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Ação de Divórcio c/c partilha de bens

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DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DO FORO CENTRAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE COMARCA DE CURITIBA - PR
XXXXXXXX, brasileira, casada, (profissão), portadora do RG nº. xx, inscrita no CPF sob nº. xx, residente e domiciliada na (endereço), telefone, e XX, brasileiro, casado, (profissão), portador do RG nº. xxxxxxxx, inscrito no CPF sob nº. xx, residente e domiciliado na (endereço), e XXXXXXXX, brasileiro, casado, (profissão), portador do RG nº. xx, inscrito no CPF sob nº. xx, residente e domiciliado na XXXXXXXXXXXXXXX, telefone XXXXXXXXX, e-mail: XXXXXXXXXXXXX, assistidos pela DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ, cuja procuração é dispensada nos termos do no artigo 16, parágrafo único da Lei Federal n.º 1.060/50, do artigo 156, inciso IX, da Lei Complementar Estadual n.º 136/11, assim como conforme consignado no artigo 128, inciso XI, da Lei Complementar Federal n.º 80/94, por intermédio do órgão de execução da referida instituição que abaixo subscreve, vêm, muito respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer a homologação do 
	
DIVÓRCIO CONSENSUAL COM PARTILHA DE BENS
Observando o procedimento previsto nos artigos 731 e seguintes do Código de Processo Civil, pelos motivos de fato e de direito que passam a expor.
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Inicialmente, afirmam as partes em documento anexo, sob as penas da Lei, de acordo com o art. 4º da Lei nº 1.060/50, com redação dada pela Lei nº 7.510/86, assim como com fulcro no artigo 98 do Código de Processo Civil que não têm condições econômicas de arcar com o pagamento das custas judiciais bem como com dos honorários advocatícios, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família, razão pela requerem que lhes seja concedido o benefício da GRATUIDADE DE JUSTIÇA, e indicam a DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ para o patrocínio de seus interesses.
II - RESUMO DOS FATOS
Os autores contraíram casamento em xxxxxxx, no regime de xxxxxxxxx, conforme comprova a certidão de casamento que segue anexada.
Desta união não adveio o nascimento de filhos.
O casal está separado de fato há xxxxxxxx. 
Considerando que inexiste amor entre as partes, tampouco possibilidade de reconciliação e não havendo mais no direito brasileiro, após vigência da Emenda Constitucional 066/2010, exigência de prazo mínimo para propositura da ação de divórcio, pretendem os autores o fim do casamento, por meio de divórcio.
III - DO NOME
A autora pretende voltar a usar o nome de solteira, qual seja, xxxxxxxxxxxxxx.
Ou
A autora pretende continuar utilizando o nome de casada.
IV - DOS ALIMENTOS
Os cônjuges dispensam, por ora, alimentos entre si, por estarem em condições de se manterem por seus próprios meios. 
V - DOS BENS E SUA PARTILHA
Durante a comunhão, o casal adquiriu os seguintes bens: 
DESCREVER CADA BEM E MENCIONAR O VALOR DE CADA UM, AINDA QUE DE FORMA APROXIMADA. 
XXXXX
XXXXX
EM CASO DE IMÓVEIS OU OUTROS BENS FINANCIADOS (ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA), ATENTE-SE PARA O FATO DE QUE A PROPRIEDADE SÓ É TRANSFERIDA APÓS A QUITAÇÃO DO BEM, SENDO ASSIM VOCÊ DEVE PERGUNTAR ISSO ÀS PARTES E O BEM DEVE SER DESCRITO DA SEGUINTE FORMA: os direitos aquisitivos referentes ao imóvel xxxxx, avaliado no valor de R$xxxxx, localizado no endereço xxxxxx, financiado pela xxxxxx. Já foram quitadas xx parcelas, sendo certo que há o valor remanescente de R$ XXXX a pagar.
Os autores acordam que DESCREVER A FORMA DA PARTILHA DOS BENS.
SUGESTÕES DE REDAÇÃO
No que concerne ao bem imóvel situado na xxxx, residência do casal, este passará à propriedade exclusiva da filha dos autores, xxxxxxxxx, com usufruto vitalício em favor dos autores: xxxxxxxxxx e xxxxxx.
