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OAB1FASE DIRTRIB AULA 02

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ESTUDO DE TEMAS DO CTN: 
EXCLUSÃO E EXTINÇÃO DO CT; DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIAS; COBRANÇA JUDICIAL DO 
TRIBUTO; GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CT; FONTES, INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEGISLA-
ÇÃO TRIBUTÁRIA. 
 
PROF. EDUARDO SABBAG 
DOUTOR EM DIREITO TRIBUTÁRIO – PUC/SP 
DOUTOR EM LÍNGUA PORTUGUESA – PUC/SP 
PROFESSOR DE DIREITO TRIBUTÁRIO (UNIVERSIDADE MACKENZIE/SP) 
ADVOGADO TRIBUTARISTA 
 
TRIPÉ DO ESTUDO DE DIREITO TRIBUTÁRIO 
1ª FASE DA OAB XXIV EXAME 
1. CADERNO (AULA + Slides/ÁREA DO ALUNO) 
2. TEXTO DE LEI (CTN + CF) 
3. TESTES 
 
TEXTO DE LEI: 
 
LEIA COM ATENÇÃO! 
 
DISPOSITIVOS DO CTN: 
ARTIGOS: 3º; 4º; 7º; 16; 32; 43; 77-79; 80-82; 96; 100; 103; 106; 111; 113-114; 118; 121; 123; 130-135; 138; 142; 
147; 150-151; 156; 163-164; 168-169; 173-175; 180; 185-186; 188; 201; 204-206; 209. 
 
CAUSAS DE EXCLUSÃO DO CT 
Temos duas causas que excluem o Crédito Tributário: 
1. Isenção: Artigos 176 a 179, CTN; 
2. Anistia: Artigos 180 a 182, CTN. 
 
Pontos em comum entre ISENÇÃO e ANISTIA: 
I) A isenção e a anistia são institutos jurídicos de desoneração ($); 
II) Ambas, a isenção e a anistia, dependem de lei...e esta será a lei específica (art. 150, §6º, CF); (...) 
III) Se atingem o ato de pagar, significa dizer que a isenção e a anistia afetam a obrigação tributária principal, 
permanecendo inalteradas as OTs acessórias (art. 175, parágrafo único, CTN). 
IV) Ambas, para o STF, inibem o lançamento: 
 
HI ----------> FG -----------> OT---|---- lançamento ---> CT (...) 
 
Note que, na isenção/anistia, acaba se realizando o FG, fazendo-se surgir a OT, despontando-se o sujeito passi-
vo, entretanto, não se vê constituído o crédito tributário pelo lançamento. Portanto, a isenção e a anistia são cau-
sas obstativas ou inibitórias do lançamento (visão do STF). 
 
 V) Interpretação literal 
 
Art. 111, I, CTN: a necessidade da chamada “interpretação literal” para as causas de suspensão e EXCLUSÃO 
DO CT. Desse modo, onde se aplica a interpretação literal (art. 111, CTN), não haverá espaço para os métodos 
de integração da legislação tributária (art. 108, I a IV, CTN), por exemplo, analogia ou equidade. Daí o nosso ma-
cete: “Onde ENTRA o 111, não CABE o 108”. 
 
DISPOSITIVO RECOMENDADO 
Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: 
I - às taxas e às contribuições de melhoria; 
II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. 
 
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revo-
gada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. 
 
 
 
 
 
 
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3 
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, 
não se aplicando: 
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam 
praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; 
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou 
jurídicas. 
 
Causas de Extinção do CT 
(Artigo 156, CTN) – 11 INCISOS 
 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
I - o pagamento; 
II - a compensação; 
III - a transação; 
IV - remissão; 
V - a prescrição e a decadência; 
VI - a conversão de depósito em renda; 
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º 
e 4º; 
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; 
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais pos-
sa ser objeto de ação anulatória; 
X - a decisão judicial passada em julgado. 
XI - a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. (Incluído pela LC n. 
104, de 10.1.2001) 
 
Desse modo, como boas dicas, recomenda-se a leitura: 
1. Pagamento: ver arts. 157 a 169 do CTN; 
2. Compensação: ver art. 170 do CTN; 
3. Transação: ver art. 171 do CTN; 
4. Remissão: ver art. 172 do CTN; 
5. Decadência e Prescrição: ver arts. 173 a 174 do CTN; 
... 
11. Dação em Pagamento: só para bens IMÓVEIS, no Direito Tributário. 
 
Decadência e Prescrição tributárias: pontos em comum. 
 
1. Causas de extinção do crédito tributário (art. 156, V, CTN); 
2. Institutos jurídicos: lidam com a questão complexa do tempo; 
3. Objetivam manter a estabilidade das relações jurídicas; 
4. Geram o direito à restituição do tributo (decaído ou prescrito). 
 
