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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIBH DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE Amanda Fernandes Brenda Barbosa Bruna Penido Fábio Eustáquio Fernanda Cassia Karina Schneider PROJETO DE DOCUMENTÁRIO: Leptospirose no Brasil Belo Horizonte 2017 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIBH DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE Amanda Fernandes Brenda Barbosa Bruna Penido Fábio Eustáquio Fernanda Cassia Karina Schneider PROJETO DE DOCUMENTÁRIO: Leptospirose no Brasil Projeto de Documentário desenvolvido na disciplina PI 2B como parte das exigências para obtenção da pontuação do trabalho interdisciplinar do Curso de Enfermagem do UNIBH. Orientadora: Professora Maria de Fátima Teles Belo Horizonte 2017 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO……………………………………….…...…….…….04 2.OBJETIVO GERAL………………………………….………...….….05 3.OBJETIVO ESPECÍFICO………………....………..………….…....05 4.JUSTIFICATIVA……................…………………….……….….…...05 5.METODOLOGIA……..……………………….…………………..…..06 6.REFERENCIAL TEÓRICO…….....…............................…............06 Transmissão.............................................................................07 Sintomas..................................................................................07 Diagnóstico e Tratamento........................................................08 Epidemiologia...........................................................................08 Medidas profiláticas.................................................................09 7. CRONOGRAMA...........................................................................10 8.REFERÊNCIAS.............................................................................11 4 1.INTRODUÇÃO A Leptospirose é uma das zoonoses de maior preocupação no mundo todo, devido a sua vasta distribuição geográfica, que ocorre na maior parte dos países, especialmente as Américas (GENOVEZ, 2007). A Leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda, ela é causada por uma bactéria chamada Leptospira interrogans transmitida pela urina de vetores infectados, principalmente roedores, que são os principais vetores. Além de roedores, os animais domésticos, vacinados ou não, silvestres ou comercializados (como boi ou suínos), podem também ser veículo de transmissão da doença (MARTINS, 2009). Na maioria dos casos, as manifestações são benignas, causando poucos ou nenhum sintoma, já a forma clínica mais grave é chamada Weil, com a presença de icterícia, mal funcionamento renal e hemorragias. O homem é um hospedeiro terminal da doença e a transmissão é agregada a fatores ambientais. Sua epidemiologia, no Brasil, tem ocorrência durante todos os meses do ano, mas aumentam em épocas chuvosas. Os surtos urbanos são apontados com frequência, principalmente em populações carentes, onde há crescimento desordenado das cidades e o aumento populacional sem planejamento, surgindo comunidades situadas em ambientes insalubres sem saneamento básico, água encanada e redes de tratamentos pluviais, propiciando a incidência da doença (MARTINS, 2009). Devemos salientar que é de extrema importância a participação dos profissionais de saúde junto a população, levando informações e orientando em suas necessidades, para que ocorra a diminuição desses casos. Além disso, é necessário que a população tenha mais acesso as informações para que não ocorra a proliferação dessa doença, como: programas de conscientização para que não joguem lixo nas ruas, (para não entupimento de bueiros), descarte correto de alimentos orgânicos. É necessário a implementação de investimentos governamentais em controle de roedores nas grandes cidades, educação ambiental, e ampliação de áreas com saneamento básico. A Leptospirose vem sendo reconhecida como uma doença infecciosa re-emergente por haver vários surtos em diversos locais no mundo. A doença pode ser restrita a alguns grupos de indivíduos como também pode afetar uma 5 população em geral. Sendo assim, um problema de saúde pública, devido aglomerações urbano, e é necessário que a população tenha mais acesso as informações para que não ocorra a manifestação contínua, possibilitando o crescimento da doença. 2. OBJETIVO GERAL Compreender a etiologia da leptospirose e sua atual re-emergência, ressaltando a importância da prevenção através de uma pesquisa inserida em um documentário. 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ● Compreender o que é leptospirose, como se manifesta e o que fazer para preveni-la. ● Salientar que se trata de uma doença re-emergente, por isso, é necessário que a população tenha acesso à informações constantes sobre a patologia. ● Enfatizar, através do documentário, a importância do enfermeiro em orientar a população sobre as medidas de profilaxia da patologia. 