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Direito Cambiário (Falência)

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FALENCIA
O credor poderá promover perante o poder judiciário a execução dos bens do patrimônio do devedor para pagar o seu credito.
Para que isto não aconteça o direito, valendo-se do princípio de proteção dos credores, afasta a execução individual. É prevista a execução coletiva, de forma a abranger a totalidade dos credores, dos bens, do passivo e do ativo.
FALÊNCIA
É a execução coletiva do patrimônio do devedor empresário.
MASSA FALIDA
Formada quando decretada a falência, é composta pelo ativo e passivo de bens (objetiva) e interesses dos credores (subjetiva), que passam a ser administrados e representados.
CARACTERIZAÇÃO DA FALÊNCIA
Requisitos:
1)Empresário individual ou sociedade empresária: Devedor que exercer atividade econômica de forma empresarial.
2)Insolvência: Quando o devedor tem dividas superiores aos seus rendimentos. os efeitos da insolvência são: o vencimento antecipado das dividas do devedor, execução dos bens passiveis de penhora, execução por todos os credores do devedor. Neste caso é necessária a ocorrência de um dos fatos estabelecidos no artigo 94 da Lei de falência;
A) Impontualidade injustificada;
B) Execução frustrada
C) Atos de falência, que são:
• Liquidação precipitada
• Negocio simulado
• Alienação irregular do estabelecimento
• Transferência simulada do principal estabelecimento
• Garantia real
• Abandono do estabelecimento empresarial
• Deixar de cumprir prazos na recuperação judicial
Empresa Insolvente: Sociedade Empresária cuja atividade encontra-se em qualquer tipo de crise, seja ela financeira, econômica ou patrimonial.
3) Sentença declaratória de falência: Prolação da sentença declaratória de falência, operando assim a dissolução da sociedade falida, ficando assim, seus bens, contratos e credores submetidos ao regime jurídico da falência.
ENCERRAMENTO DA FALÊNCIA
Depois de fazer o último pagamento, deve-se apresentar a prestação de contas no prazo é de 30 dias. No prazo de 10 dias deverá submeter ao juiz o relatório final.
Nele, deve constar o valor do ativo e o do produto de sua realização, bem como o do passivo e o dos pagamentos feitos aos credores, também as responsabilidades que continuam imputáveis à sociedade falida, isto é, o saldo não pago. Em seguida, se não houver mais nenhuma outra pendência, o juiz dá a sentença de encerramento da falência.
CONCORDATA
O devedor propõe em juízo uma forma melhor de pagamento a seus credores para evitar ou suspender a falência.
A concordata foi extinta pela lei da falência.
Ela atendia ao empresário que, em dificuldades financeiras, queria evitar uma possível falência. Era uma medida preventiva que dava ao interessado prorrogação de até dois anos para quitar suas dividas.
Durante o processo, o empresário continuava a administrar os bens do seu negocio. Trazia vantagens ao devedor e aos credores.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL
Trata-se de medidas judiciais para evitar que a crise na empresa venha a provocar a falência. Fazem parte do plano de recuperação da atividade econômica.
Para adquirir legitimidade para o processo de recuperação judicial, precisa atender os seguintes requisitos de forma cumulativa:
• Não pode estar falida
• Deve explorar atividade econômica
• Não ter obtido recuperação judicial a menos de 5 (cinco) anos
• Não ter obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial a menos de 8 (oito) anos
• Sócio ou administrador não ter sido condenado pelos crimes previstos na lei de falência.
Todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos, são incluídos no pedido de recuperação judicial.
As microempresas e as empresas de pequeno porte podem apresentar plano especial de recuperação judicial. O pedido de plano especial não suspende o curso da prescrição, nem das ações de execuções por créditos não abrangidos.
FALÊNCIA NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL
O juiz ira decretar falência nos casos de:
• Acordo na assembleia geral dos credores;
• Omissão do plano por parte do devedor;
• Rejeição do plano de recuperação;
• Falta de apresentação das certidões;
• Descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano;
RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
Plano aceito pelos credores nele indicado, que poderá ou não ser homologado pelo judiciário. Sua implementação não é obrigatória.
A vantagem, é que envolve um procedimento muito mais rápido e financeiramente mais atrativo. É mais cômodo para as empresas pequenas, pois não precisa de unanimidade entre os credores e as despesas são muito menores, além de ser menos burocrática.
EFEITOS
A partir da sua edição, a pessoa, os bens e os atos jurídicos e os credores do empresário falido são submetidos a um regime jurídico especifico.
É criada uma massa falida subjetiva, suspensão das ações individuais, suspensão dos juros, exigibilidade antecipada dos créditos contra o devedor, os sócios passam a ser ilimitadamente responsáveis e administradores solidários. É suspensa a prescrição e arrecadação dos bens do devedor.
Ficam inabilitados temporariamente da prática de atividade empresarial, até a sentença extintiva de suas obrigações.
OBRIGAÇÕES
Os bens do devedor são arrecadados e entregues para a massa.
