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06a INSS Financiamento

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
NORMAS GERAIS CONSTITUCIONAIS. FINANCIAMENTO DE FORMA DIRETA E INDIRETA
	Legislação:
	Art. 195 da CF
Lei nº 8.212/1991
Decreto nº 3.048/1999
O art. 195 da CF prevê que a seguridade social é financiada “por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”, e pelas contribuições sociais previstas nos incs. I a IV.
O financiamento de forma direta é feito com o pagamento de contribuições sociais previstas nos incs. I a IV do art. 195, da contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) (art. 239), destinadas a financiar o programa do seguro-desemprego e o abono previsto no § 3º, pago aos empregados que recebem até dois salários mínimos de remuneração mensal.
O financiamento de forma indireta é feito com o aporte de recursos orçamentários da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, que devem constar dos respectivos orçamentos dos entes federativos. Esses recursos que não integram o orçamento da União.
FINANCIAMENTO
	Diretos
	Indiretos:
	Financiamentos obtidos mediante contribuições sociais;
	Mediante receitas orçamentárias da União, Estado, Distrito Federal e Municípios (através de tributos);
De forma direta ou indireta – toda a sociedade
A Lei n. 8.212, de 24.07.1991 (Plano de Custeio), dispõe no art. 11 que, no âmbito federal, o orçamento da seguridade social é composto por: 
Receitas da União;
Receitas das contribuições sociais; e 
Receitas de outras fontes.
Caso o orçamento da seguridade se mostre insuficiente para o pagamento dos benefícios previdenciários, a União é responsável por estes, na forma da Lei Orçamentária (art. 16 da Lei n. 8.212/91).
A União é fiadora do RGPS possuindo o Orçamento da Seguridade Social e responsável por instituir novas contribuições, através de Lei Complementar. 
As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União Federal.
A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
	Art. 195 da CF
	PCSS (Lei nº 8.212/1991)
	I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
	Receitas da União (I), 
Receitas das contribuições sociais (II) e 
Receitas de outras fontes (III). 
Constituição Federal
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
 	b) a receita ou o faturamento;
 	c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
Exceção: Salário Maternidade
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
Lei nº 8.212/91 (PCSS)
Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes receitas:
I - receitas da União;
II - receitas das contribuições sociais;
III - receitas de outras fontes.
Parágrafo único. Constituem contribuições sociais:
a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço;
b) as dos empregadores domésticos;
c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário de contribuição;
d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro;
e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.
IMUNIDADE
A CF, com frequência, faz referência à isenção e à não incidência em situações que configuram imunidade.
As hipóteses de imunidade em relação às contribuições para o custeio da seguridade social são apenas as enumeradas na CF, porque o entendimento firmado pela jurisprudência é no sentido de que essas exações são tributos.
Porém, não são impostos, de forma que não se lhes aplica o disposto no art. 150, VI, da CF.
Imunidade das aposentadorias e pensões do RGPS
Ao prever a contribuição “do trabalhador e dos demais segurados da previdência social”, o art. 195, II, dispõe que não incide contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201.
As aposentadorias e pensões dos servidores públicos não têm imunidade.
Imunidade das entidades beneficentes de Assistência Social
No § 7º do art. 195, quando se utiliza a expressão “são isentas”, na verdade se está concedendo imunidade às entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
A dificuldade reside em conceituar “entidade beneficente de assistência social”. b, dentre os quais o de promover a assistência social beneficente, inclusive educacional ou de saúde, a menores, idosos, excepcionais ou pessoas carentes (inc. III).
A Lei n. 9.732/98 modificou o inc. III do art. 55, passando a ser requisito promover, “gratuitamente e em caráter exclusivo, a assistência social beneficente a pessoas carentes, em especial a crianças, adolescentes, idosos e portadores de deficiência”.
A Lei n. 9.732/98 introduziu o § 3º do art. 55 da Lei n. 8.212/91, dispondo que: “Para os fins deste artigo, entende-se por assistência social beneficente a prestação gratuita de benefícios e serviços a quem dela necessitar”. E acrescentou também o § 5º: “Considera-se também de assistência social beneficente, para os fins deste artigo, a oferta e a efetiva prestação de serviços de pelo menos sessenta por cento ao Sistema Único de Saúde, nos termos do regulamento”.
