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aula ascaris, enterobius e tricuris 2017

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Ascaris lumbricoides 
ASCARIDÍASE 
É o parasitismo desenvolvido no homem pelo Ascaris lumbricoides. 
Nome popular : Lombrigas ou bichas. 
O Ascaris lumbricoides é encontrado em quase todos os países do mundo e ocorre com frequência variada em virtude das condições climáticas, ambientais e, principalmente do grau de desenvolvimento da população. 
Morfologia
Formas adultas possuem corpo cilíndrico e extremidades afiladas.
Tamanho depende do estado nutricional do hospedeiro e da quantidade de parasitos.
 Machos
 Cor leitosa;
 20 a 30cm de comprimento por 2 a 4mm de largura;
 Boca é contornada por três grandes lábios com serrilha de dentículos;
 Extremidade posterior encurvada para face ventral (caráter sexual).
Fêmeas
30 a 40 cm de comprimento por 3 a 6mm de largura;
Extremidade posterior não curvada;
 Outras características são iguais as do macho.
 Ovos
 São brancos, mas adquirem cor castanha pelo contato com as fezes;
Formato oval; 50 x 60µm;
Possui duas membranas internas e uma externa mamilonada, formada de mucopolissacarídeo
A esse envoltório seguem-se uma membrana média e outra interna (que confere grande resistência ao ovo contra dessecação);
Biologia
Habitat
Intestino delgado do homem, principalmente jejuno e íleo. Podem ficar presos à mucosa, com auxílio de seus fortes lábios, ou migrarem pela luz intestinal.
Ciclo Biológico
É do tipo monoxênico; cada fêmea é capaz de colocar cerca de 200.000 ovos por dia (não embrionados). Estes chegam ao exterior junto com as fezes. 
Os ovos férteis em presença de ambiente favorável se tornarão embrionados em 15 dias.
Dentro do ovo, a larva L1 sofre uma muda e se transforma em L2, e em seguida transforma-se em L3, que é a larva infectante.
Após a ingestão, os ovos contendo L3, atravessam todo o trato digestivo e vão sofrer eclosão no intestino delgado.
As larvas liberadas penetram na mucosa do intestino grosso caem nos vasos linfáticos e veias, e invadem o fígado 24h após a infecção.
Dois a três dias depois invadem o coração, através da veia inferior. Migram para o pulmão e sofrem muda para L4 ( oito a nove dias após ingestão dos ovos) – ciclo de Loss.
Rompem os capilares e caem nos alvéolos, onde sofrem muda para L5. Sobem pela árvore brônquica e traqueia, chegando ate a faringe.
Daí podem ser expelidas com a expectoração ou serem ingeridas; chegam ao intestino delgado onde se transformam em machos e fêmeas, as quais 30 dias depois iniciam a oviposição.
Ciclo biológico
Transmissão
Ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo a larva L3.
Sintomas
 larvas
Infecções de baixa intensidade são assintomática.
 Lesões hepáticas e pulmonares, focos hemorrágicos, de necrose e fibrose no fígado.
 Edema dos alvéolos, com infiltrado inflamatório.
 Quadro de pneumonia – febre, tosse, dispneia, alergia, bronquite e eosinofilia (sindrome de Loeffler).
Vermes adultos.
Em infecções pequenas ( três a quatro vermes) o hospedeiro não apresenta alteração alguma.
Já nas infecções médias (30 a 40 vermes) ou maciças ( 100 ou mais vermes) podem ter as seguintes alterações:
Ação espoliadora: os vermes consomem grande quantidade de proteínas, carboidratos, lipídeos e vitaminas A e C, levando o paciente a subnutrição.
Ação tóxica: reação entre antígenos parasitários e anticorpos alergizantes do hospedeiro, causando edema, urticária, convulsões etc.
Ação mecânica: causam irritação na parede intestinal e podem causar sua obstrução.
Localizações ectópicas: quando o helminto se desloca de seu hábitat normal para atingir outro local. Ex: eliminação do verme pela boca e narinas.
Diagnóstico
Clínico – difícil de ser diagnosticada.
 Laboratorial: Pesquisa de ovos nas fezes.
Sedimentação espontânea.
 Método de Kato modificado por Katz – quantificação dos ovos.
Tratamento
Tetramisole: dose única. Eficácia de 90-94%. Podendo ter os seguintes efeitos colaterais: náuseas, cólicas, mal-estar e vômitos. Contraindicado para gestantes e pacientes transplantados.
Piperazina: alta eficiência e raros efeitos colaterais. Contraindicado na insuficiência renal e gravidez.
Mebendazole: a eficácia de 98% e com raros efeitos colaterais (dores abdominais e diarreia); contraindicação: gestação.
 Pamoato de pirantel: com eficacia de 80-100% de cura. Os efeitos colaterais são: náuseas, vômitos, sonolência, cefaleia; contraindicado : gravidez e disfunção hepática.
Albendazole: apresenta 97% de eficiência e ausência de efeitos colaterais.
Epidemiologia
 1,5 bilhão de pessoas em todo mundo tem ascaridíase.
 Presente me 150 países (maior parte na Ásia, África e América Latina).
 Prevalência é aumentada em locais úmidos e quentes.
Profilaxia
Educação sanitária; 
Saneamento básico, com ênfase para o destino adequado das fezes humanas; 
Tratamento da água usada para consumo humano; 
Cuidados higiênicos no preparo dos alimentos (particularmente de verduras); 
Higiene pessoal; 
Combate aos insetos domésticos, pois moscas e baratas podem veicular os ovos; 
Tratamento das pessoas parasitadas. 
Enterobius vermiculares
Introdução
 Descrito pela primeira vez por Linneu, em 1758, – Ascaris vermicularis
 Rudolphi, em 1803, criou o gênero Oxyuris.
 Lamarck, em 1816, passou a denomina-lo Oxyuris vermicularis
 Leach, em 1853, verificou q ele pertencia a um gênero distinto denominando–o de Enterobius. 
Conhecido popularmente como oxiúros.
 Dimorfismo sexual.
 Cor branca, presença de asas cefálicas.
 Fêmeas possuem 1cm de comprimento e machos medem 5mm e possuem cauda fortemente recurvada.
 Ovo em formato de D, com dupla membrana lisa e transparente.
Enterobius vermicularis - Detalhe da cabeça para mostrar asas cefálicas (setas). 
Morfologia
Fêmea
Mede cerca de 1cm de comprimento.
Cauda pontiaguda e longa.
Macho
 Mede cerca de 5mm
 Cauda fortemente recurvada em sentido ventral com um espículo presente. 
Ovos
Mede cerca de 50µm de comprimento por 20µm de largura.
Apresenta aspecto de D.
 Possui membrana dupla, lisa e transparente
Enterobius vermiculares (ovo) 
Enterobius vermiculares (ovo larvado) 
Ovos
Morfologia
ovo
adulto - fêmea
Voltar
Ciclo Biológico
CICLO EVOLUTIVO
Vermes adultos habitam a região cecal do intestino grosso humano e apêndice;
Machos e fêmeas vivem aderidos a mucosa ou livres na cavidade;
Fêmeas fecundadas migram para o reto para realizar a postura dos ovos ;
 machos são eliminados com as fezes e morrem;
5.000 a 16.000 ovos – completa-se vida do parasito que logo morrerá (35 a 50 dias);
PATOLOGIA E SINTOMATOLOGIA
Geralmente assintomático.
Provocam pequenas erosões da mucosa – nos pontos de fixação;
Grande número de parasitas determina – inflamação (enterite);
Sintoma mais frequente:
Prurido anal;
Margem do ânus avermelhada, congestionada;
Recoberta por muco por vezes sanguinolento;
Lesões na mucosa retal;
Prurido intenso – coceira – abre caminho para infecções bacterianas.
Transmissão
 Heteroinfecção – ovos presentes na poeira e alimentos atingem um hospedeiro diferente.
Indireta - ovos presentes na poeira e alimentos atingem o mesmo hospedeiro.
 Autoinfecção – indivíduos levam os ovos da região perianal até a boca.
Retroinfecção – larvas eclodem na região perianal e migram pelo intestino grosso.
DIAGNÓSTICO
Clínico –prurido anal noturno.
Exame de fezes - revelam 5 a 10% dos casos de parasitismo;
Melhor diagnóstico:
Aplicar sobre a pele da região perianal uma fita adesiva transparente, depois remover colar sobre uma lâmina de microscopia. (Método de Graham).
TRATAMENTO
Albendazol, Mebendazol.
Profilaxia
Higiene pessoal.
 
