Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Física III. Circuito RC em CA Aluno: José Dos Santos Oliveira Matrícula: 201509619356 Turma: 3002 – Noite O circuito RC série em corrente alternada. Os circuitos RC série em CA são utilizados como redes de defasagem quando se necessita obter uma defasagem entre a tensão de entrada e de saída. A Fig.1 ilustra este princípio. Resistores e capacitores são frequentemente encontrados juntos em circuitos elétricos. O exemplo mais simples desta combinação é mostrado na Fig. 1(a), o qual é comumente denominado por circuito RC. Quando a chave (S) é fechada, imediatamente inicia uma corrente que fluirá através do circuito. Elétrons fluirão do terminal negativo da fonte () através do resistor (R) e ficará acumulado na placa superior do capacitor (C). Consequentemente a mesma quantidade de elétrons fluirá da placa inferior do capacitor deixando-a mais negativa. Neste caso, a carga nas placas do capacitor vai aumentando, em módulo, enquanto houver corrente elétrica no circuito. Este processo ocorrerá até que diferença de potencial entre as placas do capacitor fique igual a (). Isto significa que a corrente elétrica deve diminuir com o tempo. Fig.1 (a) Circuito RC (b) Evolução temporal da corrente no circuito RC. Um capacitor é um elemento do circuito elétrico responsável pelo acúmulo de cargas para liberá-la no momento certo. Um circuito composto de um resistor e de um capacitor e uma força eletromotriz, é denominado circuito RC. Na figura (1.b) a representação esquemática deste tipo de circuito. A figura (1.c) representa o mesmo circuito em termos das diferenças de potencial nos pontos do circuito. Figura (1.b) Figura (1.c) Figura (1.b): representação do circuito RC, apresentando o resistor, o capacitor e a tensão aplicada. Figura (1.c): representação das tensões no circuito. Há uma diferença de potencial nas extremidades do resistor e também nas extremidades do capacitor. Isto deve-se a queda de tensão gerada por cada um destes dispositivos. Sabe-se que, segundo a lei das malhas de Kirchoff, que a soma das diferenças de potencial para qualquer circuito fechado é nula. Se o circuito for de duas malhas ou mais a soma também é nula, pois cada ramificação em particular é fechada. Isto equivale a dizer que a soma das intensidades das tensões positivas é igual a soma das intensidades das tensões negativas. Matematicamente, podemos escrever: U1 – U2 – U3 = 0 No circuito, U1 é a tensão da bateria. A 1ª lei de Ohm diz: U = i.R Então podemos escrever, para o resistor: U2 = i.R E para o capacitor: U3 = q/C Inserindo as duas últimas equações na primeira, obtemos: U1 – i.R – q/C = 0 Sabemos que a corrente elétrica no circuito é dada por: Desta forma, podemos reescrever a equação (5) como se segue: U1 é a força eletromotriz no circuito, que podemos chamar ε. Desta forma, teremos: Neste caso, temos uma pequena dificuldade em resolver a equação, pois temos um termo derivado em relação ao tempo enquanto que o outro termo aparece em sua forma normal. Para solucionar isto separamos os termos dq/dt e q/c. assim, teremos como resolver aplicando a função logarítmica, como se segue: Temos então uma equação diferencial, que podemos resolver integrando nos elementos dq e dt. Observe que essa exponencial depende da capacidade do capacitor, da força eletromotriz e do tempo característico, sendo que este último é dependente da resistência e da capacidade do respectivo capacitor. Através desta expressão, é possível determinar a frequência de ressonância do circuito, fator muito aplicável em circuitos eletrônicos, principalmente em receptores de rádio, de TV, entre outros. Nos antigos receptores de rádio o sintonizador da frequência manipula a variação da capacidade de um capacitor variável, de modo que possa mudar a frequência para que esta entre em ressonância com a frequência desejada, capturando o sinal enviado pela respectiva emissora. A intensidade da corrente elétrica num instante t é dada pela derivada temporal desta função carga q: Curiosidade, vamos ver 8 tipos de capacitores. Capacitores são componentes eletrônicos capazes de armazenar cargas elétricas. Ele possui dois terminais que são conectados interiormente por placas metálicas, geralmente de alumínio, e separados por um material dielétrico (cerâmica, mica, porcelana, e até ar). O capacitor consegue armazenar as cargas nessas placas, que criam um campo elétrico através do material dielétrico do capacitor. Material dielétrico é aquele que se comporta como isolante até ser submetido a certa