O art. 4º da Lei n. 9.732/98 dispôs:
Art. 4º As entidades sem fins lucrativos educacionais e as que atendam ao Sistema Único de Saúde, mas não pratiquem de forma exclusiva e gratuita atendimento a pessoas carentes, gozarão da isenção das contribuições de que tratam os arts. 22 e 23 da Lei n. 8.212, de 1991, na proporção do valor das vagas cedidas, integral e gratuitamente, a carentes e do valor do atendimento à saúde de caráter assistencial, desde que satisfaçam os requisitos referidos nos incisos I, II, IV e V do art. 55 da citada Lei, na forma do regulamento.
A imposição de requisitos pela Lei n. 9.732/98 foi impugnada na ADI 2.028-5, ao fundamento de padecer de inconstitucionalidade formal e material.
Do ponto de vista formal, o argumento foi no sentido de que, embora o art. 195, § 7º, da CF, se refira à isenção, trata-se, na verdade, de imunidade, limitação constitucional ao poder de tributar, que só poderia ser disciplinada por lei complementar, conforme disposto no art. 146, II, da CF. Quanto ao aspecto material, o fundamento foi o da violação aos arts. 195, § 7º; 199, § 1º; 196; 197, § 6º; 203 e 204, I, II e IV, todos da CF; isso porque a Lei n. 9.732/98 restringiu o alcance da imunidade concedida pela Constituição, porque, ao definir entidade beneficente de assistência social, albergou apenas as que prestem serviços de saúdeexclusivamente gratuitos, ou que dirijam pelo menos 60% de sua prestação de serviços ao atendimento do SUS, requisitos que não constam do art. 14 do CTN; além do mais, a restrição impõe a concessão de imunidade apenas às entidades beneficentes, e não às filantrópicas, que com elas não se confundem.
O Relator, Ministro Moreira Alves, concedeu a liminar, em 14.07.1999, confirmada pelo Plenário em 11.11.1999, para suspender a eficácia do art. 1º, na parte em que alterou a redação do art. 55, III, da Lei n. 8.212/91 e acrescentou-lhe os §§ 3º, 4º e 5º, bem como dos arts. 4º, 5º e 7º da Lei n. 9.732, de 11.12.1998. Com a concessão da liminar, passou a prevalecer o disposto no art. 55 da Lei n. 8.212/91, na redação anterior à Lei n. 9.732/98, até o julgamento da ADI.
O art. 55, II, referido, exigia dessas entidades a apresentação de Registro e Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS), fornecidos pelo Conselho Nacional de Assistência Social, renovado a cada 3 anos.
Essa exigência foi questionada judicialmente, havendo posicionamento firme do
STF no sentido de sua legalidade.
O mesmo entendimento tem sido adotado pelo STJ, que editou a Súmula 352: “A obtenção ou a renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) não exime a entidade do cumprimento dos requisitos legais supervenientes”.
O art. 55 foi revogado pela Lei n. 12.101, de 27.11.2009, que define as entidades de assistência social como pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de assistência social com a finalidade de prestação de serviços nas áreas de assistência social, saúde ou educação, e que atendam ao disposto na Lei.
Com as alterações introduzidas na Lei Orgânica da Assistência Social — LOAS (Lei n. 8.742/93), pela Lei n. 12.435/2011, essas entidades passam a integrar o Sistema Único de Assistência Social — SUAS. Com a nova redação, o art. 3º da LOAS deu-lhes nova definição: consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos.
Essas entidades auxiliam a seguridade social, sendo justificável, por isso, a concessão da imunidade.
A nosso ver, somente podem ser consideradas entidades de assistência social as que atuam complementarmente ao Poder Público na área de assistência social. Por isso, o conceito de entidade de assistência social não se aplica às entidades de previdência privada que recebam contribuições dos beneficiários, que, portanto, não são alcançadas pela imunidade. Esse é o entendimento do STF, fixado na Súmula 730: “A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários”.
Imunidade das receitas decorrentes de exportação
No art. 149, § 2º, a CF dispõe que não incidirão as contribuições sociais, inclusive de seguridade social, sobre as receitas decorrentes de exportação.
A CF restringiu a imunidade às “receitas”, com o que outras verbas não podem ser abrangidas.
