Buscar

Cimentos para fixação de peças protéticas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CIMENTOS PARA FIXAÇÃO DE PEÇAS PROTÉTICAS
Material para fixação
Os cimentos são os materiais indicados para unir a cerâmica à estrutura dentária. Basicamente a gente usa dois tipos de cimento definitivos para fixação de peças protéticas, o fosfato de zinco e os cimentos resinosos.
Utilizados para cimentar:
Coroa dentária metalocerâmica; 
Coroa dentária Metal free;
Ponte;
Facetas e Lentes de contato (nesse caso, como a espessura é mais fina, temos que ter cuidado na escolha do cimento porque ele pode interferir na cor do trabalho final);
Pinos intracanais.
A gente pode achar também cimentos à base óxido de zinco e eugenol, mas eles apresentam uma resistência mecânica baixa, utilizados apenas para uma cimentação provisória. Tem cimentos de ionômero de vidro com indicação de cimentação além de bandas ortodônticas, para cimentação de peças protéticas, só que a gente sabe que o ionômero não tem uma resistência mecânica tão boa, então consequentemente poderia influenciar na longevidade dos preparos.
Então basicamente a gente vai cimentar com cimento resinoso e o fosfato de zinco. 
O cimento à base de óxido de zinco sem eugenol também é utilizado para cimentação provisória. Muitas vezes a gente usa também o próprio cimento de hidróxido de cálcio para cimentar a coroa provisória; aí você pensa, “mas o cimento de hidróxido de cálcio tem uma resistência mecânica tão baixa”, mas para cimentação provisória, você não quer uma resistência muito alta, porque se for alta vai ser difícil de tirar essa cora provisória para depois colocar a definitiva, então esses cimentos que a gente escolhe para uma coroa provisória normalmente tem que ter baixa resistência mecânica baixa.
Propriedades
Características ideias de um material para fixação de uma peça protética:
Espessura de película fina/baixa, justamente para quando você for cimentar sua peça protética ele escoar bem em todo preparo, se você quando manipular o cimento notar que já tá mais viscoso, não cimente sua coroa porque dificilmente ela vai se adaptar;
Tempo de trabalho longo;
Tempo de presa curto;
Alta resistência à compressão para suportar as cargas mecânicas;
Baixo potencial de irritação pulpar, porque em muitos casos trabalhamos em dentes vitalizados e se um preparo for próximo a polpa pode causar uma toxicidade a ela, então nessas situações deve-se fazer uma proteção do complexo dentina-polpa antes de fazer a cimentação da peça;
Solubilidade de desintegração muito baixa, porque se alguma espessura do cimento ficar exposta ao meio bucal e se ele for muito solúvel, aquela área que tá exposta vai se fragmentar, vai se fraturar e por ali podem infiltrar as bactérias que vão prejudicar todo o seu trabalho;
Potencial de infiltração muito baixo;
De fácil remoção, porque quando você vai cimentar a cora sempre vai sair os excessos ao redor do preparo, se for o caso um cimento resinoso você remove esses excessos antes de fotopolimerizar, se for um fosfato de zinco você remove depois que ele tomar presa (a presa é química) porque se você tirar antes pode ficar fendas; 
Fácil manipulação;
Alta retenção. 
Características da interface pilar (preparo)-prótese (coroa)
Microscopicamente a gente vê que essas áreas são bem rugosas.
Se você fosse colocar em contato a coroa no preparo eles não iam ficar em íntimo contato e consequentemente isso poderia levar a fratura da sua coroa, então o cimento quando bem manipulado vai unir essas duas estruturas e formar como se fosse uma estrutura única.
A partir do momento que o cimento é inserido na cavidade mais viscoso, essas estruturas também não vão ficar em íntimo contato, ai existe espaços vazios, e esses acúmulos de ar que fica neles, diante das função mastigatória pode levar a fatura da coroa ou da interface do cimento. Então o cimento vai preencher esses espaços microscópico existente entre a coroa e o preparo, seja o preparo feito no dente ou num núcleo metálico. Núcleo metálico: tem situações por exemplo, que um dente tá muito pequeno, e tá muito fraturado e não consegue suportar uma coroa, então a gente vai moldar aquele resto radicular, e em cima dele vamos construir um núcleo metálico, ele vai ser fundido no forno, ai esse núcleo metálico vai para a porção coronária e essa cora que vai fingir ser a coroa do dente, então vai ter a coroa artificial dessa parte coronária, o núcleo metálico vem desde a raiz até a parte coronária.