Na recente visão do STJ, em sede de recurso repetitivo, “a decadência, consoante a letra do art. 156, V, do CTN, 
é forma de extinção do crédito tributário. Sendo assim, uma vez extinto o direito, não pode ser reavivado por qual-
quer sistemática de lançamento ou autolançamento, seja ela via documento de confissão de dívida, declaração de 
débitos, parcelamento ou de outra espécie qualquer (DCTF, GIA, DCOMP, GFIP, etc.).” (REsp 1.355.947/SP, rel. 
Min. Mauro Campbell Marques, 2ª T., j. em 12-06-2013). 
 
5. Prazos quinquenais (lustro decadencial / lustro prescricional): Súmula Vinculante n. 8, STF (ver art. 146, III, “b”, 
da CF) 
 
Detalhamento: trata-se de um caso clássico, à luz da Lei nº 8.212/91 (arts. 45 e 46). Tais artigos previram prazos 
decenais (10 anos), contrariamente ao disposto no CTN. O STF considerou os dispositivos inconstitucionais (Súm. 
Vinc. Nº 8) 
 
A Súmula Vinculante nº 8 do STF declarou inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/91, pois as normas 
relativas à prescrição e decadência têm natureza de normas gerais de direito tributário, sendo reservadas à lei 
complementar. 
 
 
 
 
 
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CONCEITO DE DECADÊNCIA 
 
É um instituto jurídico que demarca no tempo a perda do direito subjetivo de constituir o crédito tributário pelo lan-
çamento. 
 Ideia = lançamento “fora de hora” (extemporâneo ou a destempo) 
 
 
 
Conceito de Prescrição Tributária: 
É o instituto jurídico que demarca no tempo a perda do direito à pretensão executória. Em outras palavras, ocor-
rerá a prescrição quando houver uma execução fiscal extemporânea ou “a destempo”. 
 
À semelhança da decadência, a prescrição demarca prazo oponível ao Estado credor (Fazenda Pública, por meio 
das Procuradorias). 
 
Termo "a quo" da prescrição: para se falar nesse termo de início, devemos repisar que o prazo de prescrição é um 
prazo quinquenal (5 anos). 
 
O art. 174, caput, CTN prevê o termo de início de contagem: 
DATA DA CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. 
 
COBRANÇA JUDICIAL DO TRIBUTO 
 
 
 
No CTN, o tema da dívida ativa está assim previsto: 
 
TÍTULO IV 
Administração Tributária 
(...) 
 
CAPÍTULO II 
Dívida Ativa 
 
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na reparti-
ção administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final 
proferida em processo regular. 
 
 
 
 
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Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito. 
 
Após a inscrição na dívida ativa, cria-se o cenário hábil à propositura da ação judicial de cobrança, de nome Ação 
de Execução Fiscal, conforme a Lei n. 6.830/80. 
 
Como resposta à tal ação judicial, poderá o contribuinte, assim que ofertada a garantia do juízo (art. 16 da LEF), 
opor Embargos à Execução Fiscal, numa tentativa de extinguir a execução fiscal preexistente. 
 
Há a obrigatoriedade de requisitos que deverão lastrear a CDA, e estes distribuem-se nos cinco incisos do art. 202 
do CTN. Vamos conhecê-los: 
 
a) O nomedo devedor 
b) O montante exequível 
c) A origem e o fundamento legal 
d) A data da inscrição 
e) A menção ao processo administrativo 
f) A indicação do livro e da folha da inscrição 
 
Entretanto, mais importante do que conhecermos os itens obrigatórios do termo e da certidão de inscrição na dívi-
da ativa é assimilarmos as consequências do erro ou omissão de um deles, como se depreende do art. 203 do 
CTN. 
 
Art. 203, CTN: a omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior (art. 202), ou o erro a eles relati-
vo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser 
sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, 
acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada. 
 
 
 
 
GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (NOÇÕES) 
 
INTRODUÇÃO: 
- Matéria: arts. 183 a 193 do CTN; 
- Temática: refere-se a medidas que asseguram ao Estado a satisfação do crédito tributário pelo devedor de tribu-
tos; 
- Noções: Garantia ("diz respeito ao CT que está garantido, assegurado"); Privilégio ("diz respeito ao CT que as-
sume uma condição de superioridade com relação a outros créditos exigíveis"). Ambas prendem-se “à noção de 
verticalidade que marca a relação jurídico-tributária” (Teste TJ/SP, JUIZ DE DIREITO, VUNESP, 2009) 
 
GARANTIAS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
Análise do Artigo 184 do CTN: 
Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde 
pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujei-
 
 
 
 
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to passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou 
impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e 
rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis. 
 