O STF, em Repercussão Geral, decidiu que a isenção prevista no art. 149, § 2º, não alcança a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
O STJ tem entendimento no sentido de que “ainda que se possa conferir interpretação restritiva à regra de isenção prevista no art. 14 da Lei n. 10.637/2002, deve ser afastada a incidência de PIS e Cofins sobre as receitas decorrentes de variações cambiais positivas em face da regra de imunidade do art. 149, § 2º, I, da CF/88, estimuladora da atividade de exportação, norma que deve ser interpretada extensivamente (...)”.
COMPETÊNCIA
Compete à União instituir as contribuições enumeradas pelo art. 195 (art. 149 da CF), por lei ordinária. Outras fontes de custeio, diferentes das previstas nos incs. I a IV do art. 195, podem ser instituídas. Trata-se de competência residual da União, que só pode ser exercida por lei complementar, proibidos a cumulatividade e o bis in idem (art. 154, I, e § 4º do art. 195).
Importante frisar que, para instituir as contribuições previstas nos incs. I a IV do art. 195, não é necessária lei complementar, bastando a lei ordinária. Essa questão foi levantada por ocasião da edição da Lei n. 7.689, de 15.12.1988, que instituiu a Contribuição Social sobre o Lucro das Pessoas Jurídicas (CSSL), ainda sob a égide da redação original da CF. O STF, então, firmou a necessidade de lei complementar apenas para novas fontes de custeio.
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios também podem instituir regimes próprios de previdência e assistência social. Por isso, têm competência para instituir e cobrar de seus servidores contribuições destinadas ao financiamento.
ANTERIORIDADE
O princípio da anterioridade impõe que o tributo não seja cobrado no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou (art. 150, III, b, da CF).
O princípio não se aplica às contribuições sociais, que podem ser cobradas no mesmo exercício financeiro em que instituídas ou modificadas, desde que respeitado o decurso de 90 dias após a publicação da lei, conforme o art. 195, §
6º, da CF.
Trata-se da conhecida “anterioridade mitigada ou nonagesimal”.
REMISSÃO E ANISTIA
A CF (art. 195, § 11) proíbe a concessão de remissão ou anistia das contribuições devidas pelo empregador, pela empresa e pela entidade a ela equiparada e pelos segurados da previdência, quando se tratar de débito superior ao previsto em lei complementar.
Remissão e anistia são institutos jurídicos distintos.
A remissão só pode ocorrer depois que o crédito estiver constituído pelo lançamento, configurando hipótese de extinção do crédito tributário (art. 156, IV,
do CTN).
A anistia ocorre em momento anterior ao do lançamento e atinge as penalidades impostas ao contribuinte por descumprir a legislação tributária. É hipótese de exclusão do crédito tributário (art. 175, II, do CTN).
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PARA O CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL
Natureza jurídica
O art. 195 da CF enumera as contribuições sociais destinadas ao financiamento da seguridade social: 
Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada (I); 
Do trabalhador e dos demais segurados da previdência social (II); 
Sobre a receita de concursos de prognósticos (III); e
Do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar (IV).
Essas contribuições sociais suscitam divergência sobre sua natureza jurídica. Predomina na doutrina e na jurisprudência o entendimento de que são tributos, mais precisamente contribuições especiais.
As receitas que compõem o orçamento da seguridade social estão elencadas no art. 11 do PCSS: 
Receitas da União (I), 
Receitas das contribuições sociais (II) e 
Receitas de outras fontes (III). 
No parágrafo único relaciona as contribuições sociais: 
As das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados aos seus serviços (a); 
As dos empregadores domésticos (b); 
As dos trabalhadores, incidentes sobre seu salário de contribuição (c); 
As das empresas, incidentes sobre o faturamento e o lucro (d); e 
As incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos (e). 
As do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar (f) (CF, art. 195, IV);
Não se pode esquecer, porém, que a EC 42/2003 acrescentou o inc. IV ao art. 195 da CF, acrescendo às verbas formadoras do orçamento da seguridade a contribuição do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
Contribuições para o custeio da seguridade social é gênero, do qual as contribuições previdenciárias são espécie.
Os recursos provenientes das contribuições sociais previstas acima nas alíneas “a”, “b” e “c” só podem ser utilizados para pagamentodos benefícios do Regime Geral de Previdência Social (CF, art. 167, XI). Por isso, podemos denominá-las de “contribuições previdenciárias”.
