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FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA E CINESIOTERAPIA RESPIRATÓRIA Prof. Dr. Paulo César Bálade Saad Fisioterapia parte integrante da equipe multiprofissional – UTI História: 1901 William Ewart (drenagem postural – bronquiectasias) 1953 Palmer e Sellick (efeitos da fisioterapia respiratória – pacientes submetidos à cirurgia de hérnia e gastrostomia parcial) exercícios respiratórios, DP, vibração e tapotagem + nebulização com isoprenalina COMBINAÇÃO DE TÉCNICAS Introdução EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E OBSERVAÇÃO DOS RESULTADOS COMBINAÇÃO DE TÉCNICAS PREVENIR COMPLICAÇÕES TRATAR AS ALTERAÇÕES JÁ INSTALADAS NO SISTEMA RESPIRATÓRIO Introdução Depuração de secreções da árvore brônquica adequado funcionamento mucociliar e da eficácia da tosse. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA depende Principais causas de anormalidade: Disfunção mucociliar Alteração reflexo da tosse (distúrbios musculoesqueléticos e neurológicos) Produção excessiva e/ou > viscosidade do muco Depuração de secreções da árvore brônquica adequado funcionamento mucociliar e da eficácia da tosse. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA depende Principais causas de anormalidade: Pacientes intubados presença da via aérea artificial umidificação inadequada altas concentrações de oxigênio (FiO2) administração de drogas (anestésicos e/ou narcóticos) Definição Aplicação de recursos que visam aumentar o transporte de muco. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Objetivo Mobilizar e remover as secreções, com a finalidade de melhorar o intercâmbio gasoso e reduzir o trabalho respiratório. Avaliação do Acúmulo de Secreção Consequência de um desequilíbrio entre a produção e a eliminação do muco traqueobrônquico. Avaliações diárias (anamnese, prontuários, exames complementares, exame físico global) Antecedentes pulmonares (DPOC, tabagismo, obesidade, cirurgias, etc) Ausculta pulmonar MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Técnicas Convencionais 1) Drenagem Postural Fundamenta-se no princípio físico da ação da gravidade. A posição e o grau de inclinação irão variar de acordo com a área do pulmão a ser drenada, devendo haver um posicionamento específico segmentar das vias respiratórias para que a gravidade atue na drenagem do excesso de secreção, a fim deslocá-lo das ramificações brônquicas segmentares para lobares, destas para os brônquios principais, logo depois para a traquéia para finalmente ser eliminada pela tosse. (COSTA, 1999) MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Técnicas Convencionais 1) Drenagem Postural Técnicas como vibração, percussão, técnica de expiração forçada entre outras podem estar associadas à drenagem postural para acelerar o deslocamento da secreção até as vias aéreas proximais. Webber et al. (1986) em seu estudo verificou que a associação da drenagem postural com a técnica de expiração forçada permitiu um aumento significativo dos valores espirométricos, produzindo assim evidências objetivas da melhora da função pulmonar. Posicionamento - De 10º a 15º para áreas correspondentes ao lobo médio e língula - De 20º a 30º para as bases pulmonares MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Técnicas Convencionais 1) Drenagem Postural Cuidados Controle de SaO2 Refluxo gastroesofágico duas horas após as refeições ou dietas enterais sonda nasogástrica (aberta) MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Técnicas Convencionais 1) Drenagem Postural Indicações Dificuldade de eliminar secreções Retenção de secreções em via aérea artificial Atelectasia (tampão mucoso) Fibrose cística Branquiectasia etc MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Técnicas