Buscar

Penal II aula 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Obs
:.
Crime e contravenções pode se transformar um no outro, basta o legislador “mudar”.Penal II – Aula 07/08/17
CRIME LICP, artigo 1º: Infração penal (gênero)
Conceito legal 
Conceito material 
Obs
:.
 A diferença entre contravenções e crime é a 
consequência
.Conceito formal 
Conceito analítico 
Reclusão: Possui regimes fechado, aberto e semi-aberto.
Nota: Cabe regressão para regime fechado.
Detenção: Possui regimes semi-abertos e abertos. 
Nota: Não cabe regressão para regime fechado. 
Crime = delito: Infrações penais punidas com pena de reclusão ou detenção.
Contravenções: Possui pena de prisão simples, podendo ser chamadas de “crime anão” ou “delito libiputiano”. 
 Regime semi-aberto e reg. aberto
 Conceito formal de crime: É definido através da subsunção da conduta ao tipo incriminador descrito. 
 Ex:. Corrupção. 
Conceito material de crime: Vai levar em conta a magnitude da lesão a um bem jurídico. As mais graves 
Ex:. Princípio da insignificância/Bagatela.
Conceito analítico de crime: O conceito analítico de crime, “divide” o crime em partes. 
Teoria bipartidária: Crime = Fato típico+Ilicitude
(Finalismo discidente brasileiro)
Teoria tripartídica: Crime=Fato típico+Ilicitude+Culpabilidade
(É majoritária, adotada atualmente)
Teoria quadripartídidária: Crime=Fato típico+I+Culpabilidade+Punibilidade
	Fato típico (tipicidade)
	Ilicitude/Antijuridicidade
	Culpabilidade
	-Conduta
	-Estado de necessidade 
	-Imputabilidade
	-Resultado
	-Legítima defesa
	-Potencial consciência da ilicitude
	-Nexo de casualidade
	-Estrito cumprimento de um dever
	-Exigibilidade de conduta diversa
	-Tipicidade
	-Exercício regular de um direito
	
	
	
	
Teoria tripartídica Crime/ Delito (Conteúdo programático do semestre)
CONDUTA
Conceito
Causas de exclusão 
Força irresistível 
Ato de inconsciência
Ato reflexo
Responsabilidade penal da pessoa jurídica
Conceito: A partir do finalismo penal, conduta é o comportamento humano, comissivo ou omissivo livre e consciente direcionado a um determinado fim. Conduta humana.
Obs:. Existem situações que não haverá conduta.
Causas de exclusão de conduta:
- Força irresistível Natureza: Oriunda de um fator natural.
 Física: Oriunda de outro comportamento humano.
 (somente se pune o coator)
Obs:. Força da natureza exclui a liberdade do agente de agir e na força física não exclui completamente a liberdade do agente de agir (depende da situação fática).
Coação física é diferente de coação mental = Coação de ordem pscicológica
	Coação física
	Coação psicológica
	-Não há crime
	-Não há crime
	-Exclui conduta
	-Exclui exigibilidade de conduta diversa
	-Exclui o fato típico
	-Exclui culpabilidade
 
- Ato de inconsciência: São atos que acontecem sem a consciência do indivíduo.
Ex:. Hipnose e sonambulismo. 
- Ato reflexo: Impulsos orgânicos, exclui conduta.
Ex:. Ataque epilético 
Obs:. Ato reflexo é diferente de crime de ímpeto (Ação em curto circuito)
 
