Buscar

Contestação - PRATICA SILADA I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

AO JUÍZO DA .... VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA/CE
Proc. Nº. XXXXXXXX
Requerente: Frederico 
Requerido: Geovana
			GEOVANA, por seus procuradores abaixo assinados, nos autos do processo epigrafado, vem, à presença de Vossa Excelência, no prazo legal, apresentar resposta à Ação de Anulação de negócio jurídico na modalidade de CONTESTAÇÃO, pelos motivos de fato e de direito que seguem:
BREVE RESUMO DOS FATOS
Trata-se de Ação de Anulação de Negócio Jurídico em face de Geovana, ora Requerida, com a finalidade de anular o contrato realizado entre as partes de compra e venda de imóvel situado em Fortaleza, Ceará, pelo valor de R$ 80,00 (oitenta mil reais) para a Requerida, sendo efetuado o pagamento no momento da celebração do citado contrato. 
Ocorre que, sete dias após a celebração do contrato o Sr. Frederico entrou em contato com a Requerida desejando desfazer o negócio efetuado, não obtendo êxito ingressou com a referida ação. 
DO NÉGOCIO JURÍDICO PERFEITO 
Como é sabido, negócio Jurídico é um ato, ou uma pluralidade de atos, entre si relacionados, quer sejam de uma ou várias pessoas, e tem por fim produzir efeitos jurídicos, modificações nas relações jurídicas no âmbito do Direito Privado. 
Nesse sentido, segundo o doutrinador Francisco Amaral, “O negócio jurídico é o meio de realização da autonomia privada e o contrato é o seu símbolo.”
O negócio jurídico, diferentemente do ato jurídico (em sentido estrito), traz em seu bojo uma declaração de vontade, emitida de acordo com o princípio da autonomia privada. Por esse motivo, e, pelo fato de os efeitos serem determinados pelas próprias partes, é que se preocupa com a validade do negócio jurídico.
Assim, em conformidade com Luiz Flavio Gomes analisa-se o negócio jurídico sob três enfoques: a) existência; b) validade; c) eficácia, sendo quatro os elementos de existência: manifestação da vontade, agente, objeto e forma. 
No tocante a validade, o Código Civil em seu artigo 104 determina que:
Art. 104 . A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei.
São elementos de existência Elementos de validade: 1) Manifestação de vontade Livre e consciente, 2) Agente Capaz e legitimado, 3) Objeto Lícito, possível e determinado, 4) Forma Livre ou prescrita em lei.
Diante disso, nota-se que os elementos de validade do negócio jurídico foram preenchidos. Não há que se falar em vício, erro ou dolo na manifestação de vontade do Requerente, uma vez que ele por sua própria e livre vontade no intuito de realizar o pagamento do resgate de sua filha realizou a compra e venda de seu imóvel. 
Ora, excelência, não há fundamentação plausível para anulação do negócio jurídico em questão. Além disso, a Requerida criou uma expetativa e realizou o pagamento de imediato. Logo, em razão da segurança jurídica o contrato não poderá ser anulado. 
Ademais, esse tem sido o entendimento dos Tribunais Superiores do país, em diversos julgados manifestou entendimento de que não é possível, em razão do valor ajustado de forma clara e objetiva no contrato, reduzir o montante do negócio ou declará-lo anulável. Nas decisões encontradas, embora tratem da relativização da pacta sunt servanda, aplicação do princípio da boa-fé e do equilíbrio contratual que impõe o reconhecimento da abusividade de cláusulas contratuais, prevalece o argumento de que não se pode afastar o princípio da autonomia da vontade nas relações que determinam o preço do que se está comprando ou vendendo.
Nesse sentido: 
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO DE PROMESSA COMPRA E VENDA DE IMOVEL. EXTINÇÃO. INADIMPLEMENTO. NÃO CONFIGURAÇÃO. VÍCIO DE CONSENTIMENTO. DOLO. NÃO DEMONSTRAÇÃO. ART. 333, I, CPC. SENTENÇA MANTIDA. A lei civil permite às partes estabelecerem relações contratuais conforme livre manifestação de vontade, observando, desde a conclusão até a execução da avença, os princípios de probidade e boa-fé. Assegura a lei que nas hipóteses de não cumprimento do avençado por uma das partes, aquele que se sentir lesado poderá requerer a resolução do contrato, se não preferir-lhe o cumprimento, podendo, ainda, pleitear perdas e danos (art. 475 CC/02). Estabelecido o vínculo contratual, permite-se a sua anulação quando comprovada que a relação decorre de vicio de consentimento na exteriorização do elemento volitivo (art. 171, II, CC/02). Independentemente da forma como se pretende extinguir o contrato, se por vicio de consentimento ou ausência de pagamento dos valores ajustados, deverá o autor comprovar suas alegações, sob pena de não satisfação de sua pretensão (art. 333, I, CPC). (TJ-MG - AC: 10024075036053002 MG, Relator: Luiz Artur Hilário, Data de Julgamento: 09/04/2013, Câmaras Cíveis / 9ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 15/04/2013)
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL - APELAÇÃO - ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA - PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA FORMULADO PELOS APELADOS - PESSOA FÍSICA - SIMPLES AFIRMAÇÃO - AUSÊNCIA DE INDÍCIOS CONTRÁRIOS- CONCESSÃO DO BENEFÍCIO - CONTRATO DE COMPRA E VENDA - LOTES DE TERRENO URBANO - QUITAÇÃO PLENA NO CONTRATO E PRÉVIA CONSTITUIÇÃO EM MORA - REQUISITOS ATENDIDOS - NULIDADE POR ANULABILIDADE DECORRENTE DE VÍCIO DE VONTADE DO VENDEDOR POR ERRO E DOLO EM NEGÓCIO OUTRO QUE ORIGINOU O CONTRATO DE VENDA DOS LOTES - NÃO COMPROVAÇÃO - CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE LOTES PERFEITO- PEDIDO CONTRAPOSTO DE RESCISÃO E DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - IMPROCEDÊNCIA - SENTENÇA REFORMADA - RECURSO PROVIDO. - Nos termos da Lei 1.060/50, em regra, para a pessoa física obter o benefício da gratuidade, basta sua afirmação da condição de pobreza no sentido legal. - Inexistindo indícios de capacidade financeira, ao requerente da justiça gratuita, pessoa física, é de ser deferido o benefício da justiça gratuita. - É válido o contrato de compra e venda de imóvel, quando não provada sua celebração mediante vício resultante de dolo ou erro. - Comprovado o adimplemento da obrigação contratual pelo promissário comprador e a constituição em mora dos promissários vendedores, deve ser julgado procedente o pedido de adjudicação compulsória. - Não há como reconhecer o dever de indenizar, se não restou comprovada a conduta ilícita imputada à parte, nem o nexo de causalidade, elementos imprescindíveis à configuração da responsabilidade civil. - Justiça gratuita deferida aos apelados. Recurso provido. (TJ-MG - AC: 10720100068710001 MG, Relator: Márcia De Paoli Balbino, Data de Julgamento: 21/02/2013, Câmaras Cíveis Isoladas / 17ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 04/03/2013)
III - DO PEDIDO
Diante do exposto, requer-se:
O recebimento da presente CONTESTAÇÃO, determinando igualmente sua juntada aos autos do processo em epígrafe, dando prosseguimento ao processo.
Que se julgue totalmente improcedentes os pedidos constantes na exordial.
Fortaleza/CE, 27 de setembro de 2017.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Advogado
OAB/UF

Outros materiais