Convencionais 1) Drenagem Postural Contra-indicações Pressão intracraniana > 20 mmHg Lesão cerebral ou cervical instável Instabilidade hemodinâmica Cirurgia de coluna recente Trauma raquimedular agudo Fratura de costelas Pós operatório de cirurgia de esôfago (trendelenburg) MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Técnicas Convencionais 2) Percussão torácica (tapotagem) É a propagação de ondas de energia mecânica aplicadas na parede torácica para os pulmões (GASKELL; WEBBER, 1988). A oscilação mecânica gera um aumento da pressão intratorácica, e assim um descolamento de secreções das regiões mais periféricas para as centrais, facilitando a eliminação. (PRYOR, 1997) Gallon (1991) observou que a percussão contínua (com as duas mãos, com freqüência de 240 ciclos/minuto) é mais eficaz no descolamento do muco das paredes brônquicas do que a percussão intermitente (6 - 12 ciclos/minuto). MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Técnicas Convencionais 2) Percussão torácica (tapotagem) Indicações Pacientes com acúmulo excessivo de secreção Estimular o reflexo de tosse Contra-indicações Osteoporose grave Hemoptise Broncoespasmo MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Técnicas Convencionais 3) Vibrocompressão Torácica É a aplicação de movimentos ritmados na parede torácica do paciente durante a fase expiratória e pretende aumentar o nível de fluxo expiratório, deslocando as secreções das vias aéreas de pequeno calibre para as de maior calibre, e assim, facilitar expectoração através da tosse. (GASKELL; WEBBER, 1988) MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Técnicas Convencionais 3) Vibrocompressão Torácica Pode ser realizada manualmente ou com um vibrador mecânico. Segundo Costa (1999) o vibrador mecânico possui a vantagem de dar a mesma freqüência de vibração em toda área do tórax, o que não é possível com a vibração manual. Sutton et al. (1985) relatam que para a vibração manual ser efetiva, sua freqüência deve estar em torno de 12-16 Hz. De acordo com o Consenso de Lyon (1994), a freqüência ideal desejada é de 3 a 75 Hz, a fim de modificar as propriedades físicas do muco com diminuição da viscosidade em razão do tixotropismo. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Técnicas Convencionais 3) Vibrocompressão Torácica Precauções: Tórax rígido Osteoporose Fratura de costelas Fragilidade vascular MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Tosse É uma ação reflexa de defesa do organism, que objetiva remover substâncias estranhas e secreção acumulada na árvore brônquica. Em índivíduos sem doença broncopulmonar, a tosse raramente ocorre e o sistema mucociliar é o responsável pela depuração. Quando a quantidade de secreção aumenta, a tosse é um mecanismo adicional para a clearance mucociliar. (PRYOR, 1997) MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Tosse Três fases: 1- fase inspiratória 2- fase de compressão 3- fase de expulsão MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Tosse A tosse, segundo Scanlan et al.(2000), é a parte mais importante da terapia de higiene brônquica, já que a maioria das técnicas apenas ajuda a mover as secreções para as vias aéreas centrais. A tosse dirigida deve ser ensinada ao paciente visando diminuir as características da tosse espontânea, produzindo uma tosse efetiva voluntária. Um posicionamento adequado que auxilie no momento da tosse e exercícios de controle da respiração (respiração diafragmática) devem ser priorizados, e ainda assegurar a utilização das fases de inspiração profunda, para evitar o colapso das vias aéreas. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Técnicas Convencionais 4) Tosse Assistida Apoio das mãos na região toracoabdominal, realizando a compressão durante a fase de expulsão. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Técnicas Convencionais 5) Tosse Reflexa: Tic-traqueal induzida por ambú induzida pelo cuff induzida por vibração mecânica induzida por pressão digital esternal induzida por troca de decúbito instilação traqueal MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Técnicas Convencionais 6) Técnica de Expiração Forçada Realizado com a glote aberta e a partir de um volume pulmonar médio a baixo. Assecreções mobilizadas alcançam as vias aéreas mais superiores e 1 ou 2 huffs ou tosse são solicitadas para expectoração. Após esses 1 ou 2 huff ou expiração forçada, se faz necessário um período de relaxamento e respiração diafragmática controlada, o qual previne algum aumento na obstrução do fluxo aéreo. A duração dessa pausa varia de acordo com a fatigabilidade do paciente. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Técnicas Convencionais 6) Técnica de Expiração Forçada Seu objetivo é ajudar na mobilização das secreções através da manipulação das pressões torácicas e da dinâmica das vias aéreas A expiração forçada ajuda na mobilização e na limpeza das secreções mais periféricas. (PRYOR, 1997) A vantagem desta técnica é o deslocamento e a remoção de secreções com menor alteração da pressão pleural e, consequentemente, menor probabilidade de colapso das vias aéreas. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Flutter É um aparelho semelhante a um cachimbo, composto de uma esfera de metal de alta densidade que repousa em um cone de plástico circular e uma tampa com vários orifícios. A esfera de metal oferece resistência ao ar expirado, abrindo e fechando a passagem de ar. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Flutter Promove uma pressão positiva expiratória (5a 35 cmH2O), vibração oscilatória da parede brônquica (8 a 26 Hz) e uma aceleração intermitente do fluxo expiratório. A mudança da freqüência de oscilação, depende do fluxo aéreo expiratório e da angulação que o instrumento é utilizado. (SCANLAN et al., 2000) O tempo requerido para uma boa eficiência é de 10 a 15 minutos. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Flutter Combina PEEP com oscilações de alta frequência na via aérea. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA PEP pressão expiratória positiva Baseia-se na auto-aplicação de pressão positiva na expiração com bocal acoplada à válvula, com resistência expiratória fixada (5 a 20 cmH2O). A ação da pressão positiva expiratória gera um maior volume de ar nas vias aéreas periféricas durante a inspiração, evitando o colapso e deslocando o muco em direção as vias aéreas centrais, onde pode ser eliminado. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Aceleração (Aumento) do Fluxo Expiratório – AFE É uma expiração ativa ou passiva, realizada a mais ou menos alto volume pulmonar, onde a velocidade, a força e a extensão podem variar para encontrar o “débito ótimo”, necessário à desobstrução das vias aéreas. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Aceleração (Aumento) do Fluxo Expiratório – AFE MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Deve-se posicionar o paciente em decúbito dorsal, e as mãos do fisioterapeuta deverão ser colocadas uma sobre o tórax e a outra sobre o abdome. Aceleração (Aumento) do Fluxo Expiratório – AFE A manobra inicia-se no platô inspiratório e a mão torácica realiza uma pressão de aceleração simétrica, oblíqua, de cima para baixo e de frente para trás. A mão abdominal, por sua vez, realiza um movimento oblíquo de baixo para cima e de frente para trás. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Aceleração (Aumento) do Fluxo Expiratório – AFE Uma aceleração de fluxo deve ser sempre precedida de uma inspiração máxima e realizada a uma velocidade superior à da expiração normal e próxima à da tosse. Conforme a idade e a colaboração do paciente, a técnica pode ser passiva, ativa-assistida e ativa. Indicada em recuperação de patologias pulmonares, pós-cirúrgicos e problemas respiratórios de origem neurológica ou traumática, sempre que a secreção for um fator agravante. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Expiração lenta total com a glote aberta em decúbito lateral (ELTGOL) É uma técnica de autoria do fisioterapeuta belga GUY POSTIAUX que significa realizar uma expiração lenta total com a glote aberta estando em decúbito lateral. Seu objetivo e uma depuração das vias aéreas distais através do deslocamento de ar com a velocidade mais elevada possível nas diferentes gerações brônquicas do aparelho respiratório periférico. (Consenso de Lyon – 2000) MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Expiração lenta total com a glote aberta em decúbito lateral ELTGOLl) MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA O terapeuta exerce uma pressão abdominal no sentido oblíquo à parede costal supralateral durante a expiração do paciente até obter a desinsuflação do pulmão infralateral. 35 Expiração lenta total com a glote aberta em decúbito lateral ELTGOLl) Deve executar a técnica de 10’ a 15’ no decúbito desejado e ao final, pede-se a tosse técnica. A técnica pode ser ativa ou ativo-assistida. MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Expiração lenta total com a glote aberta em decúbito lateral ELTGOLl) É indicada em: Pacientes hipersecretivos e colaborativos, adultos ou adolescentes Pacientes broncorreativos Pacientes crônicos Ausculta de estertores subcreptantes MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Expiração lenta total com a glote aberta em decúbito lateral ELTGOLl) E contra-indicada em: - Retenção de secreção por lesão cavitária - Acometimento V / Q - Desconforto do paciente - Lesão carcinomatosa - Patologia pleural unilateral - Paciente não colaborativo MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA Indicações: Tosse ineficaz Após o esforço máximo de tosse, permanecer evidência de presença de secreções na via aérea. Contra-indicações: Sangramento nasal Coagulopatia Trauma agudo de face Lesão cervical Laringoespasmo Via aérea irritável Aspiração Nasotraqueal Complicações: Trauma mecânico Hipóxia / hipoxemia Arritmias cardíacas Bradicardia Aumento da PA Parada respiratória Vômitos Espasmo de laringe Broncoespasmo Infecção nosocomial Aumento pressão intracraniana Aspiração Nasotraqueal Técnica: Explicar procedimento ao paciente Leito elevado (preferencialmente) Hiperextensão cervical Sonda traqueal de tamanho adequado (nº 8 ou 10) Máximo rigor asséptico Introduzir a sonda em sentido anatômico lentamente, sem aspirar Acesso correto tosse Aspiração Nasotraqueal Técnica: Abrir a aspiração (vácuo) quando o paciente iniciar a tosse retirar a sonda aberta cuidadosamente Incremento de O2 antes e após cada aspiração Controle de SaO2 Realizar até limpeza ou alívio do acúmulo de secreção traqueal Final aspiração da boca Aspiração Nasotraqueal Indicação: Pacientes sem via de acesso artificial em traquéia e com impossibilidade de acesso nasotraqueal: Desvio de septo nasal Cirurgias nasais Lesão de mucosa nasal Aspiração Orotraqueal Cânula de Guedel facilitar o acesso Aumentar FiO2 (100%) em um minuto antes e após o procedimento. Aspiração em Ventilação Artificial Indicação: SDRA Altos valores de FiO2 Altos valores de PEEP Sistema de aspiração fechado Técnica Hiperinsuflação manual com ambu e vibrocompressão na fase expiratória Proporciona volume corrente maior do que o volume de base ou 50% maior do que o utilizado