	Contribuições Previdenciárias
	As das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados aos seus serviços (a); 
As dos empregadores domésticos (b); 
As dos trabalhadores, incidentes sobre seu salário de contribuição (c); 
Os recursos provenientes das contribuições sociais descritas nos itens “d” a “f” podem ser aplicados em qualquer área da Seguridade Social (saúde, assistência social ou previdência social).
Receitas do Art. 11 do PCCS:
A RELAÇÃO JURÍDICA DE CUSTEIO
A Lei n. 8.212/91 (PCSS) tratou diferentemente a relação jurídica de custeio, estabelecendo sujeito ativo, base de cálculo e alíquota, que se distinguiam conforme se tratasse de contribuição destinada ao custeio da seguridade social
(gênero) ou de contribuição previdenciária (espécie).
O SUJEITO ATIVO
As contribuições previdenciárias eram instituídas pela União, mas arrecadadas e cobradas pelo INSS.
As contribuições sociais para o financiamento da seguridade social que não fossem da espécie previdenciária tinham como sujeito ativo a União, que, por intermédio da Secretaria da Receita Federal, deveria arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento (art. 33 do PCSS). 
Assim ocorria com as contribuições previstas no art. 11, parágrafo único, d e e, do PCSS: as contribuições das empresas incidentes sobre o faturamento e o lucro, e as incidentes sobre a receita dos concursos de prognósticos.
O sujeito ativo das contribuições previdenciárias era o INSS, autarquia federal cuja criação foi autorizada pelo art. 17 da Lei n. 8.029/90, que tinha competência para arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento das contribuições das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço; as dos empregadores domésticos; e as dos trabalhadores, incidentes sobre seu salário de contribuição (art. 33 do PCSS).
A Lei n. 11.457, de 16.03.2007, tornou a União o sujeito ativo de todas essas contribuições sociais.
A Lei n. 11.457/2007 criou a Secretaria da Receita Federal do Brasil (“Super-Receita”), órgão da Administração direta subordinado ao Ministro de Estado da Fazenda (art. 1º), que resultou da união da Secretaria da Receita Federal e da Secretaria da Receita Previdenciária.
A partir de 1º.05.2007 (art. 16), cabe à Secretaria da Receita Federal do Brasil planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, fiscalização, arrecadação, cobrança e ao recolhimento das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 da Lei n. 8.212, de 24.07.1991, e das contribuições instituídas a título de substituição.
Com a alteração introduzida pela Lei n. 11.941/2009, o art. 33 da Lei n. 8.212/91 dispõe que compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao recolhimento das contribuições sociais previstas no parágrafo único do art. 11, das contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a outras entidades e fundos. 
O SUJEITO PASSIVO
O sujeito passivo é o devedor, isto é, o que tem a obrigação de pagar.
O sujeito passivo das contribuições previstas no inc. I, a, b, e c é o empregador, a empresa ou a entidade a ela equiparada.
O trabalhador é o sujeito passivo da contribuição prevista no inc. II. A contribuição sobre a receita de concursos de prognóstico (inc. III) é devida pelos órgãos do Poder Público ou pelas entidades privadas que os promoverem.
E o importador de bens ou serviços do exterior, ou quem a lei a ele equiparar, é o sujeito passivo da contribuição prevista no inc. IV.
FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL
Art. 195 da CF:
I - CONTRIBUIÇÕES DO EMPREGADOR, DA EMPRESA OU DA ENTIDADE A ELA EQUIPARADA
Alíquotas e bases de cálculo diferenciadas
Antes da vigência da EC 47, de 05.07.2005, houve grande divergência na doutrina e na jurisprudência sobre a constitucionalidade da fixação de alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas dessas contribuições.
Com a edição da EC 47, de 05.07.2005, publicada no DOU em 06.07.2005, foi alterado o § 9º do art. 195 da CF, que prevê que as contribuições previstas no inc. I do caput do referido artigo “poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho”.
PACU – Porte, Atividade Econômica, Condição, Utilização da Mão de Obra.
ATENÇÃO: a alteração do § 9º produz efeitos a partir de 31.12.2003, data da vigência da EC 41/2003, conforme expressamente previsto no art. 6º da EC 47/2005.
O empregador, a empresa e a entidade a ela equiparada
O art. 195, I, da CF prevê a contribuição do empregador, da empresa ou da entidade a ela equiparada.
