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FISIOPATOLOGIA E DIETO DOENÇAS RENAIS

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24-10-2017
1
Fisiopatologia e 
Dietoterapia nas 
Doenças Renais
Profª Mariana Carrapeiro
Adaptado de: Profª Tatiana Uchoa
Relembrando… 
Rins
24-10-2017
2
Relembrando… Rins
• Funções:
– Excretora
– Endócrina
– Metabólica
• Principal função: equilíbrio 
homeostático por meio da 
filtração sanguínea
– Homeostase de líquidos e 
eletrólitos
Sangue 
com 
toxinas
Artéria 
renal
Rins
Sangue 
sem 
toxinas
Veia renal
24-10-2017
3
Relembrando… Rins
• Capacidade de funcionamento mesmo com grandes variações 
na composição da dieta 
• Lesão, necrose ou fibrose  perda da função renal 
mecanismos adaptativos para minimizar os distúrbios 
homeostáticos:
– Hipertrofia dos néfrons e  taxa de filtração glomerular
• Em média:
Sangue
• 1600 L/dia
Ultrafiltrado
• 180 mL/dia
Urina
• 1,5 L/dia
Os rins podem perder 80% da função, sem que haja sintomas.
Relembrando… Morfologia Renal
• Cada rim possui 1 milhão de unidades 
filtrantes (néfrons)
24-10-2017
4
Néfron
• Glomérulo
– Massa esférica de capilares envolvidos por uma 
membrana (cápsula de Bowman) + células de 
filtração
– Função: início da produção 
do ultrafiltrado
– Esta etapa da filtração não 
demanda energia
• Força do bombeamento 
sanguíneo trazido pela 
artéria renal
– Pressão de perfusão
Néfron
• Glomérulo associado a túbulos:
– Túbulo contorcido proximal
– Alça de Henle
– Túbulo distal
– Ducto coletor
 Cada néfron tem funcionamento 
independente
 Se um néfron para, os outros continuam 
funcionando
 Porém, se uma das partes de um néfron
pára, ele para completamente
24-10-2017
5
Néfron
• Túbulos
– Continuação da filtração
– Reabsorção de componentes presentes no 
ultrafiltrado vindo do glomérulo
• Sódio, potássio, água…
– Há gasto de energia (ATP)
– Fim do processo: urina coletada pelos 
túbulos ou ductos coletores
• Levadas aos ureteres  bexiga
Alça de 
Henle
Tubo 
contorcido 
distal
Glomérulo – início da produção do 
ultrafiltrado
Composição ~ ao sangue, porém sem 
hemácias e moléculas maiores (ptn).
24-10-2017
6
Alça de 
Henle
Tubo 
contorcido 
distalTúbulo contorcido proximal –
Reabsorção da maioria dos 
nutrientes do ultrafiltrado
Transporte ativo
Alça de 
Henle
Tubo 
contorcido 
distalAlça de Henle – Absorção de 
água e eletrólitos
24-10-2017
7
Alça de 
Henle
Tubo 
contorcido 
distal
Túbulo contorcido distal, 
ductos coletores –
Produção final da urina
Condução pelo ureter 
urina (armazenamento)
Composição da Urina
• Produção normal mínima: 500mL/dia
– Oligúria: produção < 500mL/dia
• Solutos mais comuns eliminados: produtos 
finais do metabolismo de proteínas
– Uréia
– Ácido úrico
– Creatinina 
– Amônia
– …
Quantidades variam com o tipo de dieta
O corpo precisa eliminar diariamente
Insuficiência Renal
Incapacidade dos rins de excretar a carga 
diária desses produtos
24-10-2017
8
Função Renal
• Sociedade Brasileira de Nefrologia:
• Os rins são responsáveis por quatro funções no 
organismo:
– Eliminação de toxinas do sangue por um sistema de 
filtração;
– Regulação da formação do sangue e da produção dos 
glóbulos vermelhos;
– Regulação da pressão sanguínea;
– Controle do delicado balanço químico e de líquidos do 
corpo.
