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Conceitos importantes:
1) Definição de produto
2) Fluxo circular da renda
3) As três óticas de mensuração: as óticas da produção, da renda e da despesa 
	
4) As diversas medidas do produto: interno/nacional, bruto/líquido, a custo de fatores/a preços de mercado
5) Comparações internacionais
FIXAÇÃO CONCEITUAL
1. Qual a definição de produto? Em que categoria de variável ele se enquadra?
Produto é a mensuração de bens e serviços ofertados num determinado período de tempo, seja dentro de um determinado território (Produto Interno), seja por habitantes deste território em todo o planeta (Produto Nacional).
2. Em que consiste o fluxo circular da renda?
O fluxo circular da renda expressa as transações das grandezas analisadas na mensuração do produto. A partir dele, podemos depreender como se dá a igualdade entre a análise pela óptica do produtor e pela óptica do consumidor. Empresas disponibilizam bens e serviços no mercado para o consumo das famílias, e estas, por sua vez, possuem os fatores de produção (terra, capital e trabalho). Para produzir estes bens e serviços, as empresas precisam dos fatores de produção disponibilizados pelas famílias, constituindo-se assim o mercado de fatores de produção. Nele, as famílias ofertam estes fatores em troca da sua remuneração (salários, lucros, aluguéis e juros) – a óptica da renda; Com esses fatores, as empresas possuem insumos que possibilitam a produção dos bens e serviços. As famílias possuem demanda por estes, que são transacionados no mercado de bens e serviços, em troca do consumo (despesas) das famílias – óptica do dispêndio. 
3. Explique as diferenças entre:
a) Produto Interno e Produto Nacional:
O Produto Interno mensura toda a produção de bens ou serviços finais dentro de um território em determinado período de tempo. Sendo a característica determinante o território, não importa quem seja o proprietário dos fatores de produção empregados, nativo ou estrangeiro, tudo o que resultar do seu uso será computado. 
Já o Produto Nacional diz respeito a tudo aquilo produzido por nativos de um lugar num determinado período de tempo, ou seja, independentemente do local onde a renda foi obtida, seja dentro do território nacional ou não, desde que a renda obtida seja enviada para o território natal (renda recebida do exterior), e subtraindo-se o que os nativos de outros países enviaram para suas terras (renda enviada ao exterior).
PI – Renda Líquida Enviada ao Exterior (Renda Enviada ao Exterior – Renda Recebida do Exterior) = PN
b) Produto Bruto e Produto Líquido:
O Produto Bruto, no seu cômputo, inclui os gastos de produção realizados para manutenção dos fatores de produção já existentes, os chamados gastos de depreciação. Já o Produto Líquido busca evitar a distorção causada por esse cômputo, mensurando apenas a produção de bens e serviços destinados ao consumo, ou seja, excluindo esses gastos de depreciação.
PB – Depreciação = PL
c) Produto a custo de fatores e Produto a preço de mercado.
4. Quais as três ópticas de mensuração do PIB? Como explicar as possíveis divergências entre seus resultados?
As três ópticas de mensuração do PIB são:
Óptica do Produto: calcula o produto a partir dos valor (número de produtos vendidos multiplicados pelo seu preço) dos bens finais; Outro modo de realizar o cálculo dentro dessa óptica é através da soma dos valores agregados da produção (valor bruto dos produtos – valor dos insumos = valor agregado), ou seja, a soma dos valores que o produto adquire ao passar pelos processos de transformação (Y = ∑ BENS FINAIS OU Y = ∑ VALOR BRUTO DO PRODUTO - ∑ VALOR DOS INSUMOS);
Óptica da Renda: calcula o produto a partir da remuneração dos fatores de produção (óptica do produtor), ou seja, a soma de alugueis, lucros, juros e salários. Além disso, no computo do produto bruto, somam-se também os gastos com depreciação, que não estão incluídos nessa remuneração (Y = S + A + L + J + RD)
Óptica da Despesa: calcula o produto a partir dos gastos realizados numa sociedade, sejam eles privados ou do governo, além do investimento bruto realizado. Uma característica importante a ser denotada é que, como nos gastos de consumo estão inclusos os produtos importados e excluídos os exportados, devem-se somar as exportações líquidas (exportações-importações), de modo a garantir o cômputo do que foi produzido no país, apenas.