No que tange aos bens móveis que guarnecem a residência do casal, estes já foram partilhados extrajudicialmente pelos autores.
Ou
Durante a comunhão, o casal adquiriu e já vendeu os bens, sendo que em razão dessas transações o segundo autor deverá pagar à primeira autora a quantia de R$ xxxxxxx (xxxxxxxxxxxxxx), conforme ajustado no Termo de Confissão de Dívida anexo. Caso não haja pagamento, a execução será feita no Juízo competente.
Ou
Durante a comunhão, o casal adquiriu o seguinte bem: direitos aquisitivos sobre o veículo Marca, placas xxxxxxxx, ano de fabricação xxxx, modelo xxxx, gasolina/álcool, cor xxxxxx, código Renavam xxxxxxxx, com gravame de alienação fiduciária em favor do Banco xxxxxxxx em razão de ter sido adquirido com financiamento em xx prestações de R$ xxxxx, das quais foram pagas xx parcelas, avaliado o ágil em R$ xxxxxxxxx. 
Os autores acordam que pretendem vender esse bem e partilhar o produto da venda na proporção de 50% para cada cônjuge. Fica registrado que cada qual também se torna responsável na mesma proporção (50%) por eventuais dívidas resultantes desse financiamento, bem como das implicações oriundas desse acordo de venda de ágio.
VI – DO DIREITO
Do divórcio
O casamento é instituição milenar, merecedora de especial proteção do Estado, eis que constitui uma das formas possíveis para a constituição de uma entidade familiar. O casamento como instituto jurídico de natureza civil sofreu e vem sofrendo grandes modificações, de modo que atualmente não é exigido lapso temporal para a sua dissolução, tampouco discutem-se as causas que ensejaram o fim do relacionamento do casal, conforme se extrai da Emenda Constitucional n.º 66 de 2010. 
A referida emenda, em homenagem ao direito à liberdade, à autodeterminação e à intimidade conferiu ao divórcio uma feição de garantia constitucional na medida em que respeita as decisões pessoais proclamando a dignidade da pessoa humana no âmbito do direito de família em proteção ao direito da personalidade como valor fundante da ordem jurídica. 
Sendo assim, a inexistência de afeto, o rompimento de fato do casamento, a insuportabilidade da vida em comum, a falta de interesse na manutenção do relacionamento amoroso e o desejo de prosseguir a vida de forma feliz e sem hostilidades e agressão são elementos hábeis a fundamentar o pedido de divórcio, direito potestativo submetido unicamente à manifestação de vontade.
A dissolução da sociedade conjugal e do matrimônio está prevista no artigo 1.571, IV, do Código Civil e na Lei n.º 6.515/77. Já o artigo 226, §6º, da Constituição Federal, dispõe que “o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio”. Desnecessário, pois, lapso temporal de separação de fato e eventual prova de culpa.
Da Partilha dos Bens
REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS
Tendo em conta que o regime adotado no casamento das partes foi o de Comunhão Parcial de Bens, a partilha segue o disposto no art. 1658 do Código Civil: “no regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento”. Sendo, assim, incomunicáveis os bens cuja aquisição se deu em momento anterior ao casamento. 
O artigo 1660 do Código Civil disciplina os bens sujeitos à partilha na hipótese do regime que compõem a união na hipótese do regime acima mencionado, “in verbis”:
Art. 1660. Entram na comunhão:
I – Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II – os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem concurso de trabalho ou despesa anterior;
III – os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
IV – as benfeitorias particulares de cada cônjuge;
V – os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
De acordo com o exposto acima, os bens acima relacionados comunicam-se devendo, portanto, ser partilhados da forma convencionada pelas partes.
REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS
Tendo em conta que o regime adotado no casamento das partes foi o de Comunhão Universal de Bens, aplica-se ao caso o disposto no artigo 1667 do Código Civil, segundo o qual “O regimede comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas (...)”.
Contudo, estão excluídos da comunhão os bens previstos no artigo 1668 do Código Civil, “in verbis”: 
Art. 1.668. São excluídos da comunhão:
I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva;
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum;
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade;
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
(...)
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
Desta forma, acordam as partes que os bens devem ser partilhados da forma acima exposta. 
