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contestação aula 12

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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE À 6ª VARA DA COMARCA DE JUIZ DE FORA/MG 
 
 
PROCESSO Nº: (...) 
 
AUTORA: REGINA SILVA 
RÉ: ISABEL PIMENTA 
 
 
 
 
ISABEL PIMENTA, brasileira, solteira, médica, cadastrada no registro geral de
pessoas físicas sob o nº: (...), residente e domiciliada na Rua Uruguai, nº 180, na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, cep:.., representada judicialmente através de seu advogado devidamente qualificado em procuração mandamental específica juntada ao seguinte feito, com endereço profissional na rua teles mendes, 124, bairro barroso, Juiz de fora/MG , cep: ..., onde deverá ser intimado para dar andamento aos atos processuais, nos autos da Ação declaratória de nulidade de negócio jurídico, pelo rito comum, movida por REGINA SILVA, vem com o devido respeito e acato de estilo perante Vossa Excelência apresentar sua.
 CONTESTAÇÃO
I. BREVE SÍNTESE DOS FATOS 
 
Isabel Pimenta, já devidamente qualificada, comprara do senhor André das Neves, imóvel situado na Rua Bucólica, nº 158, em Belo Horizonte, na data de 10/10/2016, o que lhe custou o preço de R$ 95.000,00 (noventa e cinco mil reais), como bem descrito na escritura de compra e venda lavrada em cartório. Até aqui parece tudo estar na lídima normalidade. No entanto, Isabel fora surpreendida ao receber uma carta de citação da 6ª Vara Cível de Juiz de Fora, Minas Gerais para contestar a ação Declaratória de Nulidade do Negócio Jurídico, movida somente em face dela, por Regina Silva, também residente na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. A aludida ação tem como objetivo anular o contrato de compra e venda do imóvel, sustentando o argumento de que houve simulação e, que na verdade, o negócio maculado de vício, serviu para encobrir um a doação feita pelo e x-companheiro da autora à Isabel, ora Ré, com quem mantinha relação extraconjugal, assim afirma a Autora. A senhora Isabel, nega qualquer tipo de 
Relação com o vendedor. Na peça inicial há informação de que Regina, ora autora, e Andre das Neves viveram em união estável por oito anos e que a mesma foi dissolvida por sentença judicial, datada de 23 de agosto de 2016, quando determinou a partilha de todos os bens adquiridos na constância da união estável, dentre os quais está arrolado este imóvel. Por conta de todo o ocorrido, e por ser a quarta tentativa consecutiva da Senhora Regina de anular o referido negócio, sendo que nas outras três vezes a mesma abandonara as ações propostas, assim encerrando-as sem análise de mérito, a Senhora Isabel, ora Ré, vem sofrendo constantes transtornos, dos quais alguns psicológicos, alegando está saturada de ser, de modo já recorrente, acionada judicialmente. Era o que se tinha a relatar de mais importante, agora passa-se a análise e exposição dos fundamentos de mérito e de eventuais circunstâncias prejudiciais que o caso reclama.
II. DAS PRELIMINARES 
 
II.I. DA OCORRÊNCIA DA PEREMPÇÃO 
 Nobre Magistrado, como foi, ainda que de forma superficial, relatado no tópico anterior sobre a reiteração de abandono de causas idênticas propostas pela Senhora Regina, ora Autora, se faz necessário adentrar um pouco mais em tais ocorrências, visto tratar-se de questão de ordem pública, de análise crucial para seguimento deste feito. 
 Pois bem, como sabido, a senhora Regina já se resta na quarta tentativa de anular o negócio jurídico do caso em tela, sempre com os mesmos argumentos, as mesmas partes, isto é, sempre como ré exclusiva a senhora Isabel. O que vem causando constantes transtornos, gastos com honorários advocatícios, perca de tempo, enfim, toda sorte de agruras que traz um processo judicial contra quem esta no pólo passivo da demanda. O que ocorre, doutor Magistrado, e que se deve ser obviamente refutado,
é a reiteração, aqui, diga-se de passagem, até parecida proposital, no abandono das causas propostas. A vista disso o código processo civil traz de forma justa o que se deve ocorrer em situações como esta qual seja a aplicação do efeito da perempção, muito bem-disposta no artigo 486, parágrafo 3º do regramento processualista civil, que sem mais delongas passa-se a expor:
III. DO MÉRITO 
 
III. I. DA LEGALIDADE DA COMPRA DO IMÓVEL 
 
 Não é necessário muito tempo de análise, Excelência, para se constatar a liquidez e a legalidade em que se ocorreu a compra do aludido imóvel, visto que este bem fora alienado já depois da separação judicial da parte Autora com o vendedor, e ainda, não se tem a certeza que a referida casa tenha sido adquirida ainda na constância da união estável. A bem da verdade, o que há é uma declaração unilateral e um tanto óbvia da Senhora Regina que tal bem pertence ao casal, embora não haja qualquer prova juntada aos autos que sustente esta afirmação.
 Nesse ínterim, não se pode simplesmente aceitar tamanho argumento sem qualquer verificação antecedente de que o imóvel sobreveio após o enlace conjugal dos dois, de modo que se mostre explicitamente a necessidade da outorga uxória, que aqui não deve ser presumida.
 Portanto, Excelência, requer, desde logo a Ré, a manutenção da legalidade da compra do imóvel em questão, a vista do exposto, e de que a venda ocorrera em 10 de outubro de 2016, meses após a separação judicial do casal que se deu no dia 23 de agosto de 2016. 
 
 IV. DA RECONVENÇÃO 
 Como bem aduz o novo código de processo civil, no caput do artigo 343, é agora uma possibilidade de o réu trazer em sua peça contestatória, pretensão própria conexa com a causa principal. E com isso, nesta oportunidade, aqui se traz a pretensão da parte pertencente ao pólo passivo da demanda, que agora passa-se a expor.
V. DOS PEDIDOS 
Por todo o exposto, a ré, com o devido acatamento e respeito, desde logo, requer: 
 
I. O acolhimento da preliminar aludida nesta peça, devendo ser reconhecida a ocorrência da perempção por ser a quarta vez seguida em que a Autora propõe ação idêntica, sendo que nas três primeiras houve o abandono da causa pela mesma. Nos termos do artigo 486, parágrafo 3º do CPC;
II. O reconhecimento da improcedência do pedido no mérito da questão do caso em tela visto a patente ocorrência da venda após a separação judicial da Autora, e que jamais a Ré conhecera o vendedor do imóvel antes da compra do referido bem, que não se restou demonstrada que a casa sobreveio ao casal ainda na constância da união conjugal; 
 III. Deferido o pedido constante na Reconvenção proposta, qual seja condenar a parte Autora a pagar como forma indenizatória pelos danos morais e os demais transtornos sofridos pela ré em decorrência de constantes ações judiciais, nos termos do artigo 186 do Código civil pátrio, sem qualquer prejuízo de eventual ação penal, nos termos do artigo 139 do CP; 
IV. Condenação da Autora ao pagamento dos Honorários advocatícios em 20% sobre o valor da causa (art. 85 do CPC), bem como nas custas processuais a serem fixadas.
VI. DAS PROVAS 
 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor. 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
. 
 
 
 NOME DO ADVOGADO 
 OAB/UF Nº .....

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