O conceito é importante porque, na redação original do inc. I, a CF previa apenas a contribuição do empregador, o que causava polêmica porque se indagava se eram devedoras dessas contribuições as empresas ou pessoas que não tivessem empregados. A polêmica deixou de existir com a alteração do inc. I, introduzida pela EC 20/98.
Coube à lei ordinária fixar o conceito de empresa, conforme posto no art. 15 do PCSS: é “a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional”.
	EMPRESA
	Firma Individual ou Sociedade
	Órgãos ou entidades da Administração direta, indireta e equiparação fundacional
Mas não é só: apenas para fins de custeio da seguridade social, o parágrafo único do art. 15 equipara a empresa “o contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras”.
É importante a equiparação feita pela lei, porque a relação jurídica de custeio se modifica em relação ao objeto considerado.
Exemplo: o contribuinte individual é sujeito passivo da relação de custeio em relação à contribuição que recolhe à União nessa qualidade; porém, é sujeito passivo da relação de custeio, na qualidade de empresa, por equiparação, com relação à contribuição incidente sobre a folha de salários dos segurados empregados que contratou.
O mesmo ocorre com a cooperativa: é sujeito passivo da contribuição patronal em relação aos segurados com os quais mantém relação empregatícia; porém, se for cooperativa de trabalho, não será parte na relação de custeio em relação aos serviços que seus cooperados prestarem a terceiros.
============================================================
Observação: A contribuição do contribuinte individual que se enquadre como Microempreendedor Individual (MEI) será de 11% sobre um salário mínimo (LC 123/06, art. 18-A, § 3º, IV).
Contribuições Sociais das Empresas
A empresa contribui sobre:
Folha Salarial + SAT;
Lucro 
Faturamento
Art. 22 da Lei nº 8.212/1991
II - para o financiamento da complementação das prestações por acidente do trabalho, dos seguintes percentuais, incidentes sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.
Clubes de Futebol – 5%
Produtor Rural (Agroindústria) – Pessoa Jurídica 
2,5% para a Seguridade Social
0,1% para o SAT
Produtor Rural – Pessoa Física
2% para a Seguridade Social0,1% para o SAT
SAT para Aposentadoria Especial
15 anos – 12%
20 anos – 9%
25 anos – 6%
Concursos de Prognósticos (Lei nº 8.212/1991)
Art. 26. Constitui receita da Seguridade Social a renda líquida dos concursos de prognósticos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crédito Educativo. (Redação dada pela Lei n° 8.436, de 25.6.92)
§ 1º Consideram-se concursos de prognósticos todos e quaisquer concursos de sorteios de números, loterias, apostas, inclusive as realizadas em reuniões hípicas, nos âmbitos federal, estadual, do Distrito Federal e municipal.
Realizados pelo:
Poder Público – 100% da renda líquida
Particular – 5% da movimentação global
Receitas de Outras Fontes (Lei nº 8.212/1991)
Tráfico ilícito de entorpecentes - 50%
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 81, de 2014)
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 81, de 2014)
Leilões – 40%
DPVAT – 50%
Arrecadação e Recolhimento
A competência para a fiscalização e arrecadação das contribuições é da Receita Federal. 
Ao INSS compete:
Emitir certidão de tempo de serviço;
Ás empresas compete:
Recolher contribuição 
Cota patronal;
Reter/recolher dos empregadores e contribuintes individuais prestadores de serviço.
Prazos de recolhimento:
Empresa e equiparadas – até o dia 20 do mês subsequente.
Não havendo expediente bancário, a empresa deverá recolher no dia útil imediatamente anterior.
Contribuinte Individual/Facultativo – até o dia 15 do mês subsequente.
Não havendo expediente bancário, a empresa deverá recolher no dia útil imediatamente seguinte.
Empregador Doméstico - Não havendo expediente bancário, a empresa deverá recolher no dia útil imediatamente anterior.
OBS: O Contribuinte Individual/Facultativo e o Empregador Doméstico poderão efetuar o recolhimento trimestral.
Empregador Doméstico
Art. 12. Consideram-se: II - empregador doméstico - aquele que admite a seu serviço, mediante remuneração, sem finalidade lucrativa, empregado doméstico.
Art. 211. A contribuição do empregador doméstico é de doze por cento do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço.
Recolhimento Fora do Prazo
Incide:
Multa de Mora + Juros de Mora - Voluntário
0,33%		Selic+1%

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