 Não há crime Há crime 
Responsabilidade da pessoa jurídica:
Obs:. Os países de civil Law, não funcionam com a responsabilidade penal da pessoa jurídica. 
Previsão legal: Dispositivos que causam dúvidas 
Artigo 225 § 3º - Meio ambiente 
Artigo 173 § 5º - Ordem econômica, financeira e pública
Lei 9605 – Leis dos crimes ambientais, sem dúvidas 
(responsabilidade penal da PJ por crime ambiental)
Obs:. Em que pese a divergência acerca da (in) constitucionalidade da responsabilidade penal da PJ, podemos afirmar que a lei 9605/98 regulamentou a matéria quanto os crimes ambientais. Portanto, PJ não pode ser sujeito ativo de nenhum outro crime que não ambiental. De outro lado, pode figurar sujeito passivo de qualquer delito desde que compatível com a natureza. Ex:. Furto e estelionato.
Requisitos da Lei 9.605/98: (São requisitos acumulativos)
Artigo 3º da lei – Infração 
Decisão do responsável legal, contratual ou órgão colegiado
No interesse ou benefício da própria pessoa jurídica
Obs:. A responsabilidade da pessoa jurídica não exclui a das pessoas físicas. (Parágrafo único, artigo 3º)
Possibilidades de denúncia Só pessoa jurídica
 Só pessoa física 
 Pessoa jurídica e pessoa física
Obs:. Imputação simultânea ou concurso julgado.
- Antes o STJ, na denúncia da PJ por crime ambiental exigia que obrigatoriamente fosse denunciada a alguma pessoa física (resp. 865.864/11), atualmente STF e STJ não mais adotam a teoria da dupla imputação. (STJ info 566/STF info 714)
Argumentos prós e contras: 
- Argumentos favoráveis: 
As PJ são uma realidade na sociedade moderna.
Existem pessoas jurídicas que funcionam como escudo da prática criminosa.
Se a PJ possui obrigações, elas também podem praticar um crime.
Quem nega a responsabilidade penal da PJ o faz porque confunde pena e prisão.
Evita denúncia genérica – Ampla defesa e contraditório.
- Argumentos desfavoráveis:
A PJ é uma ficção jurídica.
A responsabilidade penal da PJ é incompatível com a estrutura analítica de crime.
Ofende-se a intranscedência das penas.
Engana-se quem pensa que a responsabilidade da PJ serve para punir mais; em verdade pune-se menos. IMPORTANTE! 
Ex:. Caso de Mariana – Crime ambiental próprio/Fins lucrativo.
Questão: Como se trabalha no Brasil com a responsabilidade penal da PJ de direito público? 
Aula 14/08/17 
RESULTADO
- Crimes quanto ao resultado 
- Iter Criminis 
- Consumação X Tentativa 
Resultado naturalístico:
Resultado que é perceptível no mundo do “ser”.
Ex: Homicídio.- Desistência voluntária e arrependimento eficaz
- Arrependimento posterior 
Crimes quanto o resultado:
- Materiais: Consumem-se somente com o resultado naturalístico 
Obs:. Todo crime que se consuma produz resultado jurídico. 
Marcam o resultado naturalístico e também o resultado jurídico. – ficção jurídica
-Formais: “Crimes de consumação antecipada” – Consumem-se com o resultado jurídico = lesão do bem jurídico. Ex:. Extorsão – Artigo 158/CP e súmula 96/STJ
Obs:. Os resultados metafísicos, se houver, é mero exaurimento. Ação da vítima que manifesta sua disposição a ceder à exigência.
Obs:. “Os crime de mera conduta antes eram referidos como crimes sem resultado”. Entende-se todavia que todos os delitos, inclusive estes, produzem resultado jurídico ao se consumarem. Os de mera conduta, são aqueles cuja a simples prática do verbo descrita no tipo incriminador, já representará a consumação. Admitem excepcionalmente tentativas, muito embora, a matéria não seja pacífica. Ex:. Violação de domicílio – Artigo 150/CP.
ITER CRIMINIS: É o intinerário do crime,ou seja, as fases do crime. Só ocorrerá:
- Somente nos crimes dolosos 
- Nem todos os crimes dolosos irão reunir todas as fases 
Fases:
Cogitação: 
Quando é decidido praticar o delito. – A cogitação somente, nunca, será punível.
Atos preparatórios: 
Nesta fase o agente já exterioriza a sua vontade, todavia sem iniciar a execução criminosa. Ele apenas se cerca de meios, cuidados e elementos que irão viabilizar a prática futura de um crime. – Em regra não são puníveis os atos preparatórios. Ex:. Porte de armas, mesmo que sem munição e a associação criminosa. 
Atos executórios:
O começo da execução, sobre uma perspectiva objetiva formal, era identificada a partir do momento em que o agente praticava o verbo nuclear do tipo incriminador. 
Ex: Matar e subtrair.
A partir da teoria do bem jurídico, identifica-se o inicio da prática de atos executórios quando o agente expõe o bem jurídico a um perigo concreto de lesão. – Artigo 14/CP, que diferenciacrime tentado de crime consumado.
Exaurimento: 
É tudo aquilo que se projeta pós consumação delitiva, quando o agente persiste mesmo após alcançar o resultado consumado no comportamento delitivo. 
Ex: Homicídio.
Em regra, o exaurimento é um “pos factum” impunível, considerado somente como circunstância judicial desfavorável na dosimetria da pena. (Artigo 59). Excepcionalmente, poderá caracterizar aumento especial de pena, ou mesmo, crime autônomo.
AULA – 28/08 
Nexo de causalidade – Art.13/CP
Conceito: Trata-se do vínculo que conecta a conduta ao resultado demonstrando que este efetivamente derivou do comportamento do agente contra quem se imputa a prática delitiva. 
Para a doutrina penal tradicional só haveria nexo causal nos crimes materiais e omissivos impróprios. – Porém alguns autores acreditam que todos os outros crimes possuem nexo de causalidade. 
 CONDUTA RESULTADO 
 (nexo) 
TEORIAS
Causalidade adequada: Para essa teoria, somente pode ser considerada causa de um crime a conduta que seja adequada/suficiente/idônea para a produção do resultado. 
Só se pode chamar de causa aquele comportamento que efetiva o resultado. 
Deixa de fora muitos eventos que contribuem para o resultado não adquirem o status de causa. 
Relevância jurídica: Somente se considera causa o evento que seja relevante para a produção do resultado. Com esse pensamento, amplia-se a possibilidade de imputação quando em comparação com a teoria da causalidade adequada. (Mezger)
É subjetiva e vai perdendo-se a segurança jurídica.
Equivalência dos antecedentes causais: É utilizado apelo Código penal brasileiro. Para essa teoria, também chamada de “Teoria da conditio sine qua non”, causa é toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido tal qual ocorreu. – Tudo é causa. 
Tudo que antecede o fato é causa, sendo que esteja ligado ao resultado ainda que em mínimo grau.
Juízo hipotético de eliminação (Thyrén) – Suprimi-se mental e hipoteticamente um determinado evento e se o resultado de alguma maneira se altera, estamos diante de uma causa. 
Problema: Tudo é causa, promovendo um regresso ao infinito – Regresso “ad infinitum”. 
Teoria incompleta e as distorções são solucionadas fora do nexo de causalidade, geralmente solucionadas no estudo de dolo e culpa.
ESPÉCIES DE CAUSAS – “Concausas”
Classificação das espécies de causa: 
 