No caso de sócios solidários e ilimitadamente responsáveis, por exemplo, poderão ter seus bens particulares arrecadados.
O sócio que se retirou da sociedade há menos de dois anos, poderá ter seus bens alcançados, no caso de dívidas existentes na data do arquivamento da alteração do contrato.
PROCESSO DE FALÊNCIA
O processo de falência tem como sua finalidade promover a liquidação da divida dos empresários em estado de decadência.
Os requisitos para a abertura do processo são a competência processual, legitimidade ativa e legitimidade passiva.
Na legitimidade processual conforme artigo previsto da 3º lei n.11.101/2005 se refere a localização quanto ao estabelecimento do devedor ou da filial da empresa, mesmo que tenha sede fora do Brasil
Legitimidade ativa: previsto no artigo 97, da Lei n.11.101/2005 permite transcrever a divida do próprio credor ao demais como, por exemplo, ao conjugue sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou inventariante, cotista ou acionista do devedor na forma de lei ou ato constitutivo,
Legitimidade Passiva: é o devedor, conforme previsto artigo 1º e 2ª da lei n.11.101/2005- Empresário individual, Sociedade Empresaria, Sociedade Empresarial e EIRELI, executados as empresas públicas e sociedade de economia mista, as instituições financeiras, operadora de Plano de Saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização dentre outras.
Petição inicial do processo de falência devem atender aos requisitos do artigo 282 do CPC e enviado ao juizado competente, qualificando as partes legitimas e confirmando provas.
Pedido de falência quando é decretado declara dificuldade em saldar as dividas, o valor de causa se refere ao valor da dívida que estará no processo.
Provas, são colhidas a fim de mensurar de maneira documentada bem como os documentos para a perícia, essas provas podem ser documentais ou através de testemunhas conforme o caso.
Defesa da Falência: somente é utilizada em último caso como sendo um a último recurso pois os prazos são bem limitados, tendo prazo de 10 dias, dentro desse processo ocorrerão subdivisões para uma melhor analise que são:
Deposito elisivo: Consiste quando o credor quita a sua dívida, deixando de estar em processo de falência.
Deposito de Recuperação Judicial: com previsão no caput do artigo 95 e no inciso VII do artigo 96, ambos da lei 11.101/2005, devendo ser atendido os requisitos do artigo 51 da mesma lei.
Excludentes de pagamento: se refere aos casos de prescrição, decadência, pagamento dentre outras.
Sentença Familiar é um desfecho de deferido ou indeferido do processo, caso deferido na sentença o juiz declara a falência sendo o recurso cabível é o agravo de instrumento.
Importante salientar caso o devedor realizar o deposito elisivo haverá sentença que julgue procedente o feito, reconhece a existência que
julga precedente o feito, reconhecendo a existência da dívida e o seu cumprimento não será mais declarada a falência, pois torna-se insolvente.
Efeitos da sequencia de decreta falência são diretamente ao falido sobre os bens do falido seus contratos firmados. Se for empresário individual fica impossibilitado de exercer suas atividades na empresa bem como seu patrimônio. Os bens serão avaliados pelo administrador-judicial para compor a massa falida para compor o valor ao pagamento de seus credores.
Órgãos de falência tem como finalidade conduzir o processo para que esse ocorra de uma maneira mais celebre possível sendo formada por três administradores: administrador-judicial, comitê de credores e assembleia de credores.
Administrador Judicial é nomeado pelo juiz esse fica encarregado de exercer as atividades de advogado, administrador, contador ou economistas conduzem o processo de falência tendo competência para praticar atos de ofício e condução do processo mediante autorização do juiz.
Comitê de credores supervisiona o administrador-judicial não havendo esse comitê o papel é exercido pelo juiz e seus credores.
Assembleia de credores tem duas funções, eleger os membros do comitê e tomar decisão referente aos fins dos bens declarados na falência, o juiz faz uma convocação com antecedência mínima de 15 dias tanto para realizem uma votação a verificação do quórum para sua instalação.
Arrecadação de bens do Falido é o momento em que administrador coloca a disposição da massa falida e do processo de falência dos bens do devedor/ falido, sócios.
Verificação dos créditos é o momento em que o administrador com base nas informações do falido, onde se faz um levantamento dos valores devidos para gerar ordem de pagamento dos créditos da falência.
Realização do Ativo do Falido é o momento da venda dos bens do falido gerando recursos para pagamento dos credores, venda realizada em ato publico.
Pagamento dos credores na falência é um pagamento realizado dos credores para sua massa falida, assim que houver disponibilidade em caixa haverá o pagamento dos créditos extraconcursais.
Encerramento do processo de Falência, processo que se encerra por sentença quando termina todo o ativo, ou seja, quando não há mais recursos para pagar os credores, esse procedimento se concretiza quando o administrador apresenta as contas finais nos termos conforme disponíveis no artigo 154 da Lei Falimentar.
Extinção Obrigação do falido nesse momento são declaradas as obrigações em reação aos créditos, do processo de falência ou posteriormente.

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