no ventilador. Insuflação Manual com Ambu (Bag-Squeezing) Indicações: Melhorar a oxigenação na pré e pós-aspiração Mobilizar o excesso de secreções brônquicas Reexpansão de áreas colapsadas Insuflação Manual com Ambu (Bag-Squeezing) Insuflação Manual com Ambu (Bag-Squeezing) Precauções: Instabilidade hemodinâmica Pneumotórax não drenado Broncoespasmo severo Alto pico de pressão inspiratória com PEEP > 10cmH20 Aumento de pressão intracraniana Edema pulmonar Insuflação Manual com Ambu (Bag-Squeezing) Contra-indicações: SDRA é questionável, uma vez que esses pacientes tem baixa complacência e são ventilados com altos valores de PEEP. RECURSOS FISIOTERÁPICOS EXPANSÃO E REEXPANSÃO PULMONAR técnicas cinésicas clássicas para aumentar o volume pulmonar, redistribuir a ventilação pulmonar e melhorar as trocas gasosas SMI (sustentação máxima da inspiração) RPPI / IPAP PEEP (EPAP, CPAP, recrutamento alveolar) OBJETIVOS Aumentar VC e mobilidade torácicaMelhorar ventilação em bases pulmonares e trocas gasosas. Promover relaxamento Prevenir complicações pulmonares Reduzir dispnéia INDICAÇÕES Pacientes acamados por tempo prolongado DPOC Cirurgias abdominais e torácicas Atelectasias Cinesioterapia Respiratória Respiração Diafragmática Freno labial Suspiros Inspiratórios e Inspiração Fracionada Inspiração Sustentada Máxima Cinesioterapia Respiratória Espirômetros de Incentivo Indicações: Atelectasias ou condições predisponentes (cirurgia abdominal alta, cirurgia torácica, cirurgias em pacientes com DPOC) Disfunções restritivas neuromusculares Limitações: Pacientes não colaborativos ou incapazes de compreender as instruções Cinesioterapia Respiratória Espirômetros de Incentivo SMI + incentivo Volume desejado (alvo) FLUXO e VOLUME CONSTANTE DE TEMPO Cinesioterapia Respiratória CONSTANTES DE TEMPO NO PULMÃO Distúrbios não uniformes da resistência ao fluxo e da complacência ALTERAÇÃO NO NÍVEL DE ENCHIMENTO E ESVAZIAMENTO DAS UNIDADES PULMONARES PERIFÉRICAS. CONSTANTES DE TEMPO depende 55 CONSTANTE DE TEMPO / DISTRIBUIÇÃO DE AR O tempo que leva para que uma unidade pulmonar se esvazie ou encha depende da sua constante de tempo, isto é, do produto da sua resistência e complacência. R(cmH2O/l/seg) x C(l/cmH2O) = seg 56 CONSTANTE DE TEMPO / DISTRIBUIÇÃO DE AR Quando duas ou mais unidades pulmonares paralelas são sujeitas a mesma pressão de inflação ou deflação, cada unidade enche ou esvazia em um rítmo determinado pelas suas constantes individuais de tempo. 57 CONSTANTE DE TEMPO / DISTRIBUIÇÃO DE AR “se as cte de tempo forem as mesmas em todas as unidades pulmonares, elas enchem e esvaziam uniformemente.” “DISTÚRBIOS NÃO UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDOS DE RESISTÊNCIA AO FLUXO OU À COMPLACÊNCIA DOS ALVÉOLOS INDIVIDUAIS SÃO REFLETIDOS NA DISTRIBUIÇÃO ALTERADA DE AR.” 58 CONSTANTE DE TEMPO / DISTRIBUIÇÃO DE AR Com uma obstrução das vias aéras localizada, o ar inspirado penetra predominantemente nas áreas do pulmão que oferecem menos resistência, e durante a expiração corrente, o ar se move para fora das áreas desobstruídas primeiro. 59 CONSTANTE DE TEMPO / DISTRIBUIÇÃO DE AR “as cte de tempo não uniformemente distribuídas no pulmão também afetam a complacência dinâmica dos pulmões, particulamente em rítmos respiratórios rápidos”. Quanto mais rápido o rítmo respiratório menor a complacência total calculada 60 CONSTANTE DE TEMPO / DISTRIBUIÇÃO DE AR RESP. LENTA menor trabalho de resistência ao fluxo, porém necessita de grandes volumes para superar a resistência elástica. RESP. RÁPIDA deve-se aumentar o Vmin., devido aumento da ventilação gasta por minuto (vent. espaço morto) TRAB.TOTAL É MAIOR EM NÍVEIS RESPIRATÓRIOS EXTREMAMENTE ALTOS E BAIXOS. 