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Introdução ao Direito do Consumidor - Módulo V

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MÓDULO V – BANCO DE DADOS E CADASTRO DE 
CONSUMIDORES 
 
 
 
 
 
 
- Conceituar os mecanismos de captação de informação dos consumidores; 
 
- identificar como é tratada a questão da dívida discutida em juízo; 
 
- apontar a finalidade e o período em que pode ser consignado o nome do 
consumidor em banco de dados de Sistema de Proteção ao Crédito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 1 - Acesso do consumidor às informações a ele 
relativas 
 
 
Agora que já vimos as práticas abusivas e suas consequências, vamos tratar 
sobre os mecanismos de captação de dados dos consumidores, bem como seu 
acesso a eles. Veremos ainda como são tratadas as dívidas discutidas em 
juízo. 
 
Vamos iniciar conceituando dados cadastrais. 
O conceito de dados cadastrais consiste em informações detidas por certos 
bancos, que agregam conteúdo sobre a vida de um indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pág. 2 - Banco de dados e cadastro de consumidores 
 
Banco de dados é o mesmo que cadastro de consumidores? 
 
Não. Na verdade há uma distinção importante entre banco de dados e cadastro 
de consumidores. 
 
O cadastro resume-se a informações prestadas diretamente pelo consumidor, 
como sucede em lojas, promoções na internet, dentre outros, cuja finalidade 
não se vincula à formação de banco de dados, o que não o inviabiliza, é claro. 
 
O banco de dados, por sua vez, trabalha com uma diferença na origem dessa 
informação, já que é proveniente do fornecedor, e a finalidade reside na 
agregação de maiores informações possíveis sobre determinada pessoa e 
serve de consulta para demais lojas, bancos, comércio, indivíduos, entre 
outros, quando da obtenção do crédito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pág. 3 
 
O CDC trata desses bancos da seguinte forma: 
 
Dos Bancos de Dados e Cadastros de Consumidores 
 
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às 
informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de 
consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes. 
§ 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, 
verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter 
informações negativas referentes a período superior a cinco anos. 
§ 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo 
deverá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando não solicitada por 
ele. 
§ 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e 
cadastros, poderá exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo 
de cinco dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários das 
informações incorretas. 
§ 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de 
proteção ao crédito e congêneres são considerados entidades de caráter 
público. 
§ 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, 
não serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, 
quaisquer informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito 
junto aos fornecedores. 
Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consumidor manterão cadastros 
atualizados de reclamações fundamentadas contra fornecedores de produtos e 
serviços, devendo divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação indicará se a 
reclamação foi atendida ou não pelo fornecedor. 
§ 1° É facultado o acesso às informações lá constantes para orientação e 
consulta por qualquer interessado. 
§ 2° Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mesmas regras enunciadas no 
artigo anterior e as do parágrafo único do art. 22 deste código. 
 
 
 
 
Pág. 4 
 
 
Quais os bancos de dados mais utilizados? 
 
 
 
Os bancos de dados mais estudados e objetos da jurisprudência nacional são 
SPC, Serasa e CCF, pois são estes que mais podem causar estrago para o 
consumidor quanto às questões, principalmente sobre crédito. Aliás, o 
consumidor depende do crédito com a política de financiamento incorporada 
no mercado brasileiro, e talvez também pela sociedade de consumo criada na 
atualidade. A ausência ou dificuldade de crédito pode se tornar um grande 
problema para o consumidor. Ademais, a exposição da vida do consumidor é 
tamanha que ofende inclusive sua dignidade, muitas vezes desrespeitada por 
vazamento de informações específicas ou de bancos de dados inteiros. 
 
 
 
 
O maior problema para o consumidor é a negativação de seus dados, 
decorrente do não pagamento de dívidas, impossibilitando ao consumidor o 
crédito e a compra. 
 
Qual a função desses bancos de dados? 
Ao longo do tempo, percebeu-se a utilização desses bancos de dados com a 
função de reunir, organizar e analisar as informações negativas a respeito das 
pessoas, sendo que, recentemente, foi publicada a Medida Provisória nº 518, 
de 30 de dezembro de 2010, convertida na Lei 12.414, de 9 de junho de 2011, 
tratando de um banco de dados com informações positivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pág. 5 
 
Como devem ser os cadastros? 
 
 
Embora os bancos de dados já estivessem regulados no CDC, como a 
viabilidade do acesso às informações sobre o consumidor, conforme 
destacado no art. 43, a sua disciplina mostrou-se muito restrita dada a 
regulação apenas no seu aspecto negativo, tornando-se vital para a economia 
um desenrolar mais acurado sobre a proteção dos cadastrados, retirando a 
insegurança das informações atuais desses bancos. 
 
 
 
 
 
 
Além disso, a lei do consumidor exigiu que os cadastros e dados dos 
consumidores sejam claros, objetivos e verdadeiros, podendo inclusive o 
consumidor exigir a correção de dados cadastrados inveridicamente, visando 
protegê-lo da inscrição indevida. 
 
 
 
 
 
 
Pág. 6 - Características dos dados 
 
E as características dos dados? 
 
