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 A visão freudiana da natureza humana é pessimista. Segundo ela, estamos fadados à ansiedade, à frustração dos impulsos, à tensão e ao conflito. O objetivo da vida é reduzir a tensão. 
 Grande parte da natureza humana é herdada, mas parte dela é aprendida por meio de interações pais-filho.
As Forças Propulsoras da Personalidade 
Instintos ou Pulsões: • São os elementos básicos da personalidade, as forças motivadoras que impulsionam o comportamento e determinam o seu rumo.
 • A fim de obter satisfação, a energia psíquica pode ser canalizada para diversas atividades 
• Freud acreditava que a energia psíquica podia ser deslocada para objetos substitutos e esse deslocamento era de extrema importância para determinar a personalidade de uma pessoa. 
• Todos os interesses, preferências e atitudes que mostramos quando adultos eram deslocamentos de energia dos objetos originais que satisfaziam as necessidades instintivas. 
Todo instinto tem quatro componentes: uma fonte, uma finalidade, uma pressão e um objeto. A fonte, quando emerge a necessidade, pode ser uma parte do corpo ou todo ele. A meta é reduzir a necessidade até que mais nenhuma ação seja necessária, é dar ao organismo a satisfação que ele no momento deseja. O objeto de um instinto é qualquer coisa, ação ou expressão que permite a satisfação da finalidade original. O ímpito é a quantidade de energia ou força que é usada para satisfazer ou gratificar o instinto; ela é determinada pela intensidade ou urgência da necessidade subjacente.
Tipos de Instintos: 
• Instintos de Vida: • Têm o objetivo de assegurar a sobrevivência do indivíduo e da espécie, tentando satisfazer a necessidade de comida, água, ar e sexo;
 • São orientados para o crescimento e desenvolvimento; 
• Libido – energia psíquica manifestada pelo instinto de vida sexual, que pode ser investida na representação dos objetos (catexia). O sexo é o instinto de vida considerado mais importante por Freud. Sexo (sexualidade) refere-se não apenas ao erótico, mas também a quase todos os comportamentos e pensamentos prazerosos. 
• As pessoas são seres que buscam predominantemente o prazer e grande parte da personalidade gira em torno de inibir ou reprimir nossos desejos sexuais. 
• Instintos de Morte: • Se opõem aos instintos de vida. As pessoas têm o desejo inconsciente de morrer. 
• Um dos componentes do instinto de morte é o impulso agressivo, descrito como o desejo de morrer voltado para objetos que não são o self. Ele nos compele a destruir, subjulgar e matar. • Enquanto o instinto de vida busca o prazer, o instinto de morte é o impulso inconsciente na direção da degeneração, da destruição e da agressão. 
CATEXIA é o esforço psíquico para representação de algum objeto ou pessoa.
Personalidade dividida em 3 níveis
 • Consciente (Cs): inclui todas as sensações e experiências das quais estamos cientes em todos os momentos. Constituem uma pequena parte da nossa personalidade, como a ponta de um iceberg. 
• Inconsciente (Ics): parte mais importante, maior e invisível, abaixo da superfície. Contém a força propulsora por trás de todos os comportamentos. E é o depósito de forças que não conseguimos ver ou controlar. 
• Pré-consciente: intermediários entre Cs e Ics. Depósito de lembranças, percepções e ideias das quais não estamos cientes no momento, mas que podemos facilmente trazer para o Cs.
A Estrutura da Personalidade: Além dos três níveis de personalidade, Freud postulou também três estruturas básicas na anatomia da personalidade: o Id (Isso), o Ego (Eu) e o Superego (Supereu).
Id: é o reservatório dos instintos e da libido, além de ser uma estrutura poderosa da personalidade, porque fornece toda a energia para o Ego/Eu e o Superego/Supereu. O Id está diretamente relacionado à satisfação das necessidades corporais. Age de acordo com o princípio do prazer, por meio da sua preocupação com a redução da tensão, do aumento do prazer, é primitiva, amoral, insistente e impulsiva. Não tem consciência da realidade. Pode-se compará-lo a um bebê recém-nascido que chora e agita as mãos quando suas necessidades não são atendidas, mas que não sabe como buscar satisfação. A criança com fome não consegue achar comida sozinha. As únicas maneiras pelas quais o Id tenta satisfazer suas necessidades são o ato reflexo e o desejo ou fantasia (processo primário). O processo primário é o raciocínio infantil (primitivo) pelo qual o Id tenta satisfazer os impulsos instintivos. 
