberta de natureza dúplice. 
Natureza meramente declaratória ou constitutiva negativa da sentença concessiva retratada pela declaração de nulidade ou anulação do ato lesivo ao bem jurídico tutelado na ação popular.
Natureza condenatória da sentença concessiva é revelada pela condenação dos autores, partícipes e beneficiários de ato lesivo aos bens e interesses públicos e a valores ambientais, históricos e culturais ao pagamento de indenização por perdas e danos.
QUESTÃO: CASO CONCRETO 15
Resposta: Na qualidade de advogado de José Maria, escolha dentre os instrumentos discriminados no art.5.º da Constituição Federal de 1988, o mais adequado à situação hipotética apresentada e redija a petição inicial da ação a ser proposta, com seu patrocínio. Em seu texto, aborde, ainda, a conveniência de obstar, desde logo, o prosseguimento do processo de edificação, mediante requerimento da providência judicial apropriada.
Bibliografia:
Manual de Direito Administrativo – 22ª edição revista, ampliada e atualizada – José dos Santos Carvalho Filho
Direito Administrativo Descomplicado – 18ª edição, revista e atualizada – Marcelo Alexandrino Vicente de Paulo
Direito Constitucional – 24ª edição – atualizada até EC nº 57/08 – Alexandre de Moraes
De Moraes, Guilherme Peña. Curso de Direito Constitucional. 6 ª edição. São Paulo: Editora Atlas – 2014.
Lenza, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 18ª Edição. São Paulo. Editora Saraiva, 2014
PIETRO, Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. 14a Ed. Atlas. São Paulo – SP . 2002. p. 655
José Eduardo Carreira Alvim Habeas Data, 2001, pp. 1 e ss.
Constituição Federal 1988
www.jusbrasil.com.br
www.conjur.com.br

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