Função renal
• Principal: excreção
• Outras funções: 1) produção de renina controle de PA (Sistema 
renina-angiotensina)
 PA
Produção de 
renina pelas céls. 
do glomérulo

Aldosterona
Reabsorção 
de sódio e 
líquidos
 PA
24-10-2017
9
Função renal
• Principal: excreção
• Outras funções: 2) Produção de eritropoetina 
– Produção de eritrócitos pela medula óssea
– Anemia: comum na Doença Renal Crônica
• 3) Produção da Vitamina D ativa
– Promove a absorção do Ca no intestino
– Equilíbrio da relação Ca X P no sangue
Doenças Renais
• Doenças Glomerulares
• Defeitos Tubulares
– Insuficiência Renal Aguda (IRA)
• Doença Renal Crônica
– Doença Renal em Estágio Terminal (DRET)
• Cálculos Renais
• Sinais de alerta:
– Urinar muito à noite
– Pressão alta
– Fraqueza e anemia
– Inchaço nos pés e no rosto.
24-10-2017
10
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
Doença Renal Crônica
• Perda lenta, progressiva e irreversível das funções 
renais
–  processos adaptativos: pct sem sintomas por 
muito tempo 
• Sintomas a partir da perda de 50% de sua função renal
– Anemia leve, pressão alta, edema (inchaço)…
• Até 10 a 12% de função renal normal: tratamento 
com medicamentos e dieta. 
– < Diálise ou transplante renal.
24-10-2017
11
Doença Renal Crônica
• Geralmente resulta de outras patologias renais 
ou que geram complicações renais
– Diabetes
– Hipertensão
– Glomerulonefrite
• Outras causas de IRC:
– Rins policísticos 
• Cistos grandes e numerosos, que levam à destruição renal
– Pielonefrite
– Doenças congênitas
Déficit nas funções excretora, 
endócrina e metabólica
Doença Renal Crônica
ESTÁGIOS DA DOENÇA RENAL CRÔNICA
Estágio TFG Descrição
1
90-130mL/min
ou ≥ 90mL/min
Dano renal, com TFG normal ou aumentada
2 60-89mL/min Leve diminuição na função renal
3 30-59mL/min Moderada diminuição na função renal
4 15-29mL/min Grave diminuição na função renal
5 < 15mL/min
Insuficiência renal com tratamento (diálise) –
Doença Renal em Estágio Terminal
24-10-2017
12
Doença Renal Crônica
• DR em Estágio Terminal – Alto 
comprometimento:
–  Excreção de produtos metabólicos
–  Manutenção do balanço hidroeletrolítico
–  Produção hormonal
Uremia
Mal-estar, fraqueza, náuseas, 
vômitos, cãibras, 
comprometimento 
neurológico…. 
Outras consequências importantes:
Inibição de lipases  Hiperlipoproteinemia ( TG e  HDL)
Aumento de peroxidação lipídica 
ATEROSCLEROSE
Doença Renal Crônica
• Uremia
• Acúmulo de produtos do metabolismo de PTN e AA
– Uréia , creatinina, ácido úrico…
• Casos mais graves: letargia, perda de consciência, 
coma, convulsões e morte.
• Consequências da perda de Água e Eletrólitos
• Pode levar a insuficiência cardíaca congestiva e 
hipertensão
• Casos mais graves:  volume de líquido extracelular 
 PA
24-10-2017
13
Doença Renal Crônica
• Durante a evolução da doença:
– Glomérulos dos néfrons ainda funcionantes, porém sobrecarregados!

Hipertrofia, hipertensão glomerular e hiperfiltração

Lesão dos glomérulos

Proteinúria
Alterações lesivas ao RIM!