 Ego/Eu: com a socialização a criança aprende que precisa adiar o prazer até poder satisfazê-lo, ou seja, não pode dar vazão indiscriminadamente aos desejos sexuais e agressivos. Aprende a lidar inteligentemente e racionalmente com o mundo exterior e desenvolver percepção, reconhecimento, julgamento e memória para satisfazer suas necessidades (processo secundário). O processo secundário é o aspecto racional da personalidade responsável pela orientação e controle dos instintos, de acordo com o princípio da realidade. O Ego tenta adiar ou redirecionar a satisfação do Id em função das exigências da realidade. Percebe e manipula o ambiente de forma prática e realística – opera de acordo com a realidade – princípio pelo qual o Ego opera para providenciar as limitações adequadas à expansão dos instintos do Id. • Mediador entre Id e a realidade; • Responde às demandas do Id e extrai dele o seu poder e energia; • Mestre racional que controla e adia a satisfação para não ser dominado e subvertido pelo Id. • É protegido por mecanismos de defesa inconscientes. A personalidade está em constante luta: o Ego tentando reprimir o Id ao mesmo tempo em que o atende, percebendo e manipulando a realidade para aliviar as tensões dos impulsos dele. A personalidade anda numa corda bamba entre as demandas do Id e as demandas da realidade, ambas requerendo vigilância constante.
Superego/Supereu: 
• Poderoso conjunto de ordens ou crenças que adquirimos na infância: o nosso conceito 
Superego: • conjunto de ordens ou crenças que adquirimos na infância: o nosso conceito de certo e errado. É a moralidade interna, o lado moral da personalidade. No início é constituído das regras de conduta estipuladas pelos nossos pais.
Tem 2 partes:
 • Consciência: comportamentos considerados bons ou maus pelos pais, pelos quais a criança foi ou será punida. 
• Ideal do Ego: constituído de comportamentos bons ou corretos, pelos quais a criança foi elogiada (comportamentos ideais pelos quais a criança deve lutar). 
• A criança aprende um conjunto de regras que são aceitas ou rejeitadas por seus pais. 
• Com o tempo, introjetam esses ensinamentos e as recompensas ou castigos tornam-se autoadministrados. 
• O controle dos pais é substituído pelo autocontrole. 
• Passamos a nos comportar de acordo com as diretrizes morais agora em grande parte ics. 
• Como resultado dessa introjeção, experimentamos culpa ou vergonha sempre que agimos (ou pensamos em agir) em desacordo com o código moral.
O Superego é implacável e até cruel como árbitro da moralidade, na sua busca pela 
 (angústia). 
Seu objetivo é inibir totalmente as demandas de busca de prazer do Id, em especial as 
• Busca a perfeição moral. Coloca a moralidade acima de tudo. 
•Busca a perfeição moral. Coloca a moralidade acima de tudo. 
•O Ego fica no meio, pressionado por essas forças insistentes e opostas, e tem agora um terceiro mestre: o Superego.
• O Ego é ameaçado por 3 perigos: Id, realidade e Superego. Como resultado inevitável 
• O Ego é ameaçado por 3 perigos: Id, realidade e Superego. Como resultado inevitável desse confronto, quando o Ego é excessivamente pressionado, surge a ansiedade (angústia).
Ansiedade: excesso de tensão proveniente do ambiente
• 3 tipos de ansiedade: 
• Ansiedade da realidade: envolve o medo frente ao medo de perigos tangíveis no mundo real. O medo diminui quando a ameaça não está presente; 
 • Ansiedade neurótica: conflito entre o Ego e o Id – medo do que pode acontecer como consequência de satisfazer certos impulsos do Id; 
• Ansiedademoral: conflito entre o Id e o Superego. É o medo da nossa consciência que surge quando expressamos um impulso instintivo que não está de acordo com o seu código moral, o Superego se vinga fazendo com que sinta vergonha ou culpa. Quanto mais rigoroso é o Superego da pessoa, mais ansiedade moral ela sente.
A personalidade se desenvolve em resposta a quatro fontes importantes de tensão: 1-processos de crescimento fisiológico; 2- frustrações; 3- conflitos; 4- ameaças. Como uma consequência direta de aumentos de tensão emanando dessas fontes, A pessoa é forçada a aprender novos métodos de reduzir a tensão. Tal aprendizagem é o que seria o desenvolvimento da personalidade. 
A identificação e o deslocamento são dois métodos pelos quais o indivíduo aprende a resolver as frustações, os conflitos e as ansiedades
A identificação é uma atividade afetiva e relacional indispensável ao desenvolvimento da personalidade. “Como todas as outras atividades psíquicas, a identificação pode, por certo, ser utilizada igualmente para fins defensivos.” “É um processo psicológico pelo qual um sujeito assimila um aspecto, uma propriedade ou um atributo do outro e se transforma, total ou parcialmente, a partir do modelo deste. A personalidade se constitui e se diferencia por uma série de identificações.”
O deslocamento como mecanismo de defesa é o deslocamento de ações de um alvo desejado para um alvo substituto quando há alguma razão em que o primeiro alvo não seja permitido ou não disponível. O deslocamento pode envolver manter a ação e simplesmente mudar o alvo dessa ação. Onde isso não for viável, a própria ação também pode mudar. Sempre que possível o segundo alvo será semelhante a meta original de alguma forma. DESLOCAMENTO: envolve deslocar impulsos do Id de um objeto ameaçador ou indisponível para um outro possível – Ex.: problema com o pai/ qualquer autoridade. 