4. JUSTIFICATIVA Através desse trabalho, podemos reunir informações que abranjam e direcionem as medidas de prevenção, diminuindo a incidência da doença, levando- se em consideração que a Leptospirose, vem se apresentando de forma re-emergente no Brasil. Principalmente as pessoas com poucos recursos, e que têm pouco ou nenhum acesso às informações, ou sobre tudo, que estão expostos à falta de saneamento básico, ficam mais sujeitos a adquirir o agente etiológico da doença. Por isso, a conscientização da população, diante de alguns hábitos, pode se tornar eficaz no controle da patologia, e assim, sendo um grande passo para o controle dessa doença. Além disso, a enfermagem também tem um papel importante na questão do cuidado e na orientação, estando diretamente ligado à assistência desses pacientes, contribuindo naquilo que é necessário para a prevenção de doença. 6 5. METODOLOGIA Através de buscas em bancos de arquivos científicos, como Scielo, Google Acadêmico, sites como o ministério da saúde (todos no idioma português), foram selecionados artigos e guias que servirão de base para a montagem do projeto. Foi proposto o desenvolvimento de um documentário cujo o tema é doenças emergentes e re-emergentes. Com isso, foi escolhido pelo grupo o subtema Leptospirose, que acomete principalmente pessoas mais carentes, habitantes de locais com grande aglomeração de pessoas sem acesso ao saneamento básico, um dos principais fatores de risco de contato com a patologia. O documentário tem como principal objetivo, informar e conscientizar a população, esclarecendo dúvidas comuns à respeito da doença leptospirose, buscando também desenvolvê-lo no contexto atual, visando à compreensão da população diante dos principais fatores de risco. Para o documentário, o grupo fará uma pesquisa com a própria população. Realizaremos uma visita à um Centro de Saúde de Belo Horizonte com o intuito de saber qual o grau de instrução dessa população, diante da doença proposta. Falaremos sobre a doença, como ela se manifesta e como podemos tratá-la. Além disso, vamos distribuir folhetos com informações de forma que eles leem e fixem ainda mais sobre tudo que foi falado no momento da abordagem. Ao realizar o documentário essa pesquisa será informatizada como um assunto central do nosso projeto, reforçando ainda mais a importância de alguns cuidados que são importantíssimos para a prevenção da população. Vale ressaltar que, a equipe de enfermagem, atodo momento, deverá estar à frente dessas orientações constantes de cuidado. 6. REFERENCIAL TEÓRICO A falta de infraestrutura adequada das grandes cidades, associada a períodos com maiores índices pluviométricos acarretam grandes enchentes. Em consequência disso, o risco de disseminação da bactéria que provoca a Leptospirose aumenta, afetando diretamente a saúde dos indivíduos residentes dessas regiões. 7 Existem na natureza muitas espécies de bactérias pertencentes ao gênero Leptospira, no entanto, apenas a L. interrogans está associado aos casos de Leptospirose. Essa Bactéria mede entre 6 e 20 µm, possui extremidade em forma de gancho e é anaeróbia, conseguindo sobreviver apenas em locais úmidos alcalinos (MADIGAN et al., 2016; HENRY, 2012). Os reservatórios desta bactéria são os roedores de várias espécies, principalmente Rattus norvegicus ou popularmente rato de esgoto ou ratazana, espécie mais comum no litoral do Brasil; Rattus rattus conhecido também como rato de telhado, ou como rato preto, sendo mais comum em locais rurais, e cidades do interior e o Mus musculus, tendo o maior nível de dispersão, ou seja pode ser encontrado praticamente em todas as regiões do mundo, e em qualquer clima. Porém, não são só os roedores que podem ser portadores do agente infeccioso, podendo ser também os animais rurais (bovinos, suínos, equinos, etc) e os domésticos (cachorros) (BRASIL, 2002; MADIGAN et al., 2016). Transmissão A doença é transmitida quando o homem entra em contato com a urina, água, lama ou solo contaminado. A bactéria penetra nas membranas mucosas, pele íntegra, estando imergido na água por muito tempo, ou em peles lesionadas. Essas são as formas de transmissão indireta e que tem importância epidemiológica. Já a transmissão direta, ou seja, transmissão pessoa por pessoa, é muito rara, sendo assim não tendo importância epidemiológica (BRASIL, 2014; FIOCRUZ, 2015; HENRY, 2012; MADIGAN et al., 2016). Sintomas O período de incubação é entre 1 a 30 dias, porém, geralmente é entre 5 e 14 dias, a doença é dividida em duas fases: fase precoce e a fase tardia (BRASIL,2010). Na fase precoce, é muito difícil diferenciar de outras doenças febris agudas, por seus sintomas serem muito parecidos, instalação de febres repentinas geralmente acompanhada de mialgia, cefaleia, náuseas, vômitos (BRASIL, 2014; BRASIL, 2010). 