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1 
 
 
 
 
 
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2 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO; DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIAS; COBRANÇA JUDICIAL DO 
TRIBUTO. 
 
PROF. EDUARDO SABBAG 
DOUTOR EM DIREITO TRIBUTÁRIO – PUC/SP 
DOUTOR EM LÍNGUA PORTUGUESA – PUC/SP 
PROFESSOR DE DIREITO TRIBUTÁRIO (UNIVERSIDADE MACKENZIE/SP) 
ADVOGADO TRIBUTARISTA 
 
O LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
DISPOSITIVO LEGAL 
 
Art. 142, CTN: Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, 
assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação 
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo 
e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. (...) 
 
(...) 
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade 
funcional. 
 
Art. 3º, CTN: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, 
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada. (grifo nosso) 
 
O lançamento é o procedimento que, veiculando a exigibilidade, visa promover a cobrança administrativa do tribu-
to/multa. 
Segundo o CTN, o lançamento é ato que declara uma obrigação tributária preexistente, ao mesmo tempo que 
constitui o crédito tributário. Por fim, sabe-se que o lançamento é ato privativo do Fisco, em regra. 
 
Por outro lado, o contribuinte pode auxiliar o Fisco no ato de lançar? Sim. 
 
É possível ocorrer, em seu processamento, um auxílio maior ou menor do contribuinte no ato de lançar. Tal cená-
rio permite que identifiquemos as espécies de lançamento: 
 
Presença ou ausência de “auxílio do contribuinte” (maior ou menor): surgimento dos tipos de lançamento. 
 
 
 
 
 
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3 
 
 
 Lançamento Direto, de Ofício ou Ex Officio (Art. 149 do CTN). 
 Lançamento Misto ou por Declaração (Art. 147 do CTN). 
 Lançamento por Homologação ou Autolançamento (Art. 150 do CTN). 
 
Detalhando as espécies de lançamento: 
a) Lançamento Direto ou de Ofício: é o lançamento por meio do qual o Fisco, dispondo de dados suficientes, reali-
za a cobrança do tributo/multa, dispensando o auxílio do contribuinte. 
Exemplos: IPTU (lançamento de ofício, por excelência), IPVA, taxas, contribuição de melhoria. 
 
b) Lançamento Misto ou Por Declaração: é o lançamento por meio do qual o Fisco, em uma ação conjugada com 
o contribuinte declarante, o qual lhe fornece informações indispensáveis, realiza a cobrança do tributo/multa. As-
sim, o auxílio do contribuinte por meio da entrega da declaração ao Fisco vem suprir a deficiência da informação 
necessária à constituição do CT. 
 
Exemplos: o imposto de importação e o imposto de exportação. 
Observação: aqui não entra o IR! 
 
c) Lançamento por Homologação ou Autolançamento: é o lançamento por meio do qual o Fisco, diante do auxílio 
ostensivo do contribuinte, apenas homologa o procedimento de cobrança. Tal auxílio ostensivo se caracteriza 
pelas ações de verificar a alíquota e base de cálculo, calcular o tributo, preencher a guia de pagamento, efetuar o 
pagamento do tributo. Desse modo, (...) 
 
(...) 
o procedimento homologatório, expresso ou tácito, serve para conferir a exatidão do procedimento. Aliás, se cons-
tar a inexatidão ou falta de tributo, poderá o Fisco exigir o valor por meio de um lançamento de ofício (art. 149, V, 
CTN). 
 
Exemplos: ICMS, ISS, IPI, IR, PIS, COFINS etc. (= a maior parte dos tributos, uma vez que tal lançamento com-
preende o maior volume de arrecadação no país) 
 
Decadência e Prescrição tributárias: pontos em comum. 
 
1. Causas de extinção do crédito tributário (art. 156, V, CTN); 
2. Institutos jurídicos: lidam com a questão complexa do tempo; 
3. Objetivam manter a estabilidade das relações jurídicas; 
4. Geram o direito à restituição do tributo (decaído ou prescrito). A propósito, note a questão dissertativa, em pro-
va realizada pela FGV, no XII Exame de Ordem Unificado (Prova Prático-profissional para Direito Tributário), em 
09-02-2014: 
 
“A empresa XYZ deixou de declarar e pagar imposto sobre a renda, devido no ano calendário 2006. No início de 
2013, a empresa decidiu incluir todos os valores não declarados e não pagos em um parcelamento previsto em lei 
federal assinando, para tanto, termo de confissão de dívida. Após quitação integral do parcelamento, a empresa 
XYZ percebeu que, antes mesmo da inclusão dos valores no referido programa, os débitos já tinham sido atingi-
dos pela decadência, tendo em vista que (...) 
 
(...) 
em nenhum momento houve a constituição do crédito através do lançamento. Diante disso, responda, fundamen-
tadamente, aos itens a seguir. Considerando o instrumento de confissão de dívida assinado pelo contribuinte, bem 
como a quitação integral do tributo, é possível que o contribuinte pleiteie a restituição dos valores que foram atin-
gidos pela decadência?” 
 
 
 
 
 
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4 
GABARITO OFICIAL: O examinando deve afirmar que a decadência é forma de extinção do crédito tributário, 
incidindo, neste caso, o disposto no art. 173, I, do CTN. Nesse contexto, o instrumento de confissão de dívida 
assinado pelo contribuinte não tem o condão de restabelecer o crédito tributário, havendo inclusive entendimento 
consolidado do STJ em sede de recurso repetitivo. Sendo assim, é possível que a pessoa jurídica “XYZ” pleiteie a 
restituição dos valores que foram atingidos pela decadência. 
 
