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Antidepressivos: Como Funcionam?

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ANTIDEPRESSIVOS
	São depressores do SNC.
Controlam a depressão quando esta é considerada uma doença que atrapalha o convívio social e causa mudanças no comportamento do indivíduo. A depressão afeta o bem estar físico provocando cansaço e o bem estar mental provocando alterações de ânimo e comportamento.
	Os NT (serotonina, dopamina, noradrenalina) regulam as emoções. Portanto, quando há desequilíbrio destes podem causar duas situações: quando o NT está em falta ocorre a depressão e quando há excesso de NT tem-se a mania. 
	Os antidepressivos atuam na manutenção de equilíbrio dos NT, se estes estão faltando (depressão), os NT aumentam. Por exemplo, numa neurotransmissão noradrenérgica há produção de noradrenalina que é exocitada na fenda sináptica e liga-se aos seus receptores específicos (alfa 1 e 2 / beta 1, 2 e 3). Para aumentar esse NT na fenda, é necessário impedir a receptação do NT para as varicosidades novamente. Mas é importante que esse NT não aumente excessivamente, se não um indivíduo que antes era depressivo passa a ser maníaco.
	Teoria das monoaminas: a depressão é causada por um déficit funcional das monoaminas (NA e/ou 5-HT) em certos locais do cérebro. A mania resulta de um excesso funcional desses NT.
	Os antidepressivos tricíclicos (um grupo dos antidepressivos) bloqueiam a receptação de NA ou de 5-HT, aumentando o humor do indivíduo, pois aumentou a concentração desses NT na fenda.
	Os inibidores da MAO (outro grupo dos antidepressivos) aumentam o estoque de NA e 5-HT, promovendo aumento do humor, já que a MAO degrada a NA dentro da varicosidade.
	A reserpina (atua no SN simpático) atua na varicosidade inibindo o armazenamento de NA e 5-HT, e faz com que a NA não se encontre dentro da vesícula, assim, a MAO degrada toda a NA produzida, diminuindo o humor pois o NT estão diminuídos na liberação para a fenda. 
	A metiltirosina inibe a síntese de NA, o que provoca a diminuição do humor. Ver dps!
	Na neurotransmissão noradrenérgica, o receptor alfa 2 é quem regula a receptação da NA. Então, para aumentar a quantidade de NT na fenda é necessário bloquear a receptação desses NT.
	A neurotransmissão serotoninérgica, possui receptores específicos: 5-HT1, 5-HT2 e 5-HT3.
	Utilizar os antidepressivos quando há: depressão, transtornos de ansiedade, transtornos obsessivos-compulsivos, abandono do tabagismo, transtornos alimentares (bulimia e anorexia), dor crônica (aqui o dentista pode atuar!), transtorno difórico pré-menstrual, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Prestar muita atenção em quando prescrever, pois são depressores do SNC e causam dependência.
	Agentes antidepressivos: 
Antidepressivos tricíclicos (ADT)
Inibidores da receptação da 5-HT (ISRS)
Inibidores da MAO (IMAO)
Antidepressivos de segunda geração e terceira geração (IRSN)
Neurotransmissão noradrenérgica: há a síntese de NA que entra na vesícula para não sofrer degradação pela MAO, é exocitada para a fenda sináptica. Aqui liga-se aos seus receptores alfa e beta, e também se liga ao receptor alfa 2 presenta na membrana pré-sináptica, onde é recaptada. Os ADTs atuam inibindo a ligação de NA ao alfa 2 (funciona como agonista alfa 2?? Ver dps 1). Os IRSNs também inibem a recaptação.
Neurotransmissão serotoninérgica: há a produção e depois a liberação de serotonina na fenda que se liga aos seus receptores específicos. Se houver quantidade diminuída de serotonina os ISRSs e os ADTs atuam inibindo a recaptação da 5-HT, aumentando a quantidade de NT na fenda.
ADT: imipramina, amitriptilina, nortriptilina, doxepina, desipramina, clomipramina, trimipramina, protriptilina. Os três primeiros são para a dor crônica, ou seja, o dentista pode usá-los. (VER DPS 2) Podem causar a xerostomia.
Os ADT atuam então, aumentando as concentrações de NA e 5-HT na fenda pela inibição da recaptação. Alguns possuem metabólitos ativos, como a imipramina.
Os efeitos colaterais pelos ADTs ocorrem pois além de se ligarem aos receptores de NA e 5-HT, ligam-se também a receptores muscarínicos da Ach e da histamina. Alguns desses efeitos são: sedação e ganho de peso (bloqueio do receptor H1 – histamina), hipotensão postural pelo bloqueio alfa adrenérgico (após tratamento onde a cadeira fica praticamente deitada, é preciso que seja levantada vagarosamente para que o indivíduo não desmaie), boca seca, visão turva, constipação (esses três são efeitos anticolinérgicos), arritmias ventriculares – doses excessivas, mania e convulsões (ocasionalmente) se aumentar a dose de antidepressivos excessivamente.
ISRS: fluoxetina, paroxetina, sertralina, fluvoxamina, citalopram, (trazodona e nefazodona VER DPS 3). É o grupo de antidepressivos mais recomendado, pois apresenta menos efeitos colaterais, já que são mais específicos para a serotonina.
	Aumentam a serotonina na fenda; possuem menos toxicidade do que os IMAO e ADT; podem causar a “reação da serotonina” onde há aumento excessivo desse NT resultando em mania, hipertemia, rigidez muscular, tremor e colapso cardiovascular; interferem menos com outros sistemas, pois são específicos para os receptores da serotonina.
