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PROFESSORA : RAYLANE FIGUEIRA ALERGIA ALIMENTAR ÇÃ A alergia alimentar pode ser definida como uma reação adversa a um antígeno alimentar mediada por mecanismos fundamentalmente imunológicos. É um problema nutricional que apresentou um crescimento nas ultimas décadas, provavelmente devido à maior exposição da população a um número maior de alérgenos alimentares disponíveis. Ele vem se tornando um problema de saúde em todo o mundo e está associado a um impacto negativo significativo na qualidade de vida.. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND É um problema nutricional que apresentou um crescimento nas ultimas décadas, provavelmente devido à maior exposição da população a um número maior de alérgenos alimentares disponíveis. Vem se tornando um problema de saúde em todo o mundo e está associado a um impacto negativo significativo na qualidade de vida. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY Os alimentos mais citados como causadores São: leite, ovos, amendoim, castanhas, camarão, peixe e soja, e os principais alérgenos alimentares identificados são de natureza protéica Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-SA ALERGIA X INTOLERÂNCIA A palavra alergia é proveniente do grego allan (outro) e ergon (trabalho). (FERNANDES, 2005). As reações alérgicas envolvem mecanismos imunológicos que podem ou não ser mediados pela IgE (Imunoglobulina E), que normalmente se encontra associada a alergias alimentares e reações de hipersensibilidade, tendo como característica a rápida liberação de mediadores como a histamina (CONSTANT, 2008) Já a termo intolerância alimentar refere-se a qualquer resposta anormal a um alimento ou aditivo, sem envolvimento de mecanismos imunes (LUIZ; SPERIDIÃO; FAGUNDES NETO, 2007). Os mastócitos e basófilos são células efetoras predominantes nas reações alérgicas. Durante a inflamação alérgica, os basófilos migram para os tecidos afetados, e contribuem com diversos mediadores. Eles são orientados na produção de citocinas Th2 (IL-4 e IL-13), estimulando a síntese de IgE e a atopia (LOPES et al., 2006). Imunoglobulina A (IgA) é encontrada em secreções (lágrimas, saliva) e defende o corpo de microrganismos que podem invadir os sistemas respiratório e digestório. É quantitativamente o anticorpo mais importante do trato gastrointestinal e tem importante papel na redução da penetração mucosa do material antigênico ingerido (ANGELIS, 2006; BRICKS, 1994 Imunoglobulina M (IgM) é um tipo de anticorpo temporáro, e forma- se quando um agressor novo ataca o organismo. Imunoglobulina G (IgG): é um anticorpo que assume o controle a partir da IgM, a fim de formar uma memória duradoura, geralmente por toda a vida, e a Imunoglobulina E (IgE) é o anticorpo envolvido na alergia e na anafilaxia, além disso, protege o organismo contra parasitas intestinais (ANGELIS, 2006). Em condições normais, a reação alérgica a alimentos é evitada, pois o trato gastrointestinal e o sistema imunológico fornecem uma barreira que impede a absorção da maioria dos antígenos (MOREIRA, 2006). Os alérgenos alimentares estáveis, resistem a temperatura, pH, e a digestão enzimática e, por meio da sua ingestão, são capazes de induzir sensibilizações mediadas por IgE em indivíduos geneticamente predispostos. Níveis de sensibilização: • Primário: imediato ou tardio, mas mediado por Imunoglobulina E (IGE), sem prévia lesão da mucosa intestinal; • Secundário: infecção aguda do trato gastrintestinal (GEA), absorção excessiva de macromoléculas da dieta capaz de gerar um quadro de sensibilização local ou sistêmica. Desenvolvimentos de alergias: A maiorias das crianças, produzem pequenas quantidades de anticorpos específicos IgE frente a diferentes alimentos durante o primeiro ano de vida. Estes anticorpos desaparecem com o tempo. Em algumas crianças, relativamente poucas, os anticorpos específicos IgE permanecem e inclusive aumentam consideravelmente, e provocam sintomatologia alérgica gastrointestinal, dermatológica ou respiratória. Serão crianças alérgicas (LORENTE et al., 2001). Apresentação Clinica da Alergia É muito variável, com sintomas que podem surgir na pele, no sistema gastrintestinal e respiratório. As reações podem ser leves, com simples coceira nos lábios, até reações graves que podem comprometer vários órgãos. É difícil classificar todos os tipos de reações imunológicas, relacionadas a prováveis alimentos. O único mecanismo claramente identificado implica as reações de hipersensibilidade imediata mediadas por anticorpos IgE com ativação de mastócitos A produção de Imunoglobulina E (IgE) para um alimento específico geralmente ocorre em minutos após a ingestão dos alimento(MARTINS, 2006). Mecanismo de defesa não-imunológicos • permeabilidade intestinal seletiva; • controle do Ag pelo sistema imunológico; • flora local; • mucinas; • acidez gástrica; • enzimas proteolíticas; • movimentos peristálticos; • digestão intracelular. Manifestações Clinicas • Gastrintestinais: • Gastroenterite alérgica (aguda ou crônica) com vômitos, diarréia e cólicas; • Cólicas - distensão abdominal, irritação e dor à palpação abdominal; • Vômitos; • Obstipação intestinal que não responde à condutas dietéticas para constipação. Respiratórias: rinite, rinorréia, asma, bronquite, otite; Dermatológicas: dermatites, eczemas; Hematológicas: anemia; Gerais: choque anafilático. Diagnóstico A dosagem de IgE total é feita algumas vezes para investigar processos alérgicos. Ela mede a quantidade de IgE no sangue, mas não identifica anticorpos específicos. Prick tests : Aplica pequenas quantidades de alergênios perfurando ou arranhando a pele do paciente. São usados com maior frequência para alergênios aéreos, como polens, poeira e fungos. Risco de reações graves, esse testes em geral não são utilizados para alergias alimentares Testes alérgicos intradérmicos, usando injeções para formar uma bolha sob a pele, não são amplamente aceitos por causa da incidência alta de resultados falsos positivos. Patch test. Teste de hipersensibilidade retardada (Tipo IV). O alergênio suspeito é aplicado sobre a pele com um curativo não absorvente durante 48 horas. Se houver sensação de queimação ou prurido antes disso, o curativo é removido. Um teste positivo consiste em vermelhidão, endurecimento e edema da pele, e, algumas vezes, formação de vesículas (pequenas bolhas). Como algumas reações aparecem apenas depois da retirada do curativo, o local é examinado também com após 72 a 96 horas. Testes de provocação oral – Padrão ouro. Teste de provocação oral Há três tipos de TPO: a) aberto, quando o alimento é oferecido em sua forma natural, com o conhecimento do paciente, familiares e do médico; b) simples cego, quando o alimento é mascarado, de forma que o paciente não reconheça se está ingerindo o alimento suspeito ou placebo, e apenas o médico conhece o que está sendo administrado; c) duplo cego controlado por placebo (DCCP), no qual o alimento testado e placebo são preparados e codificados por uma terceira pessoa não envolvida na avaliação do paciente, reduzindo a influência de ambos, paciente e observador. Diagnosticos com exames laboratoriais Anemia hopocrômica microcítica; • Aminoacidúria ( aa na urina); • Aumento da excreção fecal de α-1-antitripsina ( ativador de tripsina); • D-xilosemia baixa ( monossacaridio , indicando baixa absorção); • Perda fecal proteica e lipídica positivas (sinais de má absorção intestinal); • Presença de anticorpos no soro e\ou nas fezes; • Diminuição ou aumento de IgA sérica Tratamento Nutricional Consiste em retirar o alimento causador, e seus derivados e componentes Substituir por alimento de valor Nutricional igual ou próximo do ideal, ou através de suplementação. Em aleitamento materno a dieta é induzida na mãe e o teste de provocação oral com quantidades de estimulo é importante até aos 4 anos de idade. Avaliação do crescimento associado aos distúrbios nutricionais ocasionados pelos efeitos de reação alérgica A exclusão total dos alimentos alergênicos, sem comprovação de alergia não é indicado, devido ao baixo sistema imune e pode acarretar danos drásticos e futuras alergias. Atentar-se as mudanças de sintomas, geralmente o sistema imune reage de diferentes formas. Tratamento Nutricional A leitura de rótulos e estimulo ao conhecimento dos grupos alimentares é importante. Crianças menores de 2 anos, podem apresentar teste falso positivo e por isso a indução de novos alimentos devem ser monitoradas. O VET infantil deve ser priorizado. A osmolaridade da dieta em alguns casos pode agravar os efeitos e diminuir a absorção nutricional Formulas com baixa osmolaridade e alta hidrolisadas não são indicadas por mais de um ano. A introdução alimentar deve obedecer os efeitos gástricos da crianças e avaliação de D-xilosemia é importante para avaliação da aceitação da evolução da dieta. Formulas indicadas Formulas hidrolisadas Formulas a base de aminoácidos Formulas a base de soja
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