quantidade de carga, e então torna-se condutor. A quantidade de carga que o capacitor consegue armazenar é chamada de capacitância, e é medida em Farad (F). Estes dispositivos são encontrados em circuitos eletrônicos, e outras aplicações como, por exemplo, sensores, osciladores, filtros de ruídos, armazenamento de carga em sistemas de flash de câmeras fotográficas, em fontes de alimentação e muitos outros exemplos. Depois de entender o que é um capacitor e ver a quantidade de aplicações para esse dispositivo eletrônico, fica clara a existência de diversos tipos de capacitores. A variedade de capacitores existe graças a suas diversas formas de aplicação, e cada ocasião requer um tipo especifico de capacitor. Veja a ilustração dos capacitores citados na lista abaixo: 1- Capacitor Eletrolítico: Diferencia-se dos demais por ter o material dielétrico de espessura extremamente pequena com relação aos outros. Internamente é composto por duas folhas de alumínio, separadas por uma camada de óxido de alumínio, enroladas e embebidas em um eletrólito líquido. Este capacitor possui polaridade, ou seja, um jeito correto de coloca-lo em qualquer circuito (terminal maior o positivo), caso ele seja polarizado da maneira incorreta, o capacitor entra em processo de curto circuito. Neste capacitor é muito perigoso polariza-lo incorretamente, pois ele pode explodir liberando gases. Os mais modernos não explodem nestes casos, apenas incham. Geralmente este capacitor vem com marcação de qual terminal é positivo e qual é negativo. Esse tipo de capacitor é encontrado em fontes de tensão, onde além de tornar a fonte mais estável é capaz de filtrar possíveis ruídos que possam vir da rede elétrica. 2- Capacitor de Poliéster: Formado por várias camadas de poliéster e alumínio, o que o torna bastante compacto. Este capacitor tem uma capacidade de autorregeneração, no caso de dano entre as camadas (por pulsos de tensão acima do especificado, por exemplo), o material metálico que está sobre a folha de poliéster evapora, por ser muito fino, evitando um curto circuito. A quantidade de folhas e a espessura das mesmas determinam a capacitância deste capacitor. 3- Capacitor Cerâmico: Um dos modelos mais conhecidos e usados. Consiste em um disco de cerâmica (material dielétrico), com duas fitas metálicas em cada uma das suas faces. Este capacitor geralmente causa certa confusão nos valores descritos sobre sua superfície (como valor de capacitância, por exemplo). São usados para circuitos de alta frequência e corrente contínua, e armazenam pequenas quantidades de cargas elétricas. São encontrados em televisões, rádios, flash de câmeras, roteadores etc. 4- Capacitor de Tântalo: São usados para substituir os capacitores de eletrolítico, quando se quer minimizar o circuito. Seu material dielétrico é o Óxido de Tântalo, tem baixa corrente de fuga, e uma vida útil geralmente maior do que de outros eletrolíticos. Estes também merecem cuidado na hora da polarização, pois se o polariza de maneira incorreta certamente ocasionará em uma explosão imediata. Para prevenir isto, como de costume, os fabricantes tomam o cuidado de deixar o terminal positivo maior que o terminal negativo. 5- Capacitor de Mica: O material dielétrico destecapacitor, obviamente, é a mica. As placas são de prata, e estas envolvem a folha de mica. Altamente estável quanto à temperatura e possui baixa perda de carga. Muito usado sem circuitos osciladores e circuitos ressonantes. Estes capacitores podem ou não possuir terminais, como os já citados possuem. Alguns modelos são soldados diretamente na placa a qual será montado o circuito, isso ocasiona uma boa dissipação do calor quando se está trabalhando com potências elevadas. 6- Capacitor SMD: São usados em todo tipo de equipamentos eletrônicos. O material dielétrico destes capacitores pode ser de cerâmica, tântalo, entre outros. Por serem muito pequenos, geralmente são montados nos circuitos por robôs. Ele não possui terminais, este componente é de montagem em superfície. 7- Capacitor variável: São usados em circuitos sintonizados, como a sintonia de um rádio. O material dielétrico geralmente é o ar, e as placas são de alumínio ou latão. Não são indicados para trabalhar em altas potencias e tensões elevadas. 