Perda protéica
Processos inflamatórios
…
IRC X Doenças Cardiovasculares
• DCV mais relacionadas a IRC:
– Doenças coronarianas
– Doenças cerebrovasculares (AVC)
– Doença vascular periférica
– Insuficiência cardíaca (ICC)
• Fatores desencadeadores:
– Diminuição da TFG
– Albuminúria ( perda proteica)
– Erro na ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona
– Calcificações vasculares
• Associados a outros fatores de risco: idade, HAS, DM, DLP, 
tabagismo, menopausa, obesidade e inatividade física.
24-10-2017
14
Anemia 
Desordens Cardiovasculares
Deficiência Imunológica
Desordens
Metabolismo Lipídeos
Alterações Hormonais 
Desequilíbrio Hidroeletrolítico
Hipertensão
Osteodistrofia Renal
Problemas Dermatológicos 
Desnutrição x obesidade
DOENÇA RENAL CRÔNICA
Tratamento
TRATAMENTO
Conservador
Dialítico
Transplante
- Hemodiálise
- Diálise Peritoneal
- Medicamentos
- Dieta
24-10-2017
15
Hemodiálise X Diálise peritoneal
Nutrição na DRC
24-10-2017
16
Objetivos da Dietoterapia
• Manter um bom estado nutricional
• Controlar sintomatologia urêmica e dos distúrbios
hidroeletrolíticos
• Prevenirou reduzir a toxicidade urêmica
• Atuar nas doenças correlatas como:
hiperparatireoidismo secundário, desnutrição e
várias outras alterações metabólicas
Avaliação Nutricional
• Antropométricos*
• Composição Corporal
• Exames Laboratoriais
• Consumo Alimentar
Métodos Objetivos
• História Clínica
• ASG
Métodos Subjetivos
24-10-2017
17
Avaliação Nutricional
*Estimativa de peso com edema
Edema Excesso de peso hídrico
+ Tornozelo 1Kg
++ Joelho 3 a 4Kg
+++ Coxa 5 a 6Kg
++++ Anasarca 10 a 12Kg
DUARTE, CASTELLANI (2002)
Avaliação Nutricional
*Estimativa de peso com ascite
Grau de ascite Peso ascítico (kg)
Leve 2,2
Moderada 6,0
Grave 14
JAMES, 1989. 
24-10-2017
18
Avaliação Nutricional
• Circunferências e áreas
– Circunferência do braço
– Circunferência muscular do braço
– Área muscular do braço
• Dobras cutâneas
– Bíceps, tríceps, subescapular, suprailíaca
* Hemodiálise: medidas no braço sem o acesso 
vascular
Nutrição na Pré-Diálise
24-10-2017
19
Nutrição na Pré-Diálise
• Cuidados importantes:
– Excesso de proteínas na dieta promove aumento de 
proteinúria, danos histológicos renais.
Conduta: Dieta Hipoprotéica
VANTAGENS:
Diminui pressão intraglomerular
 Reduz consumo de oxigênio devido menor excreção de 
amônia e fosfatos
 Reduz geração de produtos nitrogenados tóxicos 
Nutrição na Pré-Diálise
• Estudos clínicos e de meta-análise têm evidenciado o
benefício da Dieta hipoprotéica sobre ritmo da
progressão, bem como sintomatologia urêmica.
Essa dieta reduz o risco de morte e 
prolonga o tempo para a entrada em diálise.
24-10-2017
20
Nutrição na Pré-Diálise
• Recomendações protéicas
Nutrição na Pré-Diálise
• Dieta hipoproteica convencional (alimentos mistos):
– 0,6g/kg de peso atual/dia – manutenção do BN
– 2/3 de AVB
• Dieta muito hipoproteica:
– 0,3g/kg de peso atual/dia + suplementação de AA essenciais
– Predominantemente PTN vegetal
– Objetivos:
• Corrigir sintomas urêmicos
• Manter o estado nutricional e o BN positivo
• Risco: inadequação de necessidades
• Outras recomendações:
– 0,6-0,8 g/kg/dia se diabetes 
– 0,8-1,0 g/kg/dia se desnutrição 
24-10-2017
21
Nutrição na Pré-Diálise
• Exemplos de Proteínas de Alto Valor Biológico
• Exemplos de Proteínas de Baixo Valor 
Biológico
Nutrição na Pré-Diálise
• Recomendações Energéticas
• Estudos mostram que a necessidade energética nesses
pacientes é semelhante àquelas de indivíduos
saudáveis.
35 Kcal/Kg/dia
• Situações especiais:
– Obesos ou Idosos (> 60 anos): 30Kcal/Kg/dia
– Desntridos: > 35Kcal/Kg/dia
24-10-2017
22
Nutrição na Pré-Diálise
Situações que exigem mais raciocínio do 
Nutricionista:
• Paciente desnutrido e com DRC… 
– Como recuperar o peso sem exceder a fonte 
proteica?
– Como aumentar caloria sem aumentar proteína?
Nutrição na Pré-Diálise
• Importante conhecer os alimentos alto teor 
calórico e baixo teor proteico. Exemplos:
24-10-2017
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Nutrição na Pré-Diálise
• Carboidratos
– 55 a 65%
– 50 a 60%
• Estimular consumo de fibras
• Diabético com DRC: mesma recomendação
– A insulina que iria ser excretada pelos rins, circula por mais tempo.
– O DM tende até a “compensar” um pouco mais
• Lipídeos:
– 30 a 35%
• Saturados: < 10%
• Monoinsaturados: 10 a 15%
• Polinsaturados: 10%
Nutrição na Pré-Diálise
• Micronutrientes:
– Vitamina A:
• Elevadas concentrações nesses pacientes pela prejudicada
transformação do retinol à ácido retinóico pelos rins
• Não suplementar.
– Vitamina B12:
• Essencial no metabolismo do ácido fólico
• A suplementação diminui as concentrações homocisteína (RCV)
– Ácido Fólico:
• Promove a conversão da homocisteína em metionina.
• A hiperhomocisteinemia tem alta toxicidade endotelial
• A suplementação diminui as concentrações homocisteína (RCV)
R
e
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24-10-2017
24
Nutrição na Pré-Diálise
• Micronutrientes:
– Ferro
– Cálcio e Vitamina D:
• Avaliar suplementação de Ca e Vit. D ativa
• A absorção de Ca diminui à progressão da DRC, devido à
deficiência de Vit. D ativa
– Fósforo:
• O excesso está ligado à progressão da DRC.
• Problema: Fontes comuns ao cálcio
• Controlar a ingestão: 5-10mg/kg/dia (ideal)
– Outra possibilidade: 10-12mg/kg/dia ou 800mg/dia é mais
fácil de ser alcançada
– Uso de quelantes de fósforo?
Nutrição na Pré-Diálise
• Micronutrientes:
– Potássio:
• Hipercalemia é comum nos pacientes urêmicos
• Enquanto houver bom volume urinário (1000ml/dia) e os
pacientes estiverem em uso de diuréticos, geralmente não é
necessário restringir da dieta.
• Porém, há medicamentos (como antihipertensivos) podem
favorecer a hipercalemia, neste caso recomenda-se restringir.