Fazendo o cálculo por meio dessas três formas, divergências em seus resultados podem surgir. Isso ocorre quando há a interferência governamental no mercado, por meio de impostos diretos e subsídios. Quando mensuramos o produto pela óptica do produto ou da renda, estamos analisando a produção do ponto de vista do ofertante, ou seja, temos o PIB a custo de fatores. No entanto, ao analisarmos tendo em vista a atividade dos demandantes, temos incluídos os impostos taxados pelo governo e excluídos os gastos abatidos pelos subsídios do governo à produção. Portanto, esse valor diverso constitui o PIB a preços de mercado. 
Como pode ser denotado no exemplo anterior, para transformar o PIBcf em PIBpm, basta:
PIBcf + impostos diretos – subsídios = PIBpm
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
Produto interno bruto: valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em uma unidade territorial em um determinado período de tempo.
1. Leia atentamente os trechos da reportagem abaixo acerca da atividade econômica informal, publicada no jornal Correio Braziliense no segundo semestre de 2005:
 Nova participação no PIB
A mudança na base de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) (...) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deverá resultar num aprimoramento das estimativas sobre a economia informal. (...) o instituto terá condições de estimar com maior precisão o tamanho da chamada economia “subterrânea”, ou a que não está legalizada, é subdeclarada, não está atualizada ou simplesmente não responde a pesquisas. (...) A expectativa do IBGE é que ela [a nova metodologia] seja publicada e adotada em 2006. 
Com base no excerto, responda: quais das seguintes atividades não são em geral incluídas no cômputo do PIB?
�
a. ( ) Trabalho doméstico das donas de casa.
b. ( ) Venda de drogas ilegais.
c. ( ) Venda de produtos intermediários.
d. ( ) Aulas de Introdução à Economia.
e. ( ) O valor do dia de serviço em que um trabalhador faltar.�
a) Em geral, não é incluído, pela dificuldade de apuração, embora seja parte da atividade produtiva da sociedade.
b) Não é computada, tanto em razão da impossibilidade estatística quanto ao fato de não ser estritamente um serviço produtivo, na medida em que não contribui para o bem-estar da sociedade.
c) Não, pois haveria dupla contagem (conforme será detalhado adiante, o valor dos produtos intermediários é incluído no valor dos produtos finais).
d) Sim, pois é um serviço produtivo como qualquer outro.
e) Na medida em que o trabalhador tem o valor associado à sua ausência descontado em seu salário, esse valor não será registrado, do ponto de vista da renda; na medida em que a falta do trabalhador se reflete negativamente na produção, o valor também não será computado na medida feita pela ótica da produção (as óticas de medida do produto serão apresentadas na próxima seção).
2. Quais dos itens abaixo deveriam ser excluídos do cálculo do PIB de 2006?	
	a)	 Um automóvel Fiat fabricado em 2006 no estado de São Paulo.
		b) Um corte de cabelo feito no segundo trimestre de 2006.
		c)	 Um relatório encomendado a uma empresa de consultoria no último trimestre de 2006.
		d) Uma casa construída em 2003 e comprada em 2006.
a) 		Incluído, pois o automóvel é parte do fluxo de bens e serviços finais produzidos, cuja avaliação é o objeto de cálculo do PIB.
b) 	Incluído, assim como todos os serviços finais.
c) Incluído (Obs.: quando um serviço é insumo regular de outra atividade produtiva, ele é consideradoum bem intermediário, sendo excluído do cálculo do PIB para evitar dupla contagem; no caso, isso não está especificado).
d) Excluído. A construção da casa foi resultado da atividade produtiva do ano de 2003; em 2006, houve apenas transferência de propriedade.
3. Com relação ao ciclo da atividade econômica (ou fluxo circular da renda), assinale a alternativa correta.
a. ( ) O processo dá origem apenas a um fluxo monetário, traduzido nas remunerações feitas aos recursos utilizados. b. ( ) O processo dá origem a um único fluxo econômico: o da produção (ou o fluxo real).
