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Porque é importante incluir as meninas nas aulas de informática

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Blog Tecnologia na Educação
Por que é importante incluir as
meninas nas aulas de informática
Em uma área dominada por homens, uma boa formação desde o início pode
abrir espaço a futuras programadoras
Jane Reolo
Ciências, Matemática e computação são áreas ocupadas por muito mais homens que mulheres. Esse
padrão por gênero foi apontado no último relatório da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), que coletou dados sobre a distribuição dos campos de estudos
de Ensino Superior entre a população adulta (veja o gráfico abaixo).
Os números se referem aos países membros da instituição, entre os quais o Brasil, mas nem era
preciso ver o relatório para ter uma ideia de que, por aqui, a situação não é diferente. O último Censo
da Educação Superior obtido pelo PrograMaria — portal que reúne mulheres para debater a equidade
de gênero na TI e oferecer cursos de programação — mostra que, em 2013, apenas 15% dos
estudantes matriculados em cursos de computação no País eram do sexo feminino.
A origem dessa desigualdade está na própria forma como a tecnologia entrou na casa das pessoas até
se tornar uma ferramenta do dia a dia. Algumas pesquisas indicam que a popularização dos
computadores domésticos deu-se com a chegada do videogame. Quando se relacionou a linguagem
de programação com o desenvolvimento de jogos eletrônicos, foram os homens que herdaram o
estereótipo de programadores. Daí para esse se tornar um brinquedo “de menino” foi um passo.
Mas o que a escola tem a ver com tudo isso?
A existência de uma cultura escolar que divide as opções de escolha para cada gênero colabora para o
cenário que descrevemos acima. Essa prática tem início na organização de filas de menino e filas de
menina para diversas atividades, caminham para os brinquedos, são reforçadas pelas aulas de
Educação Física - balé para elas e futebol para eles - e chegam até as áreas de tecnologia.
Para tentar reverter essa situação, podemos tomar algumas atitudes simples no dia a dia da sala de
aula. Abaixo, listei algumas que me ajudaram bastante e espero que também sejam úteis para vocês:
Desconstrua expectativas de gênero: Programar é considerar o erro como parte do processo de
desenvolvimento de uma ferramenta. No entanto, existe uma expectativa de perfeição em relação ao
gênero feminino. Incentive meninos e meninas a errar e a encarar o erro como processo da
construção dessa linguagem.
Desconstrua os estereótipos de gênero: Em projetos de robótica, existem tarefas diversificadas,
como montar maquetes e programar motores e sensores, que podem ser executadas por meninas e
meninos. Monte equipes mistas e faça mediações para que as atividades sejam igualmente
desenvolvidas por todos.
Desconstrua o sexismo: Promova situações onde jogar e desenvolver jogos digitais não sejam
atividades exclusivamente masculinas. Meninas são tão capazes de jogar e desenvolver os games
quanto os meninos.
Desconstrua a visão androcêntrica da tecnologia: Durante a história da ciência, homens e mulheres
desenvolveram tecnologia, mas os registros geralmente destacam o papel masculino. Filmes como
Estrelas Além do Tempo resgatam o papel feminino nesse campo. Que tal conversar sobre essas
cientistas com os seus alunos?
E, claro, informe-se sobre o assunto.
Neste post, você encontra os primeiros passos para inserir a linguagem de programação no currículo
de seus estudantes (meninos e meninas) e esta reportagem discute como as meninas estão mudando
a escola.
Abraços e até o próximo mês,
Jane Reolo
Endereço da página:
https://novaescola.org.br/conteudo/4723/blog-tecnologia-por-que-e-importante-incluir-as-meninas-nas-aulas-de-
informatica
Links da página
https://www.programaria.org/
https://www.youtube.com/watch?v=2CIqexd838s
https://novaescola.org.br/conteudo/113/por-que-ensinar-programacao-na-escola
Publicado em NOVA ESCOLA 27 de Janeiro | 2017

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