Mecanismos de Defesa 
Frente ao sinal de alerta da ansiedade, o Ego busca reduzir a tensão. A ansiedade alerta o indivíduo de que o Ego está sendo ameaçado e, se não tomar uma atitude, este poderá ser subvertido. Para se proteger, o Ego pode fugir da situação ameaçadora ou obedecer as ordens da consciência. Se nenhuma das técnicas racionais funcionar, a pessoa pode recorrer aos mecanismos de defesa. 
Mecanismos de defesa: estratégias não racionais, ics, elaboradas para defender o Ego. Freud postulou vários mecanismos de defesa e observou que raramente utilizamos apenas um. Em geral nos defendemos contra a ansiedade utilizando vários deles ao mesmo tempo. 
Todos os mecanismos de defesa compartilham duas características: • São negações ou distorções da realidade • Operam inconscientemente (não temos consciência deles) 
Os mecanismos de defesa são: REPRESSÃO: envolve a negação inconsciente da existência de algo que causa ansiedade; quando uma escolha de objeto que provoca um alarme indevido é empurrada para fora da consciência por uma anticatexia. Eliminar do Ego, consciente, episódios traumáticos, enviar tudo ao Inconsciente.
FORMAÇÃO REATIVA: envolve a expressão de um impulso do Id, que é oposto àquele que está realmente motivando a pessoa; Mecanismo infantilizado onde o Ego realiza o oposto do desejo, de forma exagerada, de maneira inconsciente. Ex: um ódio se transformar em um amor exagerado; uma tristeza ser mostrado como uma alegria forçada.
PROJEÇÃO: envolve atribuir um impulso perturbador a outra pessoa; Mecanismo onde características/sentimentos da pessoa, não são admitidos pela própria, são projetados para algum objeto ou outra pessoa.
REGRESSÃO: envolve voltar a um período anterior menos frustrante da vida e exibir as características de comportamentos normalmente infantis dessa época mais segura; na FIXIÇÃO a pessoa fica fixada nos estágios iniciais do desenvolvimento.
(angústia). 
Estágios do Desenvolvimento da Personalidade 
As crianças passam por fases psicossexuais de desenvolvimento definidas pelas zonas erógenas do corpo (fase oral, fase anal, fase fálica, período de latência e fase genital).
  A fase oral engloba dois tipos de comportamento: oral incorporador e oral agressivo;
  A fase anal envolve a primeira interferência na satisfação do impulso instintivo;
  A fase fálica envolve o complexo de Édipo, os desejos sexuais inconscientes pelo pai ou pela mãe (sexo oposto) e os sentimentos de rivalidade e medo em relação ao pai ou à mãe (mesmo sexo). 
Os meninos desenvolvem a ansiedade de castração e as meninas, inveja do pênis. Os meninos resolvem o seu complexo de Édipo identificando-se com o pai, adotando os mesmos padrões do superego do pai, e reprimindo o seu desejo sexual pela mãe.
Durante o período de latência, o instinto sexual é sublimado nas atividades escolares, 
 A fase genital, na puberdade, marca o início das relações heterossexuais.
 Durante o período de latência, o instinto sexual é sublimado nas atividades escolares, nos esportes e nas amizades com pessoas do mesmo sexo.
 A fase genital, na puberdade, marca o início das relações heterossexuais
Fases Psicossexuais do Desenvolvimento: Oral: 0 -> 2 anos.  Boca como zona erógena; prazer obtido pela sucção; Prevalece o ID; Enquanto é alimentada, a criança é também confortada e acariciada. Ela associa prazer e redução de tensão à alimentação; Pessoas aficionadas em morder, fumantes e/ou as que comem demais, podem não ter tido uma maturação psicológica completa, têm certa fixação na fase psicossexual. 
 Anal: 2 -> 3 anos.  Ânus como zona erógena; começa o controle da esfíncter e bexiga; treinamento da higiene por parte externa; gratificação ao defecar; Adultos com fixação parcial na fase anal costumam ser ordenados, contidos e obstinados. 
Fálico: 3 -> 5 anos.  Foco nas áreas genitais; Fantasias incestuosas; Complexo de Édipo e Super Ego, sendo que o Super Ego é herdeiro do Complexo de Édipo; Se espelha no pai (filho)/mãe(filha); Ansiedade da castração nos meninos, nas meninas ela se sentem castradas por faltar algo; Essa ansiedade da menina castrada, pode se transformar: em uma inibição sexual ou neurose, modificação do caráter quanto ao complexo de masculinidade, ou a feminilidade comum; por medo da castração, o menino se espelha no pai para futuramente ter uma mulher parecida com a mãe, instalando-se o super ego; Fase caracterizada pelo desejo da criança de ir para a cama de seus pais e pelo ciúme da atenção que seus pais dão um ao outro.
Latência: 6 -> 12 anos.  Repressão da sexualidade infantil; Amnésia relativa às experiências anteriores; Esforço por aquisições afetivas e mentais do ego; Formação do caráter. 
Genital: 12 anos ~.  Amadurecimento da identidade sexual; Interesse pelo sexo oposto, heterossexual, ou pelo mesmo (invertido para Freud)

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