c. ( ) O processo gera dois fluxos interdependentes: o da renda (relativo ao pagamentos dos fatores empregados) e o da produção (relativo ao fornecimento de bens e serviços às unidades familiares).
Letra c. O fluxo circular da renda contempla dois tipos de tomadores de decisões, que interagem no mercado: empresas e famílias. As empresas produzem bens e serviços utilizando como insumos capital, terra e trabalho (os fatores de produção). As famílias, por sua vez, são proprietárias dos fatores de produção e consomem os bens e serviços produzidos pelas empresas. Assim, existe um fluxo de produção e outro de renda, já que há o pagamento pelos fatores como contrapartida de seu uso.
4. A lista a seguir apresenta valores relativos a um conjunto de transações econômicas realizadas ao longo do ano passado. Classifique os valores que compõem o cálculo do PIB pelo valor de produção de bens finais (P), pela ótica da renda (R), e os que não compõem nenhuma dessas das duas formas de cômputo do produto (X).
a. ( ) Valor correspondente à importação de 100.000 CDs de grupos de rock.
b. ( ) Valor de 10 geladeiras usadas doadas para uma fundação beneficente.
c. ( ) Valor de pagamentos de aluguéis de casas de praia em Búzios.
d. ( ) Valor da venda de materiais usados na construção de um prédio de apartamentos. 
e	. ( ) Valor do pagamento por uma publicação de anúncio de uma lavanderia nas Páginas Amarelas (suponha que a publicidade é um insumo regular da lavanderia).
f. ( ) Valor de venda de linhas telefônicas utilizadas em residências.
g. ( ) Valor de salários pagos a instrutores de ginástica de uma academia.
h. ( ) Valor de venda de pneus a famílias por lojas especializadas.
	a) X. O valor de bens não produzidos no país não compõe o cálculo do produto pela ótica da produção (as importações compõem o cálculo do produto pela ótica da despesa, porém como uma dedução).
	b) X. Não houve produção, somente transferência de propriedade.
	c) R. Os aluguéis são uma forma de renda.
	d) X. Trata-se de bens intermediários, não de bens finais.
	e) X. Não é um serviço final, mas uma parte do custo de execução de um serviço final, a lavagem de roupas.
	f) P. Trata-se de um serviço final.
	g) R. Quaisquer salários são incluídos na medida do produto pela ótica da renda.
h) P. Trata-se de bens finais, na medida em que são consumidos por essas famílias.
5. PROVÃO (2001 – nº 9)
							Em uma economia são conhecidos os valores, para determinado ano, dos agregados macroeconômicos abaixo listados: 
Consumo do setor privado: C
Investimento do setor privado: I
Poupança do setor privado: S
Gasto total do setor público: G
Exportações de bens e serviços não fatores: X
Importações de bens e serviços não fatores: M
Renda líquida enviada ao exterior: RL
O Produto Interno Bruto dessa economia a preços de mercado no ano em questão é dado pela soma algébrica:
(A) C + S + X – M + RL.
(B) C + I + S + X – M.
(C) C + I + G + X – M.
(D) C + G + X + M + RL.
Letra C. Essa é a definição de PIB pela ótica da despesa. Cabe aqui uma observação: quando o produto for medido pela ótica do dispêndio, obrigatoriamente o valor é obtido a preços de mercado, porque, como são discriminados os gastos realizados na economia, os valores envolvidos são os que chegam ao consumidor final.
6. ANPEC (2002 – nº 1)
Indique se as proposições são falsas ou verdadeiras:
A) Em uma economia fechada, o Produto Interno Bruto coincide com o Produto Nacional Bruto.
Verdadeiro, pois em uma economia fechada não existe qualquer tipo de fluxo de bens/serviços, de renda ou de capital com o exterior. Logo, como não há Renda Líquida Enviada ao Exterior, a forma de mensuração Bruto não se diferencia da forma Nacional.
B) O consumo e o PIB são variáveis de fluxo.
Verdadeiro. Variáveis de fluxo correspondem às atividades econômicas contínuas, ininterruptas, devendo ser medidas em um determinado período de tempo. Outros exemplos são a renda, a poupança, o investimento, as exportações etc. Em contraposição, existem as variáveis de estoque, medidas em um instante determinado do tempo, como a população, o capital, a dívida, a riqueza etc. Entre esses dois tipos de variáveis há a seguinte relação: todo estoque é alimentado por um fluxo. Assim, a diferença entre o valor do estoque em dois momentos oferece o valor do fluxo que o alimenta no período em questão.
		