Detalhamento: 
 
A REGRA é que todos os bens e rendas do contribuinte sejam alcançados para a satisfação do crédito tributário 
(ideia de UBIQUIDADE DA COBRANÇA DO CT), salvo as DUAS situações que aparecem no começo e no fim do 
dispositivo. Chamamos de RESSALVAS 1 e 2, as quais serão adiante explicitadas: 
 
Pergunta-se: o que é atingido seguramente? 
 
Resposta: 
- Todos os bens e rendas de qualquer natureza e origem (INCLUSIVE os bens gravados por ônus real ou cláusula 
de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula); e 
- Todas as "pessoas" (sujeito passivo, o espólio, a massa falida). 
 
Memorize o “inclusive” ...: 
- “(...), inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a 
data da constituição do ônus ou da cláusula, (...)” 
 
Portanto, são DUAS as ressalvas LEGAIS: 
 
Ressalva 1 (Parte inicial do dispositivo): certos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos 
em lei (Art. 184, parte inicial); 
 
Ressalva 2 (Parte final do dispositivo): o bem ou renda declarados pela lei como absolutamente impenhoráveis 
(Art. 184, parte final c/c art. 10, parte final, da Lei 6.830/80) (= impenhorabilidade legal, e não decorrente, portanto, 
de ato de vontade). 
 
Observação: a propósito, ver a lista de “bens impenhoráveis” (nova terminologia, pelo Novo CPC, art. 833) e, tam-
bém, a impenhorabilidade do bem de família (arts. 1º e 3º da Lei 8.009/90), adiante explicitada: 
 
A impenhorabilidade do bem de família e a ressalva para dívida tributária sobre o imóvel familiar: 
Art. 3º, Lei 8.009/90. A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciá-
ria, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: (...) IV – para cobrança de impostos, predial ou territorial, 
taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; 
 
Análise do Artigo 185 do CTN: 
 
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo 
em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. (Redação 
dada pela LC n. 118, de 2005) 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens 
ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita. (Redação dada pela LC n. 118, de 2005) 
 
PREFERÊNCIAS (OU PRIVILÉGIOS) DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
(arts. 186 ao 190, CTN) 
 
Uma pergunta é vital para o início do estudo: 
Qual é o "status" que assume o CT quando ele se emparelha com outros créditos, a que faz jus a entidade tribu-
tante credora? 
 
PARA REFLETIR, POR ENQUANTO: uma mesma pessoa devedora pode ter débitos de natureza civil (comprou 
um bem imóvel), comercial (comprou mercadorias), financeira (realizou empréstimos), trabalhista (contratou e 
deve pagar salários), tributária (deve pagar tributos), entre outros. 
 
Privilégio = Preferência = ideia de prioridade de um crédito com relação a outro. Um ganha posição; outro perde 
posição. 
 
 
 
 
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PERGUNTA-SE: o CT virá antes ou depois? Qual será a sua posição diante de uma coexistência de débitos? 
 
Em resumo: 
Como se verá adiante, os créditos trabalhistas e aqueles decorrentes de acidente de trabalho (acidentários) de-
vem ser satisfeitos com prioridade, em primeiro lugar, reservando-se, primordialmente, valores à satisfação do 
pagamento de férias, décimo terceiro salário, aviso prévio, salários etc. Após o direcionamento de recursos a es-
ses créditos, deverá ocorrer a satisfação do crédito tributário. 
 
(...) 
Não obstante, o crédito tributário desfruta de preferência em relação aos demais créditos (de qualquer natureza), 
por exemplo, um crédito civil, independentemente da data de sua constituição, ou seja, não se cogita de limite 
cronológico para essa preeminência. Exemplo: se há um crédito civil anterior e crédito tributário posterior: sempre, 
haverá a preferência do CT. 
 
Para o STJ, coexistindo execução fiscal e execução civil, contra o mesmo devedor, com pluralidade de penhoras 
recaindo sobre o mesmo, o produto da venda judicial do bem há que, por força de lei, satisfazer ao crédito fiscal 
em primeiro lugar. 
 
Confirmemos esse aprendizado, agora, no art. 186 do CTN: 
 
Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, 
ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. (Redação dada pela 
Lcp nº 118, de 2005) 
 
Uma pergunta decisiva... 
 
E se a cobrança múltipla ocorrer no contexto de FALÊNCIA do devedor? 
 
Desde já, devemos saber que a ordem de preferência dos créditos tributários NÃO é a mesma em caso de falên-
cia ou fora de hipótese de falência. 
 
Retomando...Análise do Inciso I do Parágrafo Único do Artigo 186 do CTN: 
 
Art. 186. (...) 
Parágrafo único – Na falência: 
I – o crédito tributário NÃO prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos 
termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado; 
 
Note que há os "preferidinhos" na falência, ou seja, no juízo da falência, devem ser pagos os créditos preferenciais 
ANTES dos ordinários. Têm primazia: 
- créditos extraconcursais; 
- importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar (Exemplo: uma empresa em regime pré-
falimentar efetua uma compra de mercadorias e, na semana seguinte, ocorre a decretação da falência. Este for-
necedor terá um crédito passível de restituição pago preferencialmente aos créditos tributários); 
- créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. 
 
