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O que fazer com um diploma de engenharia no Brasil?

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O que fazer com um diploma de engenharia no Brasil?
exame.abril.com.br /carreira/o-que-fazer-com-um-diploma-de-engenharia-no-brasil/
CARREIRA - VOCÊ S/A
Professor da Unicamp analisa o mercado de engenharia para quem vai começar
a carreira
Por Ana Pinho, do Na Prática
access_time 28 jun 2017, 09h24 - Publicado em 27 jun 2017, 15h00
Engenheiro: recessão e operações como a Lava Jato paralisaram projetos e atingiram construtoras e fontes de
financiamento (foto/Thinkstock)
Em 2010, cerca de 40 mil engenheiros se formavam por ano no Brasil em campos tão diversos quanto
Computação, Elétrica, Mecânica, Eletrônica, Aeronáutica, Naval e Civil – para citar algumas das mais de 30
engenharias disponíveis no país. Em 2015, este número já tinha saltado para mais de 80 mil, de acordo com a
Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Embora pareça uma grande quantia, o Conselho Nacional de Engenharia e Agronomia (Confea) aponta que
outras nações têm muito mais desses profissionais essenciais para o desenvolvimento nacional: Índia e China
formam, respectivamente, 220 mil e 650 mil novos engenheiros por ano.
Mesmo em tempos menos auspiciosos, quando há empresas encerrando milhares de vagas e gigantes
nacionais sob investigação, ainda são muitas as possibilidades para engenheiros qualificados no mercado – o
que se torna especialmente para quem também está disposto a aplicar seus conhecimentos de outras
maneiras.
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Isso porque um engenheiro é treinado para entender e solucionar problemas, e sua capacidade de raciocínio
lógico e analítico é muito bem vinda tanto no mercado financeiro quanto num hangar de aviões, numa ONG, em
uma startup, na gestão pública ou em uma consultoria estratégica, por exemplo.
“A Engenharia é basicamente a arte de engenhar, ou seja, pensar e desenvolver soluções baseadas em
conhecimentos pré-existentes ou no desenvolvimento de nova tecnologias”, resume Carlos Marmorato,
professor e coordenador associado da graduação da Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), uma das melhores do país.
“O curso oferece ao aluno um conhecimento amplo em diversas áreas. Evidentemente, o profissional acaba se
especializado, mas todo conteúdo adquirido propicia ao engenheiro uma visão mais abrangente e importante no
exercício profissional.”
Carreira em engenharia: destaque para os bons profissionais
Esse não é, porém, o único fator em jogo : o salto brasileiro no número de formandos não se reflete
necessariamente na qualidade dos profissionais que chegam ao mercado. Saiba mais: "Acabei de me formar na
faculdade. Um empréstimo faz sentido para mim?" Veja com o Just Online
O setor privado, responsável por ampliar em quase 600% a quantidade de formandos em Engenharia entre
2000 e 2015, acabou inundando o mercado com novos profissionais – mas nem todos são cursos bem
qualificados pelo Ministério de Educação.
Os diversos rankings de melhores universidades de Engenharia do país costumam ser dominados pelas
universidades públicas (federais e estaduais), com exceções de instituições particulares como PUC, FEI,
Unisinos, Mackenzie e Mauá.
Num cenário como o atual, destaca-se com facilidade o jovem que estiver bem preparado. Para Marmorato, o
engenheiro mais valioso é aquele que detém o conhecimento e “zela pelo bom exercício profissional, com ética
e profissionalismo”.
Ou seja, o ideal é que o profissional busque ampliar seus conhecimentos sempre que possível, investindo em
estudos e especializações que estão em alta no mercado, como análise de dados e desenvolvimento de
negócios, para conquistar empresas cada vez mais exigentes.
À espera de um novo boom
No início dos anos 2010, muito se falava sobre um possível “apagão de engenheiros” no Brasil, que
apresentava então fortes índices de crescimento e investia pesado em obras de infraestrutura, preparando-se
para sediar uma série de eventos e aquecendo a economia. O medo era de que faltassem engenheiros.
Com a recessão e operações como a Lava Jato, que paralisaram projetos e atingiram construtoras e fontes de
financiamento, o quadro mudou de figura.
Não deixam de ser dois lados da mesma moeda – a demanda impulsionada pelo setor público –, e o cenário
tende a se tornar menos sombrio conforme o país se recupera.
Marmorato explica o porquê: há uma dependência de investimentos públicos para que grandes obras
aconteçam aqui, o que acaba causando ansiedade entre alunos de Engenharia que se formam em tempos de
crise. Mas o aumento da demanda é questão de tempo.
Ao comparar o Brasil de hoje com aquele de seu tempo de estudante, nos anos 1990, ele vê os mesmos
gargalos de infraestrutura em áreas como saneamento, transporte e habitação, entre outras, onde há muito
trabalho ainda por fazer e que eventualmente terá que ser feito – especialmente por engenheiros.
“É um segmento que pode ter ciclos que demandam mais ou menos profissionais”, diz o professor. “A questão
do mercado de trabalho depende mesmo da época na qual o aluno vai se inserir no mercado.”
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Segundo especialistas, há hoje setores em alta que merecem atenção de engenheiros, como energia,
telecomunicação e tecnologia, que investem constantemente em soluções inovadoras e na criação de
processos mais eficazes – perfeito para profissionais curiosos e capazes de se adaptar.
Com crise ou sem crise, uma coisa é certa: um bom engenheiro, que se esforça constantemente para aprender
mais e melhor, sempre encontra espaço no mercado.
Veja também
Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar
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	O que fazer com um diploma de engenharia no Brasil?
	Professor da Unicamp analisa o mercado de engenharia para quem vai começar a carreira
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