5. Prazos quinquenais (lustro decadencial / lustro prescricional): Súmula Vinculante n. 8, STF (ver art. 146, III, “b”, 
da CF) (...) 
 
Detalhamento: trata-se de um caso clássico: Lei nº 8.212/91 (arts. 45 e 46). Tais artigos previram prazos decenais 
(10 anos), contrariamente ao disposto no CTN. 
 
 
 
 
 
CONCEITO DE DECADÊNCIA 
 
É um instituto jurídico que demarca no tempo a perda do direito subjetivo de constituir o crédito tributário pelo lan-
çamento. 
 Ideia = lançamento “fora de hora” (extemporâneo ou a destempo) 
 
VISÃO GERAL SOBRE A DECADÊNCIA NO CTN 
 
Art. 173, I (regra geral) e 
Art. 150, §4º (regra especial) 
 
O art. 173, I, CTN prevê como marco inicial o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento po-
deria ter sido efetuado; já o art. 150, §4º, CTN prevê a data do fato gerador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
Conceito de Prescrição Tributária: 
 
É o instituto jurídico que demarca no tempo a perda do direito à pretensão executória. Em outras palavras, ocor-
rerá a prescrição quando houver uma execução fiscal extemporânea ou “a destempo”. 
 
À semelhança da decadência, a prescrição demarca prazo oponível ao Estado credor (Fazenda Pública, por meio 
das Procuradorias). 
 
Termo "a quo" da prescrição: para se falar nesse termo de início, devemos repisar que o prazo de prescrição é um 
prazo quinquenal (5 anos). 
 
O art. 174, caput, CTN prevê o termo de início de contagem: 
DATA DA CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. 
 
DICA 1: O STJ e a PRESCRIÇÃO: 
 
 
 
Ver, ainda, a Súmula n. 555, STJ (de 15-12-2015): 
Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributá-
rio conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito pas-
sivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. 
 
DICA 2: 
A prescrição intercorrente: art. 40, §§ 2º e 4º, da Lei nº 6.830/80 
Diante de uma citação infrutífera no executivo fiscal... 
 
1. O Juiz suspenderá o curso do processo da execução; (prazo máximo de um ano); 
2. Com a manutenção do impasse,os autos deverão ir para o arquivo; 
3. Após 5 anos (prazo de prescrição intercorrente), o juiz, depois de ouvida a Fazenda, poderá, de ofício, decretar 
a prescrição intercorrente.) 
 
Nesse compasso, editou-se a Súmula 314 do STJ: 
 
“Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se ini-
cia o prazo de prescrição quinquenal intercorrente.” 
 
Cobrança Judicial do Tributo 
 
 
 
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na reparti-
ção administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final 
proferida em processo regular. 
Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito. 
 
Detalhando... 
 
 
 
 
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6 
A dívida ativa é o crédito público, ou seja, todos os valores que a Fazenda Pública tem para receber de terceiros, 
independentemente de ser de natureza tributária ou não tributária. Frise-se que este crédito público não pode ter 
sido alvo de causa suspensiva, extintiva ou excludente, o que lhe provocaria desdobramentos impeditivos da exe-
quibilidade, (...) e deve ter sido internalizado por ato administrativo intitulado “inscrição”, nos cadastros da repre-
sentação judicial do Fisco. 
 
Segundo o art. 201 do CTN, já lido, o crédito tributário, quando não pago na órbita administrativa às repartições 
arrecadadoras, dentro do prazo legal ou, ainda, quando resulte de uma decisão administrativa ou judicial da qual 
ele advenha, (...) 
 
(...) converter-se-á em dívida ativa tributária da Fazenda Pública, pelo procedimento intitulado “inscrição” nos livros 
da repartição competente. 
 
Após a inscrição na dívida ativa, cria-se o cenário hábil à propositura da ação judicial de cobrança, de nome Ação 
de Execução Fiscal, conforme a Lei n. 6.830/80. 
 
Como resposta à tal ação judicial, poderá o contribuinte, assim que ofertada a garantia do juízo (art. 16 da LEF), 
opor Embargos à Execução Fiscal, numa tentativa de extinguir a execução fiscal preexistente. 
 
A inscrição do crédito é qualificada pela Lei de Execução Fiscal (LEF), em seu art. 2º, § 3º, como “ato de controle 
administrativo de legalidade”, objetivando a apuração da liquidez e certeza da dívida para a constituição do título 
executivo extrajudicial a partir da expedição da certidão do termo de inscrição (art. 202 do CTN). 
 
EXECUÇÃO FISCAL E SÚMULAS RECENTES DO STJ: 
SÚMULA N. 558, STJ (fim de 2015): em execução fiscal, a petição inicial NÃO pode ser indeferida sob o argumen-
to da falta de indicação de CPF/RG/CNPJ. 
 
SÚMULA N. 559, STJ (fim de 2015): em execução fiscal, a petição inicial NÃO precisa conter o demonstrativo de 
cálculo do débito, por não ser requisito previsto na LEF. 
 
Entretanto, mais importante do que conhecermos os itens obrigatórios do termo e da certidão de inscrição na dívi-
da ativa é assimilarmos as consequências do erro ou omissão de um deles, como se depreende do art. 203 do 
CTN. 
 
Art. 203, CTN: a omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior (art. 202), ou o erro a eles relati-
vo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser 
sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, 
acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada. 
 
 
 
Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-
constituída. 
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa [juris tantum] e pode ser ilidida por prova ine-
quívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. 
 
 
 
 
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Muito obrigado! 
#EstudeMais #EstudeSempre 
Prof. Sabbag 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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