8- Capacitor a Óleo e Papel: Não são mais fabricados, e por isso são verdadeiras raridades. Eles eram usados em equipamentos valvulados, onde requer alta isolação. Sua composição era de fitas de alumínio enroladas em um papel embebido por óleo. Da mesma forma, os capacitores de papel já não são mais fabricados, eles eram usados nos primórdios da eletrônica. Eram constituídos por folhas metálicas e um tubo enrolado de papel. Estes materiais eram embebidos de cera de abelha. Basicamente, o capacitor tem a mesma função: armazenar energia. O que os diferencia geralmente são a aplicação e o material dielétrico, como foi possível ser observado na lista anterior. Capacitores são usados há muito tempo, e por isso existem tantas variações, para se adequarem as necessidades que foram surgindo ao decorrer da evolução da eletrônica. Transformadores Andando pelas ruas, podemos ver nos postes de eletricidade alguns equipamentos grandes, semelhantes à figura acima. Esses equipamentos, os transformadores, não são somente utilizados nas redes elétricas, mas também em diversos aparelhos do nosso cotidiano. Sabemos que a tensão que sai das usinas geradoras de eletricidade é bastante alta. Portanto, para garantir a segurança e o bom funcionamento de aparelhos elétricos, essa tensão tem que chegar às residências com valor muito inferior ao que sai das usinas. Em outras palavras, quando se transmite energia da usina até as casas, indústrias, etc., é interessante que a corrente elétrica seja baixa, mas para isso a tensão produzida deve ser bastante alta. Portanto, para que se eleve a tensão são utilizados os transformadores. O transformador é um dispositivo que não tem partes móveis. Ele utiliza a lei de indução de Faraday e não funciona com corrente contínua. Na figura acima podemos ver que o transformador é formado basicamente por duas bobinas enroladas em um mesmo núcleo de ferro. No transformador, o número de enrolamento das bobinas é diferenciado pelos nomes enrolamento primário e enrolamento secundário. O enrolamento primário está ligado a um gerador de voltagem que gera corrente elétrica alternada; e o secundário está ligado a uma resistência elétrica. Em um transformador, quando o enrolamento primário é ligado a uma corrente elétrica alternada, produz-se um campo magnético proporcional ao número de espiras e à corrente aplicada. O fluxo magnético que é produzido chega ao núcleo do braço metálico e, sem encontrar resistência, chega ao enrolamento secundário. Quando chega ao enrolamento secundário, cria-se uma corrente elétrica por indução, que tem variação de acordo com a corrente do enrolamento primário e também com o número de espiras dos dois enrolamentos. Gráficos. Gráfico do capacitor. Ângulo de fase (0 - 360) Variação da amplitude tenção (VG) Variação da amplitude tenção (Vc) 0 0 1,359211886 5 0,217889357 1,460704348 10 0,434120444 1,551079968 15 0,647047613 1,629650933 20 0,855050358 1,69581927 25 1,056545654 1,749081399 30 1,25 1,789031962 35 1,433941091 1,815366911 40 1,606969024 1,827885823 45 1,767766953 1,826493419 50 1,915111108 1,811200298 55 2,047880111 1,782122848 60 2,165063509 1,739482368 65 2,265769468 1,683603377 70 2,349231552 1,614911147 75 2,414814566 1,533928469 80 2,462019383 1,441271668 85 2,490486745 1,33764592 90 2,5 1,223839879 95 2,490486745 1,100719677 100 2,462019383 0,969222334 105 2,414814566 0,830348624 110 2,349231552 0,685155459 115 2,265769468 0,534747848 120 2,165063509 0,380270483 125 2,047880111 0,222899029 130 1,915111108 0,063831179 135 1,767766953 -0,095722464 140 1,606969024 -0,254547602 145 1,433941091 -0,411435478 150 1,25 -0,565192083 155 1,056545654 -0,714647234 160 0,855050358 -0,858663488 165 0,647047613 -0,996144795 170 0,434120444 -1,126044838 175 0,217889357 -1,247375001 Tensão de Amplitude pico a pico. Ângulo de fase (0 - 360) Variação da amplitude tenção (VG) Variação da amplitude tenção (Vc) 0 636,6698443 0 5 713,4942468 67,2842334 10 784,8885271 134,0563932 15 850,3093319 199,8083028 20 909,2587692 264,0395506 25 961,2881982 326,2612981 30 1006,001644 386 35 1043,058809 442,8010089 40 1072,177667 496,2320347 45 1093,136606 545,8864351 50 1105,776115 591,3863101 55 1110 632,3853782 60 1105,776115 668,5716117 65 1093,136606 699,6696116 70 1072,177667 725,4427032 75 1043,058809 745,6947379 80 1006,001644 760,2715853 85 961,2881982 769,0623069 90 909,2587692 772 95 850,3093319 769,0623069 100 784,8885271 760,2715853 105 713,4942468 745,6947379 110 636,6698443 725,4427032 115 555 699,6696116 120 469,1062705 668,5716117 125 379,6423591 632,3853782 130 287,2891401 591,3863101 135 192,7494772 545,8864351 140 96,74287445 496,2320347 145 1,35991E-13 442,8010089 150 -96,74287445 386 155 -192,7494772 326,2612981 160 -287,2891401 264,0395506 165 -379,6423591 199,8083028 170 -469,1062705 134,0563932 175 -555 67,2842334
Compartilhar