Cimento: deve ser suficientemente fluido para escoar em um filme contínuo de 25 micrômetros de espessura ou menos sem fragmentação. Manipular e inserir o cimento da forma mais fluida possível, para quando você for cimentar a peça no preparo, ele escoar em toda a margem do preparo, se isso não acontecer vai ter espaços que não serão preenchidos pelo cimento e essa área sem cimento, com as tensões mastigatórias, vai começar a fraturar.
Cimentos: CIMENTO DE FOSFATO DE ZINCO E CIMENTO RESINOSO.
Para escolher qual cimento mais indicado para cada caso, vai depender do material que você tá utilizando, a espessura do preparo, das características de resistência que você tá desejando para aquele preparo, pra saber qual cimento escolher. Se você for cimentar uma peça metalocerâmica (onde a estrutura da coroa é metal) a gente usa o fosfato de zinco. Já se for uma coroa metal free normalmente a gente cimenta com cimento resinoso.
CIMENTO DE FOSFATO DE ZINCO
Mais antigo para cimentação definitiva, tem a sua resistência comprovada há muito tempo, disponibilizado na forma de pó e líquido.
Pó: óxido de zinco (ZnO) - 90%, vai conferir resistência ao material e óxido de magnésio (MgO) - 10%
Líquido: ácido fosfórico, responsável pelo baixo pH desse cimento no início. + Água + Fosfato de alumínio + Fosfato de zinco
É um cimento que tem a sua resistência comprovada há longo do tempo mas se você for comparar a resistência dele com o cimento resinoso, a resistência dele é bem inferior, mas é satisfatória para uma cimentação de uma peça protética metalocerâmica.
#Líquido: ele tem que tá bem transparente, então se você for comprar ou for utilizar algum cimento de fosfato de zinco e ele estiver com algum depósito na base, o frasco tiver com alguma alteraçao de cor, não use pq ele deve ter deteriorado algum componente.
Tempo de trabalho: 3 a 6 minutos
Tempo de presa: 5 a 10 minutos
Você pode usar uma laca de vidro resfriada para prolongar o tempo de trabalho, mas tem que ter cuidado se essa placa não tá molhada na superfície porque essa água pode ser incorporada na mistura e consequentemente alterar as propriedades mecânicas do material.
Propriedades mecânicas
Resistência a pressão é satisfatória (40-140 MPa), mas nos cimentos resinoso essa resistência chega a dobrar. Aí você pergunta: Eu posso usar um cimento resinoso para cimentar uma peça metalocerâmica? Pode, ele não vai ter união química com ela mas vai ter interação micromecânica que é a mesma interação que o fosfato de zinco tem. Embora a gene tenha um cimento chamado Panavia que tem monômeros fosfatados (mdp) e ele tem propriedades de se unir quimicamente aos metais, porém é um cimento muito caro então termina que ninguém usa, só em situações bem especificas. 
Resistência a tração é bem baixa
O modulo de elasticidade (rigidez) é similar ao da dentina, então ele vai distribuir homogeneamente essas tensões da coroa em direção a raiz.
Biocompatibilidade, tem a questão do ácido fosfórico, da composição, que é responsável pela diminuição do ph no início, então de acordo que a reação vai finalizando, esse ácido vai sendo consumido e o pH vai aumentado, então se o dente tiver vital deve-se fazer uma proteção dentina-polpa e ele não tem propriedades antimicrobianas.
Espessura da película tem eu ser bem fina, então a espessura do cimento é quase que invisível. Tem gente que as vezes erra no preparo e deixa essa espessura maior e isso de certa forma não é bom porque a área mais sensível de um trabalho protético é a interface do cimento, então você realmente tem que deixar essa espessura satisfatória. 
Solubilidade: se ficar algumaespessura exposta ao meio bucal, vai solubilizar e vai ser uma área que pode haver infiltração bacteriana
Se aumentar a proporção pó/líquido vai ficar mais solúvel ainda.
Manipulação
Técnica de manipulação
A gente vai dividir o pó em vários incrementos e utilizar uma ampla área da placa para ter uma maior compactação do pó ao líquido. Se quiser usar uma placa resfriada para aumentar o tempo de trabalho, pode. Sempre seguir as recomendações do fabricante, ler a bula porque nela vem dizendo como dividir o pó e as vezes varia a proporção de fabricante para fabricante. Manipulou, coloca a prótese no lugar imediatamente e a remoção dos excessos é só após a presa do cimento.
Material: placa de vidro e espátula 
Proporção: 1 colher dosadora para 4 gostas do líquido. A sequência de divisão do pó varia muito de fabricante. É importante que você divida o pó em vários incrementos e que essa manipulação dure em torno de 1min e 30s, porque a sequência existe, os quadradinhos divididos e você vai puxando e manipulando até completa 1min e 30s de manipulação.
Consistência da manipulação: após a manipulação ele tem que tá com um aspecto brilhoso, você vai pegar a espátula, puxar um fio, ele vai formar um fio longo sem se fragmentar.
Indicado:
Coroas unitárias/próteses metalocerâmicas, 
pinos intracanias
pontes fixas
Já forma utilizados nas metal free mas podem interferir na colocação do trabalho porque são mais opacos.
Técnica: manipula, coloca cimento no preparo e na coroa também, encaixa a coroa no cimento e o ideal é que ele escoe e fique um excesso na cervical, pois se não escoar pode comprometer a longevidade do trabalho, espera o cimento tomar presa e tira o excesso com a soda.
CIMENTO RESINOSO
São basicamente resinas compostas fluidas, com baixa viscosidade e isso se dá porque ela tem uma menor quantidade de carga quando comprada a uma resina composta. 
Composição:
Monômeros hidrofóbicos: Bis-GMA, UDMA, TEGDMA
Monômeros hidrofílicos: HEMA, 4-META
Canforoquinona - para fotopolimerização, fotoativados
Aminas terciárias e peróxido de benzoíla – para os DUAIS ou quimicamente ativados
Pigmentos
Opacificadores
Inibidores de polimerização, para evitar que esse material tome presa quando estiver armazenado.
Diferença entre cimento resinoso e resina composta
Cimentos resinosos tem menor quantidade de carga e a menor viscosidade, ou seja, eles são mais fluidos. Então quem é mais resistente? Claro que é a resina composta, mas nesse caso quem tá exercendo o papel da resina é a coroa de porcelana que é mais resistente do que a resina, o cimento apenas vai prender essa coroa ao preparo. Então para essa função de cimento ele já tem uma resistência satisfatória.
Quanto ao método de polimerização
Quimicamente ativado
Fotoativado
Dupla ativação (Dual)
Cimentos resinosos fotoativados são mais usados em facetas ou lentes de contatos de até 1,5mm de espessura porque como eles são fotoativados não vão ter o sistema amina terciária e peróxido de benzoíla que exercem a ativação por reação química e a amina terciária é responsável por ao longo do tempo provocar o escurecimento do cimento, então se a espessura desse trabalho protético é muito fina e a amina terciária vai escurecer, com certeza vai alterar a cor da sua faceta ou lente. Remove os excessos logo após o assentamento da coroa 
Cimentos resinoso Dual, disponibilizados na forma de duas pastas (base e catalizadora) eles vão tomar presa tanto pela luz quanto de reação química, usados para trabalhos diversos pois ele não tem o problema da amina terciária, então pode usar tranquilamente esse cimento, usados principalmente em áreas mais profundadas, onde a luz não consegue chegar e o cimento toma presa quimicamente nessas regiões. Essa ativação química é lenta, prolongando o tempo de trabalho até a exposição da luz e logo depois que a luz entra em contato ele toma presa rapidamente, até a própria luz do ambiente já acelera a presa do material. A resistência aumenta o longo do tempo. Os excessos são retirados logo após o assentamento da prótese. São indicados para facetas mais espessas (>1,5m), mas são mais indicados para coroas e pontes.
Os quimicamente ativado, a gente não usa tanto.
*Ela mostra algumas marcas comercias de cimentos resinoso DUAIS e fala mais do PANAVIA que tem monômeros fosfatados na composição que é o MDP e eles conseguem ter união química com aquelas cerâmicas policristalinas além de ter união também com óxidos metálicos, ele é um cimento muito caro então muitas vezes não é usado por isso, porém nesses grandes laboratórios com certeza o cimento que eles usam é o PANAVIA. Então eles conseguem ter essa união química com cerâmicas policristalinas e metalocerâmicas por conterem o MDP.
Propriedades 
Biocompatibilidade, como é praticamente uma resina, se colocá-lo em contato numa cavidade mais profunda sem proteção vai causar uma agressão a polpa, se for usado para uma faceta por exemplo não ira causar nada.
Mecânicos, dobra em relação a sua resistência relacionando com o fosfato de zinco, tanto a resistência a compressão quanto a tração, são bem mais resistentes. Posso usá-lo para uma coroa metalocerâmica? Pode, mas não vai diferir muito, porque se for um cimento resinoso convencional, que não seja o PANAVIA, a união dele vai ser só micromecânica, por isso não é resistente para as metalocerâmicas.
Espessura de película fina, para escoar em toda interface do preparo e distribuir homogeneamente as tensões da coroa a rais
Baixa viscosidade, pela menor quantidade de carga. Por ter menos carga gera maior contração de polimerização. A gente tem que pensar que numa coroa a maior parte da contração foi sofrida fora da boca, então a contração de polimerização durante o procedimento vai se restringir apenas ao cimento.
Quanto maior a espessura de película, a restauração não vai se adaptar tão bem, dificulta a distribuição das tensões, uma área de espessura do cimento exposta ao meio bucal é susceptível a solubilidade e fratura consequentemente espaço pelo acúmulo de liquido podem vir a absorver água do meio, então pode sofrer expansão e até mesmo trincas. A espessura da película deve ser a mais fina possível!
Solubilidade de desintegração, a gente vê que é um cimento resinoso, praticamente ele não tem solubilidade, mas mesmo assim a gente não pode deixar exposto ao meio bucal, porque aquela área que tá exposta pode solubilizar. 
Protocolo de cimentação
Cerâmicas ácidos sensíveis - vítrea
X
Cerâmicas ácidos resistentes - policristalina
As cerâmicas vítreas conseguem ser condicionadas com ácido fluorídrico e criar retenções em suas superfícies internas, diferentemente das policristalinas que geralmente tem alumina na composição, e se eu colocar ácido fluorídrico na superfície interna dessa coroa não vai acontecer nada, não vai virar retenção alguma.
Cerâmica ácido sensível
Na superfície interna da coroa você pode fazer o condicionante ácido com o ácido fluorídrico a 10% por 1min, lava e seca aí você vê a superfície interna cheia de porosidades. Em seguida aplica o silan(não sei se é assim que se escreve, nem achei sua escrita) por 1min que é o componente que vai aumentar a interação da coroa com o cimento e depois aplica o sistema adesivo e fotopolimeriza, aí a peça fica pronta já para ser cimentada no dente. 
Condicionamento com ácido fosfórico 30s no dente/preparo, lava, seca e aplica sistema adesivo. 
Manipulação do cimento e colocar tanto no reparo quanto na peça protética, ai você faz cimentação deixa escoar remove os excesso e fotopolimeriza.
Ácido resistentes:
Toda cerâmica que tiver alumia ou zirconia na sua composição não consegue ter a sua superfície interna condicionada pelo ácido fluorídrico, ou seja a gente não consegue criar retenções a mais no seu interior para criar uma união a mais dela com o dente, então essa união vai ser através daquelas retenções já existentes na superfície interna da cerâmica. Então faz o condicionamento ácido no preparo normal com ácido fosfórico e aplicação do sistema adesivo.Na peça faz só um jateamento com oxido de alumínio, só para limpar mesmo, em seguida aplica o silan, aplica adesivo e faz a cimentação como já citado.
O protocolo é o mesmo, a diferença é que não vai ter a aplicação do ácido fluorídrico.

Outros materiais