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Classificação de Solos em Geologia de Engenharia

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1 
 
CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS 
 
FONTE: ABGE - GEOLOGIA DE ENGENHARIA 
Autores: Eraldo Luporini Pastore e Rita Moura Fontes 
 
 
As classificações geotécnicas, que exigem a realização de alguns ensaios, uns mais 
simples, outros mais complexos, desenvolvidos no âmbito da mecânica dos solos, 
são enriquecidas pela geologia de engenharia através das classificações genéticas, 
especialmente a geológica. 
 
O objetivo de se caracterizar e classificar os solos em geologia de engenharia é o de 
poder prever os seus comportamentos, mecânico e hidráulico, em obras de 
engenharia, mineração e meio ambiente, conhecendo-se, ao mesmo tempo, as suas 
formas de ocorrência e a geometria das camadas nos locais em estudo. 
As descrições realizadas em cortes ou exposições dos solos, por escavações e em 
sondagens, aliadas aos ensaios expeditos e de laboratório, permitem elaborar de 
forma bastante complexa, mapas e seções apresentando os grupos de solos 
classificados quanto à gênese e ao comportamento geotécnico esperado. 
 
CLASSIFICAÇÃO TEXTURAL OU GRANULOMÉTRICA 
(CDG + ESCALA ABNT/MIT) 
 
Nesta classificação os solos são agrupados de acordo com a textura, ou seja, o 
tamanho das partículas através do ensaio de granulometria. É uma classificação 
limitada, pois, o comportamento dos solos não depende apenas da granulometria. 
No entanto, é uma informação essencial para descrições dos solos, principalmente 
para solos grossos e, por isto, ainda muito utilizada. 
 
2 
 
CLASSIFICAÇÃO GENÉTICA: PEDOLÓGICAS E GEOLÓGICAS 
 
As mais utilizadas em geologia de engenharia são as classificações geológica e 
pedológica. São ferramentas de grande utilidade, pois ajudam a interpretar a 
distribuição e o comportamento das diferentes camadas de solo de uma 
determinada área. Necessitam, entretanto, ser bem interpretadas para serem úteis 
em geologia de engenharia, pois, não permitem prever diretamente as propriedades 
mecânicas e hidráulicas dos solos de interesse para obras de engenharia. 
 
CLASSIFICAÇÃO GEOLÓGICA 
(QUANTO A MOVIMENTAÇÃO DOS SEDIMENTOS) 
 
A classificação geológica corresponde à interpretação da gênese do solo, com base 
na análise tátil-visual, e em observação de campo acerca da forma de ocorrência 
(morfologia) e das relações estratigráficas com outras ocorrências (outros solos ou 
rochas) interpretando-se os processos responsáveis pela gênese e, eventualmente, 
a rocha de origem. 
Sendo um procedimento interpretativo, que resulta em um diagnóstico sintético final, 
requer os cuidados necessários já que esta classificação implica adotar um modelo 
com determinadas características e comportamentos esperados. 
 
Obs: utilização da classificação geológica em geologia de engenharia: é 
fundamental, pois sem esta, não é possível estabelecer a correlação entre os 
diferentes horizontes ou camadas de solos que ocorrem em uma determinada 
região. No entanto, como a classificação geológica não fornece as propriedades 
mecânicas e hidráulicas dos solos, há de utilizar em conjunto, quando pertinente, 
classificações geotécnicas de modo a poder agrupar os diferentes estratos, 
considerando também as propriedades geotécnicas de interesse ao projeto. 
 
3 
 
CLASSIFICAÇÃO PÉDOLÓGICA 
(ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS HORIZONTES AO LONGO DO TEMPO) 
 
Usualmente concentra seu interesse na parte mais superficial do perfil do subsolo, 
onde é mais evidente a atuação de fatores pedogenéticos (clima, temperatura, org. 
vivos, tempo, etc), diferenciando este perfil em horizontes denominados a, b e c. 
 
Utilização da classificação pedológica: tem grande importância pela riqueza de 
conteúdo e de informações, que podem ser obtidos através de sua interpretação. 
uma das aplicações de mapas pedológicos seria, por exemplo, auxiliar na 
compreensão de processos de dinâmica superficial, como a erosão; escolha de 
jazidas mais adequadas para emprego em bases e sub-bases de rodovias, assim 
como, condicionando o traçado das mesmas (locais mais próximos de jazidas de 
empréstimo). 
 
 ALGUMAS LIMITAÇÕES DE UTILIZAÇÃO DAS CLASSIFICAÇÕES 
PEDOLÓGICAS: 
 
- disponibilidade ainda pequena de mapas pedológicos; 
- informações tradicionalmente limitadas aos horizontes superficiais (a e b) - sendo 
que em muitas obras civis tais horizontes são removidos parcial ou totalmente. 
- o fato de que grupos pedológicos distintos poderem apresentar o mesmo 
comportamento geotécnico e o fato de um mesmo grupo pedológico apresentar 
diferentes propriedades geotécnicas. 
 
CLASSIFICAÇÕES GEOTÉCNICAS CONVENCIONAIS 
 
São aquelas que utilizam como índices classificatórios a granulometria e os limites 
de consistência (ll e lp). 
 
exemplos: 
- sistema unificado de classificação de solos (sucs): derivada da classificação de 
casagrande (1948), inicialmente denominada sistema de classificação de 
aeroportos. 
4 
 
- classificação do highway research board (hrb): também conhecida como 
classificação da aashto é uma classificação mais aplicada em estradas. 
 
LIMITAÇÕES DAS CLASSIFICAÇÕES CONVENCIONAIS 
 
Por terem sido desenvolvidas em países de clima temperado, as classificações 
convencionais apresentam limitações e incompatibilidades quando aplicadas aos 
solos tropicais, pelo fato destes apresentarem natureza e comportamento geotécnico 
diverso dos solos formados em clima temperado. 
As principais limitações destas classificações podem ser divididas em dois tipos: 
1) relativas à dispersão dos resultados: verifica-se haver elevada dispersão 
entre os resultados de limites de consistência (ll e lp) e a granulometria de 
solos tropicais. o que não ocorre em solos de clima temperado. 
 
2) relativas à correlação entre as propriedades índices: granulometria e limites 
de consistência (lp e ll): incompatibilidade entre as propriedades esperadas 
dos solos tropicais e o comportamento geotécnico real destes em campo, 
quando se utilizam as classificações convencionais. 
 
 por exemplo: solos de natureza distinta (um laterítico e um saprolítico) que 
embora possuam classificações sucs e hrb iguais (ambos pertencendo aos grupos cl 
e a-4 respectivamente) apresentam comportamento geotécnico completamente 
diferente quando utilizados na contrução de bases de pavimentos, conforme 
apresentado por nogami & vilibor (1995). 
 
CLASSIFICAÇÕES GEOTÉNCICAS NÃO CONVENCIONAIS 
 
São aquelas que não utilizam como índices classificatórios a granulometria e os 
limites de consistência (ll e lp). Existem inúmeras classificações não convencionais 
de solos, baseadas nos mais diferentes índices (por ex: peso específico e coesão 
dos solos). Entretanto, a de maior uso no meio geotécnico é a classificação mct 
(miniatura, compactadas, tropical) proposta por nogami e villibor, (1981) baseia-se 
em ensaios de compactação e perda de massa por imersão de cp.

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