Nesse aspecto, verifica-se que os conceitos sobre as características dos dados 
não estavam traçados no CDC. São definidos, atualmente, no § 2º do art. 3º da 
Lei nº 12.414/2011, quais sejam: 
 
informações objetivas, como aquelas descritivas dos fatos e que não envolvam 
juízo de valor; 
informações claras, aquelas que possibilitem o imediato entendimento do 
cadastrado independentemente de remissão a anexos, fórmulas, siglas, 
símbolos, termos técnicos ou nomenclatura específica; 
informações verdadeiras, aquelas exatas, completas e sujeitas à comprovação 
nos termos da Lei 12.414/2011; e 
informações de fácil compreensão, aquelas em sentido comum que assegurem 
ao cadastrado o pleno conhecimento do conteúdo, do sentido e do alcance dos 
dados sobre ele anotados. 
 
 
 
 
 
 
Pág. 7 
 
Não foi por outra razão que se procurou evitar o desespero do consumidor 
quanto aos erros desses cadastros, e buscou-se criar o banco de dados 
positivo, conforme vimos, facilitando a vida de fornecedores e bons pagadores, 
diferenciando-os, portanto, dos devedores contumazes. 
 
A criação desse banco pode ser salutar na distinção entre bons e maus 
pagadores, e, ao mesmo tempo, resolver um problema da economia, para que 
não sejam estipuladas altíssimas taxas de juros, que oneram principalmente os 
bons pagadores, dada a ausência de informação sobre quem tem 
potencialmente a chance de obter o crédito e pagá-lo até o fim. Ora, essa 
situação tende a ser resolvida com a criação desse banco de dados positivo. 
 
E a dívida discutida em juízo? 
Entende-se na jurisprudência brasileira que o simples fato de estar se 
discutindo uma dívidaem juízo não gera a presunção de que o valor não será 
pago. 
Alguns cuidados devem ser analisados quando desta situação, até porque os 
títulos de crédito que se valem para pagar uma dívida gozam de certeza e 
liquidez. 
 
Síntese 
 
 
Então, a dívida discutida em juízo pode ser inscrita? 
 
 
 
Atualmente, a jurisprudência coloca como necessidade que a demanda judicial 
tenha plausibilidade e que o valor seja depositado ou pago, conforme o 
seguinte aresto: 
 
“CONSUMIDOR. CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. O só 
ajuizamento de ação judicial para discutir o valor do débito não inibe a inscrição 
do nome do devedor nos cadastros de proteção ao crédito; é preciso que a 
demanda tenha o fumus boni juris e que o montante incontroverso da dívida 
seja depositado ou pago. Agravo regimental não provido.” 
 
 
Além desses requisitos, é necessária a informaçao complementar nos 
cadastros de proteção ao crédito que a dívida encontra-se sub judice. 
 
 
Síntese 
Nesta unidade, vimos que os bancos de dados têm a função de reunir, 
organizar e analisar as informações negativas a respeito das pessoas. 
Recentemente, foi publicada norma tratando de um banco de dados com 
informações positivas. 
 
 
 
Ver jurisprudência: Dívida discutida em juízo 
 
 
 
Unidade 2 - Limite temporal de consignação 
 
Agora que discutimos sobre as informações contidas nos bancos de dados e 
cadastros dos consumidores, vamos ver o tempo em que as informações 
podem ficar registradas nestes bancos. 
 
Vamos conhecer os prazos? 
O CDC é claro ao estabelecer os limites temporais em que os dados de um 
determinado cidadão podem constar do banco de dados. Para tanto, 
estabelece o limite temporal de inscrição do consumidor em 5 (cinco) anos, na 
forma do art. 43, § 1º, e prazo prescricional previsto no art. 43, § 5º. Observe: 
 
Art.43. (...) 
§ 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, 
verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter 
informações negativas referentes a período superior a cinco anos. 
(...) 
§ 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, 
não serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, 
quaisquer informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito 
junto aos fornecedores. 
 
 
 
 
Pág. 2 - Prazo prescricional 
 
O que se entende por prazo prescricional? 
 
O prazo prescricional consiste na perda da pretensão do recebimento do valor 
devido em face do consumidor pelo decurso do tempo. Por isso, estabelece-se 
outro prazo distinto do limite temporal em que pode constar o nome do 
consumidor em banco de dados. 
Assim, se um consumidor emitiu um cheque para pagamento de uma dívida, 
sem adentrar no mérito dos prazos prescricionais para a cobrança de 
determinadas dívidas, poder-se-ia imaginar que uma vez expirado o prazo 
prescricional desse título, não mais poderia o fornecedor manter o nome do 
consumidor no banco de dados. 
Entretanto, a celeuma desses artigos foi tamanha que levou o STJ a se 
manifestar sobre o assunto. Vejamos: 
 
“Súmula 323 – A inscrição de inadimplente pode ser mantida nos serviços de 
proteção ao crédito por, no máximo, cinco anos." 
 
 
Síntese 
Embora haja dois artigos tratando do limite temporal, a jurisprudência 
brasileira tendeu a permanecer o nome do inadiplente pelo prazo de 5 (cinco) 
anos nos serviços de proteção ao crédito. 
 
 
Ver jurisprudência: prazos 
 
 
Parabéns! Você chegou ao final do Módulo V do curso Introdução ao Direito do 
Consumidor (parceria ILB e ANATEL). 
 
Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma 
releitura do mesmo e resolva os Exercícios de Fixação. O resultado não 
influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu 
domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz a 
correção imediata das suas respostas!

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