• Também se restringe quando a TFG < 10mL/min
– Típico em pacientes que precisam ir à diálise
• Líquidos
• Raciocício idem Potássio (restringir quando TFG < 10 mL/min)
24-10-2017
25
49
Nutrição na Pré-Diálise
• Atenção ao potássio (para pacientes em
diálise ou com indicação):
• Interessante:
– Processo de cocção das frutas e hortaliças em
água reduz em média 60% a concentração de K:
24-10-2017
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Nutrição na Pré-Diálise
• Sódio/Sal:
• SódioMeta : Quantidades de Na urinário = Na ingerido
(interessante fazer essa avaliação/comparação)
– Determinar a qtde de Na excretado em 24h
Quanto mais a DRC progride maior é o risco à PA
• Restrição de sal:
– Ajuda no controle da PA e retenção hídrica
– Melhora eficiência dos antihipertensivos
– Melhora o efeito anti proteinúrico dos antihipertensivos
– Na: 1000 – 1500mg/d
– Sal: 2,5 a 4g/d
Projeto Diretrizes
24-10-2017
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Nutrição na Hemodiálise
24-10-2017
28
Hemodiálise
• 2 a 3 vezes por semana 
• 2 a 5 horas cada sessão 
• Acúmulo de metabólitos e líquidos entre sessões 
• Perdas de aminoácidos, peptídeos e vitaminas 
• Processo catabólico

• Risco de Desnutrição
Hemodiálise X Desnutrição
Anorexia
• Diminuição do paladar
• Restrição de Na, líquidos 
e outros na dieta
• Medicamentos
• Depressão
• Efeitos debilitantes da 
doença crônica
Catabolismo
• Perda de AA
• Perda de proteínas
• Perda de glicose
• Perda de vitaminas 
hidrossolúveis
24-10-2017
29
DRC Dialítica X Desnutrição
Nutrição na Hemodiálise
• Energia
• Estudos:
– Pacientes em HD não apresentam aumento de GEB 
em repouso, apenas durante a HD e 2 a 3 horas depois
– Recomendação: 32 a 39 kcal/kg/dia, com média de 
35 kcal/kg/dia
• Manutenção do peso e do BN neutro, em pacientes estáveis 
em HD, sedentários ou com atividades leves
24-10-2017
30
Nutrição na Hemodiálise
• Proteínas
• Maior necessidade que indivíduos saudáveis
– Motivos:
• Perda de AA na HD
• Limitação de síntese e maior catabolismo protéico muscular
• Recomendação: 1,0 a 1,2 g/kg/dia 
– Outros autores: até 1,4 g/kg/dia
– Maiores necessidades: em caso de altos níveis de estresse
Nutrição na Hemodiálise
• Carboidratos e Lipídios
• Ingestão deve ser balanceada para que não se 
utilize PTN como fonte de energia
• HC: 50 a 60%
• LIP: 25 a 35%
24-10-2017
31
Nutrição na Hemodiálise
• Sódio, Potássio e Líquidos
• Depende do volume e perdas urinárias
• Sódio: até 2300 mg/dia ou 5g/dia
• Potássio: 1 a 3g/dia
• Líquidos: Pacientes não complicados, sem risco de 
sobrecarga hídrica, recomendação normal
– Importante avaliar peso interdialítico (ideal de 2 a 4,5% do peso 
seco)
– Regra: 500 ml + vol. urina 24 horas 
Nutrição na Hemodiálise
• Cálcio, Fósforo e Vitamina D:
• Cálcio: problemas de absorção – necessário 
suplementaçãode Ca e Vit. D, na maioria dos casos.
– Todavia, fosfato de cálcio tende a se depositar durante a 
diálise nas artérias – alto RCV
– Controlar o fosfato (quelantes) e garantir Cálcio 
(1000mg/dia)
• Fósforo: 800 a 1200 mg/dia
– Restringir via dieta é difícil, necessário uso de quelantes
24-10-2017
32
Nutrição na Hemodiálise
• Curiosidade:
• Carambola : intoxicação em IRC
• Distúrbios neurológicos agudos de vários graus + Morte 
(dentro de 5 dias) 
• Início dos sintomas: 2,5 a 14 horas pós ingestão 
– 1-2 frutas ou suco 
• Causa? Neurotoxina? Pode depender das 
características do paciente, suscetibilidade individual, 
ou espécies da fruta 
Projeto Diretrizes
24-10-2017
33
Nutrição na Diálise Peritoneal
76
Definição de Diálise Peritoneal
• Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (CAPD)
– Infusão e a drenagem feitas manualmente, em geral 4x/dia
– Não precisa de nenhuma máquina. Pode ser feito em qualquer 
lugar limpo.
