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O PROFESSOR NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: UM TRABALHADOR DA CONTRADIÇÃO
No texto em questão o autor argumenta sobre a necessidade de definir a missão do professor e da escola em meio às contradições. O autor discursa sobre essas contradições existentes na atuação do professor na sociedade e na escola atualmente. Com isso ele começa desmistificando o que chamamos de contradições da escola e da profissão e ajudando a perceber que estas são contradições da sociedade como um todo e que por consequência a escola não estaria imune delas, posto que aí esteja inserida.
A sociedade de contradições torna o professor um indivíduo também contraditório. Por mais que ele sonhe com uma nova forma de se relacionar com os educandos continua repetindo práticas e conceitos já desacreditados e altamente questionados. Entre os exemplos pode ser citada a prática de atribuir nota como critério último para o processo avaliativo. O professor Bernardcharlot em entrevista com a jornalista Daniela Arbex alertou o seguinte “Não se pode ensinar dando uma nota individual com métodos coletivos. É uma contradição. A nossa sociedade pede ao professor coisas contraditórias. Ao mesmo tempo ela quer que um filho seja aprovado no vestibular, que ele seja inteligente, criativo e solidário. E a própria escola está impondo estruturas que foram criadas no século XVI e XVII, o que os sociólogos chamam de forma escolar, que são contraditórias, como o uso das novas tecnologias, com um trabalho mais coletivo.”
É verdade também que a missão de educar tem uma projeção simbólica e é sobre esta imagem que são projetadas todas as contradições sociais na maioria das vezes como se fossem restritas ao mundo da escola e da educação.
Fica bastante clara na posição do autor que os “problemas” na escola não podem ser tratados apenas sob o ponto de vista do pedagógico. Esta afirmação fazemos questão de transcrevê-la textualmente: “As contradições relativas à escola são contradições sociais a respeito da escola e não contradições dentro da escola”.E a partir desta convicção ele faz uma longa fundamentação sobre o papel social da escola e vice versa e conclui dizendo que esta interação contraditória é responsável pela desestabilização da função do docente.
No contexto da globalização aparece também no âmbito escolar e em alta escala a questão da eficácia, do resultado e da autonomia. Esta última é bastante mais ampla do que em outras épocas, mas por outro lado trouxe consigo a responsabilidade pelo sucesso ou pelo fracasso.
O mundo globalizado “quebrou as imagens” e também a do professor que agora já não é mais uma referência para os alunos que muitas vezes nem o incluem entre as fontes para obter informações sobre o mundo.
A sociedade de contradições torna o professor um indivíduo também contraditório. Por mais que ele sonhe com uma nova forma de se relacionar com os educandos continua repetindo práticas e conceitos já desacreditados e altamente questionados. Entre os exemplos pode ser citada a prática de atribuir nota como critério último para o processo avaliativo. É verdade também que a missão de educar tem uma projeção simbólica e é sobre esta imagem que são projetadastodas as contradições sociais na maioria das vezes como se fossem restritas ao mundo da escola e da educação.
As contradições da sociedade na qual a escola está inserida parece ser bastante reproduzida no interior da escola na medida em que todos os envolvidos no processo “interiorizam a notação como função central do ensino”.
Sob esta ótica não se pode fugir da realidade das escolas cuja missão é universalista, mas que trabalha com indivíduos na sua particularidade. Isto significa dizer que a função universal da escola não é precisamente ensinar, mas facilitar que os alunos aprendam. Por conta da universalidade da escola não se pode imaginar que esta seja uma instituição sem regras ou normas, mas acima de tudo há que se compreendê-la como lugar no qual é facilitado ao ser humano tornar-se membro de uma sociedade e de uma cultura na condição de sujeito singular e insubstituível.
Com certeza sob esta ótica será possível fugir do que chamamos de dicotomia simplista, isso é, de quem é a culpa, ou qual a imagem do professor. Parece certo que se trata de um trabalhador da contradição. Ele vive entre a função de facilitar ao aprendente ir ao encontro da universalidade que permita compreender a vida e garantir a aprovação nas barreiras imediatas que a sociedade impõe como limites de crescimento.

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