8 Os pacientes com Leptospirose podem sofrer agravos como falência renal e o comprometimento do fígado. Estes pacientes podem ter icterícia e hemorragias, sendo mais comum nos pulmões, caracterizando a fase tardia da doença, sendo que só 15% dos pacientes progride para esta fase (BRASIL, 2014; BRASIL, 2010; MADIGAN et al., 2016). O comprometimento pulmonar se caracteriza por tosse seca, cianose, dispneia e dor torácica. Em casos extremos pode haver insuficiência respiratória (BRASIL,2010). Diagnósticos e Tratamento Os testes para o diagnóstico da leptospirose são os sorológicos, como o ELISA- IgM (Enzyme – Linked Immunosorbent Assay), e o MAT (microaglutinação) sendo o mais usado (BRASIL, 2014; BRASIL, 2010). O Ministério da Saúde (2014) adverte que, após a confirmação da leptospirose, deve-se utilizar o método de antibioticoterapia, repouso e reposição de líquidos, para o acompanhamento do tratamento ,fazer exames entre 24 horas e/ou até 72 horas, havendo alguma piora, deve- se tomar medidas de suporte precocemente, para que não haja piores complicações e até mesmo morte, como por exemplo transfusões, nutrição gástrica ou enteral, assistência cardiorrespiratória, reposição hidroeletrolítica, e acompanhar o funcionamento renal do indivíduo. Epidemiologia O número de casos pode ter variação nos períodos do ano e entre os anos com maiores índices de chuva, sendo que em áreas urbanas, o maior contato com o microrganismo se relaciona principalmente a enchentes e inundações. No Brasil, como em outros países em desenvolvimento, a maioria das infecções ocorre através do contato com águas de enchentes contaminadas por urina de ratos (Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo). A leptospirose tem uma grande incidência no país, com uma média de 13.000 casos notificados por ano, sendo 3.500 confirmados e a letalidade média de 10,8% (Secretaria de Vigilância em Saúde/MS). 9 No Brasil, entre os anos de 1996 e 2005, foram notificados 33.174 casos de leptospirose. Sendo somente os casos mais graves notificados, pois os demais casos sem icterícia é normalmente confundida com outras doenças como a dengue e gripe, e não são levadas à assistência médica (Secretaria de Vigilância em Saúde) Medidas Profiláticas Para evitar a infecção por L.interrogans, devemos sempre higienizar as mãos, utilizar água potável, para uso próprio ou limpeza de alimentos. Deve- -se sempre fazer uma limpeza correta dos alimentos, ter um saneamento básico adequado, evitar lugares onde haja muitos roedores e indícios altos de enchentes, não jogar lixo nas ruas que possa piorar ou provocar enchentes, quando for manusear esgotos deve se usar proteção como botas, colocar proteção na casa contra roedores, como por exemplo telas (BRASIL, 2011). 10 7. CRONOGRAMA agosto setembro outubro novembro dezembro Apresentação do tema x Definição do subtema x Entrega da 1ª etapa do projeto x Entrega da 2ª etapa do projeto x Realização da pesquisa no centro de saúde x Desenvolvimento do documentário x x Entrega do projeto final x Circuito acadêmico x 11 8. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Leptospirose. Secretaria da Saúde, Paraná. Disponível em: <http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2331>. Acesso em: 7 set. 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Leptospirose. Leptospirose: O que é e como prevenir. Brasília, 2011. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/leptospirose_como_previnir_2011.pdf>. Acesso em: 11 out. 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância Epidemiológica. Manual de Controle de Roedores. Brasília, 2002. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_roedores1.pdf>. Acesso em: 25 set. 2017 BRASIL. Ministério da Saúde. Leptospirose: diagnóstico e manejo clínico. Brasília, 2014. Disponível em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/janeiro/16/Leptospirose- diagnostico-manejo-clinico.pdf >. Acesso em: 25 set. 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitárias: Guia de Bolso. 8 ed. Brasília, 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_g uia_bolso.pdf>. Acesso em: 27 set. 2017. FIOCRUZ. Agência FIOCRUZ de Notícias. Leptospirose. Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: <https://agencia.fiocruz.br/leptospirose-0>. Acesso em: 27 set. 2017. GENOVEZ, M.E. Leptospirose: uma doença além da época das chuvas!. 2007. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2007_1/leptospirose/index.htm>. Acesso em: 7 set. 2017. 12 HENRY; MCPHERSON, R.A; PINCUS, M.R. Diagnósticos Clínicos e Tratamentos por Métodos Laboratoriais de Henry. 21 ed. São Paulo: Manole, 2012. 1611p. MADIGAN, M.T; MARTINKO, J.M; BENDER, K.S; BUCLEY, D.H; STAHL, D.A. Microbiologia de Brock. 14 ed. Rio Grande do Sul: Artmed, 2016. 965 p. MARTINS, F.V.S; CASTIÑEIRAS, T.M.P.P. Leptospirose. Centro deInformação em Saúde para Viajantes, fev.2009. Disponível em: <http://www.cives.ufrj.br/informacao/leptospirose/lep-iv.html>. Acesso em: 24 ago. 2017. Brenda Barbosa Bruna Penido 1.INTRODUÇÃO 2. OBJETIVO GERAL 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 4. JUSTIFICATIVA 5. METODOLOGIA 6. REFERENCIAL TEÓRICO Transmissão Sintomas Diagnósticos e Tratamento Epidemiologia Medidas Profiláticas
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