61 Técnicas ventilação Uso de pressão positiva : CPAP / EPAP / PEEP PEEP pressão positiva expiratória final EFEITOS PULMONARES: AUMENTO DA CRF REDISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA EXTRAVASCULAR PULMONAR RECRUTAMENTO ALVEOLAR AUMENTO DO VOLUME DE GÁS ALVEOLAR DIMINUIÇÃO DO SHUNT INTRAPULMONAR AUMENTO DA PaO2 PEEP pressão positiva expiratória final PRESSÃO INTRA-ALVEOLAR aumento direta/e proporcional ao nível da PEEP CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL Quanto maior o nível de PEEP, maior a CRF Aumento volume pulmonar maior área de trocas gasosas Aumento exagerado compressão capilar pulmonar e maior resistência vascular. PEEP pressão positiva expiratória final RECRUTAMENTO ALVEOLAR Prevenção de ATELECTASIAS e SHUNT REDISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA EXTRAVASCULAR Facilita a movimentação dos líquidos do espaço intersticial em direção ao espaço peribrônquico, diminuindo o espaço entre o alvéolo e o capilar, melhorando a capacidade de difusão do O2. PEEP pressão positiva expiratória final AUTO-PEEP OU PEEP INTRÍNSECA aprisiona/o de ar por dificuldade expiratória em pacientes com LCFA. LCFA desloca/o dos PIP para regiões mais periféricas dos pulmões, determinando colapso precoce das vias aéreas. PEEP EXTRÍNSECA COMBATE PEEP INTRÍNSECA PEEP pressão positiva expiratória final ESPAÇO MORTO E PEEP: MAIOR RECRUTAMENTO ALVEOLAR DIMINUIÇÃO DO E.M.Fisiológico PATOLOGIAS UNILATERAIS de acordo com o nível de PEEP, poderá resultar intensa compressão capilar, causando aumento do E.M.Fisiológico. Aumento do E.M.F. retenção de CO2 PEEP pressão positiva expiratória final EPAP E TRABALHO RESPIRATÓRIO PODE CAUSAR AUMENTO DO WR PELA VARIAÇÃO PRESSÓRICA WR DIRETA/E PROPORCIONAL AO NÍVEL DA PEEP NECESSÁRIA MONITORIZAÇÃO EVITANDO FADIGA MUSCULAR RECURSOS FISIOTERÁPICOS EPAP NA REMOÇÃO DAS SECREÇÕES BRÔNQUICAS AUMENTO VENTILAÇÃO COLATERAL FLUXO DE GÁS EM UNIDADES OBSTRUÍDAS POR ACÚMULOS DE SECREÇÕES FACILITAÇÃO NA REMOÇÃO DAS MESMAS. Respiração com Pressão Positiva Intermitente – RPPI INDICAÇÕES: Atelectasias Pacientes não colaborativos CONTRA-INDICAÇÕES Pneumotórax não tratado Pressão intracraniana >15mmHg Instabilidade hemodinâmica Hemoptise ativa Fístula traqueoesofagiana Náuseas Cirurgias craniana, facial ou esofagiana recente Tuberculose não tratada Evidência radiológica de bolhas Cinesioterapia Respiratória Utilização de aparelhos que gerem pressão positiva durante a fase inspiratória, aplicada através de máscaras ou bucais em pacientes que estejam respirando espontaneamente que gerem pressão positiva durante a fase. Cinesioterapia Respiratória Respiração com Pressão Positiva Intermitente – RPPI Respiração com Pressão Positiva Intermitente – RPPI EFEITOS FISIOLÓGICOS Aumento do VC e do Volume minuto Melhora na troca gasosa Redução do trabalho respiratório Cinesioterapia Respiratória Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP) A pressão positiva é mantida durante todo o ciclo respiratório Formas de fornecimento: Circuito pressurizado com utilização de máscara ou bucal Gerador de alto fluxo (50 a 80 L/min) Aparelhos portáteis eletrônicos Ventilador mecânico Cinesioterapia Respiratória Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP) INDICAÇÕES: Pacientes com deteriorização da função respiratória em consequência da queda de volumes pulmonares devido: pós-operatórios doença neuromuscular DPOC Cinesioterapia Respiratória Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP) EFEITOS FISIOLÓGICOS: Aumento da CRF Redução do shunt Melhora da oxigenação e da complacência pulmonar Diminuição do trabalho respiratório Cinesioterapia Respiratória Cinesioterapia Respiratória Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP)
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