7. (Analista do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão / 2002) Com relação ao processo de mensuração do produto agregado, é correto afirmar que:
a) as importações, por serem consideradas componentes da oferta agregada, entram no cálculo do produto agregado.
b) a chamada dupla contagem é um problema que ocorre quando um determinado bem final é computado duas vezes no produto agregado.
c) o valor do produto agregado é considerado uma “variável estoque”.
d) no valor do produto agregado, não são consideradas as atividades econômicas do governo, cujos valores são computados separadamente.
Letra a. Vale ressaltar, contudo, que as importações compõe o cálculo do PIB como uma dedução, isto é, assumindo valor negativo. Isso ocorre porque a oferta global de bens e serviços é composta tanto por bens produzidos internamente quanto por bens importados, de maneira que parte da despesa relaciona-se a bens do segundo tipo. Como não se trata, portanto, de produção interna, essa parcela deve ser deduzida do cálculo do PIB.
8. Em uma economia, se a renda recebida do exterior é maior que a renda enviada ao exterior, então, a preços de mercado, o que acontece com o Produto Nacional Bruto (PNB), o Produto Interno Bruto (PIB), o Produto Nacional Líquido (PNL) e o Produto Interno Líquido (PIL)?
(A) PNB > PNL.
(B) PNB < PNL.
(C) PIB > PNB.
(D) PIB < PNB.
(E) PIL > PIB.
Letra D. Trata-se de considerar a Renda Líquida Enviada ao Exterior, que diferencia o PNB do PIB. Como a renda recebida é maior do que a enviada, ou seja, como a RLEEx é negativa, pode-se concluir somente que o PNB > PIB.
9. (Enade 2009, nº 1) O elemento que expressa a diferença entre Produto Interno Bruto (PIB) e Produto Nacional Bruto (PNB) é denominado:
Depreciação de capital fixo
Importações de bens e serviços
Impostos diretos
Renda líquida enviada ao exterior
Variação de estoques
10. (BACEN 2010, alterada) Os economistas utilizam, com muita frequência, construções teóricas com o objetivo de analisar situações reais e dinâmicas, com simplicidade. Longo prazo x curto prazo, produto potencial e taxa natural de desemprego são alguns exemplos. Nesse contexto, analise as proposições abaixo.
I - O produto potencial corresponde ao potencial de produto de uma economia, dadas suas instituições sociais, a disponibilidade de recursos produtivos e a tecnologia; por isso, produto potencial corresponde ao conceito de curva de possibilidades de produção.
II - Além dos mercados de bens e serviços, de recursos produtivos, de ativos financeiros e de moeda estrangeira (câmbio) usados na caracterização do modelo de demanda e oferta agregadas, os economistas utilizam o conceito de produto potencial para caracterizar a oferta agregada de longo prazo.
Está(ão) correta(s) a(s) proposição(ões):
�
a) I, apenas
b) II, apenas
c) Ambas
d) Nenhuma
�
11. (DPU, 2010) Acerca do Sistema de Contas Nacionais(SCN) e das contas nacionais no Brasil, assinale a opção correta.
(A) Não é possível, a partir das identidades que mostram a destinação do produto e da alocação da renda pelos agentes, chegar a uma equação que mostre a igualdade entre o superavit em transações correntes e a soma dos superavits do setor privado e do governo.
(B) Em uma economia cujo consumo seja R$ 200; o investimento privado, R$ 20; os gastos do governo, R$ 30; as exportações,R$ 40; a variação de estoque, R$ 20; e as importações,R$ 20, o produto interno bruto (PIB) será de R$ 290.
(C) Em uma economia em que o PIB a preço de mercado seja R$ 500; as exportações de bens e serviços não fatores, R$ 35; o consumo pessoal, R$ 300; o consumo do governo, R$ 50; a variação de estoques, R$ 40; a importação de bens e serviços não fatores, R$ 95; e renda líquida enviada ao exterior, R$ 20; a formação bruta de capital fixo será igual a R$ 170.
(D) Para avaliar a evolução anual do desempenho da economia em relação às economias de outros países, não se deve considerar o produto agregado, mas o produto total de cada setor.
(E) O IBGE, instituto responsável pela elaboração e divulgação do SCN brasileiro, segue os conceitos básicos e a estrutura-padrão de acordo com o estabelecido pela Organização das Nações Unidas, mas não os das demais organizações internacionais — Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico e Banco Mundial.
�
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
1. Leia atentamente o trecho da reportagem abaixo, publicada no caderno Economia do jornal O Estado de S. Paulo em 12/4/2005, e responda à questão:
Exportação pode ter efeito positivo sobre o PIB
‘Elas [as exportações brasileiras] contribuem (...) para um crescimento maior’ (...) as importações também pesam no crescimento do PIB, mas com efeito contrário.
A venda, no Brasil, de um automóvel inteiramente produzido no Japão poderia de alguma forma afetar o PIB brasileiro? Como?
Quando se trata de Contabilidade Nacional, trata-se de eventos já consumados, isto é, de ocorrências passadas. Sob o ponto de vista da contabilidade, portanto, a venda do automóvel poderá afetar o PIB brasileiro desde que envolva serviços de comercialização, de financiamento, entre outros, realizados no Brasil.
	A reportagem, contudo, alude a declarações feitas por um diretor do Banco Central a respeito de perspectivas de crescimento do PIB, ou seja, trata-se de eventos ainda não consumados. Sendo assim, embora não seja válido em termos contábeis, seu raciocínio é correto na medida em que assume o crescimento das importações como fator contribuinte para uma eventual retração da produção interna, já que haveria competição entre os bens importados e os bens produzidos no Brasil. No caso, a competição se daria entre as indústrias automobilísticas japonesas e brasileiras.
	2. Explique em que consistem e dê exemplos de pagamentos de transferências por parte do Governo. Por que elas não são incluídas no cálculo do PIB?
Transferências são pagamentos realizados que não têm como contrapartida um serviço prestado (Ex.: donativos, pensões e aposentadorias, entre outros). 	Exatamente por não refletirem uma atividade produtiva, as transferências não são incluídas no cálculo do PIB.
3. Mostre com um exemplo numérico como o produto pode ser medido de pelo menos três maneiras diferentes, mas equivalentes: pelo valor de bens finais ou pela soma de valores adicionados (ambos correspondentes à ótica da produção / do produto), ou pela soma das rendas recebidas (ótica da renda).
Inicialmente, o cálculo do PIB será feito pela ótica da produção. Suponha uma economia que produza somente um bem final, angu, e que possua três setores produtivos, dedicados à produção de milho, de fubá e de angu. Os bens que não são finais – milho e fubá – são os chamados bens intermediários (destinados a se transformarem em outros bens). Todo o milho é comprado pelos produtores de fubá, e todo o fubá é vendido para os produtores de angu (a produção de milho não exige compra de insumos). Não há transações externas (a economia é fechada). Os valores relativos à produção no ano t são os seguintes:
Milho ...................... 50 unidades monetárias
Fubá ....................... 100 u.m.
Angu ....................... 200 u.m.
Por definição, o PIB é igual à produção de angu, 200 u.m. Equivalentemente, pode-se chegar a esse valor somando-se os valores adicionados em cada setor (os valores da produção menos os valores gastos na compra de insumos):
50 - 0 = 50 (milho) + 100 – 50 = 50 (fubá) + 200 – 100 = 100 (angu)
Esquematicamente, tem-se:
	
	Milho
	Fubá
	Angu
	
	
	Insumos
	0
	50
	100
	
	
	Valor Adicionado
	50
	50
	100
	
	PIBVA = 50 + 50 + 100 = 200
	Valor Bruto da Produção
	50
	100
	200
	
	PIBbem final = 200
Considere-se, agora, a ótica da renda. Tem-se que o valor adicionado corresponde ao rendimento dos proprietários dos fatores de produção (sob a forma de salários, lucros, juros, comissões, etc.) utilizados em cada setor da economia. Logo, conclui-se que a soma de todos os rendimentos pagos nos três setores será também igual a 200 u.m. Poder-se-iam, dessa forma, discriminar os rendimentos pagos em cada setor e exprimir o PIB como o total de salários, de lucros, de juros, de aluguéis, de comissões, etc.
É importante ter em mente, contudo, que as três formas apresentadas não consistem integralmente nas três óticas de medida do produto, quais sejam: a da produção (ou do produto), a da renda e a do dispêndio (ou da despesa, que será detalhada a seguir).
4. Observe atentamente o quadro contido na reportagem abaixo, de Nilson Brandão Junior, publicada no jornal O Estado de S. Paulo em 1/4/2004:
PIB soma R$ 1,5 trilhão e cai para 15º no mundo
	Os valores das contas nacionais foram informados pelo IBGE (...) o instituto apresentou os números relativos a 2003 (...)
	Divisão por demanda (em R$ bilhões)
	Consumo das famílias
	862,44
	Consumo do governo
	291,92
	Investimentos
	273,32
	Exportação
	255,38
	Importação
	-198,80
A mensuração do produto pela ótica da despesa tem como base os componentes da demanda agregada (ou demanda global) apresentados pelo quadro da reportagem. Dispondo dessas informações, explique a identidade contábil Produto = Renda = Despesa.
A igualdade Produto = Renda foi explicada no exercício anterior, por meio da equivalência entre as óticas de mensuração do PIB. A igualdade Produto = Dispêndio (em que se baseia a ótica da despesa de mensuração do PIB) decorre do fato de que, tal como definidas pela Contabilidade Nacional, as grandezas que definem o Dispêndio/Despesa Global (consumo privado, investimento privado, gastos do governo e exportações líquidas – exportações - importações) necessariamente exaurem o produto. Assim, a soma algébrica das cinco parcelas que compõem a despesa global é necessariamente igual ao total de bens e serviços finais (Obs.: os eventuais excessos de produção, isto é, a acumulação de estoques, são contabilizadas como parte do investimento privado). Portanto, segundo a ótica da despesa, o produto Y é definido como:
Y = C + I + G + (X – M)
5. Explique em que consiste o problema da dupla contagem na mensuração do produto. Como ele pode ser evitado?
Ocorre dupla contagem quando se somam os valores brutos da produção de todos os setores da economia. No exemplo da questão anterior, a soma 50 + 100 + 200 = 350 envolveria dupla contagem, pois o valor do milho (50) já está incluído no valor do fubá (100), e o valor deste compõe o valor do angu (200). O problema de cálculo pode ser evitado somando-se apenas os valores adicionados em cada setor ou, alternativamente, considerando-se somente o valor do angu (200), ou a soma do valor dos rendimentos pagos em cada etapa produtiva.
6. Em termos de informações fornecidas, qual é o significado das trêsmaneiras de calcular a mesma grandeza: a produção�?
Quando se utilizam óticas diferentes para obter a mesma medida de produto (PIB, PNL, PIL etc), obrigatoriamente se atinge o mesmo resultado para todas as verificações. A razão por que isso ocorre é a seguinte: como indica o termo ótica, tenta-se observa (alcançar) um mesmo fato (resultado) sob distintos pontos de vista. Analisar o produto pelo valor dos bens finais ou pela soma dos valores adicionados, por exemplo, fornece informações pouco detalhadas sobre ele. Assim, se por ocasião de alguma pesquisa econômica e estatística, for necessário obter informações acerca do modo como esse valor foi alcançado ou distribuído, podem-se utilizar as óticas da renda e da despesa. A utilização da ótica da renda permitiria verificar, por exemplo, a contribuição (em reais) dos salários para o valor do produto. A utilização da ótica da despesa evidenciaria, por exemplo, a porcentagem de participação que os gastos do governo têm na composição do PIB.
7. Como motivação, leia atentamente o trecho do artigo abaixo, de Roberto Macedo, publicado no caderno Economia do jornal O Estado de S. Paulo em 7/4/2005:
Confusão em torno do PIB
Como o “I” do PIB indica, este mede a produção de bens e serviços realizada internamente a um país, ou seja, dentro das suas fronteiras geográficas, mesmo se realizada por fatores de produção de outras nacionalidades, como o capital estrangeiro ou trabalhadores imigrantes.
Quais as diferenças existentes entre as diversas medidas do produto, ou seja, entre as medidas originadas de sua qualificação em interno/nacional, bruto/líquido, a preços de mercado/a custo de fatores?
O Produto Interno inclui (e o Produto Nacional exclui) a parcela do valor da produção remetida ao exterior sob a forma de renda de fatores de produção residentes fora do país (deduzidas as rendas de mesma natureza recebidas do resto do mundo). O Produto Bruto inclui (e o Produto Líquido exclui) a parte da produção destinada a simplesmente repor o desgaste sofrido pelos bens de capital existentes (processo a que se denomina depreciação). O Produto a Preços de Mercado é aquele que reflete o dispêndio do consumidor final, incluindo, por isso, os impostos indiretos e excluindo os subsídios (ambos repassados ao preço final dos bens); o produto a Custo de Fatores, por refletir o custo do produtor, exclui aqueles e inclui estes. Pode-se compor a seguinte tabela de conversão:
(Obs.: os subsídios podem ser considerados impostos negativos, contribuições do governo para reduzir o preço de mercado de algum bem – como um alimento básico – por interesse social.)
	Medida A
	Transformação
	Medida B
	Bruto
	- depreciação
	Líquido
	Interno
	- renda líquida enviada ao exterior (RLEEx)
	Nacional
	Preços de Mercado
	- impostos indiretos + mais subsídios
	Custo de Fatores
Ex.: ao resolver um exercício em que se deve transformar o PNB a preços de mercado em PIL a custo de fatores, basta transformar, etapa a etapa, o produto nacional em interno, o produto bruto em líquido e o produto a preços de mercado em produto a custo de fatores.
8. Imaginemos uma economia composta de três setores: um setor que produz trigo, um setor que transforma todo o trigo produzido em farinha, e um setor que transforma toda a farinha em pizzas. O quadro abaixo apresenta os valores referentes a cada um dos setores. Essa economia não tem governo e não mantém relações com o resto do mundo.
	Setor produtor de trigo
	Setor produtor de farinha
	Setor produtor de pizzas
	