ANÁLISE DE ALGUNS DISPOSITIVOS COMPLEMENTARES (CTN) 
LEITURA BREVE E NOÇÕES:Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os 
decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles 
pertinentes. 
 
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: 
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; 
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia norma-
tiva; 
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; 
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
 
 
 
 
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Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança 
de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo. 
 
Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor: 
I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data da sua publicação; 
II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a 
data da sua publicação; 
III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data neles prevista. 
 
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará 
sucessivamente, na ordem indicada: 
I - a analogia; 
II - os princípios gerais de direito tributário; 
III - os princípios gerais de direito público; 
IV - a equidade. 
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. 
§ 2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. 
 
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: 
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; 
II - outorga de isenção; 
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
 
QUESTÕES 
PADRÃO FGV (PROVA OAB – 1ª FASE) 
 
1. Prefeito de um determinado município resolveu conceder isenção de IPTU, por 10 (dez) anos, a proprie-
tários de imóveis que sejam portadores de deficiência e que realizem investimento nas condições de 
acessibilidade de suas propriedades. Com base na situação apresentada, assinale a afirmativa CORRETA. 
 
A) É possível que o município institua a isenção por meio de decreto. 
B) Tal isenção constitui caso de suspensão da exigibilidade daqueles créditos tributários. 
C) Somente por meio de lei específica municipal pode ser concedida isenção de IPTU. 
D) A isenção concedida em função de determinadas condições, como é o caso, pode ser revogada a qualquer 
tempo. 
 
2. Uma obrigação tributária referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) teve 
seu fato gerador ocorrido em 1º de junho de 2012. O débito foi objeto de lançamento em 21 de janeiro de 
2014. A inscrição em dívida ativa ocorreu em 02 de junho de 2014. A execução fiscal foi ajuizada em 21 de 
outubro de 2014 e, em 02 de março de 2015, o juiz proferiu despacho citatório nos autos da execução fis-
cal. 
(...) 
Considerando que o contribuinte devedor alienou todos os seus bens sem reservar montante suficiente 
para o pagamento do tributo devido, assinale a opção que indica o marco temporal, segundo o CTN, carac-
terizador da fraude à execução fiscal, em termos de data de alienação. 
 
A) 21 de janeiro de 2014 
B) 02 de junho de 2014 
C) 02 de março de 2015 
D) 21 de outubro de 2014 
 
3. Determinada lei prevê que certo grupo de eletrodomésticos não ficará sujeito à tributação do IPI, duran-
te o exercício financeiro seguinte. O benefício fiscal em questão configura: 
 
A) Imunidade. 
B) Remissão. 
C) Isenção. 
D) Anistia. 
 
 
 
 
 
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4. A expiração do prazo legal para lançamento de um tributo, sem que a autoridade administrativa fiscal 
competente o tenha constituído, caracteriza hipótese de: 
 
A) Remissão. 
B) Prescrição. 
C) Decadência. 
D) Transação. 
 
5. Segundo o Código Tributário Nacional, REMISSÃO é: 
 
A) Uma modalidade de extinção dos créditos tributários e consiste na liberação da dívida por parte do credor, 
respaldada em lei autorizativa. 
B) A perda do direito de constituir o crédito tributário pelo decurso do prazo. 
C) Uma modalidade de exclusão dos créditos tributários com a liberação das penalidades aplicadas ao sujeito 
passivo, respaldada em lei autorizativa. 
D) Uma modalidade de extinção dos créditos tributários em razão da compensação de créditos entre o sujeito 
ativo e o sujeito passivo, respaldada em lei autorizativa. 
 
6. Delta Ltda. teve sua falência decretada em 11/01/2010. Delta possuía um imóvel hipotecado ao Banco 
Junior S.A., em garantia de dívida no valor de R$ 1.000.000,00. O imóvel está avaliado em R$ 1.200.000,00. 
A Fazenda Pública Estadual tem créditos a receber de Delta Ltda. relacionados ao ICMS não pago de ven-
das ocorridas em 03/01/2008. Com base no exposto acima, assinale a afirmativa CORRETA: 
 
A) A Fazenda tem direito de preferência sobre o credor com garanti a real, em virtude de seus privilégios. 
B) A Fazenda não pode executar o bem, em função de ter havido a quebra da empresa, prevalecendo o crédito 
com garanti a real. 
C) A Fazenda tem direito de preferência uma vez que a dívida tributária é anterior à hipoteca. 
D) A Fazenda respeitará a preferência do credor hipotecário, nos limites do valor do crédito garantido pela hipote-
ca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Muito obrigado! 
#Estude mais, Estudo sempre!# 
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