 Concausas absolutamente independentes:
 Possuem vínculos entre si e são autônomas identifica-se a causa efetiva do resultado para a qual se imputará a consumação e todas as demais causas sofrerão no máximo a imputação da tentativa.
Concausas relativamente independentes:
 Possuem entre si um vínculo de origem de maneira que o resultado não deriva de uma ou de outra isoladamente, mas sim de uma soma de esforços de ambas. Como estão interligadas a todas essas causas se imputará a consumação. 
Momento com relação à conduta do agente: 
	Momento c/ relação à conduta do agente 
	Concausas absolutamente independentes
	Concausas relativamente independentes 
	1-Pré - existente
	A: Tentativa
	A: Consumado 
	2-Concomitante
	A: Tentativa 
	A: Consumado e 
 B: Consumado
	3-Superveniente
	A: Tentativa 
	Sim: Tentativa / Não: Consumado
Concausas absolutamente independentes:
“A” dispara um tiro contra “B”, b morre, todavia por envenenamento porque antes do tiro, havia se envenenado. “A” responde por envenenamento porque a causa foi uma conduta pré-existente. 
“A” e “B”, sem que um soubesse da conduta do outro atiram contra “C” ao mesmo tempo, o tiro de “A”, pega no pé de “C”, o tiro de “B” atingiu a cabeça e a perícia constatou que o tiro que matou foi o que acertou a cabeça. 
“A” colocou veneno na comida de “C” com intenção de matar, só que antes do veneno fazer efeito, “B” deu um tiro em “C” e matou “C” e a perícia constatou que o motivo da morte foi o tiro. 
Concausas relativamente independentes:
“B” é hemofílico. O sujeito “A” sabe disso e atira em “B” na perna com a intenção de matar e “B” morre. 
“A” e “B” combinam matar “C”, eles sincronizam os relógios para que ambos disparem contra “C” no mesmo momento no abdômen de “C” e é elo excesso de sangramento que a vítima acaba morrendo – hemorragia.
Única tratada no CP brasileiro – Art. 13 § 1º. “A” dispara um tiro contra “B” com a intenção de matar, só que “B” sobrevive e é levada em uma ambulância, a caminho do hospital a ambulância se envolve em um acidente, explode e morre todo mundo. 
Em verdade, o que o parágrafo 1º do artigo 13 busca examinar é se o evento superveniente rompeu ou não o nexo de causalidade, fala-se em ruptura de nexo quando o evento superveniente está completamente fora de um desdobramento comum/provável, por outro lado, se o evento superveniente é compreendido como desdobramento comum/provável, mantêm-se o nexo e o agente responde pela consumação. 
Sim Tentativa (Causa superveniente é desdobramento mprovável/incomum)
Não Consumado (Causa superveniente é desdobramento razoavelmente provável/comum). 
Os tribunais entendem que pequenas falhas não rompem o nexo de causalidade.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes