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Plano de Aula 12 - Direito Penal

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Plano de Aula: Ilicitude (continuação) 
DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título 
Ilicitude (continuação) 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
12 
Tema 
Ilicitude. Causas Excludentes II 
 
Objetivos 
Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de: 
 Conhecer o plano de aula. 
 Reconhecer, diante das situações fáticas apresentadas, a existência de causas justificadoras 
das condutas típicas. 
 Analisar as causas excludentes de ilicitude, suas espécies e requisitos. 
 Diferenciar as espécies de causas excludentes de ilicitude. 
 Analisar as consequências jurídico penais do excesso nas condutas justificadas. 
 Analisar a natureza jurídica do consentimento do ofendido e suas consequências na esfera 
jurídico penal. 
 Aplicar os institutos previstos na parte geral do Código Penal aos crimes em espécie 
Estrutura do Conteúdo 
Antes da aula, não esqueça de ler: 
O art. 23, inciso III, do Código Penal. 
 
Estrutura de Conteúdo. 
1. Estrito Cumprimento de Dever Legal. 
1.1 Conceito. 
1.2 Natureza Jurídica 
1.3 Requisitos- Objetivos e Subjetivos 
1.4 Excesso – consequências: Os delitos de constrangimento ilegal (art. 146, do Código 
Penal) e abuso de autoridade (Lei n. 4898/1965). 
2. Exercício Regular de Direito. 
2.1 Conceito. 
2.2 Natureza Jurídica 
2.3 Requisitos- Objetivos e Subjetivos 
3. Ofendículas. 
3.1. Conceito 
3.2. Natureza jurídica - controvérsias. 
3.3.Requisitos 
3.4.Consequências na esfera jurídico penal 
4. O Consentimento do Ofendido 
4.1 Natureza Jurídica e relação com a tipicidade 
4.2 Consequências na esfera jurídico penal. 
UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS 
 Nesta aula, em continuidade aos estudos sobre as causas excludentes de ilicitude, 
estudaremos os institutos do Estrito Cumprimento do Dever Legal e Exercício Regular 
de Direito, previstos no art.23, III, do Código Penal. 
 Com relação ao Estrito Cumprimento do Dever Legal, importante salientar que se 
aplica a agentes públicos que no exercício de seu dever funcional praticam condutas 
típicas. Desta forma, para que seja caracterizada a excludente de ilicitude é 
imprescindível que sejam respeitados os seguintes requisitos:(a) que a conduta 
corresponda a um dever legal; (b) que a conduta seja praticada dentro dos limites 
estabelecidos pela lei e pela função exercida, sob pena de responsabilização pelo 
excesso doloso ou culposo. 
 Sobre o Exercício Regular de Direito, da mesma que no estrito cumprimento do dever 
legal, este instituto também não foi conceituado pelo legislador, mas 
podemos conceituar o exercício regular como a prática de condutas permitidas por lei a 
determinados agentes, em determinadas situações fáticas, ainda que típicas e das quais 
possam resultar lesão a bem jurídico de terceiro. Não se confundem com o estrito 
cumprimento do dever legal, pois não são praticadas por agente público em obediência 
às suas funções, mas sim, uma faculdade conferida pelo ordenamento jurídico. 
 Por fim, estudaremos o instituto do Consentimento do ofendido, analisaremos a 
controvérsia acerca da sua natureza jurídica seja como excludente de tipicidade ou causa 
de justificação da conduta. 
Aplicação Prática Teórica 
Caso concreto. 
Leia a notícia transcrita abaixo e responda às questões formuladas: 
Policiais agiram em legítima defesa em confronto com sem-terra, afirma PF 
Conclusão faz parte do inquérito que apura caso ocorrido no dia 7 de abril. 
No enfrentamento, em Quedas do Iguaçu, dois membros do MST morreram. 
Disponível em: http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2016/07/ 
A Polícia Federal concluiu que os policiais militares que entraram em confronto com 
integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Quedas do 
Iguaçu, no oeste do Paraná, agiram em legítima defesa. A conclusão faz parte do 
inquérito policial federal que investiga o enfrentamento ocorrido no dia 7 de abril, 
quando dois sem-terra morreram e ao menos seis ficaram feridos. Em nota, a PF diz que 
foram ouvidas 28 pessoas, feitas perícias em veículos, além da simulação do confronto e 
a necropsia no corpo dos dois mortos. “Concluiu-se que a ação policial resultou da 
utilização proporcional do uso da força em legítima defesa, não tendo sido detectado 
excesso por parte dos policiais envolvidos”, aponta o documento. O inquérito, que será 
encaminhado ao Ministério Público Estadual (MP-PR) em Quedas do Iguaçu, relata 
ainda que nenhum integrante do MST foi indiciado, já que nenhuma outra pessoa 
portava “armas de fogo no momento do confronto, exceto dois integrantes que vieram a 
falecer no local” e os policiais. Detalhes sobre o que foi apurado pela PF devem ser 
informados pelo delegado responsável pelo caso em uma coletiva de imprensa marcada 
para as 17h na delegacia de Cascavel. Ao G1 a assessoria de imprensa do MST 
informou que os advogados que atuam no caso ainda não receberam o resultado do 
inquérito e que por isso não devem se pronunciar por enquanto. Investigações 
O caso também é investigado internamento pela Polícia Militar e pela Polícia Civil, cujo 
inquérito foi encaminhado no dia 15 de abril incompleto ao Ministério Público (MP-
PR), que o devolveu e solicitou mais informações. Na época, a delegada Ana Karine 
Palodetto declarou que, pela falta de depoimentos de alguns sem-terra que foram 
intimados e não compareceram à delegacia, não foi possível definir de quem partiu o 
primeiro tiro. 
Tanto os policiais como os sem-terra garantem que foram vítimas de uma emboscada, 
mas divergem nas versões. Enquanto um dos integrantes do MST feridos e detidos no 
mesmo dia do confronto diz que a polícia foi a primeira a atirar, outro afirma ter partido 
dos próprios sem-terra o primeiro disparo. Esta é a mesma versão defendida pelo 
advogado do MST, Claudemir Torrente Lima, o qual acrescenta inclusive que os 
acampados foram atingidos pelas costas. O confronto ocorreu na Linha Fazendinha, 
próximo ao acampamento Dom Tomás Balduíno, quando policiais ambientais disseram 
ter sido acionados para atender um suposto princípio de incêndio na área de 
reflorestamento da Araupel. Na época, o acampamento reunia 2,5 mil famílias. 
A partir dos estudos realizados sobre causas excludentes de ilicitude, indaga-se: 
a) Os policias militares somente poderiam alegar legítima defesa ou também seria 
possível a alegação de estado de necessidade ou estrito cumprimento do dever legal? 
Responda de forma objetiva e fundamentada. 
b) Caso, efetivamente, no curso da ação penal, fosse caracterizada a legítima 
defesa por parte dos policiais militares, mas através da tese apresentada pelo advogado 
do MST fosse comprovada a ocorrência de excesso por parte dos policiais militares, 
qual seria a correta fundamentação da defesa do MST? 
 
Questão objetiva. 
Policial que, encontrando-se em situação de troca de tiros com delinquente, acerta um 
deles causando-lhe a morte, poderá ter excluída a ilicitude pela causa justificante: 
 a) estado de necessidade 
 b) legítima defesa 
 c) exercício regular de direito 
 d) estrito cumprimento do dever legal

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