Dialisato passa de uma 
bolsa de plástico pelo 
cateter para o abdome
Depois de várias horas, a solução é escoada de 
volta à bolsa.
24-10-2017
34
Definição de Diálise Peritoneal
• Diálise Peritoneal Automática (APD)
– Na APD, ao invés das trocas do dialisato serem feitas 
manualmente ao longo do dia, elas são feitas à noite, com 
o auxílio de uma máquina chamada cicladora. 
– A cicladora é conectada ao cateter e realiza o tratamento 
enquanto o paciente dorme.
Nutrição na Diálise Peritoneal
Risco de Desnutrição
• Ingestão alimentar 
inadequada
• Medicamentos
• Fatores psicossociais
• Perda de nutrientes
• Catabolismo
• Inflamação, 
peritonite…
Risco de Obesidade
• Presença de fatores 
orexígenos
(MARTINS, 2013)
24-10-2017
35
Nutrição na Diálise Peritoneal
• Energia
– Não há aumentos significativos comparado à HD, todavia 
considera-se uma recomendação ligeiramente inferior
• Motivo: há absorção de glicose do dialisato
– 30-35 kcal/kg/dia
– Ou manutenção: 25 a 35 kcal/kg/dia
• Proteína
– Pelo menos 1,2-1,4g/kg/dia
• 50% de AVB (mínimo)
– Situações especiais:
• Peritonite: aumentar a oferta  1,4-1,6 g/kg/dia 
Nutrição na Diálise Peritoneal
• Carboidratos
– Necessário restringir, devido à absorção de glicose do 
dialisato
– Alta prevalência de hipertrigliceridemia em pacientes 
em DP
– No Brasil, ainda é pequena a disponibilidade de 
fórmulas de dialisato isentas de glicose
– Cd.: 35% do VCT
• Restringir doces, recomendar uso de adoçantes
• Lipídeos 
– 30 a 35%
– Restrição de LIP saturados
24-10-2017
36
Nutrição na Diálise Peritoneal
• Fibras
– Comum haver constipação. Motivos:
• Uso de suplementos de ferro, quelantes de fósforo
• Baixa atividade física e baixa ingestão de fibras
– 20-25g/dia
• Sódio, Potássio e Líquidos
– Avaliar cada caso.
– Sódio e Líquidos: restringir apenas se o paciente tiver 
edema ou ganho de peso excessivo
• Sódio: 1 a 2,3g/dia
– Potássio: mais comum haver deficiência (aumentar K na 
dieta)
• Em caso de hipercalemia, avaliar adequação da DP e restringir na 
dieta
Nutrição na Diálise Peritoneal
• Fósforo, Cálcio e Vit. D
– Fósforo: Há uma  na DP, mas ainda há a necessidade 
de restringir na dieta
• Dificuldade: Fontes de PTN e P são comuns
• Recomendação: 1000 a 1200mg/dia + uso de quelantes
– Cálcio e Vit. D: Dependem de cada indivíduo
• Se necessário reduzir, atenção ao tipo de dialisato (muitos 
contêm Ca)
• Recomendação: 1000mg/dia
24-10-2017
37
Projeto Diretrizes
24-10-2017
38
Referências
MAHAN, L. K. (Ed.); ESCOTT-STUMP, S. (Ed.). Krause alimentos, nutrição &
dietoterapia. 12ª ed. São Paulo: Roca, 2010.
MARTINS, C. Terapia nutricional no paciente renal crônico e agudo. Instituto Cristina
Martins. Curitiba, 2009.
