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Casos Concretos Empresarial III

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Plano de Aula 13
Contrato oneroso, em que alguém assume, em caráter profissional e sem vínculo de dependência, a obrigação de promover, em nome de outrem , mediante retribuição, a efetivação de certos negócios, em determinado território ou zona de mercado. A definição acima corresponde a que tipo 
de contrato empresarial? Analise de acordo com a Legislação vigente.
Resposta: AGÊNCIA, conforme dispõe o caput do art. 710 do CC/02: “pelo contrato 
de agência, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, e m zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada”. O contrato de agência também é conhecido como contrato de representação comercial.
Plano de Aula 14
Uma sociedade empresária, com problemas em capital de giro, celebra com uma outra sociedade empresária, financeira não banco, contrato de antecipação de crédito, mediante entrega dos títulos emitidos a seu favor, e recebimento antecipado de um percentual do valor de emissão de cada cambial.
Determine a modalidade de contrato celebrado? 
Contrato de Fomento Mercantil (FACTORING ) 
Em caso de inadimplência do tít ulo pelo devedor principal, a financeira 
poderá cobrar o v alor da sociedade empresária? 
NÃO. A Faturizadora deve assumir o risco do negócio, e cobrar apenas 
do devedor principal, sob o risco de assumir operação bancária de forma 
ilegal
Plano de Aula 15
Silva Jardim é s ócio minoritário da Companhia Saquarema de Transportes de Carga, com sede em Volta Redonda/RJ. Em razão de dificuldades financeiras, a sociedade empresária recebeu em préstimo no valor de R$ 5 00.000,00 (quinhentos mil reais) de Silva Jardim, com pagamento integra l a pós dois anos da data da transferência do crédito. A taxa de juros remuneratórios pactuada é de 12% ao ano. Com escopo de garantia do pagamento do mútuo, a companhia transferiu ao credor dois caminhões de sua propriedade, sob condição resolutiva do adimplemento. Também foi estabelecido pacto comissório em favor de Silva Jardim , em caso de não pagamento da dívida no vencimento. Ao tomar conhecimento da celebração do contrato, o sócio Cardoso suscita a 
nulidade do pacto comissório em assembleia geral ordinária da companhia. Com base na hipótese narrada, responda aos itens a seguir:
Tem razão o sócio Cardoso em considerar nulo o pacto comissório? 
SIM. O pacto comissório consiste em cláusula que autoriza o credor a ficar com o bem (apreendê-lo para promover sua venda independentemente de qualquer ato judicial ou extra judicial) se a dívida não for paga no vencimento. Tratando-se de propriedade fiduciária disciplinada pelo Código Civil, é nu la tal cláusula, de acordo com o Art. 1.365 do Código Civil. O fiduciário deverá vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, aplicar o preço no pagamento de seu crédito e das despesas de cobrança, e entregar o saldo, se houver, ao fiduciante, como determina o Art. 1.364 do Código Civil. 
O contrato que instituiu o gravame sobre os caminhões em favor do 
credor deve ser leva do ao Registro de Títulos e Documentos do domicílio 
do devedor para sua validade? 
NÃO. O registro no Registro de Títulos e Documentos (RTD) do documento que instituiu o direito real de aquisição sobre os caminhões (propriedade fiduciária) não é requisito de validade do negócio jurídico, pois a eficácia erga omnes depende da anotação no certificado de registro do veículo perante a repartição competente para o licenciamento, com base n o Art. 1.36 1, § 1º, do Código Civil e n a Súmula 92 do STJ: “ A terceiro de boa-fé não é oponível a alienação fiduciária não anotada no Certificado de Registro do veículo automotor.”
Plano de Aula 16
Uma letra de câmbio foi sacada tendo com o beneficiário Carlos e foi aceita. Posteriormente, Carlos endos sou a letra em preto para Débora, que, por sua vez, a endos sou em branco para Fábio. Após seu recebimento, Fábio cedeu, mediante tradição, sua letra para Guilherme. Na data do vencimento, a letra não é paga e Guilherme exige o pagamento d e Carlos, que se recusa a realizá-lo sob a alegação de que endossou a letra de câmbio para Débora e não para Guilherme e de que Débora é sua deve dora, de modo que as dívidas se com pensam. Com base situação hipotética, responda aos itens a seguir, indicando os fundamentos e dispositivos legais pertinentes.
Guilherme é considerado portador legítimo do título e justifica seu direito pela série de endossos regular , ainda que um deles seja em branco (princípio da literalidade). Guilherme poderá promover ação cambial em face do sacador, do aceitante, de Carlos (endossante) e de Débora (endossante). Fábio não é legitimado passivo n a ação cambial porque não endossou o título, apenas realizou a tradição do mesmo a Guilherme, autorizado pelo art. 14, 3º, da LUG. Por conseguinte, pelo princípio da literalidade, não se obriga como devedor cambiário
Guilherme poderá ser considerado portador legítimo da letra de câmbio? 
SIM. Porque Guilherme é considerado portador legítimo da letra de câmbio e justifica seu direito por uma série ininterrupta de endossos , mesmo que o último seja em branco, nos termos do Art. 16 da LUG. 
Contra quem Guilherme terá direito de ação cambiária ? 
SIM. Guilherme poderá promover a ação cambial em face do sacador, do aceitante, de Carlos e de Débora, co m fundamento no Art. 47 da LUG
A alegação de Carlos é correta? 
NÃO. Porque é fundada em exceção pessoal oponível a Débora, mas não em face do portador/ endossatário Guilherme, com fundamento no Art. 17 da LUG. Portanto, a alegação de Carlos sobre a compensação de dívidas não é procedente, porque é fundada em exceção pessoal oponível a Débora, mas não em face do portador/endossatário Guilherme, c om fundamento no Art. 17 da LUG .

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