REGIME DE SEPARAÇÃO TOTAL OU ABSOLUTA DE BENS
Tendo em conta que o regime adotado no casamento das partes foi o de Separação Absoluta de Bens, de acordo com o art. 1641 do Código Civil (SE OBRIGATÓRIA) OU de acordo com a vontade de ambas as partes (SE CONVENCIONAL), os bens ou dívidas adquiridos anteriormente ou durante a constância do casamento não se comunicam entre os nubentes.
Sendo assim, não há bens ou dívidas a serem partilhadas.
VII – DA DESNECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DE FIRMA DAS PARTES
_______________________________________________________________________
Os artigos 731 e seguintes do Código de Processo Civil disciplinam o procedimento adotado para a hipótese de divórcio consensual não estabelece exigência quanto ao reconhecimento de firma da assinatura das partes na petição que requer a homologação do divórcio consensual, de modo que não deve prevalecer o disposto no §4º do artigo 34 da Lei n.º 6.515/77.
Registre-se que os Defensores Públicos gozam de fé pública, de modo que a exigência de reconhecimento de firma das assinaturas consignadas em acordo referendado por estes se mostra desarrazoada, sobretudo porque o Código de Processo Civil em seu artigo 784, inciso IV confere ao instrumento de transação referendado pela Defensoria Pública a natureza de título executivo extrajudicial sem qualquer exigência quanto ao reconhecimento de firma das partes. 
VIII – DOS PEDIDOS
Ante o exposto, os autores requerem:
A concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, uma vez que a situação econômica da parte autora não lhe permite pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo do sustento próprio ou da família (artigo 2º, parágrafo único, da Lei 1.060/1950 e artigo 98 do Novo Código de Processo Civil);
O recebimento da presente ação; o cadastramento dos defensores públicos atuantes perante a vara para a qual for distribuída a presente ação, a fim de que as intimações sejam feitas em seus nomes; e a concessão à DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ de prazo em dobro para se manifestar nos autos, nos moldes do disposto no artigo 156, inciso I da Lei Complementar Estadual n.º 136/11, bem como conforme estabelecido no artigo 128, inciso I da Lei Complementar Federal n.º 80/94;
A intimação do ilustre representante do Ministério Público para acompanhamento do feito;
A dispensa da necessidade de ratificação dos termos do presente acordo, eis que estão devidamente assistidos pela DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ, com fulcro em julgado do Superior Tribunal de Justiça:
AGRAVO. DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL. AUDIÊNCIA PARA TENTATIVA DE RECONCILIAÇÃO ou RATIFICAÇÃO. INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DESNECESSIDADE.
1. Como a audiência de conciliação teria um cunho meramente
formal, pois nada havia para conciliar, não se fazia necessária a produção de provas, nem havia qualquer questão juridicamente relevante para ser resolvida, não tendo havido oposição do ministério público, a não realização da audiência de conciliação poderia configurar, no máximo, mera irregularidade, mas que não justifica a anulação do processo pela ausência de prejuízo.
2. O Quarto Grupo de Câmaras Cíveis deste Tribunal de Justiça
uniformizou sua jurisprudência, admitida a obtenção do divórcio sem que se exija qualquer tempo de separação judicial ou de fato. RECURSO DESPROVIDO.
(RECURSO ESPECIAL Nº 1.483.841 - RS (2014/0058351-0). Relator: MINISTRO MOURA RIBEIRO).
Seja o pedido julgado integralmente procedente, a fim de que seja dissolvido o vínculo conjugal, DECRETADO O DIVÓRCIO das partes e:
- expedido mandado de averbação da sentença ao Cartório de Registro Civil do Município de Curitiba/PR, com a observação de que a autora voltará a usar seu nome de solteira, XXXXXXXXXX;
- que os bens sejam partilhados da forma acima exposta.
	Dá-se à causa o valor de R$ xxxx.
	
Termos em que,
Pede deferimento.
Curitiba, xx de xxxxx de xxxxxxx.
Camille Vieira da Costa
Defensora Pública
_________________________ _________________________
 Nome do Assistido Nome do Assistido
Prontuário xxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Acadêmica/o de Direito
______________________________________________________________________
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ
Rua Cruz Machado, 58, CEP: 80410-170, Centro, Curitiba - PR

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