Roupas de dormir e de cama não devem ser sacudidas.
 Tratamento de todas as pessoas contaminadas da família.
 corte rente das unhas.
Epidemiologia
Alta prevalência em crianças com idade escolar.
 Doença de transmissão doméstica.
 Somente a espécie humana alberga este parasito.
 Ovos tornam-se infectante em poucas horas.
 Mais frequente
em regiões temperadas.
Trichuris trichiura
Tricuríase
Morfologia
Macho menor que fêmea (3 a 5 cm) com extremidade posterior enrolada ventralmente em espiral.
Cor branca ou rósea em ambos.
Possui a parte anterior afilada, quase 2/3 maior que a posterior, dando um aspecto de chicote.
Parasitam o intestino grosso.
 Medem 50µm de comprimento por 22 de largura, apresentam um formato elíptico com poros em ambas as extremidades.
 A casca do ovo é formada por três camadas distintas (lipidica, quitinosa, vitelinica)
Ciclo de vida
Ciclo (Monoxênico)
• Fêmea fecundada elimina de 3.000 a 5.000 ovos, que são eliminados com as fezes.
• Formação de larva L1 (infectantes);
• Ingestão do ovo com a larva infectante por parte do homem;
• Larvas eclodem no intestino delgado e se desenvolvem nas criptas cecais, depois de 10 dias migram para o ceco e cólon.
• Acasalamento de parasitos adultos e ovipostura.
Patogenia
 Gravidade da infecção depende da carga parasitária;
Dores de cabeça, dores epigástricas, diarreia, náuseas, vômitos.
Presença de muco nas fezes, sangue, tenesmo, desnutrição grave, prolapso retal. 
 
Inflamação da mucosa intestinal;
Eosinofilia;
Prolapso retal
Diagnóstico
 Exame parasitológico de fezes – sedimentação e kato-katz
 Tratamento
 Pamoato de Pirantel
 levamizol
 Mebendazol, Albendazol
Epidemiologia
 Parasito cosmopolita;
 Prevalência associada com a ascaríase;
 Bastante frequente nas áreas rurais e periferia das grandes cidades sem saneamento básico adequado.
Profilaxia
 Saneamento básico
 Construção de fossas sépticas
 Educação sanitária
 Higiene pessoal
 
 Tratamento do solo e água

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