MARTINS, C.; CUPPARI, L.; AVESANI, C.; GUSMÃO, M.H. Terapia Nutricional para 
Pacientes na Fase Não-Dialítica da Doença Renal Crônica. Sociedade Brasileira de 
Nutrição Parenteral e Enteral e Associação Brasileira de Nutrologia. Projeto Diretrizes. 
São Paulo, 2011.
RIELLA, M.C.; MARTINS, C. Nutrição e o rim. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan,
2013.
SHILS, M. E., Nutrição Moderna na saúde e na doença. 2ª ed. Barueri, SP: Manole,
2009.
Sociedade Brasileira de Nefrologia
75
Estudo de caso
• 1. Dados de admissão:
• Paciente L.G.P, 65 anos, solteira, analfabeta, costureira, católica, natural e 
procedente de Maranguape. Admitida em 08/05 com queixa principal de 
dor nas pernas.
• Paciente relata que há 5 meses iniciou quadro de dor nas articulações com 
edema em articulações de joelho, procurou atendimento em unidade de 
saúde onde foi constatada anemia profunda, com realização de transfusão 
sanguínea. Relata que neste período apresentou oligúria e acolia fecal. 
Relata ainda perda de peso, mudanças na ingestão alimentar e na 
capacidade funcional desde o início do quadro. Relata tosse cheia e 
dispneia em repouso que iniciou há 15 dias. Nega comorbidades, tabagista 
dos 13 aos 50 anos. Mãe morreu aos 90 anos com HAS e DM, irmã 
retirada de um seio por CA de mama e pai morreu por TB.
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Estudo de caso
• 2. Diagnóstico clínico: 
– IRC dialítica, anemia profunda, poliartrite a/e, derrame pleural a/e, 
infecção de catéter venoso central, edema de membros inferiores 
(+++).
– Obs.: Realiza hemodiálise 3 vezes por semana.
• 3. Medicamentos prescritos: Meropenem, Ac. Fólico e Prednisona
• 4. Dados antropométricos:
– Peso atual: 65 kg (com edema em membros inferiores – até joelho)
– Peso habitual: 68 kg
– Altura: 1,50 m
– CB: 21 cm
– PTC: 13 mm
– Obs.: Paciente acamada, locomovendo-se apenas até o banheiro.
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Exames Valor observado Referência
Albumina 2,9 3,5-5,5
Hemácias 2,07 4,5 a 6,5
Hemoglobina 5,7 13,5 a 18
Hematócrito 18,3 39 a 54
Leucócitos 22.380 4 a 10.000
Plaquetas 91000 150000-450000
GTT 169 7 a 32 U/L
Creatinina 5,5 0,7 a 1,3 g/dl
TGO 125 0 a 38 U/L
TGP 125 0 a 41 U/L
Globulina 2,0 2,4 a 3,5 g/dl
Uréia 152 10 a 50 mg/dl
Colesterol Total 233 <200 mg/dl
Triglicérides 424 <150 mg/dl
Lipase 120 2 a 8 UI
Amilase 177 60 a 160 U/dl
Na+ 129 135 a 146 mEq/L
K+ 5,0 3,5 a 5,5 mEq/L
Ca 2+ 9,2 8,5 a 10,5 g/dl
Cloro 89 97 a 110 mEq/L
5. Dados Bioquímicos:
- Volume urinário 24
horas: 450 ml
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Estudo de caso
• 6. Dados dietéticos:
– Paciente estava em uso de dieta enteral devido ao quadro de tosse e 
dispnéia que comprometia a ingestão por via oral. Iniciou a transição 
para dieta por via oral e já está recebendo a consistência pastosa.
a) Qual é o diagnóstico nutricional, de acordo com os dados 
antropométricos e bioquímicos apresentados?
b) Calcule a necessidade calórica diária e distribuição de 
macronutrientes. Mencione a referência das recomendações.
c) Existem recomendações específicas de micronutrientes para a 
doença de base?
d) Descreva a conduta implantada, considerando o padrão de 
cardápios hospitalares.
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