	Efeitos indesejáveis: náuseas, anorexia, insônia, perda da libido e falência do orgasmo. 
	Usos terapêuticos: depressão, distúrbios da ansiedade, ataques de pânico e distúrbio obsessivo-compulsivo.
IMAO: fenelzina e tranilcipromina. Atualmente, são raramente utilizados na prática clínica devido a sua toxicidade, interação alimentar e interações medicamentosas potencialmente fatais. 
	Os IMAO inibem de forma irreversível uma ou ambas as formas da MAO (MAO A e MAO B) no cérebro, aumenta as reservas de NA, 5-HT e dopamina. A inibição da MAO A correlaciona-se com a atividade antidepressiva preferencialmente de serotonina e a inibição da MAO B com a de NA e dopamina.
	Efeitos farmacológicos: aumento cerebral de 5-HT, NA e dopamina; aumento nos tecidos periféricos; aumento nas concentrações plasmáticas. 
	Efeitos colaterais: hipotensão postural (bloqueio simpático), efeitos semelhantes a atropina (similar ao ADT), aumento do peso corporal, depressão do SNC, inquietação e insônia, convulsões com superdosagem.
	Interação com outros fármacos: os IMAO causam resposta hipertensiva grave quando junto dos alimentos que contém tiramina (queijo) – “reação do queijo”. A tiramina é um dos substratos para a formação da NA, portanto, se tem muita tiramina e ocorre a inibição da MAO que degrada a NA, aumenta excessivamente a concentração de NA e causa a hipertensão grave, já que a tiramina tem efeitos simpatomiméticos. Indivíduos hipertensivos devem evitar comer queijo e alimentos que contém muita tiramina.
ADT ou IMAO com: 
Fenotiazinas: são antinausiantes e antiemético, induzem a sedação. Pode causar aumento do efeito antidepressivo e toxicidade anticolinérgica.
Barbituricos: induz a sedação e hipnose. Pode causar depressão do SNC.
Anestésicos gerais: anestesia geral e sedação. Pode causar a depressão do SNC.
BZ: pode causar depressão do SNC.
Anti-histaminico: sedação e antialérgico. Pode causar depressão do SNC e toxicidade anticolinérgica.
Anticolinérgicos: anti-sialogogo, pode causar toxicidade anticolinérgica.
Etanol: induz a sedação e pode causar depressão do SNC.
Simpatomimético de ação direta: induz retração gengival e vasoconstrição. Pode causar arritmia e hipertensão.
IRSN: maprotilina, venlafaxina, mianserina e bupropiona. São bloqueadores fracos da captação de monoaminas (NA e 5-HT), não tem mecanismo de ação em comum. Possuem resposta terapêutica demorada quando comparados ao ADT e IMAO e tem ação curta. VER LIVRO DO GOODMAN (efeitos colaterais).
	Implicações na odontologia dos agentes antidepressivos: ADT – apresenta efeitos colaterais anticolinérgicos, diminuição do fluxo salivar, uso concomitante com anestésicos locais com vasoconstritores. IRSN – diminui o número de efeitos colaterais, porém, ainda apresenta propriedade anticolinérgica e sedativa. Dor facial atípica e artromialgia facial –amitriptilina outros antidepressivos. 
Estabilizadores de humor:utilizados para controlar as oscilações do humor, como ocorre nos distúrbios bipolares (indivíduo que é maníaco/depressivo).
	O tratamento é feito com o lítio e também com fármacos antiepiléticos (carbamazepina, valproato e gababentina), estes em doses menores tem efeito tão bom quanto o lítio e com menos efeitos colaterais.
	Lítio: é um metal alcalino, administrado por VO na forma de carbonato de lítio em comprimidos de 300g. Possui vários mecanismos de ação, por isso apresenta diversos efeitos colaterais.
	Mecanismo de ação: 1) interferência na formação de IP3 e cAMP; 2) diminui a atividade da adenilatociclase; 3) diminui o acoplamento do receptor com a proteína G (está ligada ao receptor e sua ativação induz a formação desses segundos mensageiros: IP3, cAMP e adenilatociclase); 4) aumenta as funções colinérgicas e serotoninérgicas; 5) diminui as funções alfa e beta adrenérgicas.
	Controla a fase de mania e de depressão, profilaxia do transtorno bipolar, meia vida plasmática longa, janela terapêutica pequena (diferente dos outros antidepressivos).
	Efeitos indesejáveis dos estabilizadores: náuseas, sede, poliúria, hipotireoidismo e teratogênese. A dose excessiva do lítio causa: confusão, convulsão, disritmias cardíacas, sonolência, fraqueza muscular, peso nos membros, tremores, abalos musculares e fala arrastada.
	Implicações na odontologia: O lítio interage com os analgésicos anti-inflamatórios não esteroidais. Os anti-inflamatórios diminuem a excreção renal do lítio, causando o aumento deste no organismo (aumenta a biodisponibilidade) e resulta na toxicidade. Os anti-inflamatórios são: piroxican, indometacina, ibuprofeno, naproxeno. Porém, há duas exceções: o AAS (ácido acetilsalicílico) e o sulindaco, estes podem ser utilizados junto ao lítio (não impedem a excreção renal do lítio).
	O lítio pode prolongar o efeito neuromuscular (bloqueadores neuromusculares). Portanto, se o paciente faz uso do lítio e se o dentista precisar prescrever um bloqueador neuromuscular, este precisa estar em menor concentração.

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