	
	Matéria-prima (custo)
	300
	Matéria-prima (custo)
	500
	Lucros do produtor
	200
	Lucros do moinho
	100
	Lucros do forno
	100
	Salários
	100
	Salários
	100
	Salários
	100
a) Calcule o valor adicionado à produção da economia nos setores de trigo, de farinha e de pizzas.
b) Calcule o PIB da economia pela ótica da produção (soma dos valores adicionados). 
c) Calcule o PIB da economia pela ótica da produção (valor dos bens finais)
d) Calcule o PIB da economia pela ótica da renda.
e) Por que é impossível determinar o Produto Interno Líquido da economia no período considerado?
a) Setor produtor de trigo:
custo dos insumos = 0
	valor adicionado = produção bruta – custo de insumos = 300
Setor produtor de farinha:
custo da matéria-prima = 300
valor adicionado = produção bruta - custo da matéria-prima = 500 – 300 = 200
Setor produtor de pizza:
custo da matéria-prima = 500
valor adicionado = produção bruta - custo da matéria-prima = 700 - 500 = 200
	b) PIB = valor adicionado (trigo) + valor adicionado (farinha) + valor adicionado (pizza) = 300 + 200 + 200 = 700.
	c) O único bem final são as pizzas.
	PIB = valor da produção de pizzas = 500 + 100 + 100 = 700
	d) PIB = somatório das remunerações nos três setores de atividade = (lucros do produtor de trigo + salários pagos por ele) + (lucros do produtor de farinha + salários pagos por ele) + (lucros do produtor de pizzas + salários pagos por ele) = (200 + 100) + (100 + 100) + (100 + 100) = 300 + 200 + 200 = 700.
	e) Porque não existem informações sobre os gastos advindos da depreciação do estoque de capital envolvido na produção.
9. Considere as seguintes informações sobre a economia de Atlântida e calcule os seguintes agregados macroeconômicos: 
Atlântida (2005)
(Valores em US$ bilhões)
	Consumo privado
	1.500
	Gastos do governo
	500
	Exportações de mercadorias
	1.000
	Salários
	1.000
	Lucros líquidos
	3.000
	Importações de mercadorias
	500
	Lucros e juros pagos ao exterior
	600
	Royalties recebidos do exterior por empresas brasileiras
	100
	Investimento bruto*
	2.000
	Depreciação
	300
	Impostos indiretos líquidos de subsídios
	200
* Inclui variações de estoques.
�
a) PIB a custo de fatores pela ótica da renda.
b) PIB a preços de mercado pela ótica da renda.
c) PIB a preços de mercado pela ótica da despesa.
d) PNB a preços de mercado.
�
a) Pela ótica da renda, somam-se Salários, Lucros e, por se tratar do Produto Bruto, o valor da Depreciação: (Obs.: a depreciação é uma exceção da igualdade entre valor adicionado e renda, pois ela corresponde exatamente a valores adicionados não-pagos, não gerando, renda).
PIBcf = 1.000 + 3.000 + 300 = 4.300
b) Para transformar o PIB a custo de fatores para o PIB a preços de mercado, soma-se ao primeiro o valor dos Impostos indiretos líquidos de subsídios:
PIBpm = 4.300 + 200 = 4.500
c) Pela ótica da despesa, PIB = Consumo privado + Investimento + Gastos do Governo + (Exportações de mercadorias - Importações de mercadorias):
PIBpm = 1.500 + 2.000 + 500 + 1.000 - 500 = 4.500.
d) 	PNB = PIB - Renda líquida enviada ao exterior (rendimentos de fatores de produção residentes ou sediados no estrangeiro, deduzidos os rendimentos recebidos do estrangeiro por fatores de produção residentes ou sediados no país). No caso, Lucros e juros pagos ao exterior - Royalties recebidos:
PNB = 4.500 - (600 - 100) = 4.000
10. Os dados seguintes se referem a Vinholândia, um país fictício onde há três empresas: uma produz uvas, uma produz garrafas e uma produz vinho. Toda a produção de uvas e de garrafas é comprada pela fábrica de vinho. A produtora de uvas não apresenta consumo intermediário, ou seja, não compra insumos (matérias-primas), e a produtora de garrafas compra seus insumos de outro país. Com base no quadro:
Vinholândia (2005) 
(Em unidades monetárias)
	
Item
	
Prod. de uvas
	
Prod. de garrafas
	
Prod. de vinho
	
Insumos
	
___
	
 200
	
3000
	
Salários
	
400
	
600
	
1000
	
Lucros 
	
900
	
900
	
1200
	
Valor da produção
	
1300
	
1700
	
5200
a)	 Calcule o Produto Interno Bruto (PIB) de Vinholândia pela ótica da produção (soma dos valores adicionados).
b) Mostre como se pode chegar ao mesmo valor pela ótica da renda.
c) As empresas produtoras de garrafas ede vinhos reservam, cada uma, 200 unidades monetárias por ano para despesas referentes à depreciação de seus equipamentos. Com base nessa informação, calcule o Produto Interno Líquido de Vinholândia.
d) A empresa produtora de garrafas tem sócios em outros países e, por conseguinte, remete metade dos seus lucros (depois de deduzidos os gastos com depreciação) para o exterior. Com base nessa informação, calcule o Produto Nacional Líquido de Vinholândia.
a) Valor adicionado = VA = valor da produção - valor dos insumos 
Uvas: VA = 1.300 - 0 = 1.300
Garrafas: VA = 1.700 - 200 = 1.500
Vinho: VA = 5.200 - 3.000 = 2.200
PIB = 1.300 + 1.500 + 2.200 = 5.000
b) Segundo essa ótica, o PIB é calculado como o somatório de todas as rendas geradas na economia:
Total de salários = 400 + 600 + 100 = 2.000
Total de lucros = 900 + 900 + 1.200 = 3.000
PIB = 2.000 + 3.000 = 5.000
c) Produto Interno Líquido = Produto Interno Bruto - Depreciação:
PIL = 5.000 - (200 + 200) = 5.000 - 400 = 4.600
d) Produto Nacional Líquido = Produto Interno Líquido - RLEEx
Renda líquida enviada ao exterior = ½(900 - 200) = ½(700) = 350
PNL = 4.600 - 350 = 4.250
11. 	Uma empresa Beta, situada em Atlântida, produziu 1.000 unidades do produto A no ano de 2005. Para tanto, a empresa Beta consumiu R$ 6.000 de insumos produzidos por outras empresas e pagou R$ 9.000 em salários aos trabalhadores. As famílias de Atlântida não compraram o bem A, mas 800 unidades foram vendidas a empresas locais ao preço total de R$ 20.000. Entre as 800, 700 unidades foram utilizadas na produção das empresas locais. Com base nos dados, calcule os seguintes valores:
a) 	O valor bruto da produção de Beta.
b) 	O valor adicionado ao PIB de Atlântida por Beta.
c) 	A renda bruta gerada na produção de A.
d) 	A remuneração dos fatores envolvidos na produção de A.
e) 	O valor dos bens intermediários e finais produzido por Beta.
f) 	Entre os valores calculados no item anterior, quais serão incluídos no cômputo do PIB de Atlântida? Justifique sua resposta.
Este exercício inclui um elemento que tem muita importância prática na mensuração do PIB: a variação de estoques. Nem tudo o que é produzido em um determinado ano é utilizado nesse período, ou seja, ao fim do ano, há estoques de mercadorias nas empresas. Assim, além de bens finais (aqueles que foram vendidos no período como bens de consumo ou como bens de capital) e de bens intermediários (aqueles que foram vendidos a empresas e usados como matéria-prima na produção de outros bens), deve-se considerar ainda a variação de estoques. O valor dos bens que foram adicionados aos estoques deve ser computado no produto, pois isso faz parte do esforço produtivo da sociedade no ano considerado; simetricamente, a redução de estoques também deve ser considerada (com sinal negativo).
a) A empresa Beta produziu 1.000 unidades e vendeu 800 delas a R$ 20.000. Portanto, o preço unitário de A é R$ 25,00 (R$ 20.000/800 = R$ 25,00). O valor bruto da produção da empresa Beta, incluindo as 800 unidades vendidas e as 200 unidades estocadas, corresponde a R$ 25.000 (1.000 x R$ 25,00 = R$ 25.000).
b) Valor adicionado ao PIB de Atlântida pela empresa Beta = Valor bruto da produção - Valor da compra de insumos:
VA = R$ 25.000 - R$ 6.000 = R$ 19.000
c) A renda bruta gerada na produção de A equivale ao valor adicionado calculado no item anterior:
Renda bruta = VA = R$ 19.000
d) A renda gerada na produção de A (equivalente ao valor adicionado em sua produção) é paga aos fatores de produção envolvidos no processo. Como R$ 9.000 foram pagos como salários e o valor adicionado é de R$ 19.000, restam R$ 10.000, correspondentes às remunerações dos demais fatores envolvidos (tais como lucros dos empresários, juros pagos, aluguéis etc).
e) Das 1.000 unidades produzidas por Beta, 700 foram compradas por outras empresas e usadas na produção de outros bens, caracterizando-se, portanto, como bens intermediários:
700 x R$25 = R$ 17.500
Beta não produziu bens finais. As demais 300 unidades produzidas pela empresa, correspondem a variação (positiva) de estoques, seja na própria empresa Beta (as 200 unidades não vendidas), seja em outras empresas (as 100 unidades vendidas a outras empresas mas não utilizadas por estas). O valor da variação de estoques é:
300 x R$25 = R$ 7.500
f) Apenas os R$ 7.500 correspondentes à variação de estoques, serão incluídos no cômputo do PIB, pois esses bens, como explicado acima, são parte do produto. O valor dos bens intermediários já estará incluído no valor da produção das empresas que os compraram de Beta.
12. INSTITUTO RIO BRANCO (2003 – nº 28)
A análise macroeconômica — incluindo-se aí a mensuração dos grandes agregados — é fundamental à compreensão do funcionamento das economias de mercado. Acerca desse assunto, julgue a afirmativa subseqüente.
 “A eventual contratação de engenheiros ingleses e venezuelanos para trabalhar na recuperação da indústria petrolífera no Iraque expandiria o produto interno bruto (PIB) iraquiano, porém não alteraria a renda nacional bruta desse país”.
Afirmativa correta. O PIB sofreria expansão porque a contratação se refletiria em aumento da produção interna (não importando se ela é decorrente da atuação de nacionais ou de estrangeiros). A Renda Nacional Bruta (equivalente ao Produto Nacional Bruto, pela equivalência das óticas de mensuração), por sua vez, não se alteraria, porque é uma variável associada unicamente à produção feita por nacionais do Iraque, por iraquianos. 
13. Leia atentamente mais um trecho do artigo de Roberto Macedo, publicado no caderno Economia do jornal O Estado de S. Paulo em 7/4/2005:
Confusão em torno do PIB
(...) a RNB [PNB] mede a renda nacional, e desconta do PIB de um país o que vazou como rendimentos remetidos a outros, adicionando o que ingressou como renda vinda de fora. (...) É certo que hoje somos um país fornecedor de imigrantes, mas o rendimento que enviam ao Brasil está longe de compensar o que sai como rendimentos de capitais.
No Brasil, utiliza-se mais comumente o PIB como medida da atividade produtiva. Em alguns países, como nos Estados Unidos, usa-se mais constantemente o PNB. Qual é a explicação para esse fato.
Em países como o Brasil, os rendimentos enviados ao exterior são maiores do que os recebidos de outros países. Resulta que os rendimentos líquidos enviados ao exterior são um número positivo, e o PIB é maior do que o PNB. Em países como os Estados Unidos ocorre o contrário (rendimentos enviados - rendimentos recebidos são um número negativo), sendo o PNB maior do que o PIB. Como a medida mais abrangente costuma ser mais amplamente usada, fala-se mais em PIB no Brasil, enquanto, nos EUA, utiliza-se mais freqüentemente o PNB como medida da atividade econômica.
14. Um estudante deve fazer um estudo comparando a situação econômica de alguns países. Obteve, então, os dados do quadro a seguir (relativo ao ano de 2003), contido na reportagem de Nilson Brandão Junior publicada no jornal O Estado de S. Paulo em 1/4/2004:
PIB soma R$ 1,5 trilhão e cai para 15º no mundo
	O PIB de cada país (em U$ bilhões)
	Estados Unidos
	10.857
	Espanha
	819
	Japão
	4.291
	México
	612
	Alemanha
	2.386
	Coréia
	521
	Reino Unido
	1.752
	Índia
	510
	França
	1.732
	Austrália
	508
	Itália
	1.459
	Holanda
	505
	China
	1.381
	Brasil
	493
	Canadá
	851
	Rússia
	419
	Com base nas informações, o estudante afirmou que o Reino Unido havia tido um desempenho econômico superior ao da França. Afirmou ainda que o primeiro país possuía economia mais desenvolvida. 	Você considera corretas as conclusões do estudante? Justifique sua resposta.
Os dados não são adequados para servir de base às conclusões mencionadas. A diferença entre os valores é muito pequena, principalmente quando se levam em conta os problemas envolvidos na comparação internacional de dados de Contabilidade Nacional, taiscomo: qual é a taxa de câmbio mais indicada para converter os números de cada país para uma moeda comum? A taxa de câmbio em vigor em cada país reflete corretamente o poder de compra das duas moedas? Nos dois países, a proporção da produção contemplada pelo mercado é aproximadamente a mesma? Ambos os sistemas estatísticos têm o mesmo grau de eficiência? Ao considerar esse tipo de questões, pode-se afirmar que a comparação entre os dois valores acima não autorizaria qualquer conclusão definitiva sobre o nível relativo de desenvolvimento ou de desempenho econômico dos dois países.
LISTA 3A
ANOTAÇÕES
� Informações detalhadas acerca das três óticas de mensuração do produto em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contasnacionais/2003/contasnacionais2003.pdf.
Lista de Exercícios 3A – Introdução à Economia � PAGE \* MERGEFORMAT �2�

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